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Docente:
Domingos Francisco
Testes e trabalhos de pesquisa
Teste 1: 09 a 13 de Setembro
Teste 2: 14 a 18 de Outubro
Trabalhos:
Origem e evolução dos RH
Gestão dos recursos humanos: Principais actividades incluídas nesta área funcional da Gestão
Empresarial. Pag.44
A aplicação da ferramenta Balanced Scorecard (BSC) na GRH
Gestão por competências e sistemas de carreiras
Interação entre pessoas e a organização
Os subsistemas de provisão dos RH
Teorias motivacionais
Gestão de conhecimento, tipos e criação de conhecimento, formas de conversão.
Gestão de desempenho (avaliação do rendimento e desempenho.
1.1 INTRODUÇÃO
Em plena era do conhecimento, as empresas passaram a ver que o capital humano é um instrumento
de suma importância e reconhecem que é matéria-prima relevante para todo e qualquer processo
produtivo.
As Organizações não funcionam por si só, elas necessitam de capital humano para realização de
tarefas, e essa necessidade de pessoal é que faz com que haja uma busca intensa no mercado de
recursos humanos que é a fonte onde afluem os candidatos para cobrir as vagas oferecidas pela
empresa.
1.1 INTRODUÇÃO (cont.)
A ARH está a passar por grandes mudanças e inovações. Nesse novo contexto, as pessoas deixam de
ser o problema das organizações para ser a solução de seus problemas. As pessoas deixam de ser o
desafio para se tornar a vantagem competitiva das organizações que sabem como lidar com elas. As
pessoas deixam de ser o recurso organizacional mais importante para se tornar o parceiro principal
do negócio e que lhe dá dinâmica, vigor e inteligência.
1.2 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
A Gestão de Recursos Humanos é uma área estratégica em empresas. Sua missão é fazer com que a
organização e o colaborador alcancem os seus objectivos e mantenham uma relação trabalhista vantajosa em prol
da organização.
Os temas mais directamente derivados da Psicologia e Sociologia dizem respeito a expectativas e atitudes em relação
ao trabalho, motivação, participação, liderança, comunicação, conflito, poder, influência, qualificação, produtividade.
Temas mais actuais consideram o estudo do poder e cultura organizacional, novas formas de organização do trabalho,
qualidade de vida no trabalho, práticas de envolvimento dos trabalhadores, comprometimento dos níveis gerenciais,
ligação entre a estratégia empresarial e de recursos humanos.
1.2 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS (Cont.)
Considera-se que até então o modelo de gestão de recursos humanos mais praticado é aquele que tem
ampla influência da Administração Científica de Taylor e da Escola das Relações Humanas, que buscou
basicamente adaptar as pessoas ao sistema de trabalho taylorista. É mais caracterizado por um modelo de
"Controlo", baseado numa relação de trabalho de baixa confiança. Este tem sido o modelo dominante, a despeito
dos desenvolvimentos teóricos da escola humanista, sociotécnica, e de desenvolvimento organizacional que
enfatizam o enriquecimento de cargos e o desenvolvimento do potencial humano.
É chamado recursos humanos, o conjunto dos empregados ou dos colaboradores de uma organização. Mas
o mais frequente deve chamar-se assim à função que ocupa para adquirir, desenvolver, usar e reter os
colaboradores da organização. O objetivo básico que persegue a função é alinhar as políticas de RH com a
estratégia da organização. A gestão de recursos humanos estrutura a sequência que envolve a dinâmica
trabalhista.
1.3 Objetivos da Gestão de Recursos Humanos
O principal e mais básico objetivo desse sector da gestão empresarial, através das tarefas citadas acima, é
o de proporcionar um alinhamento entre as políticas do RH e a estratégia da empresa, que deverá
ser posta em prática pelos funcionários. A gestão de recursos humanos age, portanto, como ponte entre
a diretoria da organização e seus funcionários, trazendo para estes últimos, através de sua política
administrativa, os valores da empresa, os objetivos a serem alcançados, além de como e quando isso deve
acontecer.
No sector de recursos humanos, os cargos e salários dos profissionais variam de acordo com as funções.
Eles podem trabalhar em muitos tipos de empresa, desempenhando diferentes cargos: consultor interno,
especialista ou analista em diversas áreas como salários, treinamentos, responsabilidade social. Entre suas
tarefas, estão recrutamento e seleção de pessoal, cargos e salários, treinamento e desenvolvimento,
avaliação de desempenho, benefícios, gestão de carreiras, entre muitas outras.
1.3 Objetivos da Gestão de Recursos Humanos
(Cont.)
É muito importante possuir boa capacidade de lidar com as pessoas nessa área, trabalhando
comportamentos individuais e em grupo por meio de práticas motivadoras. Além disso, a calma e
firmeza na hora de mediar negociações e conflitos é essencial. O gestor em RH também deve ser
qualificado para montar planeamento estratégico, programas de qualidade de vida no trabalho e
avaliação do clima de trabalho, entre outros.
A preocupação genuína com os trabalhadores faz parte da versão mais moderna da gestão de pessoas,
que busca valorizar seus talentos. As tendências para o futuro, com relação a este setor, se relacionam,
portanto, com a ideia de que, quanto mais satisfeito estiver o profissional, mais produtivo e contributivo
ele será para o crescimento da empresa em que trabalha, alcançando, consequentemente, seu sucesso
pessoal.
1.4 Evolução da Gestão de Recursos Humanos
A Gestão de RH é uma área ampla, interessante e desafiadora. A era que vivemos de conexão total tem
exigido que profissionais tradicionais, como o gestor de Recursos Humanos, tornem-se mais participativos
e multidisciplinares dentro das organizações. Para ser bem-sucedido, é preciso focar na formação e,
investir em cursos de qualificação, atualização e especialização na área de Gestão de RH que deseja
atuar, é imprescindível. As empresas estão reconhecendo cada vez mais a importância de ter um
profissional que conheça políticas de gestão de pessoas de forma a garantir as metas organizacionais.
