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Modulação

O que é Modulação
Modulação é uma transferência de centro tonal
que ocorre dentro de um movimento individual.
Pois que, embora uma peça tonal usualmente
comece e termine na mesma tonalidade, outras
tonalidades, em geral, serão insinuadas, referi-
das ou mesmo fortemente estabelecidas.
(Kostka).
O que não é Modulação:
• Mudanças de Modo – Mutação: Quando da passagem entre
tonalidades Homônimas (ou Paralelas). Não há mudança no
centro tonal.
• Equivalência Enarmônica – Não havendo mudança
de tônica não há modulação.
• Tonicização ou Tonicalização – Passagens
modulatórias por uso de funções secundárias.
Modulação entre tons relativos
Existe mudança de centro tonal.
Modulação para Tons Vizinhos
Modulação por Acordes Comuns
Através de acordes ‘pivôs’ de modulação diatônica:
Entre acordes comuns, envolvendo Tons
Menores
Advertência
‘Afinidades Tonais’
São consideradas nesse grupo as relações entre tona-
lidades Homônimas, Enarmônicas, Relativas e Vizi-
nhas; outras relações tonais fora desse grupo chama-
-mos de ‘Relações Estranhas’ e os pares de tonalida-
dades envolvidos nestas relações, chamamos de Tons
Afastados. As modulações entre tons vizinhos são
freqüentes, sobretudo entre os graus i - III nas tonali-
dades menores e I – V nas tonalidades maiores e cos-
tumam ocorrer através de acordes comuns e domi-
nantes secundárias.
Modulação Seqüencial
Algo é apresentado em um nível de altura e em se-
guida é repetido em outro nível de altura através
de tonicizações; um acorde comum pode ser anali-
sado nesse procedimento, contudo, é da seqüência
que surgirá a nova tonalidade.
Modulação Seqüencial por Ciclo de Quintas
As passagens modulatórias seqüenciais por ciclo
de quintas costumam ser diatônicas, com funções
secundárias por vezes incluídas. Em geral são
breves e convergem para a tonalidade original;
contudo, também podem levar a uma real trans-
ferência de centro tonal.
Modulação por Nota Comum
Em algumas modulações o elo entre dois tons não é um
acorde, mas uma nota em comum; ao contrário do acorde
Comum, que suaviza a passagem para outra tonalidade,
a nota em comum amiúde anuncia a si mesma claramente
e acentua o efeito modulatório.
Os acordes envolvidos nesse procedimento amiúde
exibem uma ‘afinidade cromática de mediante’:
1- As fundamentais estão a um intervalo de 3a menor
ou de 3a Maior; às vezes a tríade maior é reescrita
Enarmonicamente.
2- São ambos tríades maiores ou menores, mesmo
comportando sétimas.
A afinidade cromática de mediante utilizada em modulações
por nota comum pode tornar prático o processo envolvendo
tonalidade distantes. Abaixo, Schumann conecta um acorde
de I em Lab (ou V de Reb) a um I em Mi maior, através da
nota comum Lab/Sol#; a afinidade cromática de mediante
está enarmonizada: Lab – Mi, tornando-se enarmonicamente
uma terça maior (Lab – Fab).
Modulações Monofônicas
Uma modulação pode ser efetuada por uma única
Linha melódica, devido à ênfase de notas perten-
centes ao segundo tom; a harmonia está implícita
no movimento melódico, todavia, mesmo que este
evoque um fenômeno seqüencial, a modulação não
se realiza pela seqüência em si, mas pela sugestão
melódica.
Modulações Diretas
São modulações sem elementos intermediários que atenuem
o seu efeito abrupto; ocorrem em geral entre frases e são de-
nominadas de Modulação de Frase. Algumas modulações
diretas ocorrem no decurso da frase, o que não é usual, de
maneira que não encontrando uma definição apropriada para
a análise de uma modulação, o termo modulação direta pode
ser apropriado.
As ‘contribuições’ de Max Reger
Tônica de C maior; relativo (E menor) da dominante (G maior) de C.
Interpretação deste E menor como subdominante menor de B maior;
Interpretação deste F# maior como subdominante de C# maior e
Cadência:
Tônica de C maior; dominante G maior, cuja primeira inver-
são (o acorde de sexta si-ré-sol) se interpreta como acorde
de sexta napolitana de F# maior. Cadência:
Referências Bibliográficas:
ALLEN, Forte. Tonal Harmony in Concept & Practice. New York,
Holt, Rinehart and Winston, 1975.

KOECHLIN, Charles. Traité de l’Harmonie. Paris, Éditions Max


Eschig, 1958.

KOSTKA, STEFAN; Payne, Doroty. Tonal Harmony. New York,


Alfred A. Knopf, 1984.

REGER, Max. Contribuciones al estudio de la modulación. Madrid,


Real Musical Editores, 1978.

ZAMACOIS, Joaquim. Armonia I a III. Barcelona, Editora Labor,


1985.

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