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Arquitetura Vernacular

Portuguesa
“Um futuro sustente na sustentabilidade de antigamente”
Diogo Gregório
Arquitetura Meridional e Mediterrânica
Professor: Mostafa Zekri
Origem do Termo “Arquitectura Vernacular”
• “Arquitetura” define-se como sendo a ciência ou a arte de construir,
com raiz na palavra grega para “Arquiteto” (arkhi+tekton) que significa
chefe-construtor; enquanto
• “Vernacular” deriva do latim vernaculus e significa “nativo”; pelo que
a definição de “arte de construir nativa”, ou própria de um local.
• Esta arquitetura criada por
múltiplos condicionalismos, que se
seguem pela otimização dos
poucos recursos das populações,
desperta interesse por aprese
tentar uma intrínseca relação com
a sustentabilidade.
• As comunidades tinham noção
que o seu bem-estar dependia de
uma boa relação com o meio
ambiente.
• A arquitetura vernacular ou tradicional é
um elemento característico da
identidade de uma região

• Com as tecnologias possíveis e matérias


primas locais , esta arquitetura torna-se
característica de um certo local ou região
• A construção teve sempre como característica a adaptação a cada meio
ambiente, como é exemplo disso o uso dos recursos disponíveis, as técnicas
conhecidas em cada local adaptadas ao mesmo entre outras, o que
proporcionou uma grande diversidade de soluções .
Sustentabilidade

• A questão é particularmente relevante quando a


indústria da construção detém um dos maiores e
mais ativos setores em todo o Mundo, sendo quase
30% do emprego, indústria e respetivamente na
economia.
• Ao nível do impacto ambiental esta indústria é
também de grande impacto, constituindo quase
30% das emissões do dia-a-dia do mundo
• Numa época de globalização impulsionada pela revolução industrial e
intensificada com o movimento contemporâneo que contribui para uma
homogeneização das culturas e do mundo, por consequência dos seus
modos de construir a arquitetura vernacular é sem duvida um “ caso de
Globalização estudo” um elemento chave para o retomar da discussão acerca da
identidade de se voltar a usar estas técnicas, mais sustentáveis e voltar á
construção intrínseca ao lugar.
Actualidade
• No momento em que vivemos num permanente conflito entre o
homem e a terra/ natureza é pertinente voltar a estudar as
construções vernaculares com o intuito de desenvolver e adaptar
estratégias ao contexto catual da construção tornando-as mais
sustentáveis e menos predadoras das energias fosseis.
Antigamente

• Na história, derivado á carência de


tecnologia para usar as diversas fontes de
energia já disponíveis os edifícios eram
construídos usando apenas medidas
passivas, isto é, na construção para
habitação. Estas medidas, simples e
engenhosas, tinham como base
características ao nível da geografia do
local, insolação, orientação, geometria,
forma, materiais entre outras.
Assim sendo podemos enumerar alguns princípios
Estas técnicas foram aprimoradas intemporais de arquitetura solar, tais como:
ao longo de muitas e muitas
gerações de modo a que os povos - Minimização das superfícies expostas a norte,
das mais diversas culturas de uma abertura para o sol.
forma empírica chegassem á
criação de formas e processos de - Zoneamento solar – salas frias a norte, salas
construção. Estas abordagens quentes a sul - Sombreamento, proteção contra o sol
possuíam estilos e características no verão .
próprios, relacionados
perfeitamente com os diferentes
tipos de clima e com as diversas
características geográficas.
- Utilização de massas com inercia forte para atrasar
a penetração do calor/ frio .
• A arquitetura de cariz popular alterou-se mediante as necessidades
das populações, numa evolução mais lenta.
• A crescente euforia tecnológica dá início à rutura com as tradições.
• A industrialização proporcionou o surgimento de novos materiais e o
desenvolvimento tecnológico de outros,
• A utilização crescente destes novos materiais industrializados e
padronizados, homogeneizaram as distintas formas de construção —
assim como o modo de viver — até então dependentes dos materiais
disponíveis no lugar posteriormente o seculo XX vinha a marcar
definitivamente a quebra com as raízes vernaculares.
• “O inquérito à Arquitetura Popular em Portugal, apesar de os autores
não o terem previsto, foi oportuno e assertivo no período temporal
em que foi realizado (trabalho de campo em 1955), registando na sua
globalidade um mundo que estava prestes a desaparecer.
Clima

• As múltiplas desiguais características


geográficas, climáticas de Portugal
originaram diversas manifestações de
arquitetura vernacular, sendo esta
dependente do lugar e caracterizadora
do mesmo, absorvendo então
especificidades dos sítios e da cultura
dos homens que a habitam. A utilização
de materiais e técnicas de certo lugar, a
adaptação às condições climáticas e á
geografia do lugar é visível por exemplo
na forma de uma habitação
transmontana e a habitação do Alentejo.
Sendo estes os pontos caracterizadores
de cada região.
• Um território de assimetrias –
topográficas, climáticas, geológicas,
culturais – originou tipos de
arquitetura vernacular com feições
distintas, impossíveis de sintetizar em
breves linhas.
• “Referido há́ mais de 2000 anos por Vitrúvio, no livro I do seu Tratado
de Arquitetura, o conceito é abordado de forma mais pragmática
sobre a importância de saber escolher um lugar para edificar,
passando pela análise dos fígados dos animais desse local e respetivas
plantas, discernindo desta forma a qualidade da água e das pastagens
e o tipo de solo existente, entre outros.”

Vitruvio
• A arquitetura encontra-se em constante mudança, porem os desafios
que agora se depara implica alterações mais significativas. Só assim
será possível a resposta á questão imposta no trabalho desenvolvido
– A arquitetura e a sua sustentabilidade – como é exemplo disso
melhorar o desempenho ambiental, otimizar a qualidade interior do
edifício e diminuir os custos adjacentes á manutenção dos mesmos.

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