1.4 Evolução da Gestão de Recursos Humanos (cont.)
Contratações mais assertivas - Ao contarem com a Gestão de Recursos Humanos as contratações se tornam
mais assertivas por meio de processos selectivos eficientes. A gestão de pessoas garante que o processo
selectivo seja mais eficiente, desde a divulgação da vaga nos locais correctos até a entrevista mais produtiva,
identificando pontos que estejam alinhados à cultura organizacional.
Melhora do clima organizacional - A aplicação de boas práticas pelos gestores de RH mostra o valor de cada
profissional e como suas actividades interferem nos resultados como um todo, isso promove a redução de conflitos
entre funcionários e gestores, e impacta na motivação e na qualidade de vida de todos.
Retenção de talentos - Uma boa gestão de RH, ao implantar treinamentos, capacitações, planos de carreira e
benefícios, faz com que a empresa seja vista com bons olhos por profissionais de talento, os quais terão interesse
em actuar ou permanecer na empresa.
Alinhamento de objectivos empresariais - Ao investir em acções de comunicação, eventos internos, reuniões,
feedback, integração de novos funcionários, entre outros métodos, a empresa poderá obter e melhorar o
engajamento da equipa. Os trabalhadores precisam saber o que se espera deles. A partir desse alinhamento, as metas
organizacionais e individuais trilham o mesmo caminho, impulsionando as pessoas ao alcance de tais propósitos.
1.6 Importância da gestão dos recursos humanos
A gestão de Recursos Humanos tem grande importância para as organizações, devido à sinergia no
desenvolvimento integral de políticas direccionadas ao melhor desempenho dos recursos humanos
mediante a execução de diversas actividades. Esse processo permite às organizações reorientarem-se em
função das debilidades e forças dos activos intangíveis. A capacitação constitui-se um dos elementos da
gestão dos recursos humanos que tributa a melhoria do desempenho e a diminuição das fraquezas dos
activos intangíveis.
Chiavenato (2006) define o recurso humano como uma capacidade suscetível de transformar-se em vantagem
competitiva da organização. Para o autor, as pessoas não são recursos que a organização consome, utiliza e
produz custos; pelo contrário, as pessoas constituem um factor de competitividade da mesma forma que o
mercado e as tecnologias. Em consequência, para ele, é melhor falar de gestão de pessoas para ressaltar a gestão
com as pessoas, como sócios, e não sobre as pessoas, como meros recursos. Nas pessoas se investem, então,
dedicação, esforço, responsabilidade e compromisso com a esperança de receber retorno desses investimentos.
1.6 Importância da gestão dos recursos humanos
Existem pontos em comum entre Chiavenato (1999) e Davenport e Prusak (1998), pois eles
consideram os recursos humanos como investidores do capital humano, com mútuos interesses
de sucesso e reciprocidade. Nesse enfoque, observa-se a relação entre os recursos humanos e a
organização na era actual.
1.6 Importância da gestão dos recursos humanos
É o elo entre a directoria e os seus funcionários, tendo a função de mostrar para o
funcionário que a empresa em que ele trabalha é um lugar bom para se trabalhar e
apontar para a empresa quando um funcionário está se destacando ou quando precisa ser
mais capacitado ou auxiliado em algum aspecto.
Chiavenato (2003) conceitua que recursos humanos é uma área interdisciplinar que tem a
capacidade de envolver inúmeros conceitos oriundos de varias áreas, por tratar
diretamente com o ser humano, ou seja, indivíduos com personalidades diferentes, o que
requer de qualquer especialista na área de recursos humanos uma experiência e um bom
volume de conhecimento em diferentes áreas.
1.6 Importância da gestão dos recursos
humanos
Esse departamento tem como principais funções : Recrutamento, estruturação, treinamento,
instrução, capacitação, qualificação, entre outras.
As empresas que contam com um departamento de RH, agregam valor e demonstram mais
status e confiança para seu cliente, tendo em vista que contam com um departamento específico
para cuidar, supervisionar e motivar os seus funcionários (CHIAVENATO, 2009).
CAPÍTULO 2: A Interação Entre As Pessoas E A Organização
O homem sempre foi um ser social e interactivo, sendo praticamente impossível viver isolado. Para sua
sobrevivência, é necessário o relacionamento com outros semelhantes. Para conseguirem seus objectivos,
formam organizações.
Nas organizações eles crescem, compartilham e divergem de opiniões, debatem, interagem, dividem sucessos
ou fracassos, se divertem, etc.
Todas apresentaram estruturas organizacionais diferentes, bem como o ambiente, a cultura e a forma de
gestão com as pessoas. A concepção de ser humano foi mudada ao longo dessas fases, de modo que o
tratamento dirigido aos colaboradores centrou-se no indivíduo e no trabalho em equipa.
A Interação Entre As Pessoas E A Organização
Cultura Organizacional
Teoria X;
Foco no passado, nas tradições e nos valores;
Ênfase na manutenção do status;
Valor à experiência anterior.
A Interação Entre As Pessoas E A Organização
Ambiente Organizacional
Pessoas como factores de produção inerte e estático, sujeito a regras e regulamentos rígidos para serem
controlados.
O trabalhador é visto apenas como mais um recurso.
Denominação
Relações Industriais
A Interação Entre As Pessoas E A Organização
2. ERA Industrialização Neoclássica 1950 - 1990
Cultura Organizacional
Transição;
Foco no presente e no actual;
Ênfase na adaptação ao ambiente.
Ambiente Organizacional
Denominação
Profissionais vistos como pessoas proactivas, dotados de inteligência e habilidades e que devem ser
impulsionados.
