Você está na página 1de 51

ALOCAÇÃO DO

TRÁFEGO
Técnica e Economia dos Transportes –
2018.1
Objetivo da Unidade

Analisar a malha viária,


atribuindo os fluxos de
tráfego à suas
respectivas rotas.
Sumário
1. Introdução
2. Modelos de Alocação do Tráfego
- Método da Atratividade das Vias
- Método das Curvas de Desvio
- Método Californiano
- Método de Restrição de Capacidade
- Método do Tudo ou Nada.
3. Alocação aos transportes públicos
INTRODUÇÃO
1. Introdução
- Embora a demanda por transportes compreenda
diferentes tipos de estudos, o planejamento é
constituído:
- Estabelecimento de metas e objetivos;
- Coleta de dados;
- Previsão da demanda futura:
- Geração de viagens;
- Distribuição de viagens;
- Divisão intermodal;
- Alocação do tráfego.
- Avaliação e seleção de planos
alternativos;
- Implementação dos planos elaborados.
1. Introdução
- Geração de viagens: estimar o número total de
viagens futuras que são produzidas ou atraídas em
cada zona de tráfego;
- Distribuição de viagens: determinar o número de
viagens realizadas entre cada par de zonas de
tráfego;
- Divisão intermodal: estimar a provável repartição
das viagens futuras entre os diferentes meios de
transporte;
- Alocação do Tráfego: estimar o volume de
tráfego nas várias ligações dos sistemas para um
determinado ano futuro ou para simular nas
condições atuais.
1. Introdução
1. Introdução

Geração Distribuição
de Viagens de Viagens

Divisão
Alocação do
Intermodal
Tráfego
1. Introdução
- Divisão intermodal:
- Estima a provável repartição das viagens
futuras entre os diferentes meios de
transporte;
- Divisão proporcional do total de viagens
realizadas pelas pessoas entre os diferentes
modos de viagens;
- Forma de apresentação:
- razão em relação ao número total de
viagens;
- % do número total de viagens.
1. Introdução
1. Introdução
1. Introdução
- Alocação do Tráfego (ou Atribuição do Tráfego):
- Etapa final do processo de previsão da demanda;
- Identifica as rotas por onde deverão escoar os
fluxos de tráfego e prevê os volumes de tráfego
que deverão passar em cada trecho dessas rotas;
- Analisa distâncias, custos ou tempos de viagens:
- as rotas mais prováveis de serem escolhidas
pelos usuários entre os conjuntos de alternativas
existentes na malha viária.
- Dados necessários:
- descrição completa da malha viária existente e
futura;
- matriz de viagens interzonais no ano-meta.
1. Introdução
- Alocação do Tráfego:
- Problema tipicamente rodoviário, uma vez que a
maior densidade de malha, cria inúmeras
opções ao usuário;
- Mais usualmente encontrado em áreas urbanas,
uma vez que nelas a densidade da rede cresce
mais ainda, aumentando as possibilidades para
alternativa para o escoamento do tráfego;
- Podem ser feitas para o tráfego diário total ou
qualquer subdivisão no período de 24h:
- períodos de pico – manhã ou tarde;
- fluxos direcionais e não direcionais;
- propósito particular.
1. Introdução
- Alocação do Tráfego:
- De um modo geral, três categorias básicas de
alocação podem ser feitas no processo de
planejamento dos transportes embora o
número e o tipo de atribuições feitas
dependa do tamanho da área em estudo,
do propósito e dos recursos disponíveis:
- i. alocação das viagens existentes à rede
atual;
- ii. alocação das viagens futuras previstas à
rede existente;
- iii. alocação das viagens futuras previstas
à rede futura.
1. Introdução
- Alocação do Tráfego:
- i. alocação das viagens existentes à
rede atual:
- verifica a adequação do procedimento de
alocação no que concerne à reprodução
dos padrões de viagens existentes;
- ii. alocação das viagens futuras
previstas à rede existente:
- determina as deficiências na rede atual e
proporcionar melhoramentos necessários
à rede existente;
1. Introdução
- Alocação do Tráfego:
- iii. alocação das viagens futuras
previstas à rede futura:
- analisa criteriosamente o efeito da
distribuição do uso do solo e dos
sistemas de transporte proposto.
- é prática usual atribuir as viagens futuras
previstas às várias alternativas de plano
de uso do solo com seus respectivos
sistemas de transportes.
1. Introdução
- Alocação do Tráfego:
- A programação ótima de construção da rede
pode ser determinada fazendo-se alocações
parciais da rede;
- As alocações feitas em períodos de 5 em 5
anos permitirão a avaliação dos
procedimentos adotados e fornecerão, se
necessário, subsídios para um ajustamento
futuro das previsões e alocações.
MÉTODOS DE
ALOCAÇÃO DO
TRÁFEGO
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Métodos de Alocação do Tráfego:
- Objetivos:
- Estabelecer os volumes de tráfego que
utilizam os diferentes trechos da rede;
- Assinalar as deficiências que atualmente
existem no sistema viário;
- Analisar o efeito de melhoramentos que
sejam executados na rede rodoviária;
- Escalonar as prioridades de execução de
obras no sistema viário;
- Determinar volumes horários de projeto;
- Determinar o volume de tráfego que será
desviado para uma nova estrada.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Métodos de Alocação do Tráfego:
- Os processos de alocação se baseiam no fato de a
escolha de determinado percurso, por parte dos
usuários do sistema de transporte, estará
condicionada por uma série de fatores, como:
- distância dos percursos e tempo de viagem;
- existência ou não de pedágios;
- limitações (peso, altura ou largura dos veículos);
- custo de viagem;
- composição do tráfego;
- existência ou não de facilidades ao longo do
trajeto (postos de serviço, oficinas, hotéis,
etc...);
- além de uma série de elementos subjetivos.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Métodos de Alocação do Tráfego:
- As técnicas de alocação se desenvolveram
com os estudos de origem e destino para
determinar as rotas prováveis para as viagens
internacionais, tradicionalmente ilustradas
em forma de diagrama de linhas de desejo;
- No início dos anos 50 era muito difícil a
verificação da rota que os motoristas usavam
para realizar suas viagens. A modelagem da
escolha das rotas era feita de forma arbitrária
baseada em conhecimentos pessoais e na
verificação do tempo de viagem, distância e
custo do usuário.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Métodos de Alocação do Tráfego:
- A maioria dos métodos: economia de custo de
viagem, redução de tempo ou distâncias dos
percursos;
- Métodos:
- Método da Atratividade das Vias;
- Método das Curvas de Desvio;
- Método Californiano;
- Método de Restrição de Capacidade;
- Método do Tudo ou Nada.

