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Disciplina: TEPII

Docente: Martha Hueb


MATRIZES PROGRESSIVAS COLORIDAS DE
RAVEN

 Criado por J. C. Raven, em 1947, na Grã-Bretanha.

 No Brasil, foi publicado em 1988. Entretanto, fora

revisto e ampliado posteriormente.

 É um teste de inteligência não-verbal.


MATRIZES PROGRESSIVAS COLORIDAS DE
RAVEN

 Sua aplicação é indicada para crianças de 5 a 11


anos e meio de idade.
 Eventualmente, pode ser aplicado em idosos,
pessoas com comprometimento intelectual,
crianças com dificuldades com a língua local ou
portadores de deficiência física.
 Pode ser aplicado individual ou coletivamente.
O QUE O TESTE AVALIA?

 Segundo Spearman, em sua Teoria Bifatorial, o

“fator geral” (g) é composto de dois segmentos:


 capacidade edutiva.

 capacidade reprodutiva.

 O teste Raven avalia a capacidade edutiva do fator g

da capacidade mental.
CAPACIDADE EDUTIVA:

 É a capacidade de extrair um significado de uma

situação confusa; de ir além do óbvio; de desenvolver


novas compreensões. Além da solução de problemas,
envolve também a identificação destes, sua re-
conceituação em um campo total e o monitoramento
de tentativas de soluções com as informações
disponíveis.
CAPACIDADE REPRODUTIVA:

 Compreende o domínio, lembrança e reprodução de

materiais que constituem uma base cultural de


conhecimentos explícitos.
ESQUEMA:

Capacidade Edutiva

Fator G

Capacidade Reprodutiva
Spearman - Teoria bifatorial

Fator S (Habilidades Específicas)


MATRIZES PROGRESSIVAS COLORIDAS DE
RAVEN

 Apesar de ser um teste de inteligência, o teste Raven não

consiste em uma forma correta de se selecionar crianças


bem-dotadas, uma vez que seu objeto de avaliação não
corresponde diretamente à inteligência geral da criança e
suas variadas formas de manifestar-se.

 Ainda, é importante ressaltar que o teste não é um

instrumento que deve ser levado em conta isoladamente, já


que existem componentes afetivos e conativos que possam
interferir na atividade cognitiva da criança.
COMPOSIÇÃO DO TESTE:

 Pode apresentar-se em forma de tabuleiro ou

caderno, sendo que, no Brasil utiliza-se a forma de


caderno para a aplicação.

 O teste constitui-se por 36 itens no total, planejados

para avaliar desde o desenvolvimento mental até a


maturidade intelectual da criança, com seus devidos
processos de raciocínio perceptivo.
COMPOSIÇÃO DO TESTE:

 Tais itens são subdivididos em 3 séries de 12 itens

cada (A, Ab, B), apresentando, desta forma, uma


complexidade progressiva.
SÉRIE A:

 Avalia a capacidade da criança de completar padrões

contínuos, que mudam em uma, e posteriormente


em duas direções ao mesmo tempo.
SÉRIE AB:

 Avalia a capacidade da criança de perceber figuras

discretas como um todo, relacionando espacialmente


e de escolher figuras que completem o desenho
proposto.
SÉRIE B:

 Contém problemas envolvendo analogias suficientes

para averiguar se a criança é capaz de avaliar ou não


de raciocinar de forma mais abstrata.
APLICAÇÃO INDIVIDUAL:

 A criança deve ser orientada a olhar atentamente o

desenho e de que esteja convencida de que o pedaço


apontado será aquele que poderá completar a figura.

 A orientação pode ser realizada da seguinte forma:


 “Olhe para este desenho.”

 “Como você vê, este é um desenho do qual foi tirado um pedaço.


Cada um desses pedaços abaixo tem a forma certa para completar
o espaço, porém apenas um deles é o pedaço certo.”
APLICAÇÃO INDIVIDUAL:

 O item A1 deve ser utilizado como exemplo. Se a criança


errar o A2, deve-se explicar novamente o item A1. Se a
criança acertar este, a criança deve responder novamente
ao item A2 e posteriormente, proceder para o item A3.
 Tal procedimento pode ser realizado do item A2 ao item
A5.
 O aplicador deve marcar cada resposta da criança na
Folha de Respostas, de acordo com o item
correspondente.
APLICAÇÃO COLETIVA:

 Não devem ser testadas em mais do que 8 ou 9

crianças em cada grupo.

 Deve ser realizada somente por crianças acima de 8

anos, ou que estejam, no mínimo, na 2ª série (3º


ano).
CORREÇÃO

 A correção deve feita utilizando-se o Crivo de Avaliação,


atribuindo 1 ponto para cada resposta certa.
 A pontuação total corresponde ao número total de acertos, que
posteriormente deve ser transformada em percentil, de acordo
com a tabela correspondente:
 População Geral
 Escola Pública
 Escola Privada

Cada tabela leva em conta o número de acertos e a idade da


criança para a apuração dos percentis.
 Após a consulta na tabela correspondente, a criança é

classificada de acordo com o escore obtido pelo seu percentil:

TABELA: Manual - página 131


Exemplo:

 Será demonstrado agora um exemplo de uma Folha de

Respostas já preenchida pelo aplicador.

 Em sua correção, o aplicador utilizou-se do Crivo de

Respostas para marcar as respostas certas (+) e as erradas


(-) devidamente.

 Posteriormente, você poderá observar que a Folha de

respostas foi completamente corrigida pelo aplicador,


podendo, assim, iniciar a contagem da pontuação obtida
pela criança e depois verificar o seu percentil.
+
+
+
+
+
+
-
+
-
Atenção!

 Os horários de início e fim do teste devem ser anotados

no local adequado da Folha de Respostas.

 Não há limite de tempo, embora se possa analisar a

qualidade das respostas diante da rapidez da execução.

 Se a criança estiver na escola, não esquecer de observar

o tipo da mesma no qual a criança se encontra para


obter, desta forma, seu percentil correto.
Referência:

 ANGELINI, A. L. et al. Manual Matrizes Progressivas Coloridas

de Raven: escala especial. São Paulo: Centro Editor de Testes e


Pesquisas em Psicologia, 1999.

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