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RAQUEL CARDOSO

Artistas
contemporâneos
brasileiros
➢Profundas inquietações + liberdade
criadora, sem compromissos institucionais.
➢Novos caminhos da arte: outros recursos e
materiais.
➢Todos os meios artísticos são experiências
válidas para a arte: ‘interritorialidade’ das
diversas linguagens;
➢Predomínio da valorização a ideia sobre o
objeto artístico.
• Nem sempre construída com
o novo e original ->
retomada e reinterpretação
de tendências estéticas do
passado.
• Intertextualidade.
• Metalinguagem: reflexão
sobre a própria arte;
• O significado da obra de arte
nasce do contexto
específico em que ela existe.
• Fragmentação de
informações.
Vik Muniz. Mona Lisa in Peanut Butter & Jelly, 1999.
TEMÁTICAS DA ARTE
CONTEMPORÂNEA:
❑RELAÇÕES DOS OBJETOS
COM O ESPAÇO DA
GALERIA.
❑O CONCEITO SOBRE A
OBRA DE ARTE.
❑O PROCESSO DE CRIAÇÃO.
❑A VISÃO E PARTICIPAÇÃO
DO ESPECTADOR.
❑O CORPO DA ARISTA.
Flávio de Carvalho: além da sua época
Experiência nº 2
Atravessar procissão Corpus Christi, 1930.
Boné de feltro verde.
Olhar lascivo.
Flávio de Carvalho

Série Trágica

1947. Grafite sobre papel, 69,4 x 50,4 cm (9 desenhos)


“Era quinta-feira, 18 de outubro de 1956, por volta das três horas da
tarde, quando Flávio de Carvalho desfilou pelas ruas do centro de
São Paulo com o traje que havia concebido para o homem dos
trópicos. Como o evento havia sido anunciado à imprensa, uma
pequena multidão, entre jornalistas e curiosos, esperava-o descer
de seu escritório na rua Barão de Itapetininga. Dali, o desfile,
acompanhado de perto por um número a cada instante maior de
pessoas(...)”

EXPERIÊNCIA Nº 3: NEW LOOK


ADRIANA VAREJÃO
Mapa de Lopo Homem II Filho Bastardo
2004, óleo sobre madeira e linha de sutura • Novos formatos para matérias/ técnicas tradicionais. 1992, óleo sobre madeira
❑reinterpretação de
tendências estéticas do
passado.

Figura de
Convite II 1998,
Adriana
Varejao
Adriana
Varejão, Azulejari
a “De tapete” em
carne viva, 1999,
óleo sobre tela e
poliuretano em
suporte de
alumínio e
madeira, 59 x 74
3/4 x 9 3/4".
Proposta para uma Catequese - Parte I
Díptico: Morte e Esquartejamento, 1993,
Adriana Varejão, óleo sobre tela,
165.00 cm x 195.00 cm
Celacanto Provoca Maremoto, 2004 - 2008, óleo e gesso sobre tela, 110 X 110 cm cada
Predomínio da valorização a ideia sobre o O significado da obra de arte nasce do contexto específico em
objeto artístico. que ela existe.

Azulejaria verde em carne viva Folds 2


2000, óleo sobre tela e poliuretano em suporte de 2003, óleo sobre tela e poliuretano em suporte de
alumínio e madeira alumínio e madeira
“Queermuseum – Cartografias da
Diferença na Arte Brasileira”.

utamaro-kitagawa, gravura erótica japonesa

"Cenas do Interior II", de Adriana Varejão


Criança Viada – Bia Leite
Arthur Bispo do Rosário

• Artista pelo acaso;


• Colecionismo/ organização estética;
• Objetos cotidianos;
• Relação com a fé/ crença.
Apropriação de objetos cotidianos – Emprego, na obra, de objetos retirados diretamente do cotidiano

Utilização de materiais rudimentares que fogem da tradição artística.


Artesania – Fazer manual e moroso por meio do bordado, construção, encaixe
e outros procedimentos artesanais.

Inventário – O artista recolhia uma diversidade de objetos cotidianos a fim de constituir


uma espécie de mapeamento da realidade concreta
Colecionismo – Apresentação de vários tipos de um mesmo
objeto cotidiano.
LEONILSON

O homem certo com o molde certo. nanquim e aquarela sobre papel Jogos perigosos, 1990
Isolado frágil oposto
urgente confuso, 1990

•Subjetividade;
•Uso da palavra do bordado;
•Intensidade pelo mínimo;
•Diário gravado com falas, sonhos.

