Trabalho Cont Intern - I A S

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS
CONTABILIDADE INTERNACIONAL – TURMA B
PROF.º DIEGO DE OLIVEIRA CARLIN

IAS

IAS 20 Contabilização de subvenções governamentais


IAS 33 Lucro por Ação
IAS 24 Informações a revelar sobre partes relacionadas
IAS 17 Arrendamento mercantil

JORGE LUIS MARÇAL LEMOS


LUCAS DA SILVA MINETTO
JAIRO DE OLIVEIRA

Porto Alegre
Abril/2012
IAS 20 - CONTABILIZAÇÃO DE SUBVENÇÕES GOVERNAMENTAIS

Normas Contábeis

As normas internacionais e brasileiras de contabilidade que regulamentaram o tema


subvenção e assistência governamentais são semelhantes em seus aspectos relevantes. Tais
normas são apresentadas a seguir:

 Internacional: IAS 20, do International Accounting Standards Boards;

 Brasil: Pronunciamento Técnico CPC 07, do Comitê de Pronunciamentos


Contábeis.

O principal objetivo das referidas normas contábeis é estabelecer os critérios para o


reconhecimento e divulgação das subvenções governamentais recebidas por uma empresa,
bem como orientar a divulgação de assistências governamentais.

Aspectos Conceituais

Assistência governamental

Assistência governamental, tal como é definida no CPC 7, representa a ação de um


governo destinado a fornecer benefício econômico específico a uma empresa que atenda a
critérios pré-estabelecidos.

Subvenção governamental

O CPC 7 define subvenção governamental como um tipo de assistência do governo


em termos de contribuição pecuniária, porém não restrita a ela, concedida a uma empresa
normalmente em troca do cumprimento passado ou futuro de certas condições relacionadas
às suas atividades operacionais. A subvenção governamental pode ser designada como
prêmio, doação. Subsídio, incentivo fiscal, entre outras formas.

Critérios de Reconhecimento

A subvenção governamental, inclusive a subvenção não monetária avaliada a valor


justo, não deve ser reconhecida até que exista segurança de que a empresa receberá a tal
subvenção e cumprirá todas as condições estabelecidas pelo governo.

De acordo com o CPC 7, uma subvenção governamental deve ser reconhecida


como receita ao longo do período confrontada com as despesas que pretende compensar,
em base sistemática, de acordo com o regime de competência, não devendo, portanto, ser
creditada diretamente no patrimônio líquido em conta de reserva de capital, como
acontecia na sistemática antiga. Dessa forma, a parcela do lucro líquido decorrente de
doações e subvenções governamentais para investimento poderá ser destinada a reserva de
incentivos fiscais, sendo excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório, para que a
empresa não venha a perder o benefício fiscal da subvenção. Isso é demonstrado no
exemplo a seguir, em que uma empresa recebeu uma doação de equipamentos no valor de
R$ 1.000.000,00:

Contabilização pela sistemática nova:

Pela doação:

Débito = máquinas e equipamentos (imobilizado – ativo não circulante)

Cŕedito = receita de doações (outras receitas – resultado)

Pela constituição da reserva de incentivos fiscais:

Débito = lucro do exercício (lucros acumulados – patrimônio líquido)

Crédito = reserva de incentivos fiscais (reserva de lucros – patrimônio


líquido)

Contabilização pela sistemática antiga (não mais aceita em BR Gaap):

Débito = máquinas e equipamentos (imobilizado)

Cŕedito = reserva de capital (patrimônio líquido)

Observação

Vale ressaltar que, enquanto não forem atendidos os requisitos para reconhecimento
no resultado, a contrapartida da subvenção governamental registrada no ativo deve ser em
conta específica do passivo.

Apresentação no balanço patrimonial

No balanço patrimonial são aceitos dois métodos de apresentação de subvenção que


não mantenha vínculo com obrigações futuras, relacionadas com ativos:

1) Receita diferida no passivo, sendo reconhecida como receita em base sistemática


e racional durante a vida útil do ativo.

