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Inter-relacionar-se

Independentemente
do impulso instintual
e em função de
identificações
cruzadas
Ana Paula Neroni Stina Saura
Catarina Aparecida Morais dos Santos
Dayane dos Santos Cunha
Mônica Carneiro Barreto
Winnicott neste capitulo ilustra
dois casos
 1- De uma adolescente que foi encaminhada por ele
após um ataque maniaco que teve na escola.
 Incia os jogos de rabiscos
 Está adolecesnte quando pequena passou em uma
consulta terapeutica com ele aos 2 anos de idade,
devido não ter se adpatado ao nascimento de seu
irmão mais novo
 Em uma das falas ela diz: “É estúpido, imbecil. O
tempo todo estou tentando fazer as pessoas
gostarem de mim, me respeitarem, não me fazer de
boba”.
 Esta menina tenta o tempo todo divertir as pessoas,
mas internamente não esta feliz, faz para ser vista.
Fica pensando sobre a impressão que ela está
causando no outro.
 E diz:- “Ainda faço isso tentando ter um sucesso
tremendo”.
Esquema dos relataos de Sarah
 Sonhos
 1- De um homem perceguindo ela Só se
Mas gosto
 2- Bruxa no armário preocupa
Pai dele e
com o
admiro muito
 Interpretção de Winnicott = Parte de trabalho
seu relacionamento com a mãe
Tem uma
 Sarah descreve suas mentiras para a tela entre ele
mãe e as
Mas é afável
Irmão pessoas,
 E diz sobre o sonho do homem: e gentil.
ocultas
O que me percegue não é um homem, sempre o
é algo perceguindo a mim. Trata-se de que pensa
gente atras de mim. Sou ao Grito, e digo
EU contrario do sou tão
meu irmão infeliz
Caso Sarah

 1 – Disturbio Psiquiatrico Paranoíde


 A consulta se altera quando ela diz que não foi um homem quem a perseguia
mas sim, algo a perseguindo.
 Mostrou uma crença de alto grau em Winnicott, podendo confiar que o mesmo
trataria seu estado como uma doença.
 E Diz: O que é mais irritante quando estou chorando e não posso encontrar
ninguém.
 Quando estou deprimida torno-me desinteressante, Todos se afastam de mim,
exceto minha amiga e David.
Caso Sarah

 Winnicott faz a interpretação:

 A depressão significa algo inconsciente;

 Você odeia as pessoas que são dignas de confiança;

 Pois modificaram-se e deixaram de ser compreensiva e fidedigna;

 Então você se sente deprimida, ao invés de sentir ódio da pessoa que era

digna de confiança, mas que modificou.


Caso Sarah

 A partir disso Sarah disse: - Não gosto de pessoas que me ferem;


 Os sentimento de Sarah aparecem, mesmo que sejam baseados por delírios;
 Descreve então o caso maníaco que sofrera na escola onde Winnicott não
teve conhecimento;
 Diz detestar aquela mulher na escola, pois a mesma mostra para ela todos
seus sentimentos que ela classifica como sendo ruins.
Caso Sarah

 Winnicott recorda de quando Sarah veio até ele á 14 anos atrás;


 Apos o nascimento de seu irmão Sarah gitava, gritava, gritava, assim como
também fez na escola;
 Não era a mulher que a provocara que ela odiava, mas sim a mulher boa que
pode perceber ser sua mãe, uma desilusão súbita;
 Sarah mudara quando a mãe mudara quando estava gravida de 6 meses.
Considerações de Winnicott

 Para Sarah foi um alivio poder chegar a expressão total do seu


ódio, mesmo não constituindo todo o seu problema.
 O fato é que não era a mulher que ela odiava e sim a mulher boa,
fidedigna de confiança= MÃE.
 A mãe que era boa, o manejo para “não ser boa”= desilusão súbita.
 Ou seja um revestimento de ódio projetado para outra pessoa.
 Foi a reação da mulher em fase a provocação que ocasiona o ódio.
Considerações de Winnicott

 Sarah tem uma convicção de que o que é bom sempre se transforma, por isso
ela destrói.
 Há aqui uma repetição temida de que a pessoa boa desapareça;
 “Em um relacionamento com um rapaz Sarah provoca o rompimento, devido
seu delírio de que o relacionamento se romperia através de uma mudança do
rapaz.”
 Sarah tem raiva de uma mulher boa, e não de uma mulher má;
 A mulher boa se transforma em mulher má= o sonho da bruxa
Resultados

