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Ética e

deontologia
profissionais
Conteúdo Programáticos
 Exigências éticas;
Factores deontológicos;
Exigências em relação a si próprio/a e as suas funções;
Exigências em relação aos colegas de trabalho;
Exigências em relação à organização;
Exigências em relação ao público externo.
Objectivos
Reconhecer as exigências ética associadas à sua actividade
profissional;

Identificar os factores deontológicos associados à sua


actividade profissional;

Reconhecer as suas próprias competências e funções;


Reconhecer as exigências éticas e deontológicas em relação
aos seus colegas de trabalho, à própria organização e ao
Cuidador
- conhecimentos
- competências
 ao serviço dos outros

Prática profissional

interfere em pensamentos,
actos e sentimentos humanos
Uma pessoa ...
tem um passado
tem uma família
tem um contexto social
tem papéis sociais
é um ser político
faz coisas
tem comportamentos regulares
tem um corpo
tem uma vida secreta
tem um futuro
Eric J. tem uma dimensão transcendental
Cassell
1928 - ...
Actividade
Definição de ética
Tendo em conta as definições de ética a
seguir apresentadas, em trabalho de
pequeno grupo, elaborem uma definição
de grupo abrangente do conceito - ÉTICA.
Ética e Deontologia
 “… ética como uma categoria do espírito e do pensamento humano…( )
… categoria esta que norteia o desejo e o comportamento subsequente
segundo determinados valores positivos …” (Nunes, 1995, pp. 11 e 12).

 “Para serem eticamente defensivos, é preciso demonstrar que os atos


com base no interesse pessoal são compatíveis com princípios éticos de
bases mais amplas, pois a noção de ética traz consigo a ideia de alguma
coisa maior que o individual. Se vou defender a minha conduta em
bases éticas, não posso mostrar apenas os benefícios que ela me traz.
Devo reportar-me a um público maior.”(Singer, 1993/1994, pp. 18)
“Parte da Filosofia que se ocupa dos costumes, da moral, dos
deveres do Homem; ciência que trata da ambivalência entre o
bem e o mal e estabelece o código moral de conduta” (Dicionário de
Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (DACL), 2001, pp. 1612).

“Ética es um término genérico que puede abarcar varias


formas de entender y explicar la vida moral. Algunos enfoques
son normativos (es decir, presentan criterios sobre lo que son
malas y buenas acciones); otros son descriptivos (es decir,
informan sobre lo que la gente cree y cómo actúa) …” (Beauchamp e

Childress, 1994/2002, pp. 1 e 2)


Ética
 Deriva do grego “ethiké” ou do latim “ethica”;

 Domínio da filosofia que tem por objectivo o juízo de apreciação que distingue
o bem e o mal, o comportamento correcto e o incorrecto;

 “Ciência da Moral”;

 Elaboração científica da moral;

 Tem subjacente normas, valores morais e regras.


Ética
Ética é uma palavra de origem grega com duas traduções possíveis: costume e
propriedade de carácter. Um dos objectivos da Ética é a pesquisa de justificações
para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Um profissional deve saber
diferenciar a Ética da moral e do direito. A Ética é o estudo geral do que é bom ou
mau, correcto ou incorrecto, justo ou injusto, adequado ou inadequado. A moral
estabelece regras para garantir a ordem independente de fronteiras geográficas.
O direito estabelece as regras de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do
Estado. As leis têm uma base territorial, sendo valido apenas para aquele lugar.
Ética
A Ética profissional inicia-se quando escolhemos a nossa profissão porque
passamos a ter deveres profissionais obrigatórios. Em geral, jovens quando
escolhem a sua carreira optam pelo dinheiro e não pelos deveres e valores.
No final da sua formação são confrontados com um conjunto de regras e
valores que têm de cumprir de forma a exerceram a profissão o mais
legitimamente possível, isso caracteriza o aspecto moral da ética profissional.
Existem vários tipos de ética: a social, do trabalho, familiar, profissional.
Exigências éticas
Discrição;
Consciência dos valores hierárquicos;
Sentido de disciplina;
Disponibilidade;
Pontualidade;
Assiduidade.
Deontologia
Das palavras gregas “déon, déontos” - dever e “lógos” – discurso ou
tratado.

tratado do dever ou o conjunto de deveres, princípios e normas adoptadas


por um determinado grupo profissional.