O trabalhador passa a ser um parceiro da organização.
Denominação
Gestão de Pessoas.
Na Era da Informação, as organizações passaram a perceber como seu grande diferencial as pessoas com os
seus conhecimentos e habilidades.
Os seres humanos passaram a ser vistos como seres doptados de inteligência, conhecimentos, habilidades,
personalidades, aspirações, percepções, sentimentos, experiências, etc.
Surge então a gestão de pessoas. O "tesouro" da organização passou a ser o capital intelectual. E este, está
na cabeça das pessoas.
A Interação Entre As Pessoas E A Organização
Teoria do Iceberg
Mostra que a ponta visível da empresa é apenas um sinal de tudo que a sustenta e garante o seu lugar no
mercado. O capital intelectual (as pessoas) é que fazem a organização se destacar. As pessoas são
responsáveis pelo seu sucesso e crescimento no segmento de actuação.
As organizações somente existem porque os indivíduos que estão dentro delas têm objectivos comuns, os
quais somente podem ser atingidos por meio da actividade organizada.
À medida que crescem, as organizações desenvolvem seus próprios objetivos e vão buscando sua
independência, muitas vezes divergindo com os objetivos dos seus participantes.
A Interação Entre As Pessoas E A Organização
Objetivos da Organização
Anteriormente as pessoas eram vistas apenas como recursos de produção, máquinas, seres que não
pensavam e só produziam, sem valorização profissional. As organizações não se preocupavam com o bem-
estar das pessoas, com os benefícios. Isto poderia ser visivelmente percebido na era industrial.
Na era da informação, as pessoas passaram a representar o capital humano, vistas como seres produtivos.
Este capital pode agregar mais ou menos valores para a organização. Existem características humanas:
talento, conhecimento e competências que são fundamentais para gerar o crescimento organizacional.
Entretanto, todas as características humanas não valem nada se as organizações não valorizá-las e não
alavancá-las, ou seja, não permitirem que as pessoas mostrem as suas características e, consequentemente,
saibam aproveitá-las.
A Interação Entre As Pessoas E A Organização
O Capital Humano é um conjunto de habilidades, atitudes, competências, conhecimentos e imaginação dos
colaboradores das organizações. Neste contexto, a Gestão de Pessoas deve atrair, reter, desenvolver e motivar os
colaboradores.
Toda atividade depende da comunicação e quando isso falha gera grandes danos, como, por exemplo, colaborador
desmotivado, cliente insatisfeito e comunidade sem engajamento.
Percebe-se que os fundamentos básicos para a interação entre as pessoas e as organizações são:
1. Que as organizações percebam e compreendam que:
Para uma organização existir são necessárias pessoas;
Os colaboradores têm percepções, interesses e necessidades individuais e coletivas;
Os colaboradores têm papel fundamental no resultado da organização (fracasso ou sucesso) representando inclusive
o Capital Intelectual;
Devem constantemente educar, planear e integrar os colaboradores.
A Interação Entre As Pessoas E A Organização
2. Que as pessoas percebam e compreendam que:
Elas passam a maior parte do tempo nas organizações e que devem manter uma relação harmônica e
produtiva na organização;
Elas devem agregar valor à organização, sendo inclusive responsáveis pelo resultado da organização
(fracasso ou sucesso).
Desta forma, a Gestão de Recursos Humanos ganhou um papel estratégico e importante nas organizações,
onde de um lado defende os interesses da organização, com estratégias voltadas para o negócio e do outro
defende os interesses dos empregados, compreendendo assim os interesses individuais, organizacionais e
coletivos, objetivando a interacção entre as pessoas e a organização onde actuam de forma harmoniosa e
estável.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de recursos humanos
ENFOQUE SISTÉMICO
Para facilitar tanto o estudo do relacionamento entre indivíduos e organizações – como o próprio estudo da
Administração de Recursos Humanos - Abordaremos as organizações, grupos e pessoas como classes de
sistemas abertos em contínua interação com seus respectivos ambientes. O conceito interação com seus
respectivos ambientes. O conceito de sistema aberto tem sua origem na Biologia em vista do estudo dos
seres vivos e de sua dependência e adaptabilidade ao meio ambiente, tendo invadido rapidamente outras
disciplinas científicas, como Psicologia, Sociologia, e chegado à Administração. O sistema aberto descreve
as ações e interações de um organismo vivo dentro de um ambiente circundante. Assim, em Biologia, o
desenvolvimento e crescimento de um organismo iniciam-se com a fertilização da célula, que depois se
reproduz, por intermédio da nutrição, sempre por meio de ações e interações com seu ambiente.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de
recursos humanos
Utilizamos o conceito de sistemas porque nos permite uma maneira mais abrangente e contingente de
abordar a complexidade das organizações e a administração de seus recursos. Esse conceito visualiza não
só os factores ambientais internos e externos como um todo integrado, mas também as funções dos
subsistemas que o compõem. Apesar do fato de as organizações serem complexas, esse conceito permite
uma maneira de pensar que ultrapassa a complexidade e reconhece a natureza dos complicados
problemas.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de recursos humanos
O enfoque sistêmico em Administração de Recursos Humanos pode ser desdobrado em três níveis de análise, a saber:
a) Nível do comportamento social (a sociedade como um macrossistema): permite uma visualização da complexa e
intrincada sociedade de organizações e da trama de interações entre as organizações. Esse nível retrata o relacionamento
da organização como uma totalidade com a sociedade maior. O nível social funciona como a categoria ambiental do
comportamento organizacional( AS PESSOAS AGEM COMO COMO A ORGANIZACAO ACTUA/FUNCIONA).
