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Universidade Federal do Amazonas – UFAM

Instituto de Saúde e Biotecnologia – ISB


Campus Médio Solimões – Coari
Bacharelado em Enfermagem

Desequilíbrio Eletrolítico:
Hipermagnesemia e Hipomagnesemia
Discentes: Marcella Ramos de Souza; 21603305.
Paula Christine Feitosa de Castro; 21603306.
Raynah Leticia Feitosa Torres; 21603710.
Yara da Silva dos Reis; 21603303.

Docente: Deyvylan Araújo Reis


Disciplina: Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem
Abril/2018
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Distúrbio do Magnésio

 O magnésio é o quarto cátion mais abundante no organismo, e o segundo cátion


mais prevalente no meio intracelular. É essencial para a função de enzimas
importantes, metabolismo energético celular, estabilização de membranas,
condução nervosa, transporte iônico e atividade dos canais de cálcio.
 O rim é o principal órgão envolvido na homeostase do magnésio corporal total,
aproximadamente 95% do magnésio filtrado é reabsorvido pelo néfron e o rim
pode diminuir até 0,5% sua excreção devido à diminuição da ingestão,
aumentos de perdas intestinais ou com a redistribuição do espaço extra para o
intracelular.
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 Em função da maior quantidade de magnésio se encontrar no intracelular ou no


osso, os níveis séricos não refletem o magnésio corporal total. Os níveis de
magnésio sérico estão entre 1,8 a 2,3 mg/dL. Muitos fatores, tanto hormonais
quanto não hormonais (como PTH, calcitonina, glucagon, vasopressina,
restrição de magnésio, distúrbios acidobásicos e depleção de potássio)
influenciam nos níveis de magnésio.
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Definição
 A hipomagnesemia é a concentração anormalmente baixa de magnésio no
sangue. Suas causas gerais são a diminuição da ingestão e absorção de magnésio,
o deslocamento do magnésio do plasma para sua forma ligada inativa e a
eliminação de magnésio aumentada. Os sinais e sintomas são semelhantes aos da
hipocalcemia, porque a hipomagnesemia também aumenta a excitabilidade
neuromuscular.
 A hipermagnesemia é a concentração anormalmente alta de magnésio no sangue.
O estágio terminal de doença renal provoca hipermagnesemia, a menos que o
indivíduo diminua a ingestão de magnésio para contrabalançar a redução na
eliminação. Os sinais e sintomas são causados pela diminuição da excitabilidade
neuromuscular, sendo que os mais comuns são a letargia e a diminuição dos
reflexos tendinosos.
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Manifestações Clínicas
 Hipomagnesemia
 A maioria dos pacientes com hipomagnesemia são assintomáticos e associados
a outros distúrbios, hipocalcemia, hipocalemia o que torna a distinção dos
sintomas difícil. Os principais sistemas associados às manifestações clínicas na
hipomagnesemia são o cardiovascular e neuromuscular.
 Hipocalcemia geralmente está presente na hipomagnesemia grave e seu grau
parece estar relacionado à gravidade da depleção de magnésio.
Hiperexcitabilidade neuromuscular pode estar presente com sinais de Chvostek
e Trousseau positivos, convulsões, coma e até mesmo óbito podem ser gerados
pela hipomagnesemia. O efeito mais ameaçador à vida do distúrbio são as
arritmias ventriculares como o Torsades de Pointes.
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Manifestações Clínicas

 Hipermagnesemia
 Os pacientes com hipermagnesemia moderada (4 - 12,5 mg/dL) podem exibir
sinais e sintomas, incluindo náuseas, vômitos, reflexos tendinosos profundos
abolidos, hipotensão e bradicardia. Já a hipermagnesemia grave (> 12,5-32
mg/dL), pode resultar em insuficiência respiratória, hipotensão refratária,
bloqueio atrioventricular, parada cardíaca e morte.
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Tratamento