A deontologia é uma disciplina da ética, adaptada ao exercício de uma


profissão.
Deontologia
A deontologia seria o tratado do dever ou o conjunto de deveres, princípios e normas
adoptadas por um determinado grupo profissional. A deontologia é uma disciplina da ética
especial adaptada ao exercício da uma profissão. Existem inúmeros códigos de deontologia,
sendo esta codificação da responsabilidade de associações ou ordens profissionais. Regra
geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações universais e esforçam-se
por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando-o, no entanto, às particularidades
de cada país e de cada grupo profissional. Para além disso, estes códigos propõem sanções,
segundo princípios e procedimentos explícitos, para os infractores do mesmo.
Deontologia
Alguns códigos não apresentam funções normativas e vinculativas, oferecendo
apenas uma função reguladora. Ex: Princípios éticos da Associação dos
Psicólogos Portugueses – meramente um instrumento consultivo.

Embora os códigos pretendam oferecer uma reserva moral ou uma garantia


de conformidade com os Direitos Humanos, estes podem, por vezes, constituir
um perigo de monopolização de uma determinada área ou grupo de questões,
relativas a toda a sociedade, por um conjunto de profissionais.
Princípios deontológicos
Independência;
Confiança;
Sigilo profissional;
Honestidade;
Solidariedade profissional;
Responsabilidade.
Factores deontológicos
Capacidade de organização

Capacidade de realizar tarefas, seja em grupo, seja individualmente mas de forma coordenada e controlada, actuando num
determinado contexto ou ambiente, com vista a atingir um objectivo pré-determinado através da afectação eficaz de

diversos meios e recursos disponíveis, liderados ou não por alguém com as funções de planear, organizar, liderar e

controlar.

Deve focalizar o aprendizado nos quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e
aprender a ser, e com isso, ser capaz de tomar a decisão certa frente à concorrência existente. Novas habilidades vêm

sendo exigidas dos profissionais para poderem enfrentar a globalização com responsabilidade, competência e autonomia.
Factores deontológicos
Sentido de antecipação
Capacidade de detectar o quanto antes que as coisas não estão indo bem em seu trabalho, evitando que o
superior tenha de fazer essa sinalização;

Captar os sentimentos dos outros, mesmo aqueles que tentam encobrir;

  Percepção de incongruências e incoerências diversas, isto é, uma divergência entre aquilo que se espera
ou se acredita e o que de facto existe ou ocorre. 

Previsão, antecipação do desdobramento futuro de processos em andamento, antecipação de resultados.


Factores deontológicos
Capacidade de realização profissional

       A Realização Profissional é um tema que está ligado a relação com a empresa que a pessoa escolhe e é

escolhido para trabalhar. A palavra chave relacionada é a auto – estima e o autoconhecimento. O ser humano

deve olhar para dentro de si mesmo de forma a enxergar e lapidar aquilo que ele tem como conceito de sucesso.

       A auto – estima, o autoconhecimento e a determinação são as bases para uma pessoa alcançar a realização,

pois é através deles que o mesmo irá saber o que é bom para si e quais os pontos que deve melhorar para

alcançar seus objetivos sem nunca desistir de caminhar em direção ao seu crescimento e crescimento da

humanidade.
Factores deontológicos
Boa cultura geral

O conceito de cultura é bastante complexo, Cultura significa cultivar, e vem do


latim colere. Genericamente a cultura é todo aquele complexo que inclui
o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos
e aptidões adquiridos pelo homem não somente em família, como também por
fazer parte de uma sociedade como membro dela que é.
Factores deontológicos
Facilidade da expressão oral e escrita
A expressão permite exteriorizar sentimentos ou ideias: quando o acto de expressar transcende a intimidade

do sujeito, converte-se numa mensagem transmitida do emissor a um receptor. Existem diferentes formas de

expressão de acordo com a linguagem utilizada. As mais habituais são a expressão oral (que se concretiza

através da fala) e a expressão escrita (através da escrita). Cada vez que uma pessoa estabelece uma

conversa com outra, está a recorrer à expressão oral. De igual modo, quando um indivíduo vai a caminhar na

rua e encontra cartazes com informação (anúncios, publicidades, etc.), trata-se de expressões escritas.
Factores deontológicos
Criatividade

A criatividade é a faculdade/habilidade de criar ou o potencial criativo. Consiste em


encontrar métodos ou objectos para executar tarefas de uma maneira nova ou
diferente do habitual, com a intenção de satisfazer um propósito. A criatividade
permite cumprir os desejos de forma mais rápida, fácil, eficiente ou económica.

