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O Uso

de joias na Bíblia

Tel. Angelo Gomes Sarmento


A igreja começou a afirmar uma posição com
respeito ao uso de joias durante as décadas de 80 e 90,
Devido aos bombardeios de teólogos sociólogos e
outros membros da igreja adventista. O uso de joias
acabou se tornando um fator de divisão da igreja, logo
artigos livros e revistas foram produzidos com o estudo
do tema.
JOIAS NO ANTIGO TESTAMENTO

No Antigo Testamento encontramos diferentes tipos de joias


com diferentes funções. ( Pv.25:12), fivelas, brincos, anéis,
ornamentos para o pescoço e o busto da mulher . (Ex 35: 22)
argolas ( Jz 8:24), correntinhas para o ternozelo (Is 3:20), Pulseiras
(Gn 24:22), colares (Ez. 16:11) e outros. As joias era um vínculo de
expressão de práticas e convicções culturais, sociais, religiosas,
mágicas e até mesmo sua posição na sociedade.
1. JOIAS USADAS COMO ADORNO

Is 3:16-23, as mulheres israelitas colocavam as suas joias para


se embelezarem atraindo a sua atenção para a sua orgulhosa
pessoa. (Ex. 28:2, Ez 16:11-15, 23:40, Cc 5:14 etc).
Ex. 28: 2 nos vemos o sumo sacerdote usado joia para o
embelezamento.
(Vemos claramente que as joias foram prescritas especificamente
para ele)
Suas joias eram bonitas e singela na sua apresentação. As
pedras semi preciosas eram gravadas os nomes das doze tribos de
Israel. As joias pertenciam ás vestes sacerdotais e, portanto, deviam
ser usadas sempre que ele oficiasse como um sacerdote.
Nenhum item de joias sacerdotais eram colocadas
diretamente sobre o seu corpo, mas sim sobro o seu
traje. A remoção das vestes seria a remoção das joias. O
uso delas no sumo sacerdote não trazia nenhum dano a
seu corpo como por exemplo a perfuração das orelhas e
do nariz. (O uso das joias foram prescritas
exclusivamente para o sumo sacerdote, e não para os
Israelitas no geral. O AT não recomenda nenhuma joia
religiosa para uso dos Israelitas afim de indicar que
adoravam a Jeová.
2. USADAS COMO MOEDA
O servo de Abrão deu a Rebeca um pendente de ouro pesando meio siclo e um
par de pulseiras pesando dez siclos de ouro como forma de pagamento de seu
trabalho ( tirar água para os camelo) (Gn. 24:22)