 Aceitou passar por um tratamento psicanalítico;


 Resultado com sucesso após aproximadamente 4 anos de analise;
 Estava em pleno progresso na universidade com 21 anos;
 Sarah fica livre das intrusões paranoides que haviam compelido a estragar
bons relacionamentos.
Caso de uma mulher de 40 anos Solteira
 Mulher reservada
 Fica isolada;
 Incapaz de se colocar no lugar de outra pessoa;
 Incapacidade de sentir qualquer interesse pelos sentimentos ou dificuldades
de outras pessoas, com isso é incapaz de perceber o que os outros sabiam a
seu respeito ou sobre seus sentimentos;
 Winnicott destaca este caso como sendo uma incapacidade original, a persistir
desde a infância.
Caso de uma mulher de 40 anos Solteira

 Esta paciente apresentava empatia bastante aguda em determinadas áreas;


 Como por exemplo as mulheres: Para ela as mulheres eram degradadas e de
‘terceira classe’;
 Juntamente os homens representavam seu elemento masculino dissociado e
expelido;
 Sendo assim os homens não podiam ingressarem em sua vida de maneira
pratica.
Caso de uma mulher de 40 anos Solteira
 Passado algumas sessões a paciente começa a reconhecer sua
falta de capacidade para identificação projetiva;
 Vejam uma frase da paciente que identifica a falta de projeção:
 Paciente: - ‘Não há sentindo em lamentar a morte de alguém que
morrera. Podemos lamentar aqueles que ficam, se gostam do
morto, mas este está morto e esse é o fim da questão;
 Essa questão era logica para ela;
 Neste exemplo Winnicott enfatiza que houve um tom de
agressividade;
 E justamente isso causava estranhamento pelo seus amigos;
 Dificuldade em chorar e quando tem vontade junto ao analista
acha um absurdo e um desperdício de tempo.
Área recém desenvolvida de identificação
projetiva

 Aluno que tinha a escolha em abandonar o estudo e conseguir um emprego,


para ela era como perder um filho;
 As crianças talentosas representavam para ela a si mesma;
 As realizações das crianças eram dela e se deixassem a escola seria uma
calamidade;
 Os alunos que a representava e eram indiferentes, principalmente os rapazes
era como um insulto para ela.
Caso de uma mulher de 40 anos Solteira

 A paciente podia agora examinar as identificações cruzadas e reporta-se a


certas experiências do passado recente, das quais agiria de maneira
inacreditavelmente empedernida, e reconhece sua falta de capacidade para a
identificação projetiva ou introjetiva.
Caso de uma mulher de 40 anos Solteira

 A paciente se impusera como uma pessoa doente;


 Palavra alienação como sentimentos descritos pela paciente;
 Sentia ciúmes de um amigo que tinha a capacidade positiva desse de
comunicar-se em termos de identificações cruzadas.
Caso de uma mulher de 40 anos Solteira

 Descreve uma experiência onde um de seus alunos pinta um quadro


maravilhoso e logo após apaga totalmente;
 O ato do aluno foi um golpe para seu narcisismo, ver o quadro bom ser
apagado e não poder salvá-lo;
 Era intenso sua projeção com este aluno, que o mesmo mostrava a ela suas
próprias experiências de vida e o medo de fracassar;
 As crianças representavam parte de si mesma, especialmente seu elemento
masculino ou executivo.
Sonho

 Sonhara com uma criança pequena sendo lentamente envenenada por um


farmacêutico;
 O sonho se relaciona com o fato de tomar remédios para dormir, devido sua
dificuldade com o sono;
 Não é usuária de drogas;
 Mas em sua fala diz, preferir tomar o remédio para dormir do que ficar
acordada a noite toda e enfrentar o dia seguinte em estado de privação de
sono.
Caso de uma mulher de 40 anos Solteira

 A ideia implicava que ela estava a mercê de alguma força como a gravidade,
sem controle sobre nada;
 Não há identificação cruzada, pois o analista não pode suprir as necessidades
da paciente;
 Luta entre seu eu (self) feminino e o elemento masculino dissociado e expelido
(split-off).
Melhoras da paciente