2) Dedução da contrapartida do próprio ativo recebido como subvenção para se


chegar ao valor escriturado líquido do ativo, que pode ser nulo. A subvenção é reconhecida
como receita durante a vida do ativo depreciável por meio de crédito à depreciação
registrada no resultado.
Perda da subvenção governamental

Uma subvenção governamental a ser devolvida pela empresa deve ser reconhecida
como revisão de estimativa contábil.

Conforme o CPC 7, o reembolso deve ser contabilizado contra qualquer crédito


diferido ainda não amortizado que seja relacionado à subvenção governamental. Na
medida em que o reembolso exceder tal crédito diferido, ou quando não existir crédito
diferido, o reembolso deve ser reconhecido imediatamente como despesa.

Por outro lado, o reembolso de subvenção relacionada a ativo deve ser registrado
aumentando o valor escriturado do ativo ou reduzindo o saldo da receita diferida pelo
montante reembolsável. A depreciação adicional acumulada que deveria ter sido
reconhecida até a data como despesa na ausência da subvenção deve ser imediatamente
reconhecida com despesa.

Divulgação

De acordo com a IAS 20 e o CPC 7, uma empresa deve divulgar, em notas


explicativas, as seguintes informações sobre as subvenções governamentais:

 política contábil adotada para as subvenções governamentais, incluindo os


métodos de apresentação adotados nas demonstrações contábeis;

 natureza e montante reconhecidos das subvenções governamentais ou das


assistências governamentais, bem como a indicação de outras formas de
assistência governamental que tenha sido reconhecida;

 condições a serem regulamente satisfeitas às subvenções ou existência de


outras contingências;

 eventuais subvenções a reconhecer contabilmente, após cumpridas as


condições contratuais;

 premissas utilizadas para o cálculo do valor justo;

 informações relativas às parcelas aplicadas em fundos de investimentos


regionais e às deduções ou isenções de tributos em áreas incentivadas.
IAS 33 – LUCRO POR AÇÃO

Objetivo

O objetivo desta Norma é prescrever princípios para a determinação e apresentação


do lucro por ação, de modo a melhorar as comparações de desempenho entre entidades
diferentes para o mesmo período de relatório e entre períodos de relatório diferentes para a
mesma entidade. O foco desta Norma está sobre o denominador do cálculo do lucro por
ação.

Esta Norma será aplicada por entidades cujas ações ordinárias ou ações ordinárias
potenciais sejam negociadas em um mercado público e por entidades que registrem, ou
estejam em processo de registro de, suas demonstrações financeiras junto a uma comissão
de valores mobiliários ou outro órgão regulador para a finalidade de emitir ações ordinárias
em um mercado público. Uma entidade que divulgar lucro por ação calculará e divulgará o
lucro por ação de acordo com esta Norma.

Conceitos

Uma ação ordinária é um instrumento de patrimônio subordinado a todas as demais


classes de instrumentos de patrimônio.

Uma ação ordinária potencial é um instrumento financeiro ou outro contrato que


possa dar, ao seu titular, direito a ações ordinárias.

Uma entidade apresentará na demonstração do resultado abrangente o lucro básico


por ação e o lucro diluído por ação em relação a lucros e perdas de operações em
continuidade atribuíveis aos titulares de ações ordinárias da controladora e em relação a
lucros e perdas atribuíveis aos titulares de ações ordinárias da controladora para o período
de cada classe de ações ordinárias que tenha um direito diferente de participar no lucro do
período. Uma entidade apresentará o lucro básico por ação e o lucro diluído por ação com
igual importância para todos os períodos apresentados.

