Você está na página 1de 54

COLETA DE DADOS NO

PLANEJAMENTO DOS
TRANSPORTES
Técnica e Economia dos Transportes – 2015.1
Objetivo da Unidade

Caracterizar os serviços de
coleta dados sobre os padrões
de viagens e fatores que
influenciam a geração de
viagens.
Sumário
1. Introdução
2. Etapas da Coleta de Dados
3. Dados sobre Padrões de Viagens
4. Pesquisas
5. Fatores de Expansão
6. Sequência de Atividades - Resumo
7. Exemplos
INTRODUÇÃO
1. Introdução
Sistema de Transportes Fatores de Demanda

Grande número de informações

Processo de planejamento dos


transportes
1. Introdução
- A coleta de dados visa obter informações necessárias que
possibilitem desenvolver relações/modelos matemáticos
destinados à previsão de demanda futura de transportes e
planejem a alocação dos diferentes.

- Tipos de dados relevantes:


- População;
- Inventário do uso do solo;
- Produção agrícola e industrial;
- Localização de fontes de consumo;
- Informações do próprio sistema de transportes.
ETAPAS DA COLETA DE DADOS
2. Etapas da Coleta de Dados
- 1. Definição da área de estudo (Região de Tráfego):
- Zoneamento: agrupamento dos dados referentes a
viagens individuais, domicílios e locais de trabalho de
modo a torná-los mensuráveis e fáceis de analisar;
- Incluir áreas que apresentem problemas de tráfego,
que gerem fluxos de tráfego para zona central e de
possíveis desenvolvimentos futuros para o período de
projeto.
- Definida de modo a permitir a necessidade de menor
quantidade de postos de pesquisa (entrevistas).
2. Etapas da Coleta de Dados
- 2. Divisão das Zonas de Tráfego:
- Divisão da área de estudo (região de tráfego);

- Finalidades:
- Determinar a origem (O) e o destino (D) das viagens;
- Determinar os fatores que influenciam a geração das
viagens;
- Estabelecer os principais corredores de
movimentação.
2. Etapas da Coleta de Dados
- 2. Divisão das Zonas de Tráfego (cont.):
- Garantir que as informações sejam coletadas
detalhadamente para permitir conclusões significativas –
taxas de geração e distribuição das viagens.

- Centróide: zona que representa o centro da área


estudada. Local de maior concentração de atividades.
2. Etapas da Coleta de Dados
- 2. Divisão das Zonas de Tráfego (cont.):
- A área não deve englobar apenas o espaço urbano
propriamente dito, mas, também subúrbios e municípios
vizinhos;

- Definição:
- Instrumentos de Cadastro Técnico;
- Fotogrametria: mapas a partir de fotos aéreas;
- Imagens por satélites.
2. Etapas da Coleta de Dados
- 2. Divisão das Zonas de Tráfego (cont.):
2. Etapas da Coleta de Dados
- 2. Divisão das Zonas de Tráfego (cont.):
- Não há regra fixa para estabelecer o número ou
tamanho das zonas de tráfego. Depende, em geral:
- Densidade populacional;
- Concentração das atividades;
- Volume de tráfego;
- Características de atração/geração de viagens.
2. Etapas da Coleta de Dados
- 2. Divisão das Zonas de Tráfego (cont.):
- Tipos de zonas:
- Externas: localizadas fora do cordão externo;
- Internas: localizadas dentro do cordão externo.
2. Etapas da Coleta de Dados
- 2. Divisão das Zonas de Tráfego (cont.):
- Características:
- Zonas mais afastadas:
- maiores zonas;
- menor influência como fonte geradora de tráfego.

- Zonas mais próximas:


- menores zonas;
- maior influência como fonte geradora de tráfego.
DADOS SOBRE PADRÕES DE
VIAGENS
3. Dados sobre Padrões de Viagens
- Tipos de movimentos:
- Dentro da área limitada pelo cordão externo:
- Externo – Externo - Externo – Interno
- Interno – Externo - Interno – Interno
3. Dados sobre Padrões de Viagens
- Tipos de movimentos (cont.):
- Externo – Externo:
- origem e destino fora da área delimitada pelo
cordão externo.
3. Dados sobre Padrões de Viagens
- Tipos de movimentos (cont.):
- Externo – Externo:
- representam viagens de longa distância e tráfego de
passagem;
- proporcionam problemas nas travessias de áreas
urbanas, pois seu fluxo é formado por veículos
pesados que podem provocar:
- poluição,
- danos ao pavimento, e;
- redução da capacidade da via.
3. Dados sobre Padrões de Viagens
- Tipos de movimentos (cont.):
- Externo – Interno:
- origem fora da área delimitada pelo cordão externo
e destino dentro.
3. Dados sobre Padrões de Viagens
- Tipos de movimentos (cont.):
- Interno – Externo:
- origem dentro da área delimitada pelo cordão
externo e destino fora.
3. Dados sobre Padrões de Viagens
- Tipos de movimentos (cont.):
- Esses dois tipos de movimentos (Externo – Interno e
Interno – Externo) possuem pouca importância em termos
de viagens atraídas ou produzidas nas zonas internas.
Dependendo dos objetivos planejados podem ser
considerados.
3. Dados sobre Padrões de Viagens
- Tipos de movimentos (cont.):
- Interno – Interno:
- origem e destino dentro da área delimitada pelo
cordão externo.
3. Dados sobre Padrões de Viagens
- Tipos de movimentos (cont.):
- Interno – Interno:
- É o tipo de viagem mais importante, pois possui
grande volume de tráfego e deste modo necessita ser
estudado com mais detalhes
PESQUISAS
4. Pesquisas
4. Pesquisas
- 1. Pesquisas Domiciliares:
- Informações obtidas através de entrevistas feitas
diretamente nas residências (amostragem);
- Fornecem dados essenciais sobre os atuais desejos e
hábitos de viagens que, em conjunto com os dados sobre
os uso do solo e atividades econômicas, formam a base
para a projeção dos padrões de viagens futuras;
- Objetivam conhecer fatos relacionados aos movimentos
atuais de todas as viagens de um dia típico.
4. Pesquisas
- 1. Pesquisas Domiciliares (cont.):
- Entrevistas distribuídas geograficamente e na mesma
proporção da distribuição populacional;
- Critérios (a escolha é função do grau de precisão
desejado e dos recursos financeiros disponíveis):
4. Pesquisas
- 1. Pesquisas Domiciliares (cont.):
- Recomendações:
- Realizada por profissionais treinados e
supervisionados por técnicos qualificados;
- Computar todas as viagens realizadas por cada
membro do domicílio (> 5 anos) nas últimas 24 h;
- Informações úteis:
- Endereço; idade e sexo; número de residentes
ativos; número de viagens por residente; origem,
destino e hora da viagem; renda; número de
estudantes; emprego e local de trabalho; número
de veículos particulares; final e duração das
viagens; etc.
4. Pesquisas
- 1. Pesquisas Domiciliares (cont.):
- Viagem – Conceito Americano:
- Jornada individual, com certo propósito, entre dois
pontos, por um meio específico de transporte, por
uma pessoa de idade mínima de 5 anos;
- Em princípio, qualquer parada implica no início de
outra viagem;
- Paradas com propósitos secundários e que não
determinam a escolha da rota são desprezadas nos
estudos de tráfego.
4. Pesquisas
- 1. Pesquisas Domiciliares (cont.):
- Viagem – Conceito Americano:
- Exemplos:
- Para uma população de 50.000 habitantes em um
horizonte de longo prazo: entrevistas com cerca
de 10 % da população (5.000 entrevistas);
- Para este mesmo exemplo, com maior grau de
confiabilidade: amostra recomendada: 20 % da
população (10.000 entrevistas).
4. Pesquisas
- 1. Pesquisas Domiciliares (cont.):
- Viagem – Conceito Americano:
- Exemplos:
- No metrô de São Paulo foi tomada uma amostra
de 25.000 residências, sendo considerado um
número médio de 125 moradias por zona de
tráfego, sendo estes domicílios escolhidos por
sorteio.
4. Pesquisas
- 2. Pesquisas realizadas na via:
- Realizadas através do preenchimento de questionários
sobre as viagens;
- Os veículos são parados em postos localizados no
cruzamento da via com o cordão externo ou em pontos
importantes do sistema viário, e realizada entrevista com
os motoristas
4. Pesquisas
- 3. Pesquisas no cordão externo:
- Entrevistas com motoristas que viajam cruzando o cordão
externo (externo-externo e externo-interno);
- Entrevistas diretas ou através de cartões postais no local,
com tarifa paga, para que seja preenchidos
posteriormente e devolvidos pelos Correios;
4. Pesquisas
- 3. Pesquisas no cordão externo (cont.):
- Observações:
- i. os pontos de pesquisa em zonas rurais devem se
situar em pontos de passagem obrigatória dos
centros de produção para os centros de consumo;
- ii. deve-se evitar pontos que possibilite repetição de
entrevistados.
4. Pesquisas
- 3. Pesquisas no cordão externo (cont.):
- Condições para localização dos postos de pesquisa:
- Visibilidade: < 200m entre o posto e os veículos;