b) Nível de comportamento organizacional (a organização como um sistema): visualiza a organização como uma
totalidade e dentro da qual interagem seus componentes entre si e com as partes relevantes do ambiente. O nível
organizacional funciona como categoria ambiental do comportamento individual (O QUE CARACTERIZA A
ORGANIZACAO INCORPORASE NAS PESSOAS).
c) Nível do comportamento individual (o indivíduo como um microssistema): permite uma síntese de vários conceitos
sobre comportamento, motivação, aprendizagem etc., e melhor compreensão da natureza humana. ESTE NÍVEL
RETRATA O COMPORTAMENTO DAS PESSOAS E GRUPOS NA ORGANIZAÇÃO.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de recursos
humanos
O contexto da ARH
O contexto da ARH é, ao mesmo tempo, dinâmico e mutável. A primeira característica desse contexto é a
complexidade. A maneira como pessoas e organizações se relacionam entre si para realizar a tarefa organizacional
varia de uma organização para outra. Algumas organizações caracterizam-se pela visão democrática e aberta na
maneira de tratar as pessoas, enquanto outras ainda se mostram paradas no tempo e no espaço, adotando políticas
ultrapassadas e retrógradas.
A segunda características é mudança. O mundo está passando por grandes mudanças e transformações nos
aspectos econômicos, sociais, tecnológicos, culturais, legais e demográficos. E essas mudanças e transformações
ocorrem de modo cada vez mais veloz e imprevisível. A velocidade da mudança, cada vez maior, não é nem de
longe acompanhada pelas organizações, pois estas tardam a incorporar as mudanças que ocorrem a seu redor em
seu comportamento e em sua estrutura organizacional. O problema é que muitas organizações não têm a menor
noção de eu o mundo mudou e elas se esqueceram de mudar.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de recursos
humanos
Conceitos de RH ou de Gestão de Pessoas
a) Administração de Recursos Humanos (ARH) é o conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir
os aspectos da posição gerencial relacionados com as “pessoas” ou recursos humanos, incluindo recrutamento,
selecção, treinamento, recompensas e avaliação do desempenho.
Recompensar pessoas;
Processo de provisão consiste em abastecer a empresa com mão-de-obra qualificada. Refere-se ao recrutamento e
seleção de pessoal.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de recursos
humanos
Planeamento de recursos humanos é o processo de decisão a respeito dos recursos humanos necessários para
atingir os objetivos organizacionais, dentro de determinado período de tempo. Trata-se de antecipar qual a
força de trabalho e talentos humanos necessários para a realização da ação organizacional futura. O
planeamento estratégico de RH deve ser parte integrante do planeamento estratégico da organização e deve
contribuir para o alcance dos objetivos da organização, incentivando o alcance dos objetivos individuais de
cada pessoa.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de recursos
humanos
Gestão de pessoas
Apesar da disseminação em tempos recentes dos cursos de gestão de pessoas, tal prática ainda é confundida com
uma actividade restrita ao sector de recursos humanos. Neste âmbito, as habilidades humanas assumem importância
capital para qualquer gestor. O principal modelo de gestão de pessoas atualmente é a Gestão por Competências.
A gestão de pessoas ou recursos humanos de uma organização ou qualquer natureza é assunto estratégico e
desafiador, visto que muitos são os preceitos, ambientes e teorias para seu melhor desempenho.
Comunicação como benefício da gestão de pessoas
A comunicação é primordial no processo de gestão de pessoas. O uso da comunicação correta pode garantir uma
melhor adesão dos recursos humanos nas ações da organização, evitando erros de interpretação e de avaliação. Com
o grande acesso a tecnologia e com a rapidez com que a mesma é propagada, a comunicação por esse meio em prol
da gestão de pessoas é muito utilizado e solicitado para a melhoria, manutenção e solução às diversas situações. “A
comunicação é o processo de transmissão de informações e o respectivo entendimento do significado pelos
envolvidos.” (SILVA, 2004, p.3).
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de recursos
humanos
A Gestão de Pessoas enfrenta ainda alguns desafios como alinhar as pessoas às estratégias da organização;
reter talentos (desenvolver as potencialidades das pessoas); e principalmente, buscar o comprometimento do
líder (gestor) com a gestão de pessoas, entre outros. Desse modo, as tendências de gestão de pessoas para os
próximos anos, estão relacionadas às preocupações dos gestores com a área de RH.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de
recursos humanos
Serviços mais usuais em recursos humanos
Assessment
É um método de avaliação que consiste na análise de comportamentos baseada em múltiplos inputs, utilizando
múltiplas técnicas, métodos e instrumentos de avaliação, baseados nas competências a avaliar. Tem a
participação de vários observadores.
Headhunting
Abordagem confidencial e directa de quadros superiores, com o objetivo de selecionar os profissionais que se
destacam no seu sector de atividade, quer pelos seus conhecimentos técnicos quer pela sua experiência.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de
recursos humanos
Management
É um serviço de Recursos Humanos em que se pode ter pessoas disponíveis em poucos dias, em oposição aos
processos de recrutamento para posições permanentes, sempre mais demorados até concluir uma admissão. A
temporalidade destes projetos permite que especialistas muito experientes estejam disponíveis para projetos
exigindo menores competências. O foco está totalmente na missão a desempenhar.
A grelha de competências técnico-profissionais é uma ferramenta que, acoplada a uma base de dados, permite ter
todos os principais indicadores relativos a colaboradores ou potências colaboradores.