Uma entidade que informa uma operação descontinuada divulgará o lucro básico
por ação e o lucro diluído por ação da operação descontinuada na demonstração do
resultado abrangente ou nas notas explicativas.
Lucro básico por ação

O lucro básico por ação será calculado dividindo lucros e perdas atribuíveis aos
titulares de ações ordinárias da controladora (o numerador) pelo número médio ponderado
de ações ordinárias em circulação durante o período (denominador).

Para fins de cálculo do lucro básico por ação, os valores atribuíveis aos titulares de
ações ordinárias da controladora em relação a:

(a) lucros e perdas de operações em continuidade atribuíveis à controladora; e

(b) lucros e perdas atribuíveis à controladora serão os valores em (a) e (b) ajustados
pelos valores, líquidos de impostos, de dividendos preferenciais, diferenças resultantes na
liquidação de ações preferenciais e outros efeitos similares de ações preferenciais
classificadas como patrimônio líquido.

Para fins de cálculo do lucro básico por ação, o número de ações ordinárias será o
número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o período. O número
médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o período e para todos os
períodos apresentados será ajustado em relação a eventos, exceto a conversão de ações
ordinárias potenciais, que tenham alterado o número de ações ordinárias em circulação sem
uma mudança correspondente nos recursos.

Lucro diluído por ação

Para fins de cálculo do lucro diluído por ação, uma entidade ajustará lucros e perdas
atribuíveis aos titulares de ações ordinárias da controladora e o número médio ponderado
de ações em circulação, para refletir os efeitos de todas as ações ordinárias potenciais
diluíveis.

Diluição é uma redução no lucro por ação ou um aumento no prejuízo por ação, em
decorrência da suposição de que instrumentos conversíveis sejam convertidos, de que
opções ou bônus de subscrição sejam exercidos ou de que ações ordinárias sejam emitidas
quando da satisfação de certas condições.

Para fins de cálculo do lucro diluído por ação, o número de ações ordinárias será o
número médio ponderado de ações ordinárias calculado de acordo com os parágrafos 19 e
26, mais o número médio ponderado de ações ordinárias que seria emitido na conversão de
todas as ações ordinárias potenciais diluíveis em ações ordinárias.
As ações ordinárias potenciais serão tratadas como diluíveis quando, e somente
quando, sua conversão em ações ordinárias diminuir o lucro por ação ou aumentar o
prejuízo por ação de operações em continuidade.

Uma entidade usa lucros e perdas de operações em continuidade atribuíveis à


controladora como o número de controle para estabelecer se as ações ordinárias potenciais
são diluíveis ou antidiluíveis. Ao determinar se as ações ordinárias potenciais são diluíveis
ou antidiluíveis, cada emissão ou série de ações ordinárias potenciais é considerada
separadamente em vez de no total.

Ajustes retrospectivos

Se o número de ações ordinárias ou ações ordinárias potenciais em circulação


aumentar como resultado de capitalização, emissão de bônus ou desdobramento de ações,
ou diminuir como resultado de desdobramento reverso de ações, o cálculo do lucro básico
por ação e do lucro diluído por ação para todos os períodos apresentados será ajustado
retrospectivamente.
IAS 17 – ARRENDAMENTO MERCANTIL

Introdução

Nos mercados europeu e norte-americano, a International Accounting Standard


17( IAS 1) e seu correspondente norte-americano Statement of Financial Accouting
Standard(SFAS) 13, respectivamente estão sendo aplicados há muitos anos. Esses
pronunciamentos sobre arrendamento foram os primeiros a aplicar o conceito de essência
sobre a forma, pois para ser útil, a informação deve ser confiável, livre de erros ou desvios
relevantes e representar adequadamente aquilo a que se propõe, neste contexto a
confiabilidade assume umas das características mais importantes, pois trata da primazia da
essência sobre a forma, ou seja segundo (Coutinho,2010,p.27) “ a forma econômica deve
prevalecer sobre a forma jurídica”, em circunstâncias específicas, esses pronunciamentos
requerem que uma empresa contabilize em seu balanço patrimonial certos ativos
decorrentes de contratos de arrendamento, independente do fato de ter ocorrido uma
transferência de propriedade legal sobre aquele bem.