Gigante com Flores, 1992


Beatriz Milhazes

• Bidimensional
• Entre Figuração e
ornamentalismo
• Colagem: Matisse e
Guinard
Beth Moysés
• Manipuladora de
mitos bordados à
tapeçaria do universo
feminino: casamento,
amor, romantismo.
Kátia Canton
• Diversas mídias
(instalação,
performances
públicas, objeto,
fotografia, desenho).
Forro de
sonhos
pálidos (1996)
“Um Pedaço de Mim", dependurado à altura de um caixão,
marca um rito de passagem.

Ursulina (Camisola de Núpcias de Minha Avó) Camisola,


flores e tela
Articulação de diferentes
linguagens – dança,
música, pintura, teatro,
escultura, literatura etc.

Participação do
público/fruidor/esp
ectador, para
interagir com a
obra.
Busca de uma maior
aproximação com a
vida, com a realidade
cotidiana atual, com
as coisas do mundo,
da natureza, da
realidade urbana.
(UEL 2012 - ADAPTADA) No texto a seguir, a artista brasileira Beth Moysés descreve
uma performance realizada por ela.
Tem uma performance em que as mulheres, vestidas de noiva (eu fiz esse trabalho
em Montevidéu, em Las Palmas, nas Ilhas Canárias, e em Cáceres, na Espanha),
caminham para uma praça, sentam-se em círculo e colocam luvas transparentes nas
mãos. Com um fio preto e uma agulha elas vão bordando; como a luva é
transparente, elas bordam a linha da vida pensando na vida delas, em tudo o que
passou. Quando o bordado está pronto, elas tiram as luvas, como se descascassem a
pele antiga e começassem uma nova vida. (CANTON, K. Da Política às micropolíticas.
São Paulo: Martins Fontes, 2009. p.48-49.)
Com base no texto, na imagem
e nos conhecimentos sobre o
tema, diferencie o teatro,
performance e happening.
O TEATRO é uma forma de arte na qual um ou vários atores
apresentam uma determinada história, planejada e ensaiada, que
desperta na plateia sentimentos variados. Na PERFORMANCE,
nenhuma apresentação é igual a outra, elas são mais experimentais e
antinarrativas, valorizando a originalidade mais que o ensaio.
Geralmente, não tem começo nem fim, pois é um pedaço do processo
criativo do artista que é exposto ao público. Por esse motivo, o artista
performático raramente ‘representa’ outro, em vez disso, permite que
a sua multiplicidade de egos e vozes se apresente ao público. A
performance pode contar ou não com a participação do público,
enquanto no HAPPENING (ou acontecimento), essa participação é
fundamental, o que lhe confere um caráter muito mais imprevisível
que o teatro e a performance. Assim, a improvisação da cena conduz
o happening ao acaso e à espontaneidade. Geralmente não há trama,
nem enredo.
Nelson Leirner

• Relação com o público;


• Objetos cotidianos/ industrializados;
• Revisita com humor obras de outros
artistas;
Porco, 1966. Porco empalhado em engradado de madeira
▪ intertextualidade
(para ler o discurso
atual, é necessário
conhecer outras
referências);

▪ retomada e
reinterpretação de
tendências estéticas
do passado;

Sotheby's , 2000
Nelson Leirner, Assim é... se lhe parece (2003) relação direta com o cotidiano: apropriação, inserção, intervenção;
❑ Utilização de materiais
rudimentares que fogem da
tradição artística.
❑ Apropriação de objetos
cotidianos – Emprego, na
obra, de objetos retirados
diretamente do cotidiano.
❑ Ironia e humor.
Rosana Paulino

• Temática social e afetiva;


• Passado escravagista;
• Uso da fotografia e costura;
• Instalações
Bastidores

Imagem transferida sobre tecido, bastidor e linha de costura. 30,0 cm


diâmetro (cada) - 1997.
• Processo híbrido – mistura de técnicas e procedimentos em uma única obra de arte
(fotografia, impressão, costura).
Assentamentos Caráter simbólico/poético presente nos procedimentos e
materiais constituintes do trabalho artístico
• Emprego de objetos cotidianos pertencentes ao universo das mulheres, como
tecidos, linhas e outros elementos oriundos do artesanato e das expressões
visuais populares, ligados a um determinado tipo de fazer manual.
Vik Muniz

• Materiais rejeitados e
diferenciados;
• Retomada de imagens da
história da arte;
• Lixo Extraordinário.

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