Outplacement
É uma solução profissional, elaborada com o objetivo de conduzir com dignidade e respeito os processos de
demissão nas companhias. É um sistema de ganha-ganha, que busca o beneficio de todos os envolvidos.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de
recursos humanos
Os serviços de outplacement, no início de seu desenvolvimento, eram somente oferecidos em países mais
desenvolvidos. Com o advento da globalização, a solução se tornou um produto altamente procurado, e a
prática de outplacement passou a ser mais procurada e oferecida em outros mercados. Os países que,
anteriormente, eram imunes a mudanças na estrutura organizacional, passaram a estar expostos as mesma
práticas comuns no primeiro mundo. Começaram a ocorrer fusões e aquisições, reengenharias e
reestruturações, reorganizações e reduções de efetivo em busca de mais lucratividade em uma economia aberta
e competitiva. Esta mudança na ordem mundial não trouxe apenas novas oportunidades ao mercado mas
também novos desafios, empresariais e profissionais, característicos deste novo mundo que se formava.
Outsourcing
O acto de terceirizar um serviço não considerado central para o negócio, para que seja executado por uma
entidade externa. Tal processo que permite a uma organização não se apoiar a recursos cujo desempenho não é
crítico para a organização, para se empenhar em atividades que constituem factores críticos de sucesso.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de
recursos humanos
A Função Do Órgão De Recursos Humanos: Atribuições Básicas E Objectivos, Políticas E Sistemas De
Informações Gerenciais.
3.4.1 Objetivos
Os objetivos da Gestão de Pessoas são variados. A ARH deve contribuir para a eficácia organizacional através
dos seguintes meios:
a) Ajudar a organização a alcançar seus objectivos e realizar sua missão. A função de RH é um componente
fundamental da organização de hoje.
b) Proporcionar competitividade à organização. Isto significa saber empregar as habilidades e competências da
força de trabalho. A função da ARH é fazer com que as forças das pessoas sejam mais produtivas para beneficiar
clientes, parceiros e empregados.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de
recursos humanos
c) Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas. Quando um executivo diz que o
propósito da ARH é construir e proteger o mais valioso patrimônio da empresa – as pessoas – ele está se
referindo a este objetivo da ARH. Preparar e capacitar continuamente as pessoas é o primeiro passo. O
segundo é dar reconhecimento às pessoas e não apenas dinheiro.
d) Aumentar a auto-actualização e a satisfação das pessoas no trabalho. Antigamente a ênfase era colocada
nas necessidades da organização. Hoje, sabe-se que as pessoas precisam ser felizes. Para que sejam
produtivas, as pessoas devem sentir que o trabalho e adequado às suas capacidades e que estão sendo
tratadas equitativamente.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de
recursos humanos
e) Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho. Qualidade de vida no trabalho (QVT) é um conceito
que se refere aos aspectos da experiência do trabalho, como estilo de gestão, liberdade e autonomia para
tomar decisões, ambientais de trabalho agradável, segurança no emprego, horas adequadas de trabalho e
tarefas significativas e agradáveis.
f) Administrar e impulsionar a mudança. Nas últimas décadas, houve um período turbulento de mudanças
sociais, tecnológicas, econômicas, culturais e políticas.
g) Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável. Toda aCtividade de ARH deve ser
aberta, transparente, confiável e ética. As pessoas não devem ser discriminadas, e os seus direitos básicos
devem ser garantidos.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de
recursos humanos
ARH como processo
A ARH provoca impactos nas pessoas e nas organizações. A maneira de lidar com as pessoas, de buscá-las
no mercado, de integrá-las e orientá-las, fazê-las trabalhar, desenvolvê-las, recompensá-las ou monitorá-las e
controlá-las – ou seja, a qualidade da maneira como as pessoas são geridas na organização – é um aspecto
crucial na competitividade organizacional.
b) Critérios de desenvolvimento de recursos humanos a médio e longo prazos, visando à contínua realização
do potencial humano em posições gradativamente elevadas na organização.
A responsabilidade básica pela ARH em nível institucional cabe ao executivo máximo da organização: o
Presidente. Sob um ponto de vista mais amplo, cabe ao Presidente a responsabilidade pela organização toda. É a
ele que cabem as decisões sobre a dinâmica e os destinos da organização e dos recursos disponíveis ou
necessários. Em nível departamental ou divisional, a responsabilidade pela ARH cabe a cada executivo de linha,
como, por exemplo, o chefe ou o gerente responsável pelo órgão. Assim, cada chefe ou gerente é responsável
pelos recursos humanos alocados em seu órgão – qualquer que ele seja, de linha ou de assessoria, de produção,
de vendas, de finanças, de pessoal etc. Em suma, a responsabilidade pela ARH é compartilhada por toda a
organização. Tanto o Presidente como cada chefe ou gerente devem saber o essencial sobre recursos humanos.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de
recursos humanos
O Papel da ARH
Em um mundo de negócios caracterizado pela explosão da inovação tecnológica, pela globalização dos mercados,
pela forte competição entre organizações, pela gradativa e intensa desregulamentação dos negócios e pelas
mudanças demográficas, políticas e culturais – que provocam mudanças rápidas, turbulência e incerteza – as
organizações precisam ser rápidas, ágeis, eficazes em custos. Para tanto, as organizações devem possuir recursos,
conhecimentos, habilidades e competências e – acima de tudo pessoas que incorporem essas novas características.
Tudo isso requer novas práticas administrativas e a contínua redefinição e realinhamento das práticas e políticas de
RH para criar novos comportamentos e competências dos colaboradores.
Assim o papel da ARH deixa de ser a simples manutenção do status quo para se transformas gradativamente na
área capaz de criar organizações melhores, mais rápidas, proativas e competitivas.
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de
recursos humanos
Sistema de informações gerenciais (SIG)
O sistema de processamento de dados tem objetivos específicos que variam de uma organização para
outra.
As informações podem provir do ambiente externo (de fora da organização, como o mercado de trabalho,
concorrentes, fornecedores, agências reguladoras, outras organizações etc.) ou do ambiente interno (de
dentro da organização, como o organograma de cargos e respectivos salários na organização, pessoas que
nela trabalham, homens/horas trabalhadas, volume de produção e de vendas, produtividade alcançada etc.).