Escopo e alcance da Norma

A IAS 17, logo em seus parágrafos 1 e 2, a exemplo de todos os demais


pronunciamentos internacionais, expõe o objetivo e escopo do referido pronunciamento.
No parágrafo 1, o pronunciamento prescreve o tratamento contábil a ser aplicado nos
arrendamentos, tanto para o arrendatário, quanto para o arrendador, bem como as
divulgações requeridas.

No parágrafo 2 comenta sobre os casos em que o pronunciamento não deve ser


aplicado, que são:

 arrendamentos para explorar ou usar minérios, petróleo, gás natural e


recursos similares não regeneráveis.

 Acordos de licenciamentos para itens tais como fitas cinematográficas,


registros de vídeo, peças de teatro, manuscritos, patentes e direitos
autorais(copyrights).

 Ativos dos arrendatários que sejam contabilizados como propriedades de


investimentos(IAS 40).

 Propriedades de investimento proporcionadas pelos arrendadores quando os


arrendamentos forem classificados como operacionais(IAS 40).
 Ativos biológicos dos arrendatários decorrentes de um arrendamento
classificado como financeiro (IAS 41).

 Ativos biológicos proporcionados pelos arrendadores quando os


arrendamentos forem classificados como operacionais(IAS 41).

Objetivo

Estabelecer políticas e critérios contábeis sobre reconhecimento, mensuração e


divulgação de informações de arrendamento mercantis para os arrendadores e
arrendatários.

Aspectos conceituais

Definição de arrendamento

De acordo com a IAS 17, arrendamento é um acordo pelo qual o arrendador


transmite ao arrendatário, em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de
usar um ativo por um período de tempo acordado.

Arrendamento mercantil financeiro: é aquele que transfere ao arrendatário os


riscos e benefícios relacionados à propriedade do bem arrendado, havendo ou não a
transferência do título de propriedade, isto é segundo (Padoveze, 2012,p. 306) “ na
essência econômica da transação, pode tratar-se de um bem que está sendo adquirido por
meio de um financiamento”.

Arrendamento mercantil operacional: é um tipo de arrendamento diferente do


mercantil financeiro, não há transferência substancial ao arrendatário dos riscos e
benefícios inerentes à propriedade do bem arrendado, isto é, segundo (Padoveze, 2012,
p.306), “pode caracterizar-se pela essência econômica da transação como aluguel de
bens”.

Arrendamento mercantil financeiro

Características:

 O arrendamento transfere a propriedade do ativo ao arrendatário no fim do


período do arrendamento.

 O arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera


que seja mais baixo que o valor justo na data final do arrendamento.
 O prazo do arrendamento mercantil reflete a maior parte da vida útil do
ativo.

 No início do contrato, o valor presente dos pagamentos mínimos do


arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente o valor justo
do ativo arrendado.

 Os bens objeto de arrendamento mercantil são de natureza especializada, de


maneira que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes alterações.

 Caso o arrendatário possa cancelar o contrato de arrendamento, as perdas do


arrendador vinculadas a esse cancelamento são de responsabilidade do
arrendatário.

 Os ganhos ou perdas da variação do valor justo do valor residual são


atribuídos ao arrendatário.

 O arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil por


um período adicional com pagamentos que sejam substancialmente
inferiores ao valor de mercado.

Arrendamento operacional

Não havendo a transferência substancial dos benefícios e riscos relacionados à


propriedade do bem arrendado, verificada, principalmente, nas características e situações
descritas anteriormente, o arrendamento mercantil deve ser classificado como operacional.

Demonstrações contábeis do arrendatário

No início do contrato de arrendamento mercantil, a empresa arrendatária deve


reconhecer seus arrendamentos em contas contábeis específicas.