- Acostamentos: existir acostamentos nos dois lados da


via para facilitar paradas;
- Sinalização: as proximidades dos postos devem ser
sinalizadas para alertar os motoristas das paradas;
- Número de entrevistadores:
4. Pesquisas
4. Pesquisas
- 3. Pesquisas no cordão externo (cont.):
- Formulários:
- Localização do posto;
- Dia e hora da entrevista;
- Tipo de veículo: marca, ano de fabricação,
combustível, peso e número de eixos;
- Origem e destino das viagens;
- Finalidade das viagens;
- Número de passageiros;
- Natureza, valor e peso da carga transportada.
4. Pesquisas
- 3. Pesquisas no cordão externo (cont.):
- Quanto ao número de vezes:
- Permanentes:
- Modo contínuo, 24 horas ao dia;
- Contadores elétricos.

- De cobertura:
- realizadas esporadicamente, em períodos de sete
dias, uma vez por ano e realizadas geralmente
em vias secundárias.
4. Pesquisas
- 3. Pesquisas no cordão externo (cont.):
- Quanto ao número de vezes:
- Sazonais:
- realizadas em períodos repetidos de tempo,
porém intermitentes. São as contagens mais
importantes. A demanda do tráfego sofre os
efeitos da sazonalidade: deve ser detectado nas
pesquisas com vistas a projeção futura da
demanda;
- Recomendável realizar quatro vezes ao ano, no
período de sete dias, uma em cada trimestre.
FATORES DE EXPANSÃO
5. Fator de Expansão

Devido à utilização de apenas uma amostra da população, os


dados obtidos precisam ser extrapolados, devendo-se
determinar um “Fator de Expansão” para a amostra.
5. Fator de Expansão
- Para as pesquisas domiciliares:

E=P/R

Onde:
E = fator de expansão;
P = população total da zona considerada;
R = quantidade de residentes (moradores fixos) nos
domicílios consideradas na amostra.

Os dados serão expandidos multiplicando-se os dados coletados


pelo fator de expansão.
5. Fator de Expansão
- Alguns elementos não são coletados devido a problemas
diversos, recomenda-se o seguinte fator de expansão:
5. Fator de Expansão
- Para as pesquisas realizadas na via (origem/destino):
deve-se considerar cada classe de veículo e direção do fluxo
considerado:

E=A/B

Onde:
E = fator de expansão;
A = total de veículos, de uma classe, que passaram
pelo posto nas 24 horas de pesquisa;
B = número de veículos entrevistados da mesma classe.
SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES
(RESUMO)
6. Sequência de Atividades
- Para uma coleta de dados eficiente:
- Delimitação da área de pesquisa;
- Levantamentos:
- das bases cartográficas;
- do uso e ocupação do solo;
- dos setores censitários, limites de municípios,
distritos,etc...;
- Definição das zonas de tráfego;
- Acesso ao cadastro de municípios/plano amostral/zona,
sorteio dos domicílios a pesquisar;
- Elaboração dos questionários.
6. Sequência de Atividades
- Para uma coleta de dados eficiente (cont.):
- Elaboração dos manuais de procedimentos no campo e
de codificação;
- Treinamento das equipes de pesquisa;
- Aplicação de questionários/ campo;
- Tabulação, análise, mapeamento dos resultados;
- Produção de arquivos magnéticos e relatórios com
resultados da pesquisa.

- Obs.: dias de pesquisa: quartas, quintas e sextas-feiras e


fora dos períodos de férias escolares.
EXEMPLOS
7. Exemplos
7. Exemplos
7. Exemplos
7. Exemplos
COLETA DE DADOS NO
PLANEJAMENTO DOS
TRANSPORTES
Técnica e Economia dos Transportes – 2015.1

Você também pode gostar