- A escolha do método para determinado estudo de


transportes depende basicamente do propósito
do estudo e do grau de sofisticação requerido nos
resultados.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método da Atratividade das Vias:
- A atratividade de uma via é definida como o
valor inverso de custo ou tempo de viagem por
dia.
- Assim:
Ai= 1 / (ki)b
- Onde:
- Ki: custo ou tempo de viagem por i;
- b: constante numérica.

- O tráfego será alocado aos trechos de maior


atratividade.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método das Curvas de Desvio:
- Método baseado na comparação de duas
rotas alternativas, sendo uma delas free-way
(autoestrada);
- Determina-se a porcentagem de tráfego que
caberá a cada caminho;
- Curvas desenvolvidas para vários
parâmetros:
- Economia de percurso;
- Relação de tempo e distância de viagem;
- Economia de tempo de viagem.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método das Curvas de Desvio:
- Conceito de resistência à viagem é usado na
alocação do tráfego:
- empregando-se uma medida de
resistência (distância, tempo de viagem,
velocidade e nível de serviço), e;
- examinando empiricamente a relação
entre esta medida e o uso de rotas
alternativas.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método das Curvas de Desvio:
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método das Curvas de Desvio:
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método das Curvas de Desvio:
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método das Curvas de Desvio:
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método das Curvas de Desvio:
- AASHTO (American Association of State
Highway and Transportation Officials)
desenvolve curvas deste tipo utilizando a
expressão:

P = 1 / (1 + R6)
- Em que:
- P: porcentagem usando a free-way;
- R: razão entre o tempo de viagem pela
free-way e pela melhor alternativa.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método Californiano:
- Desenvolvimento de curvas que indicam a %
de usuários que preferem a free-way, em
função das diferenças de distâncias e tempo
de viagem, entre esta via e outra
alternativa;
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método Californiano:
- As curvas indicativas do uso da free-way
constituem uma família de hipérboles, cuja
expressão é:

P = 50 + 50.(d + 0,5.t).[(d – 0,5.t)2 +


4,5] – 1/2
- Em que:
- P: % de usuários que preferem a free-way;
- d: diferença de distância entre os dois percursos
(em milhas);
- t: diferença de tempos (viagens) entre dois
percursos (em minutos).
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método Californiano:
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método Californiano:
- Estas curvas foram traçadas a partir de observações
realizadas em rodovias da Califórnia (USA). A sua
aplicação envolve os seguintes passos:
- determinação das distâncias de viagens, entre
dois pontos pela free-way e pela melhor
alternativa existente;
- determinação dos tempos de viagens, entre dois
pontos, pela free-way e pela melhor alternativa.
- Deste modo, todos os valores correspondentes às
diferenças de tempo de distância e de viagem,
poderemos, então, determinar a porcentagem de
tráfego que será alocada em cada via.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método de Restrição de Capacidade:
- Inicialmente desenvolvida em 1960 pelo
departamento de computação da General
Eletric, em cooperação com um órgão do
governo americano;
- Trata dos ramos supercarregados de uma
rede;
- Procedimentos semelhantes ao Método do
“Tudo ou Nada”;
- Necessidade de auxílio de softwares.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método de Restrição de Capacidade:
- O fluxo de tráfego de cada zona de origem e
destino é atribuído à rede, e os volumes de
tráfego alocados em cada trecho são
comparados com suas respectivas
capacidades práticas;
- Se um trecho torna-se supercarregado, deve-
se então determinar um novo tempo de
viagem:
- congestionamentos;
- redução da velocidade;
- acréscimos no tempo de viagem.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método de Restrição de Capacidade:
- O novo tempo de viagem é calculado pela
expressão:

T = To.[1 + 0,15.(volume
alocado/capacidade prática)4]

- Em que:
- T: tempo de viagem correspondente ao
deslocamento do volume de tráfego alocado;
- To: tempo de viagem considerando-se o
volume do ramo igual a zero, ou seja, o
tempo de viagem na capacidade prática
multiplicado por 0,87.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método de Restrição de Capacidade
(cont.):
- Aplicando um processo iterativo (de
repetição), o passo seguinte consiste em
realizar nova atribuição de tráfego na rede,
obtendo-se a construção de um novo
conjunto de árvores de caminho;
- Esse processo pode continuar aplicando-se
várias iterações, mas a experiência tem
mostrado que após quatro iterações a
exatidão não melhora muito.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Exemplo:
- Considere que o ramo 27 – 32 de uma rede
tem uma milha de comprimento, uma
capacidade prática de 40.000 veículos/dia e
uma velocidade, a essa capacidade, de 40
milhas/hora. O tempo de viagem
considerando-se o volume do ramo igual a
zero é de 1,5 minutos. Depois da alocação da
rede verificou-se que o ramo 27 – 32 estava
carregado com 60.000 veículos/dia. Qual o
tempo de viagem para o volume alocado?
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método do Tudo ou Nada:
- Baseia-se no fato de que os motoristas preferem
efetuar suas viagens pelas vias que oferecem
menor resistência aos deslocamentos
(medida em termos de tempo, distância, custo
de viagem ou alguma combinação destes
elementos);
- Este método é de fácil aplicação, porém não
considera:
- a capacidade das vias;
- preferências pessoais na escolha da rota;
- os acréscimos de tempo de viagem que
ocorrem, devido ao aumento de volume de
tráfego nas vias escolhidas.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método do Tudo ou Nada:
- Procedimentos:

I. Descrição completa da rede rodoviária


identificando os ramos (trechos) e nós:
- Ramos: segmento unidirecional entre duas

interseções, identificados por meio dos


códigos dos nós extremos;
- Nós: extremidades de um ramo, identificados

através de um número código:


- Central ou Centróide: representa o centro

de uma zona de tráfego;


- De interseção: definidos pelas interseções de

duas ou mais vias.


2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método do Tudo ou Nada:
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método do Tudo ou Nada:
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método do Tudo ou Nada:
- Procedimentos (cont.):

II. Determinação dos caminhos de menor


resistência (menor tempo) de cada zona de
origem em relação às (outras) zonas de
destino (processo auxiliado por softwares).
Nesta etapa, para cada zona de origem, será
construído um esquema contendo todas as
rotas de tempo mínimo (árvores de
caminhos mínimos);
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método do Tudo ou Nada:
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método do Tudo ou Nada:
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método do Tudo ou Nada:
- Procedimentos (cont.):

III. Atribuição dos fluxos de tráfego


interzonais das rotas escolhidas:
- Soma-se no final os fluxos de tráfego das
diversas rotas que passam em cada trecho da
árvore, obtendo-se o fluxo total
correspondente, no sentido considerado;
- A cada zona de origem corresponde uma
árvore de caminho mínimo, composta das
rotas.
2. Métodos de Alocação do
Tráfego
- Método do Tudo ou Nada:
ALOCAÇÃO DOS
TRANSPORTES
PÚBLICOS
3. Alocação dos Transportes
Públicos
- Os princípios básicos de alocação e tráfego viário
são aplicáveis às atribuições dos movimentos
através dos sistemas de transporte públicos;
- O conceito de resistência à viagem também se
aplica aos transportes públicos. Em muitos casos,
os mesmos tipos de alocação do tráfego viário são
usados para atribuir os movimentos de transporte
público, para se levar em conta alguns fatores:
- tempo de transferência de um tipo de
transporte público para outro;
- tempo de espera, e;
- tempo de caminhada na origem e no destino.
ALOCAÇÃO DO
TRÁFEGO
Técnica e Economia dos Transportes –
2018.1

Você também pode gostar