O arrendamento financeiro deve ser refletido no balanço patrimonial pelo


reconhecimento de um ativo e um passivo pelo valor justo do bem arrendado ou, se menor,
pelo valor presente das prestações. Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário, tais
como negociação e garantia de acordos, são somados ao valor reconhecido como ativo e a
depreciação deve ser feita normalmente.

Por exemplo, considerando um arrendamento mercantil de uma máquina será


contabilizado assim:

Débito = máquinas recebidas em arrendamento (ativo imobilizado).

Crédito = arrendamento mercantil a pagar (passivos circulante e não circulante).


Arrendamento operacional deve ser reconhecido na demonstração de resultado
como despesa de arrendamento mercantil.

Exemplo de reconhecimento de arrendamento de edifícios.

Débito = despesas de arrendamento mercantil ( resultado)

Crédito= arrendamento mercantil a pagar(passivo).

Divulgação do arrendamento mercantil financeiro

Sobre os arrendamentos financeiros, a IAS 17 e o CPC 6 determinam que as


empresas arrendatárias divulguem, no mínimo, as seguintes informações em notas
explicativas às demonstrações contábeis:

 Para cada categoria de ativo, valor contábil líquido ao final do período.

 Conciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos do arrendamento


mercantil ao final do período e o seu valor presente. Além disso a entidade
deve divulgar o total dos futuros pagamentos mínimos do arrendamento
mercantil ao final do período e o seu valor presente para cada um dos
períodos:

 Até um ano.

 Mais de um ano e até cinco anos.

 Mais de cinco anos.

 Pagamentos contigentes reconhecidos como despesa durante o período.

 Valor, no final do período, referente ao total dos futuros pagamentos


mínimos de subarrendamento mercantil que se espera que sejam recebidos
nos subarrendamentos mercantis não canceláveis.

 Descrição geral dos acordos relevantes do arrendamento mercantil do


arrendatário incluindo, mas não se limitando, o seguinte:

 Base pela qual é determinado o pagamento contingente a efetuar.

 Existência e condições de opção de renovação ou de compra e cláusulas de


reajustamento.

 Restrições impostas por acordos de arrendamento mercantil, tais como as


relativas a dividendos e juros sobre o capital próprio, dívida adicional e
posterior arrendamento mercantil.
A IAS 17 define pagamento contingente pagamentos contingentes vinculados a
eventos futuros como parte dos pagamentos de arrendamento que não seja de montante
fixado, mas antes baseado na futura quantia de um fator que se altera sem ser pela
passagem do tempo( por exemplo, percentagem de futuras vendas, quantidade de futuro
uso, futuros índices de preços, futuras taxas de juros de mercado).

Divulgação do arrendamento mercantil operacional.

As normas contábeis orientam as empresas arrendatárias a divulgar as seguintes


informações sobre arrendamentos mercantis operacionais em notas explicativas:

 O total dos futuros pagamentos mínimos dos arrendamentos mercantis


operacionais não canceláveis para cada um dos seguintes períodos:

 Até um ano.

 Mais de um ano e até cinco anos.

 Mais de cinco anos.

 O total dos pagamentos mínimos futuros do subarrendamento mercantil que


se espera que sejam recebidos nos subarrendamentos não canceláveis ao
final do período.

 Os pagamentos de arrendamento mercantil e de subarrendamento mercantil


reconhecidos como despesas do período, com valores separados para
pagamentos mínimos de arrendamento mercantil, pagamentos contigentes e
pagamentos de subarrendamento mercantil.

 Uma descrição geral dos acordos relevantes de arrendamento mercantil do


arrendatário incluindo, mas não se limitando ao seguinte:

 Base pela qual é determinado o pagamento contingente a efetuar.

 Existência e condições de opção de renovação ou de compra e cláusulas de


reajustamento.

 Restrições impostas por acordos de arrendamento mercantil, tais como as


relativas a dividendos e juros sobre o capital próprio, dívida adicional e
posterior arrendamento mercantil.

