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Ensaios de estampabilidade

• O ensaio tem como objetivo avaliar a estampabilidade de


chapas e/ou tiras metálicas, relacionando características
mecânicas e estruturais da peça com as máximas
deformações possíveis de ser realizadas sem que ocorra
ruptura [ASTM E643-84]. Existem diversos tipos de ensaio
para essa forma de avaliação, descritos em seguida.
– Ensaio Erichsen
– Ensaio Olsen
– Ensaio Swift
– Ensaio Fukui
– CLC
• Ensaio Erichsen
– O ensaio consiste em um punção de cabeça esférica que
avança sobre uma fina chapa metálica (blank), presa em
um sistema que aplica uma sobrepressão. O ensaio
envolve estiramento biaxial, e o resultado é dado pelo
avanço do punção sobre o metal até o instante em que
ocorre a fratura. Os resultados podem variar com a
velocidade de avanço do punção, a lubrificação do
equipamento e do blank e, principalmente, em razão
dos critérios para a determinação do fim de teste (início
da fratura)
– Os blanks utilizados no ensaio podem ser circulares ou
retangulares, e o mínimo comprimento ou diâmetro deve
ser de 90mm, e a espessura nominal da chapa deve estar
entre 0,2 e 2,0mm. A parte esférica do punção deve ter
dureza de 62 HRc, e a superfície da matriz (do topo até a
base) deve ter dureza superior ou igual a 56 HRc.
– A velocidade de avanço do punção deve estar entre 0,08 e
0,40mm/s, e próximo a ruptura a velocidade pode ser
reduzida para se obter maior precisão. Em geral, devido à
dispersão dos resultados, deve se ensaiar pelo menos seis
chapas e indicar a média dos valores de avanço do punção.
– O ensaio Erichsen apresenta como maior
desvantagem uma má reprodutibilidade, como
conseqüência do emprego de pressões diferentes
para a fixação da chapa na matriz, a diferenças de
rugosidades nas matrizes e nos punções das
diversas máquinas existentes e, principalmente,
devido à qualidade diversificada do lubrificante
utilizado e à velocidade do ensaio.
• Ensaio Fukui ou CCV (Conical Cup Value)
– Nesse teste, a matriz é cônica na parte de apoio do
esboço, sendo que o esboço é simplesmente apoiado,
sem uso de antirruga. Quando o punção desce, o esboço
adquire formato cônico, sendo após isso deformado em
formato cilíndrico através da cavidade da matriz até
iniciar-se a fratura.
– O valor medido pelo ensaio é o “valor de CCV” que é
igual à soma do diâmetro máximo Dm (mostrado na
figura) e o diâmetro mínimo (na direção circunferencial
da parte mais larga do corpo de prova).
𝐷𝑚𝑎𝑥𝑖𝑚𝑜+¿ 𝐷
•  

𝐷 𝑚= 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜
¿
2
• Ensaio Swift
– consiste na deformação de um disco metálico
(blank) preso em uma matriz com um punção na
forma cilíndrica. Nesse caso, o resultado é obtido
por meio da relação entre o diâmetro máximo do
disco e o diâmetro do punção que provoca a
ruptura da peça. Desse modo, esse método de
ensaio exige a utilização de diversos corpos-de-
prova, sendo muito utilizado para análise de casos
de estampagem profunda (deep.drawing).
• Curva limite de conformação (CLC)
– É definida como sendo uma representação do
comportamento de uma chapa metálica que é
deformada em um processo de conformação
mecânica e traçada em um diagrama deformação
verdadeira maior vs. Deformação verdadeira
menor. É comum considerar que as deformações
limites independam do tipo de ensaio empregado
nas suas determinações e representem, portanto,
uma propriedade intrínseca do material.

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