Para a psicologia, o pensamento divergente é uma actividade contida pela imaginação,


que consiste em realizar algo novo ou o mesmo embora de forma diferente. Muitos
especialistas têm analisado a relação entre a criatividade e a inteligência.
Factores deontológicos
Polivalência
Qualidade de uma pessoa com capacidades diversas e que
pode ter diferentes funções.
Factores deontológicos
Facilidade nas relações interpessoais

Tudo o que fazemos na vida, seja no âmbito pessoal ou profissional, requer a interação entre
indivíduos. Isto porque, vivemos em sociedade e se tornaria inviável o facto de vivermos isoladamente,
sem que necessitássemos manter contacto com os outros.

Segundo Tourinho (1982), para que as interpessoais sejam estabelecidas dentro de uma organização ,
faz-se necessário a existência de um contacto entre aqueles que nela trabalham, uma percepção entre
e sobre os indivíduos. A partir do momento em que percebemos o outro, não apenas só as suas
características físicas, mas também em seus processos mais íntimos, passamos a relacionarmos com
essa pessoa de forma positiva ou negativa, baseados em preceitos éticos ou não.
Factores deontológicos
Facilidade nas relações interpessoais

Dentro das organizações, as relações entre funcionários devem ser


mediadas da melhor forma possível.

A competência mais importante para desenvolver o relacionamento


interpessoal é o autoconhecimento, através dele conseguimos estabelecer
relacionamentos interpessoais mais eficazes proporcionando um processo
contínuo de aprendizagem.
Factores deontológicos
Sigilo profissional
O fundamento ético do sigilo profissional é o principio da confiança. O dever do sigilo é, por isso,

pressuposto e contrapartida da confiança do utente. A regra é a absoluta confidencialidade dos factos que

se tenha conhecimento, directa ou indirectamente. No exercício das suas funções ou por causa delas.

Sigilo profissional trata da manutenção de segredo para informação valiosa, cujo domínio de divulgação

deva ser fechado, ou seja, restrito a um cliente, a uma organização ou a um grupo, sobre a qual o

profissional responsável possui inteira responsabilidade, uma vez que a ele é confiada a manipulação da

informação.
Factores deontológicos
Sigilo profissional
Diz-se que o sigilo profissional vai até o limite da transgressão de uma Lei, ou seja, o profissional deve guardar todas as

informações a que tiver acesso, ou vir a tomar conhecimento, em razão de sua actividade profissional, mas aquelas que não

são criminosas, sob pena de ser enquadrado em algum crime contra a sociedade.

Um bom código de ética prevê sempre o sigilo profissional para a função desempenhada.

O conceito de sigilo profissional tem evoluído ao longo dos tempos. Durante o período Hipocrático, não era considerado como

um direito do paciente, mas antes um dever do médico, no entanto, estava sujeito a um processo de "blindagem" forte, pelo

que se equiparava ao segredo da confissão. Não existiam neste período quaisquer bases jurídicas capazes de proteger o

doente.
Factores deontológicos
Sigilo profissional
Durante o século XIX, houve um gradual processo de desconstrução da blindagem existente até aí, aproximando-se o sigilo

profissional da esfera jurídica, pelo que poderia ser facilmente revogado sempre que qualquer autoridade o pretendesse.

No século XX emerge uma nova preocupação pela protecção do sigilo profissional, passando a estar consagrado no âmbito

do direito do cidadão (não apenas como dever do profissional), sendo protegido na constituição da República Portuguesa,

Convenção sobre os direitos do Homem, e vários códigos deontológicos, bem como no código Civil e Penal. Desta forma a

defesa do sigilo profissional passa a ser tanto um direito como um dever. Transcende também a esfera médica, pelo que

ficam obrigados a respeitá-lo todo o pessoal com acesso directo ou indirecto a informação de carácter confidencial, devido

à sua profissão/função.
Factores deontológicos
Vivência do sentido da solidariedade social
Processo psicológico consciente no qual o indivíduo adopta uma posição que não é apenas passiva e emocional,

pois inclui também uma participação intelectual ativa.