Demonstrações contábeis do arrendador

Reconhecimento do arrendamento mercantil


Os arrendamentos mercantis devem ser reconhecidos no início do contrato nas
empresas arrendadoras da seguinte forma:

 Arrendamento financeiro deve ser reconhecido no balanço patrimonial


como contas a receber(ativos mantidos por arrendamento mercantil
financeiro), por valor igual ao investimento líquido no arrendamento
mercantil.

 Arrendamento operacional deve ser refletido no balanço patrimonial pelo


reconhecimento de um ativo de acordo com a sua natureza. A depreciação é
feita normalmente. A receita é contabilizada no resultado.

Contratos que não são na essência arrendamentos.

O exemplo mais comum de “uma operação que na essência não representa um


arrendamento é um contrato de leaseback”(Young, 2010, p.155), em que se busca na
essência uma forma de levantamento de recursos financeiros mantendo o bem como
garantia, envolvendo a venda de um ativo e o concomitante arrendamento mercantil do
mesmo ativo pelo comprador ao vendedor, o pagamento do arrendamento mercantil e o
preço de venda são geralmente interdependentes por serem negociados como um pacote. O
tratamento contábil do leaseback depende do tipo de arrendamento envolvido.

Caso uma transação de venda e leaseback resulte em leasing financeiro, qualquer


receita de venda obtida acima do valor contábil não deve ser reconhecida imediatamente
por um vendedor-arrendatário como receita, tal valor deve ser diferido e amortizado
durante o prazo de arrendamento mercantil.

Caso a transação de venda e leaseback resulte em leasing operacional , e se a


operação é determinada pelo valor justo, qualquer lucro ou prejuízo deve ser reconhecido
imediatamente.

Principais barreiras para aplicação da IAS 17 no Brasil.

A classificação de arrendamento como financeiro, que não levava em conta a


essência sobre a forma, como forma de planejamento tributário.

A legislação como por exemplo a do Banco Central.


IAS 24 – DIVULGAÇÕES DE PARTES RELACIONADAS

Introdução

A IAS 24 é o normativo que trata da evidenciação de relacionamentos, transações já


efetuadas e compromissos futuros da empresa reportante com suas partes relacionadas.
Apesar de existir a divulgação dos saldo envolvidos, norma não entra no mérito de
mensuração e reconhecimento ativos, passivos, receitas e despesas decorrentes destas
transações entre as partes.

Partes relacionadas condições aplicáveis para ocorrência:

 Uma entidade e a entidade reportante são membros de um mesmo grupo, o


que significa que cada controladora, controladas, direta ou indiretamente,
são relacionadas entre si.

 Uma entidade é coligada ou joint venture de outra entidade ( ou uma


coligada ou joint venture de outra entidade( ou uma coligada ou joint
venture é um membro de um grupo no qual a outra entidade também é
membro.

 Ambas as entidades são joint venture de uma terceira parte.

 Uma entidade é joint venture de uma terceira entidade e a outra entidade é


uma coligada da terceira entidade.

 A entidade é um plano de benefícios pós emprego para benefício dos


empregados de tanto da entidade reportante quanto da entidade relacionada
à reportante. Caso a entidade reportante seja ela própria tal plano, os
empregados patrocinados também são relacionados com a entidade.

 A entidade é controlada ou controlada compartilhadamente por uma pessoa


ou entidade relacionada à reportante.

Controle

Conforme a IAS 24, controlar uma entidade é ter o poder de gerir as políticas
financeiras e operacionais da entidade reportante de forma a obter benefícios econômicos e
financeiros de suas atividades.

Influência significativa
Além da influência por controle, a IAS 24 também considera parte relacionada da
entidade reportante aquela que através de influência significativa pode afetar a posição
econômico-financeira da empresa reportante. A influência é considerada significativa
quando a entidade influenciadora possui poder, por meio de participação acionária, estatuto
ou algum outro tipo de acordo, de participar nas decisões operacionais e financeiras da
entidade reportante, mesmo que não tenha o controle das decisões.