As informações que servem a toda a organização constituem o sistema de informações globais (envolvendo
os níveis institucional, intermediário e operacional da organização), enquanto as informações que suportam
as decisões dos gerentes constituem o sistema de informações gerenciais (envolvendo os níveis
institucional e intermediário).
CAPÍTULO 3: Sistema de administração de recursos
humanos
Sistemas de informação de recursos humanos
Sistema de informação é um conjunto de elementos interdependentes (subsistemas) logicamente associados,
para que de sua interação sejam geradas informações necessárias à tomada de decisões. Como a ARH é uma
responsabilidade de linha e função de staff, o órgão de ARH deve municiar e abastecer os órgãos de linha das
informações relevantes sobre o pessoal lotado em cada um dos órgãos para que os respectivos gerentes possam
administrar seus subordinados.
Os principais Subsistemas da Administração de Recursos Humanos
Chiavenato (2006, p. 27) descreve a ARH como um sistema, subdividido por cinco (5) subsistemas, que
são: Subsistema de Provisão, Subsistema de Aplicação, Subsistema de Manutenção, Subsistema de
Desenvolvimento e Subsistema de Monitoração. Estes cinco subsistemas básicos da ARH podem ser
apresentados da seguinte maneira conforme que se segue.
Os principais Subsistemas da Administração de
Recursos Humanos
Subsistema Atividades
Provisão de Recursos Pesquisa de mercado de recursos humanos
Humanos Recrutamento
Selecção
Integração
Aplicação de Recursos Análise e descrição de cargos
Humanos Planeamento e alocação de recursos humanos
Plano de carreiras
Avaliação de desempenho
Manutenção de Recursos Administração de salários
Humanos Benefícios sociais
Higiene e segurança do trabalho
Relações trabalhistas
Desenvolvimento de Treinamento
Recursos Humanos Desenvolvimento de recursos humanos
Desenvolvimento organizacional
Monitoração de Recursos Banco de dados
Humanos Sistema de informação
Auditoria de Recursos Humanos
Os principais Subsistemas da Administração de
Recursos Humanos
Todos os subsistemas estão intimamente relacionados e fazem parte de um sistema maior que é chamada de
ARH, estes subsistemas precisam estar integrados e relacionados para que o resultado total aumenta na medida
em que todos os subsistemas sejam perfeitamente ligados e Administração de Recursos Humanos Subsistema
de Provisão de Recursos Humanos Subsistema de Aplicação de Recursos Humanos Subsistema de Manutenção
de Recursos Humanos Subsistema de Desenvolvimento de Recursos Humanos Subsistema de monitoração de
Recursos Humanos seleccionados entre si. Eles formam um processo total e dinâmico na qual as pessoas são
captadas e atraídas, aplicadas em suas tarefas e monitorizadas pela organização, estes subsistemas são
contingentes e variam conforme a organização, na qual dependem de factores ambientais, organizacionais,
humanos, tecnológicos etc. Os subsistemas em referência são extremamente variáveis muito embora que eles
sejam interdependentes, o facto de um deles mudar ou desenvolver-se em certa direcção não significa que os
outros mudem ou se desenvolvam também exactamente na mesma direcção e na mesma medida, as mesmas
são interdependentes e cada qual se ocupa de actividades específicas.
Os principais Subsistemas da Administração de
Recursos Humanos
1. Subsistema de provisão de recursos humanos:
a) Recrutamento
Este subsistema refere-se à captação e triagem de profissionais no mercado e, em seguida, a selecção e encaminhamento dos
mesmos para a empresa.
Recrutamento Interno – entre os colaboradores que trabalham na organização.
Recrutamento externo – agências de empregos, anúncios em jornais, contactos com escolas.
Recrutamento misto – aborda tanto fontes internas como externas de RH.
b) Selecção
Busca selecionar o melhor candidato para a vaga em aberto através de técnicas, que bem aplicadas resultarão em VANTAGENS
positivAs para a organização.
Entrevista de selecção: colectar informações e conhecer o estilo de cada indivíduo.
Testes de selecção: Mede os aspectos intelectuais, de personalidade ou técnicos.
Os principais Subsistemas da Administração de
Recursos Humanos
c) Testes de Conhecimento:
Podem ser: gerais (cultura geral e línguas) ou específicos (de cultura profissional e conhecimentos técnicos).
Testes Psicológicos: Comportamento pessoal, social ou cognitivo. (Os testes psicológicos devem ser aplicados
por um profissional da área).
Técnicas de simulação ou dinâmica de grupo: Visam simular situações ou casos específicos, onde os
candidatos participam com suas opiniões e visoes pessoais.
Os principais Subsistemas da Administração de
Recursos Humanos
2. Subsistema de aplicação de recursos humanos:
Posicionamento dos colaboradores e avaliação de seu desempenho de acordo com suas funções
desempenhadas na empresa. As actividades de aplicação de recursos humanos, que compreendem a análise
de cargos, planeamento de carreira e avaliação de desempenho, tradicionalmente, num paradigma de
gestão fundamentado no cargo, cuidavam de garantir o desempenho das tarefas pré-determinadas pelo
manual de cargos.
As descrições de cargos representavam um rol detalhado de tarefas especificando para cada cargo o que
faz, como faz e por que faz (Chiavenato, 1997).
Os principais Subsistemas da Administração de
Recursos Humanos
2. Subsistema de aplicação de recursos humanos:
Os principais Subsistemas da Administração de Recursos
Humanos
O foco principal dos novos modelos e práticas de gestão de recursos humanos fundamenta – se no
aproveitamento e desenvolvimento de habilidades e competências dos empregados, a relação capital trabalho,
para dar sustentação a estes novos modelos de gestão deve ser maduro e calcada no entendimento. E o
resultado que mais interessa à organização é o maior valor económico agregado, maior participação no
mercado, lucro e crescimento. Deve-se acreditar que depende da competência do capital humano para se atingir
tais metas, desenvolvendo o conhecimento, as habilidades, com foco nos resultados, entre outros factores.