A solidariedade social subentende, a princípio, a ideia de que seus praticantes sintam-se integrantes de uma

mesma comunidade e, portanto, sintam-se interdependentes. Em muitos casos, a solidariedade não significa

apenas reconhecer a situação delicada de uma pessoa ou grupo social, mas sim acto de ajudar.

Solidariedade social é a consciência colectiva pois a consciência colectiva é responsável pela coesão entre

pessoas. No entanto a solidez, o tamanho ou a intensidade dessa connciencia colectiva é que irá medir a

ligação entre indivíduos, variando segundo o modelo de organização social de cada sociedade.
Factores deontológicos
Sentido da obrigação da competência
O dever da competência traduz-se na capacidade adquirida , no próprio saber pois não há competências

sem saberes e na autonomia individual. Onde a competência não é contruída ao lado do conhecimento.

O conhecimento faz parte da nossa estrutura do compreender e do agir.

Assim o profissional tem de saber mobilizar adequadamente diversos conhecimentos prévios, selecionar

e integrar esses mesmos conhecimentos perante uma determinada questão ou problema sendo este um

processo construído que não se perde.


Exigências em relação a si próprio/a e as suas
funções

Competências;
Aptidões;
Responsabilidade;
Uso dos conhecimentos e experiências no sentido da
produtividade;

Objectividade (análise racional dos factos).


Exigências em relação a si próprio/a e as suas
funções

Competências
Competência pressupõe uma ação que agregue valor diante de novas situações.

Competência é a qualidade de ser adequado e bem qualificado física e/ou intelectualmente frente a
desafios. É a capacidade de tomar decisões bem informadas e coerentes. Contempla grupos de
habilidades, atitudes e conhecimentos necessários para a realização eficaz de tarefas. Refere-se a
ações e comportamentos identificados pelas lideranças como efetivas contribuições na
implementação da mudança; estes comportamentos são necessários para um desempenho
satisfatório ou excelente em qualquer desafio profissional.

Competência pressupõe produtividade e adaptação a cada tipo de trabalho.


Exigências em relação a si próprio/a e as suas
funções

Aptidões
Aptidão é a tendência ou capacidade natural ou adquirida para realizar qualquer tipo de função.

A aptidão é muitas vezes confundida com adaptação, mas não é a mesma coisa. A adaptação é o

caracter fenotípico que confere aptidão, onde estão relacionados. A aptidão é referida em

termos genéticos.

A aptidão está relacionada com uma disposição natural para realizar qualquer tarefa de acordo

com o património genético.


Exigências em relação a si próprio/a e as suas
funções

Responsabilidade na tomada de decisões e acções


 Tomada de decisão é definido como a necessidade de escolher uma ou algumas entre muitas alternativas
para as ações a serem realizadas em diversas situações que poderão surgir de forma inesperada. E a
decisão deve ser tomada a partir de muitas probabilidades, possibilidades e alternativas.

Qualquer decisão tomada na trabalho, afecta a instituição, por isso, tem que ser bem pensada a alternativa
a ser escolhida, pois, deve-se encaminhar a tomada de decisão orientando-se e definindo caminhos a serem
percorridos e pensar no que poderá ser afectado através desta decisão.
Exigências em relação a si próprio/a e as suas
funções

Responsabilidade na tomada de decisões e acções

Para se tomar uma decisão não basta saber o que se quer, mas é necessário existir
alguns factores para alcançar o objectivo estabelecido, factores esses, como:
análise do objetivo e avaliação dos procedimentos possíveis para alcançar o
mesmo. Inclusive a falta de planeamento faz a pessoa tomar decisões erradas,
agindo única e exclusivamente pela compulsão sem analisar os fatores de risco,
sem considerar o resultados das decisões anteriores.
Exigências em relação a si próprio/a e as suas
funções

Responsabilidade na tomada de decisões e acções

As regras mais indicadas para estabelecer a tomada de decisões são:

Ter vontade de se decidir;


Não tomar decisões desnecessárias;
Procurar não decidir precocemente;
Evitar chegar a uma conclusão tarde demais.
Exigências em relação a si próprio/a e as suas
funções

Uso dos conhecimentos e experiências no sentido da produtividade


Produtividade é o resultado daquilo que é produtivo, ou seja, do que se produz, do que é rentável.  É a

relação entre os meios, recursos utilizados e a produção final. É o resultado da capacidade de produzir, de

gerar um produto, fruto do trabalho, associado à técnica e ao capital empregado, para uma melhor

produtividade sem acréscimo de mão-de-obra ou aumento dos recursos necessários é necessário que o

profissional ponha em prática os conhecimentos adquiridos assim como as suas experiencias.