Além das pessoas jurídicas relacionadas nas condições para serem partes
relacionadas, com relação as pessoas físicas consideradas partes relacionadas, os
administradores-chave da empresa reportante e seus familiares mais próximos, que podem
influenciar ou serem influenciados em suas tratativas (de negócios ou não) com a empresa
reportante.

Evidenciação

Embora a IAS 24 não trate da mensuração e reconhecimento de ativos, passivos,


receitas e despesas, decorrentes de transações entre partes relacionadas, é requerido que a
empresa reportante evidencie em nota os termos pelos quais as transações com partes
relacionadas foram feitas. A entidade reportante deve declarar que as transações com partes
relacionadas foram feitas em termos normais de mercado somente quando tal afirmação
possa ser comprovada.

Deve ser considerada a proximidade do relacionamento entre as partes e outros


fatores para determinar o nível de relevância das transações e de suas divulgações, dentre
esses fatores pode ser citado:

 Valores envolvidos.

 Se existem condições contratuais fora das praticas de mercado.

 Se foram realizadas transações que não sejam parte das operações normais
da empresa.

 Se tais transações devem ser reportadas a órgãos reguladores ou sofram


algum tipo de monitoramento por terceiros.

 Se tais transações devem ser reportadas à administração.

 Se tais transações estão sujeitas a aprovação dos acionistas.


Entidades Governamentais Relacionadas

Uma entidade reportante fica isenta de evidenciar a natureza e outros detalhes de


transações entre partes relacionadas, incluindo saldos em aberto e compromissos
assumidos com o governo que possui controle, controle compartilhado ou influência
significativa sobre a entidade reportante, ou outra entidade que seja uma parte relacionada
pelo fato de o mesmo governo possuir controle, controle compartilhado ou influência
significativa sobre ambas as entidades.

Ficando a cargo das entidades reportantes evidenciar transações, individuais e/ou


coletivas, quando afetarem significativamente a posição financeira e o resultado da
entidade reportante.

Se a entidade aplicar a isenção deve evidenciar sobre as transações e os saldos em


aberto, o nome do governo e a natureza do relacionamento com a entidade reportante e
informações com nível de detalhamento suficiente para habilitar os usuários das
demonstrações a entenderem os efeitos das transações com partes relacionadas, tais como
natureza e montante de cada transação individual significativa, e no caso de transações
coletivamente significativas, uma descrição qualitativa ou quantitativa de sua extensão.

Comparação com as norma e praticas contábeis brasileiras.

Com a edição do CPC 5 o Brasil está alinhado com as praticas intenacionais.

Com exceção da parte do item acima de transações governamentais com partes


relacionadas, mas que por serem parte da IAS REVISADA, ainda não foram adaptados a
normas brasileiras.
Bibliografia:
 Padoveze, Clóvis Luis, Gideon Carvalho de Benedito, Joubert da Silva. Manual de
contabilidade internacional : IFRS - US GAAP e BR Gaap: teoria e prática. - São
Paulo : Cengage Learning, 2012.

 Coutinho, Atimo de Souza, Cláudio de Carvalho Mattos, Paulo Henrique Lopes da


Fonseca, Zuinglio José Barroso Braga. Contabilidade Financeira. 2. ed. – Rio de
Janeiro : Editora FGV, 2010. 132p.

 Ferreira, Ricardo J. Contabilidade avançada: teoria e questões comentadas:


conforme a Lei das S/A, normas internacionais e CPC – 4.ed. Rio de Janeiro: Ed.
Ferreira, 2011.

 Young, Ernest &. Manual de normas internacionais de contabilidade: IFRS versus


normas brasileira, Fipecafi.- 2 ed. – São Paulo: atlas, 2010.

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