 Frequentemente, relatava o alivio que sentia em certa ocasião, quando vira os


pais beijando-se, quando era criança;
 Lembranças boas de afeto que faz acreditar nos sentimentos;
Sobrevivência do analista

 Pode se ver na sessão o processo de desenvolvimento de uma capacidade


de identificação projetiva;
 Esta capacidade trazia consigo um novo tipo de relacionamento, de uma
espécie que essa paciente não fora capaz de atingir em sua vida;
 Surge uma nova compreensão em seu empobrecimento de seu
relacionamento com o mundo e do mundo com ela, especialmente à
intercomunicação;
 Com sua nova capacidade de empatia, surgiram na transferência uma nova
crueldade com seu analista, fazendo grandes exigências.
Relação das mudanças com o processo terapêutico

 A capacidade do analista em utilizar mecanismos projetivos, como uma forma


mais eficaz para o trabalho psicanalítico, se tornara gradativamente
introjetada;
 A paciente necessitava de fases de regressão à dependência na transferência
do analista (mãe) em identificar o paciente (bebê);
 Fusão com o analista para relacionar-se sem necessidade de mecanismos
identificatórios projetivos e introjetivos;
 A dificuldade em separar o objeto do sujeito e o analista se separa, sendo
colocado fora do controle onipotente do paciente;
 A sobrevivência do analista e o novo relacionamento baseado em
identificações cruzadas, onde o analista pode se colocar no lugar do paciente
e o paciente no lugar do analista;
Conclusão dos casos
 1º caso
 A mãe boa se torna a mãe não tão boa assim, ou a mãe não
suficientemente boa.
 Mas a capacidade de projeção ocorreu, por isso ela procura sempre
ser engraçada para não perder o olhar dos outros.
 Pois em dado momento ela perdeu o olhar da mãe.

 O ódio dessa modificação do manejo da mãe é projetado para outra


mulher que despertou toda a agressividade da adolescente e a mesma
pode entrar em contato com a expulsão de sua agressividade.
2º caso

 A mãe não foi suficientemente boa na hora da destrutividade do


objeto, não proporcionou a mudança de relacionar a usar o
objeto.

 O seio ficou fora da área de projeção, a destruição do seio


tornou-se uma característica. Destruição real devido ao fracasso
do objeto em sobreviver.
Esquema de relação de Objeto
O sujeito pode
USAR o objeto
Se o objeto
sobreviver a
destruição,
porque pode
Ela destroi o
haver a não
objeto quando
sobrevivencia,
O objeto está em se torna externo
surge um novo
processo de ser
A criança se encontrado
RELACIONA “Onipotencia”
com o objeto
Subjetivo que
está sendo
experenciado.
 Essa destruição torna-se pano de fundo inconsciente para o amor a um objeto
real

 Que está fora do controle onipotente do sujeito.

 O sujeito diz ao objeto: - Eu te destruí mas eu te amo, a tua sobrevivência que


te fiz sofrer, tem valor para mim.

 Isso Winnicott chama de destruição POTENCIAL

 A destruição REAL relaciona-se ao fracasso do objeto em sobreviver =


mudanças de qualidade, de atitude da mãe.
Sobrevivência x retaliar
 Na ultima etapa a criança passa de apenas um relacionamento ao uso do
objeto;
 Para usar o objeto a criança deve ter desenvolvido a capacidade essa
capacidade após a mãe ter sustentado a agressividade.
 As mães assim como os analistas podem ser boas, ou não suficientemente
boas; algumas podem fazer o bebe passar de relacionar, para o uso do
objeto – Usar o seio para nutrir.
 Nutrir = desenvolver, INTEGRAR o Self

 Cria-se um mundo da realidade compartilhada = Inter-relacionar-se


Para os analista o que fazer nestes casos em que a a
identificação Introjetiva e Projetiva é limitada???

Sobreviver aos ataques destrutivos;

O psicoterapeuta atua como um espelho

Ampliar o campo de ação do paciente com respeito as


identificações cruzadas

Evitar a ação da interpretação, mas faz a interpretação e


guardar para si;= Interpretação neste caso tem haver com a
experiência analítica.

Aguardar o momento que surja a confiança do paciente para


regredir se necessário.
Obrigada pela atenção de todos!

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