Produtividade não é somente maior quantidade. É preciso avaliar a qualidade do serviço. A produtividade

pode ser sempre melhorada através da criatividade, da formação e da melhoria contínua. É o máximo da

produção que a qualidade permite. Esta é a expressão de eficiência de qualquer instituição.


Exigências em relação a si próprio/a e as suas
funções

Objectividade (análise racional dos factos)

Objetividade é tudo aquilo que se diz ou se escreve sem deixar transparecer os seus sentimentos e

sem emitir opiniões, como por exemplo, e descrição de um determinado facto ou a explicação

técnica de um assunto.

Objetividade é a qualidade daquilo que é objetivo, externo à consciência, resultado de observação

imparcial, independente das preferências individuais.

Objetividade é tudo aquilo que se expõe sem a influência de opiniões, como, por exemplo, a

descrição de um facto ou a explicação técnica de um assunto.


Exigências em relação a si próprio/a e as suas
funções

Ser bom profissional não chega, é preciso ser excelente

O profissional tem de ser excelente naquilo que é lhe proposto fazer, por isso
necessita:

Fazer mais com menos tempo, menos recursos;

Trabalhar acima da media das outras pessoas;

Saber gerir conflitos internos e externos;

Aprender algo novo todos os dias;


Exigências em relação a si próprio/a e as suas
funções

Entender as variações da sua área de actuação;


Participar em seminários, workshops e formações;
Manter a rede de relacionamento activa;
Desenvolver espiritualidade forte;
Acreditar sempre no seu poder de acção.
Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Respeito pela dignidade da pessoa humana;
Valorização pessoal e profissional dos colegas;
Consideração por sugestões, problemas e necessidades dos
outros;

Exercício da liberdade com responsabilidade no trabalho.


Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Respeito pela dignidade da pessoa humana
A dignidade é essencialmente um atributo da pessoa humana: pelo simples facto
de "ser" humana, a pessoa merece todo o respeito, independentemente de sua
origem, raça, sexo, idade, estado civil ou condição social e económica. Nesse
sentido, o conceito de dignidade da pessoa humana não pode ser relativizado: a
pessoa humana, enquanto tal, não perde sua dignidade quer por suas deficiências
físicas, quer mesmo por seus desvios morais.

O "Princípio da dignidade da pessoa humana" é um valor moral e espiritual


inerente à pessoa, todo ser humano é dotado deste preceito, e este constitui o
princípio máximo do estado democrático de direito.
Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Respeito pela dignidade da pessoa humana
A dignidade da pessoa humana abrange uma diversidade de valores existentes na sociedade. Trata-se de um

conceito adequável a realidade e a modernização da sociedade, devendo estar em acção com a evolução e as

tendências modernas das necessidades do ser humano.

Possuímos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz

merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido,

um complexo de direitos e deveres fundamentais que asseguram a pessoa tanto contra todo e qualquer acto de

cunho degradante e desumano, como surjam a garantir as condições existenciais mínimas para uma vida

saudável, além de propiciar e promover sua participação activa e co-responsável nos destinos da própria

existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos.


Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Respeito pela dignidade da pessoa humana - Declaração Universal dos Direitos
Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, que delineia os direitos humanos básicos, foi adoptada pela

Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 .

A Assembleia Geral proclama a Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido

por todos os povos e todas as nações, com o objectivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo

sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses

direitos e liberdades, e, pela adopção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por

assegurar o seu reconhecimento e a sua cumprimento universal e efectivo, tanto entre os povos dos próprios

estados-membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.


Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Respeito pela dignidade da pessoa humana - Declaração Universal dos Direitos
Humanos

Leonoir e Mathieu, tendo em consideração o alargamento da dignidade humana, referem como princípios:

 O da não-discriminação;

 O direito á vida;

 A proibição de tratamentos cruéis, desumanos, ou degradantes;

 O respeito pela vida privada e familiar;

 O direito à saúde;

 Respeito pela pessoa humana (liberdade de investigação).


Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Valorização pessoal e profissional dos colegas
Desenvolvimento profissional refere-se à aquisição de habilidades e conhecimentos,
tanto para o desenvolvimento pessoal e para a progressão na carreira. O
desenvolvimento profissional engloba todos os tipos de oportunidades de aprendizagem
facilitada, variando de graus universitários para cursos formais, conferências e
informais de aprendizagem oportunidades situadas na prática.

A valorização pessoal é algo com que nos devemos preocupar, quer na vida social, no
trabalho e sobretudo na procura de emprego.
Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Valorização pessoal e profissional dos colegas
A valorização pessoal ajuda precisamente a melhorar como indivíduos e a alterar de forma positiva a
opinião dos que nos rodeiam.

Um profissional motivado demonstra dedicação e empenho maiores e mais relevantes, seja na execução de
tarefas, na gestão e até mesmo no convívio com os demais no ambiente de trabalho. Políticas que visam
esse objetivo devem ser adoptadas e colocadas em práticas por gestores e organizações.

Administrar uma equipa de trabalho requer atenção a diversas questões e requisitos que levam a obter
excelência na função. Uma gestão de pessoas bem executada impulsiona a organização a obter melhor
desempenho e resultados satisfatórios.
Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Valorização pessoal e profissional dos colegas - Cinco regras para realização
pessoal e profissional

Respeitar o colega de trabalho e ter respeito à função que ele desempenha, estando sempre
pronto para ajudá-lo no que for preciso, pois frequentemente todos nós precisamos de ajuda.

Procurar também valorizar o emprego e o trabalho que realiza, pois um dos principais caminhos
para a satisfação pessoal e profissional é reconhecer e ter respeito por aquilo que realiza.

Saber dizer “não sei” quando questionado sobre algo do qual não tem muito conhecimento ou
mesmo não sabe fazer. Pedir ajuda, explicações, exemplos e tirar dúvidas não representa falha
de formação profissional, e sim responsabilidade pelo que se está a executar.
Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Valorização pessoal e profissional dos colegas - Cinco regras para realização
pessoal e profissional

Não procurar “puxar o tapete” dos próprios colegas de trabalho. Em qualquer profissão
sempre haverá certa procura por demonstrar a sua capacidade de realizar o trabalho,
gerando às vezes uma pequena disputa. Mas esta pequena competição deve ser sempre
“saudável” e o auxílio mútuo traz sempre benefícios para todos os colaboradores da empresa.

Ter ética e postura profissional, sabendo da responsabilidade que tem no trabalho, procurar
sempre os melhores resultados e procurar agir sempre também com extrema
responsabilidade.
Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Consideração por sugestões, problemas e necessidades dos outros

Para compreender as necessidades dos outros é fundamental criar empatia.

Para que exista uma boa relação com os colegas face aos problemas e necessidades
dos outros e para que isso aconteça é necessário:

Conhecer o contexto! Para envolver activamente as pessoas que uma mudança


afecta, e não para as mudar, é necessário conhecer o contexto onde as pessoas
desenvolvem as suas actividades. É preciso trabalhar com eles, lado a lado e tirar
o máximo partido do seu conhecimento e da sua experiência.
Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Consideração por sugestões, problemas e necessidades dos outros
É necessário desempenhar vários papéis no contexto. Um papel de desenvolvimento, ordenação e
facilitação das expressões ou não expressões do outro interlocutor. Um papel activo e atento no

estabelecimento de conexões. Um papel de construtor de protótipos.

É necessário identificar a quantidade e interpretar a qualidade dos registos de observação. Embora


factores como o design e a confiança não possam ser reduzidos a números, eles podem ser

interpretados e compreendidos. De facto, só através da sua compreensão é que podemos fazer

distinções significativas entre estratégias alternativas ou prever respostas emocionais de clientes a

uma mudança de direcção.


Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Consideração por sugestões, problemas e necessidades dos
outros

È preciso diferenciar necessidades. Compreender como os


indivíduos pensam e descobrir os seus “mapas cognitivos”, isto é,
as suas necessidades ocultas. Para compreender as necessidades
dos outros é preciso acreditar que essa compreensão é útil e
pode ajudar a resolver problemas e a satisfazer necessidades ou
desejos.
Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Exercício da liberdade com responsabilidade no trabalho
Liberdade e responsabilidade são as características delineadoras para uma adequada autonomia de
cidadãos frente à sociedade, pois é a praticar e a escolher responsavelmente que se forma um caráter
íntegro e confiante.

A liberdade e a responsabilidade estão tão ligadas na medida em que só somos realmente livres de
formos responsáveis, e só podemos ser responsáveis se formos livres.

A liberdade é aplicada a moral. Liberdade diz respeito a uma capacidade humana, racional e de uso
exclusivo do ser humano, para escolher e decidir racionalmente quais os actos a praticar. É de
caracter racional porque requer que se pense nas causas e consequências, na sua forma e conteúdo.
Exigências em relação aos
colegas de trabalho
Exercício da liberdade com responsabilidade no trabalho
A liberdade está em se poder dizer sim ou não, quero e não quero. Nada obriga a ter apenas uma
alternativa. O exercício da liberdade impõe reflexão e, logo, tempo.

A responsabilidade implica uma escolha e decisão racional.

A responsabilidade é uma capacidade, e ao mesmo tempo uma obrigação moral, de assumirmos os


nossos actos. É reconhecermo-nos nos nossos actos, compreender que são eles que nos constroem e
moldam como pessoas. A responsabilidade implica que sejamos responsáveis antes do acto (ao
escolhermos e decidirmos racionalmente, conhecendo os motivos da nossa acção e ao tentar prever as
consequências desta), durante o acto (na forma como actuamos) e depois do acto (no assumir das
consequências que ocorrem dos actos praticados).
Exigências em relação á
organização
Participação nos objectivos da organização;
Promoção do desenvolvimento da imagem na organização;
Uso correcto de materiais e equipamentos;
Discernimento de julgamento em eventuais situações de conflito;
Sigilo profissional.
Exigências em relação á
organização
Participação nos objectivos da organização
As instituições alcançam objetivos com a participação de seus colaboradores, em diversos sectores
da actividade humana, permitem a realização de objectivos dificilmente alcançáveis, caso fossem
desempenhados por indivíduos de forma isolada.

Para uma instituição ser bem sucedida no alcance de seus objectivos é necessário a actuação de
administradores capazes de satisfazerem os pedidos internos e externos no que diz respeito ao tipo
e importância da instituição. Nesse sentido os gestores das organizações desempenham papéis,
funções e tarefas planeadas e estruturadas para obter resultados operacionais que garantam a
sobrevivência das organizações em harmonia com o ambiente externo e com as condições internas.
Exigências em relação á
organização
Participação nos objectivos da organização
A participação nos objectivos da organização é importante na medida em que determinam o tipo de
estratégia e de estrutura que esta adoptará e o tipo de processos, de produtos e de pessoas requeridas:

Dão sentido e direcção à organização em geral;

Ajudam a assegurar o empenho dos funcionários da organização em trabalhar para uma finalidade comum;

Ajudam a distinguir com nitidez a direcção global;

Ajudam a definir detalhadamente os objectivos e estratégias;

Estabelecem padrões de desempenho em relação aos quais serão avaliados os progressos da organização.
Exigências em relação á
organização
Promoção do desenvolvimento da imagem na organização
Uma organização está sempre a comunicar e a sua imagem, o que se pensa dela, forma-se através de todas as

comunicações e mensagens que dela recebemos. Através dessas mensagens, o público forma uma imagem, em

função da qual devem ser canalizados os diferentes sinais exteriores da imagem, num sentido que lhe seja

favorável. A comunicação da organização transforma a identidade institucional em imagem, da qual é inseparável.

Os colaboradores da organização têm como finalidade transmitir ao público interno e externo uma imagem

favorável da instituição de modo a promoverem o desenvolvimento da instituição. a função de comunicação tem a

finalidade de transmitir o conhecimento da empresa. O domínio desta função é essencial para não gerar efeitos

perversos, motivados por uma informação deficiente.