Os principais Subsistemas da Administração de Recursos Humanos
O foco principal dos novos modelos e práticas de gestão de recursos humanos fundamenta – se no aproveitamento
e desenvolvimento de habilidades e competências dos empregados. E o resultado que mais interessa à organização
é o maior valor económico agregado, maior participação no mercado, lucro e crescimento. Deve-se acreditar que
depende da competência do capital humano para se atingir tais metas, desenvolvendo o conhecimento, as
habilidades, com foco nos resultados, entre outros factores.
Assim, confirma-se a relevância dos subsistemas de ARH para o alcance dos resultados de negócios e a
necessidade de avaliar seus indicadores de eficiência e eficácia, segundo Chiavenato (2006):
a) Resultados do negócio: são medidas do desempenho organizacional, análises financeiras, participação no
mercado, lucratividade. Servem para indicar como a organização está sendo bem-sucedida em seus negócios. São
os indicadores de resultado final;
b) Impulsionadores de desempenho: são medidas de resultados intermediários como produtividade, qualidade,
inovação e satisfação do cliente. Os resultados finais do negócio são alcançados por meio do desempenho
organizacional. São indicadores dos resultados intermediários que permitem o alcance dos resultados finais;
Os principais Subsistemas da Administração de
Recursos Humanos
c) Competências humanas: resultam do capital humano da organização e consistem das qualidades mais
imediatas e visíveis – incluindo atitudes e habilidades –que são necessárias para alcançar resultados críticos do
negócio.
São as competências que conduzem aos resultados intermediários que promovem o alcance dos resultados
finais.
d) Sistema de ARH: consiste de práticas que conduzem a um forte e eficaz aumento do capital humano da
organização. Envolve a conjugação dos subsistemas de ARH, como provisão, aplicação, manutenção,
desenvolvimento e monitoria de recursos humanos. Permite o aumento e consolidação das competências
humanas da organização (CHIAVENATO, 2006).
5. RECRUTAMENTO E SELECCAO
6. Não pode ser feito em termos globais dentro da organização: uma vez que o recrutamento interno só
pode ser efectuado à medida que o candidato interno tenha, a curto prazo, condições de igualar a
performance do antigo ocupante.
5. RECRUTAMENTO E SELECCAO
Recrutamento externo
O recrutamento é externo quando, havendo uma determinada vaga, a organização tenta colmatar a mesma
com candidatos externos que são atraídos pela organização através de técnicas de recrutamento. As técnicas
de recrutamento são os métodos através dos quais a organização divulga a existência de uma oportunidade de
trabalho junto às fontes de recursos humanos mais adequadas. O que vai definir as técnicas são as fontes de
recrutamento e as qualificações. O recrutamento externo incide sobre candidatos reais ou potenciais,
disponíveis ou em situação de emprego e pode envolver uma ou mais técnicas de recrutamento. As principais
técnicas de recrutamento externo são:
1. Consulta de bases de dados: os candidatos que tenham enviado o seu curriculum vitae para uma
organização e não tenham sido considerados em recrutamentos anteriores, têm a sua candidatura
devidamente arquivada no órgão de recrutamento e podem ser chamados a qualquer momento para um
processo de selecção. A organização deve estimular a vinda de candidaturas espontâneas, para garantir um
stock de candidatos para qualquer eventualidade. Considera-se esta técnica a que acarreta menores custos
para a organização, uma vez que elimina a necessidade de colocar anúncios, tornando-a, por isso mesmo,
numa das mais rápidas;
5. RECRUTAMENTO E SELECCAO
2. Boca-a-boca: apresentação do candidato a partir de um colaborador. Desta forma, a organização faz com
que o colaborador se sinta prestigiado pelo facto da organização considerar as suas recomendações, ao
apresentar um amigo ou conhecido e, dependendo da forma como o processo é conduzido, o colaborador
torna-se co-responsável junto à empresa pela sua admissão. É também uma técnica de baixo custo, alto
rendimento e baixa morosidade;
3. Cartazes ou anúncios na portaria da empresa: é uma técnica de baixo custo, mas cuja eficácia nos
resultados depende de uma série de factores, como a localização da empresa, a proximidade das fontes de
recrutamento, a proximidade de movimento de pessoas, facilidade de acesso. É uma técnica que espera que o
candidato vá até ela. Normalmente, é utilizada para funções de baixo nível;
5. RECRUTAMENTO E SELECCAO
4. Anúncios em jornais e revistas: é considerada uma das técnicas de recrutamento que atrai mais candidatos à
organização. Porém, é mais quantitativa, uma vez que se dirige ao público em geral e a sua discriminação
depende da objectividade do anúncio;
5. Contactos com sindicatos e associações de classe: tem a vantagem de envolver outras organizações no
processo de recrutamento sem que isso traga à organização qualquer tipo de encargos;
6. Contactos com centros de emprego;
9. Viagens de recrutamento a outras localidades: quando o mercado de recursos humanos local está bastante
explorado, a empresa pode recorrer ao recrutamento em outras cidades ou outras localidades. Neste caso o
técnico de recrutamento dirige-se ao local em questão e anuncia através da rádio e imprensa local;
10. Contactos com outras empresas que actuam no mesmo mercado, em termos de cooperação mútua: estes
contactos inter-empresas chegam a formar cooperativas de recrutamento;
5. RECRUTAMENTO E SELECCAO
11. Agências de recrutamento: estas agências estão a proliferar, no sentido de prestar serviços de recrutamento e
selecção a pequenas, médias e grandes empresas. Estão aptas a recrutar e seleccionar candidatos
independentemente das suas qualificações. Ou seja, ao contrário de outras técnicas, esta permite recrutar
candidatos não só de baixo nível, mas também altamente qualificados. Torna-se, então uma das técnicas mais
caras, embora seja compensada pelos factores tempo e rendimento. Na maior parte das vezes, as técnicas de
recrutamento são utilizadas conjuntamente, pois o processo de recrutamento tem que ter em conta o binómio
custo/rapidez. Assim, o custo de recrutamento aumenta à medida que se exige maior rapidez no recrutamento e
selecção dos candidatos.
