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O banho das crianças

no Tuatuari II, de Júlio Pomar


TEORIAS DA ARTE PORTUGUESA

BEATRIZ PERES, 10459


CIÊNCIAS DA ARTE E DO PATRIMÓNIO
Júlio Pomar

 1926-2018, Lisboa
 Pertenceu ao círculo de Vespeira, Dacosta, Reinaldo
dos Santos e Almada Negreiros

 A dada altura neorrealista; caráter político, moral e


ativista na sua pitura
 Diluição da forma, uso do acrílico e cores primárias,
fortes e sem transparências
Júlio Pomar

Júlio Pomar,O almoço do


trolha, 1946-50,
Júlio Pomar, O ganhadeiro, 1945
Ingres, Banho Turco,
1862,

Júlio Pomar, O banho


turco, 1971,
Júlio Pomar, Almada I,
1970 Júlio Pomar, Graça Lobo,
Laranja, 1973,
Título: O banho das crianças no Tuatuari II
Material: Acrílico, carvão e pastel sobre tela, 195 x 390 cm
Ano: 1997
Local: Coleção/Acervo do Museu-Atelier Júlio Pomar -
Lisboa
“no acampamento, Hotel de Mil Estrelas como Roberto lhe chamava (...),
acomodaram-me o mais belo atelier que jamais terei. Numa das poucas
sombras, sob uma lona, uma mesa coxa, duas cadeiras de dobrar. (...) O
índio, tão curioso dos hábitos do homem branco como nós dos deles (...).
E durante as horas sem fim que a boa conversa durava, eu ficava
impedido de fazer o que quer que seja. Aprendi também a evitar a
saborosa desordem do plano de trabalho. O índio quer tudo, mexe em
tudo e leva consigo quanto lhe dá na vontade. Utensílios, cadernos de
desenho, fotos, o pouco material a que me condicionara tinha de o
conservar arrecadado nas sacolas que me acompanhavam sempre e das
quais eu não tirava senão o estritamente necessário”.
entrevista de Alexandre Melo a
Júlio Pomar, em 1998,
Desenhos da série “Índios”,
serigrafias
'Kuka-Huka II', 1989 - Julio
Pomar
 “Comecei por pintar o índio como uma figura numa
paisagem, embora, esta, eu a fizesse bem sumária.
Mas o meu apetite de formas, a minha necessidade
de que o que aparece no quadro se imponha e me
imponha a sua verdade, a sua evidência, levou-me a
trazer o índio do fundo do quadro para a frente da
tela, a deixá-lo ultrapassar os limites do marco, o
qual passou a quadrar planos aproximados dos
grandes corpos nus.”.
entrevista de Alexandre Melo a
Júlio Pomar, em 1998,
Referências

 Júlio Pomar. Da Cegueira dos Pintores (trad. Pedro


Tamen). Lisboa: Edições D. Quixote, 1986
 Júlio Pomar. Notas sobre uma Arte Útil - Parte
escrita I. Edição: Documenta / Atelier-Museu.
Lisboa: 2014
 Júlio Pomar/Alexandre Pomar. Júlio Pomar:
Catalogue Raisonné I e II, Peintures, Fers et
Assemblages. Paris: Éditions de la Différence, 2001

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