Exigências em relação á
organização
Uso correcto de materiais e equipamentos
A educação é essencial para ajudar os colaboradores da instituição a entender as noções de uso de
materiais e equipamentos da instituição. Incluir práticas sustentáveis na persuasão de pessoal.

Ao saber como usar correctamente os materiais e equipamentos, evita-se experiências frustrantes.


Um uso correcto e adequado dos matérias e equipamentos da instituição faz parte das boas práticas
de aquisição e faz perdurar o material durante mais tempo estando sempre em bom uso para a
utilização de todos os profissionais.

Zelar pela correcta utilização e manutenção de equipamentos e materiais à sua disposição e não
utilizar esses meios ao serviço próprio a não ser com autorização da instituição.
Exigências em relação á
organização
Discernimento de julgamento em eventuais situações de conflito
Agir sempre com direita intenção e discernimento de julgamento, inclusivamente em eventuais
situações de conflitos de interesses decorrentes.

Evitar envolver-se no assunto, deixando as circunstâncias seguirem o seu curso.

O mais importante numa situação de conflito, é procurar tratar a situação da forma mais racional
possível procurando uma solução que seja a de contentar as partes envolvidas no impasse. Não
acontecendo, a solução deve ser encaminhada no sentimento daquilo que seja melhor para as
pessoas envolvidas. Na solução de conflitos deve-se ter em mente que a instituição está sempre
acima do indivíduo e o bem estar do grupo é o alvo maior de uma grande equipa.
Exigências em relação á
organização
Sigilo Profissional
Ser fiel ao compromisso explícito ou implícito de manter sigilo profissional em relação a todos os domínios
considerados reservados ou confidenciais pela instituição em que trabalha.

Analisar rigorosamente o princípio de confidencialidade nos factos e notícias que conhecer por razões ligadas ao
exercício da sua profissão.

O sigilo profissional é um direito que apoia o exercício da profissão, sem esquecer que existem leis que o protegem. O
sigilo profissional não deve entrar em conflito com a lealdade à instituição para a qual trabalha, que deve corresponder
à confiança que o seu superior deposita no profissional ao confiar e partilhar com informação confidencial. Por isso,
deve comunicar ao superior qualquer informação que possa prejudicar ou beneficiar a ele próprio ou à instituição para
a qual trabalha. Os limites desta divulgação são marcados pelo sentido de lealdade e pela integridade.
Exigências em relação ao
público externo
Respeito e confiança;
Princípio da livre concorrência;
Comunicação bilateral.
Exigências em relação ao
público externo
Respeito e confiança
Respeito é o apreço por, ou o sentido do valor e excelência de, uma pessoa, qualidade pessoal, talento, ou a

manifestação de uma qualidade pessoal ou talento. O respeito manifesta-se como um tipo de ética ou princípio,

tal como no conceito habitualmente ensinado de ter respeito pelos outros ou a Ética da reciprocidade. O respeito

é um dos valores mais importantes do ser humano e tem grande importância na interação social.

Confiança é o acto de deixar de analisar se um facto é ou não verdadeiro, entregando essa análise à fonte de

onde provém a informação e absorvendo-a simplesmente. Confiar noutro é muitas vezes considerado acto de

amizade ou de amor entre os humanos, que costumam dar provas dessa confiança. A confiança é muito subjectiva

porque não pode ser medida, é preciso ter confiança em quem se confia para poder confiar, o que torna a

confiança um conceito intrínseco.


Exigências em relação ao
público externo
Princípio da livre concorrência

É o desdobramento do princípio da livre iniciativa,


complementando-o com sua ponderação.

É a liberdade que o profissional tem de oferecer os seus serviços


sem, contudo, ferir os princípios da ética, da moral e da lealdade,
respeitando qualquer outro profissional, não usando de
mecanismos para denegrir ou prejudicar o trabalho deste.
Exigências em relação ao
público externo
Comunicação bilateral

É quando o emissor e o receptor alternam seus papéis. É o que acontece


durante uma conversa, dialogo, em entrevistas onde há intercâmbio de
mensagens. Os locutores veem-se obrigados a construir ou a modificar a sua
mensagem de acordo com os dados que se definem na situação comunicativa.

A comunicação bilateral permite que se estabeleça uma troca de papéis entre


emissor e receptor.

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