3. EVIDÊNCIAS DE RIQUEZA
O plano de Deus era que o povo de Israel deixassem o Egito como vitoriosos de
uma batalha. O povo Egípcio entregaria aos Israelitas voluntariamente suas joias
enriquecendo dessa maneira, cumprimento a profecia dada a Abraão (Gn
15:14), de que seus descendentes sairiam do Egito com grandes riquezas
4. SÍMBOLO DE STATUS SOCIAL
5. SÍMBOLO DE PODER/ AUTORIDADE
6. USADAS COMO OFERTA.
7. FUNÇÃO RELIGIOSA
Quando o senhor quis fazer uma restrição de do povo de Israel não requereu o
uso de Joias, mas requereu um acessório particular não o uso de joias ( Nm
15:37-41)
8. FUNÇÃO MÁGICA
(Gn 35:4) o Senhor ordena a Jacó e as pessoas que estavam com
ele em direção a Betel se desfizessem de suas Joias. A implicação aqui
é que esse tipo de joia era incompatível com o culto a jeová.
(Êxodo 33:4-6) Deus ordena que os Israelitas removessem as suas
joias, logo após o acontecimento do bezerro de ouro. “Isso sugere que
a remoção de joias como sinal de arrependimento e lamentação não
foi uma atitude temporária, mas continua. Tornou-se um regulamento
perpétuo, um manifestação constante da dependência e confiança
dos israelitas na graça perdoadora de Deus.
As descobertas arqueológicas sugerem que as joias não eram
habituais entre os israelitas.
Na mitologia Grega do Antigo Oriente próximo o Jardim dos
deuses era embelezado com pedras preciosas. Isso não faz parte da
Criação de Cristo, as pedras e metais estavam localizados fora do
Jardim (Gn 2:11-12).
Na Criação de Adão e Eva joias não desempenharam
papel nenhum e nem faz referência a elas quando Deus
providenciou roupas para eles ( Gn 3:21). (Aqui está
implícito a desvalorização do uso de joias como adorno
pessoale como definição ou representação do Status
social., poder e autoridade de alguém. Se fosse o caso Jeus
colocaria pedras preciosas no pescoço de adão e Eva para
demosntrar superioridade sobre os animais.
Por que então Deus fez ouro e metais preciosos para
embelezar a terra e eles vão ser usados para embelezar a
cidade Santa (Is 54:11,12. Ap 21:15-21)
Notamos claramente que o povo de Israel usavam
joias, mas isso não necessariamente refletia a atitude da
religião israelita bíblica para com as joias.
O USO DE JOIAS NO NOVO TESTAMENTO
1. Usadas como adorno
Uma referência clara ao uso de joias como adorno pessoal
também se encontra na descrição de Babilônia, a prostituta
apocalíptica. Ela é descrita como rainha, “vestida de púrpura e de
escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas” (Ap.
17: 4; 18:16). Nesse caso particular, “ouro” designa “ornamentos de
ouro”. Em alguns aspectos, a descrição dessa mulher é semelhante
à de Israel, em Ez 16. A nação é retrata como uma rainha, ricamente
vestida e adornada, a qual rejeitou o senhor e se prostituiu com os
reis da Terra. Eles iriam destruí-la e remover-lhe as joias (16:39,40).
No Apocalipse, a meretriz escatológica será odiada pelos reis da
Terra, que “a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes,
e a consumirão no fogo” (17:16).
1.Usadas como moeda.
2.Evidência de riqueza.
3.Símbolo de Status social.
4.Símbolo de poder/ autoridade.
5.Usadas como oferta.
ATITUDES DO NOVO TESTAMENTO PARA COM AS JOIAS
As mais direta rejeição das joias como adorno é encontrada em 1 Pedro 3:1-
6, 1 Timóteo 2 e 10. As mesmas características mencionadas nos textos e
relatadas nas características de Babilônia (Ap. 17:4)------diferente de apocalipse
12:1
Sem dúvida, o contraste existente na forma como essas duas mulheres
estavam vestidas e adornadas é significativo e pode ter sido instrutivo para a
igreja, ao procurar ela definir e estabelecer sua identidade na sociedade como o
instrumento de Deus. Mas o fato de que ela representa o povo de Deus através
dos séculos poderia ilustrar a simplicidade de vestuário daqueles que fazem
parte do povo de Deus. O contraste, na realidade, está entre os falsos e os
verdadeiros adoradores de Deus.
No Novo testamento nós encontramos o uso de joias como adorno pessoal
explicitamente mencionado e rejeitado.
ANÁLISE DE 1 PEDRO 3: 1-6
A maior parte dos conselhos eram dirigidas as esposas por que a maior
parte delas eram casadas com descrentes. É pedido para se submeter as seus
esposos para servir de testemunho na sua conduta Cristã.
Frisado no cabelo: Era um estilo elaborado de pentear-se fazendo tranças, de
altura fora do comum, e que as vezes era “sustentado por um arame ou lasco”.
Sem dúvida, “esses penteados requeriam tempo para serem construídos, às
vezes por meio de um ferro de fazer cachos e frequentemente com a ajuda de
uma escrava. Eram enfeitados com intocáveis lantejoulas de ouro ocultando
quase inteiramente o cabelo, brilhando e reluzindo a cada movimento da
cabeça.