 Hipomagnesemia
 Na vigência de hipocalcemia, sempre deve ser dosada a magnesemia. A
hipomagnesemia aguda deve ser corrigida por via endovenosa com soluções
como o sulfato de magnésio cujas apresentações podem ser a 10, 20 ou 50%.
Cada ampola de sulfato de magnésio a 10% fornece 8,1 mEq de magnésio e a
dose máxima diária de magnésio recomendada é de 48 mEq. Alternativamente,
a administração do sulfato de magnésio pode ser intramuscular.
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Tratamento
 Hipomagnesemia
 A reposição de magnésio para perdedores crônicos (por exemplo, presença de
ileostomia de alto débito), pode ser feita com o pidolato ou com o cloreto de
magnésio (disponíveis comercialmente) ou com manipulações a base de
carbonato ou óxido de magnésio para uso oral. Um efeito indesejado frequente
é a ocorrência de diarréia.
Tratamento da hipomagnesemia – dose 48 mEq/dia
 Sulfato de magnésio 10% - 10 ml (0,81 mEq/ml)
 Sulfato de magnésio 20% - 10 ml (1,62 mEq/ml)
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Tratamento

 Hipermagnesemia
 Os pacientes com hipermagnesemia sintomática grave, devem receber cálcio
por via venosa para reverter os efeitos cardiovasculares e neuromusculares.
Deve-se administrar cloreto de cálcio de 500 - 1000 mg (7,8-13,6 mEq de
cálcio) através de um cateter venoso central durante 5-10 minutos e repetir até
que os sintomas desapareçam. Em casos de pacientes sem acesso venoso
central, administrar 1-3 g de gluconato de cálcio (4,56- 13,7 mEq de cálcio)
com infusão durante 3-10 minutos. Pacientes com hipermagnesemia
assintomática podem ser tratados com restrição de magnésio, diuréticos de
alça, ou hemodiálise.
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Tratamento

 Hipermagnesemia
 Fármacos que contenham magnésio devem ser evitados em pacientes com
insuficiência renal. Níveis séricos de magnésio devem ser monitorados pelo
menos uma vez por dia durante o tratamento. Monitorização mais frequente
dos níveis séricos de magnésio podem ser necessárias em pacientes
sintomáticos, quando o tratamento mais agressivo é usado (por exemplo,
diuréticos de alça, hemodiálise). A concentração de magnésio no soro deve ser
mantida no intervalo normal (1,5 - 2,4 mg/dL) e hipomagnesemia evitada
durante o tratamento.
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Intervenções de Enfermagem

 Hipomagnesemia
O tratamento da hipomagnesemia moderada à grave deve incluir admissão
hospitalar com monitorização hemodinâmica, estado neurológico e eletrólitos
séricos.
Durante o tratamento de reposição, o Magnésio sérico e reflexos tendinosos
profundos devem ser monitorizados cuidadosamente, especialmente em pacientes
com insuficiência renal. Se o paciente se tornar fraco ou perder os reflexos
tendinosos profundos, interromper a infusão imediatamente.
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Intervenções de Enfermagem

 Hipermagnesemia
Concentrações de Magnésio devem ser monitorizadas durante a intervenção
terapêutica. Se a concentração não retornar a níveis considerados normais,
correções posteriores podem ser necessárias. Balanço hidroeletrolítico, avaliação
cardíaca e balanço acidobásico também devem ser monitorizados.
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Referencias

 Potter, Patricia. Fundamentos de enfermagem / Patricia A. Potter, Anne Griffin


Perry ; editores das seções May Hall, Patricia A. Stockert ; [tradução de Mayza
Ritomy Ide… et al.]. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2013.
 Desequilíbrios hidroeletrolíticos na sala de emergência. Valeria de Freitas
Dutra , Fernando Sabia Tallo, Fernanda Teles Rodrigues , Letícia Sandre
Vendrame, Renato Delascio Lopes, Antônio Carlos Lopes. Rev Bras Clin Med.
São Paulo, 2012 set-out;10(5):410-9.
 BRUNNER & SUDDART, Manual de Enfermagem médico – cirúrgica /
revisão técnica Sonia Regina de Souza; Tradução Patricia Lydie Voeux. – 13
ed. – Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2015.

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