Aparato de vestuário: Pedro está interessado num tipo de traje que seja
compatível com o espirito e os valores Cristãos.
Pedro relato a importância dessas mulheres conquistar seus esposos com
conteúdo Cristão e não aparência exterior. A Beleza do coração se expressa no
incorruptível trajo de um espirito mando e tranquilo. A implicação é que o adorno
exterior é perecível e pertence à esfera do efêmero, carente do valor perene. Ele
descreve para a igreja aquilo que o senhor sempre esperou de seu povo desde o
antigo testamento. O que era apropriado para as santa mulheres de Israel é ainda
valido para as mulheres de hoje.
Quando contrastado com o “Espírito Manso”, o adorno exterior se torna
expressão de uma atitude inquieta, símbolo de uma necessidade, até mesmo a
busca da paz interior que não foi satisfeita mas deve ser plenamente suprida pelo
evangelho. Daí esse adorno ser incomparável com os frutos da mensagem Cristã.
Seu adorno tinha o propósito de fixar limites, estabelecendo distinções religiosas
com respeito a outras nações.
Essa distinções envolvem muito meios em nossa vida vestimentas, adornos,
falar, se portar etc...
A implicação é que o cristianismo é tão valioso e atraente que, se for posto
em prática, embelezará a vida dos crentes, tornando-os pessoas honradas e
respeitadas na sociedade dentro da qual vivem.
ANÁLISE 1 TIMÓTIO 2: 9-10
O capítulo dois começa fazendo um apelo para que fizessem orações
intercessoras pelos líderes.
O verso oito está ligado ao verso nove, pois vemos uma continuação “Da
mesma forma”... Homens orando e mulheres se portando nas vestimentas.
(Especificamente com respeito a adornos).
Baseados no exemplo que Paulo dá, podemos concluir que ele rejeita o
adorno que tenha o simples propósito de estabelecer distinções sociais na igreja,
talvez separando os ricos dos pobres, e que seja chamativo, incompatível com o
espirito de modéstia e decência. Em lugar desse tipo de adorno, ele apela para as
boas obras, que são uma expressão da entrega do indivíduo a Deus. Vem implícita
a ideia de que aquilo que usamos constitui uma declaração de nossos valores e do
objetivo de nosso verdadeiro compromisso. Para aqueles que temem ao senhor, o
adorno ostensivo deve consistir na prática de boas obras em favor do outro.
CONCLUSÃO
As escrituras deixam claro que as joias ornamentais não deviam fazer parte
do adorno do povo de Deus.
No Novo Testamento onde encontramos as joias como basicamente
ornamentais, as passagens bíblicas são claras ao rejeitá-las e ao descrever a
natureza do verdadeiro adorno pessoal como a prática das virtudes cristãs na vida
diária do crente ( 1 Tm 2:9, 10; 1 Pe 3: 3-6).
Podemos resumir dizendo que a bíblia rejeita o uso de joias ornamentais por
parte do povo de Deus, enquanto ao mesmo tempo aceita ou tolera o uso restrito
de algumas joias funcionais.
Mas o que Joias funcionais e adornos?
O que precisamos perguntar é, qual é o proposito principal dessa peça de
joalheria em nossa própria cultura? Se formos incapazes de encontrar um
propósito então é um adorno.
Geralmente, mas não exclusivamente, as joias de adorno
assumem a forma de brincos, pendentes para o nariz,
braceletes, anéis, colares e tornozeleira, usados para realçar a
aparência da pessoa. Em certa medida, essa é a definição
explícita de joia ornamental que encontramos no “Voto Sobre
Ostentação e Adorno”, tomado pela Associação Geral durante o
Concílio Anual de 1972. Ele declara: “Que na área do adorno
pessoal, não sejam usados colares, brincos, braceletes, anéis
com pedras e outros áneis ornamentais”.
É óbvio que as joias funcionais pode ser confeccionada de
tal modo que sua função de adorno se evidencie acima de
qualquer outro propósito útil. Nesse caso, deve ser considerada
imprópria para ser usada por um Cristão.
As joias funcionais devem ser avaliadas sobre três aspectos:
simplicidade, modéstia e economia.
A pessoa que tiver um relacionamento pessoal de amor com o
abnegado Cristo, abster-se-á de usar joias e todos os adornos que
deem evidência de orgulho e não se harmonizem com os princípios
Cristãos de humildade, negação do próprio eu e sacrifício. Cristo
lhe adornará o coração e a vida com as virtudes Cristãs, e ela
atentará alegremente ao conselho apresentado em 1 Timóteo 2:9-
10, o qual, embora dirigido especificamente ás mulheres, contém
princípios aplicáveis a todos os Cristãos.
Nesta hora final da história terrestre, a igreja não deve
rebaixar suas normas, embaçar sua identidade ou abafar seu
testemunho, mas deve com renovada ênfase prestar forte apoio ás
normas e aos princípios que têm distinguido a igreja remanescente
através de sua história, conservando-a separada do mundo.

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