5. RECRUTAMENTO E SELECCAO
Vantagens do recrutamento externo
1. Traz sangue novo e experiências novas à organização: a entrada de recursos novos na organização
impulsiona novas ideias, novas estratégias, diferentes abordagens dos problemas internos da organização;
enfim, permite à organização manter-se actualizada com o ambiente externo e ao corrente do que se passa
noutras organizações;
2. Permite munir a empresa com quadros técnicos com formação no exterior: isto não significa que, a
partir da admissão, não tenha que investir em formação com esse candidato, mas o que é certo é que vai
usufruir de imediato do retorno dos investimentos efectuados pelos outros;
3. Renova e enriquece os recursos humanos da organização: principalmente quando a política é admitir
pessoal jovem, dinâmico, mais qualificado e credenciado do que o já existente na organização;
4. Evita conflitos entre pessoas que fazem parte da mesma organização: no caso de, por exemplo, duas
pessoas estarem aptas a ocupar o mesmo cargo e a organização escolher uma delas, pode desencadear na
rejeitada um sentimento de injustiça e provocar um conflito grave.
5. RECRUTAMENTO E SELECCAO
Desvantagens do recrutamento externo
1. É um processo mais demorado do que o recrutamento interno: porque temos de considerar o tempo despendido com
a escolha das técnicas mais adequadas, com as fontes de recrutamento, com a atracção dos candidatos, com a selecção, os
exames médicos, com possíveis compromissos do candidato a outra organização e com o processo de admissão. Este
período será maior para as funções de topo.
2. Desmotiva as pessoas que trabalham na organização: os funcionários podem, em determinados casos, ver o
recrutamento externo como uma política de deslealdade para com eles;
3. Cria distorções ao nível salarial: porque quem vem de novo, normalmente vem ganhar mais do que aquele que já está
há mais tempo na organização e a desempenhar a mesma função, o que pode levar ao aumento dos salários em geral, para
evitar grandes disparidades; 4. É mais caro: exige despesas imediatas com anúncios, jornais, agências de recrutamento;
5. É menos seguro do que o recrutamento interno: dado que os candidatos são desconhecidos: apesar das técnicas de
selecção, muitas vezes a empresa não tem condições de confirmar as qualificações do candidato; daí submeter o candidato
a um período experimental, precisamente pela insegurança da empresa relativamente ao processo de recrutamento e
selecção.
6. AVALIAÇÃO E GESTÃO DE COMPETÊNCIAS E CARREIRA
Mensuração de competências
Cada competência pode ser mensurada de acordo com as habilidades apresentadas pelo profissional:
a) Habilidades técnicas: compreendem o entendimento e a capacidade de executar certa atividade, exigem
conhecimento especializado e capacidade analítica no desempenho da tarefa, são adquiridas através de
treinamentos e experiência profissional;
b) Habilidade Humana: também chamadas de inteligência emocional, esta habilidade confere ao profissional
a competência para trabalhar em um grupo coeso, cujos membros têm foco em resultados em comum;
c) Habilidade Conceitual: que permite ao profissional visualizar a organização de forma holística, isto é, com
uma perspectiva sistêmica, cujas partes da empresa formam um conjunto integrado. Portanto, cada
competência pode ser mensurada através das habilidades apresentadas pelo profissional e o modo como ele as
aplica no desempenho das tarefas (atitudes).
6. AVALIAÇÃO E GESTÃO DE COMPETÊNCIAS E CARREIRA
Remuneração por competências
O ponto de partida para se fazer a remuneração por competências é identificar quais as competências são
mais importantes para a estratégia da organização. A importância da competência dominada pelo
profissional influenciará na remuneração recebida por ele, pois estes dois aspectos são diretamente
proporcionais. Sendo assim, as pessoas que possuírem tais competências serão melhor remuneradas. As
análises dessas competências são feitas por meio da identificação das habilidades, conhecimentos e
recursos que os funcionários possuem e que agregam valor econômico a organização. EX. O motorista
que recolhe trabalhadores a tempo horas, não comete acidentes e participa na manutenção e preservação
do património.
6. AVALIAÇÃO E GESTÃO DE COMPETÊNCIAS E CARREIRA
Selecção por competências
Em um processo de seleção de candidatos para a empresa é sempre importante buscar funcionários que
conservem os princípios da organização. O processo deve colocar em primeira instância a cultura da empresa
e também avaliar os valores e crenças do futuro empregado, sendo assim, ele deve dar prioridade aos que
possuem tais características, pois certas habilidades e atitudes não podem ser alcançadas apenas com
treinamento ministrado pela empresa. As competências podem ser avaliadas por meio de centros de
avaliação, onde o candidato é observado sob diversas situações análogas que eles enfrentariam após
contratado. Em níveis executivos, habilidades para executar, perspectiva de carreira, orientação para equipa
e experiência são competências que merecem grande atenção.
6. AVALIAÇÃO E GESTÃO DE COMPETÊNCIAS E CARREIRA
Avaliação por competências
Através da avaliação por competências, também chamada de avaliação de desempenho, será identificado se o
perfil comportamental e técnico dos colaboradores de uma corporação estão alinhados ao perfil ideal exigido
pelos cargos.
Plano de desenvolvimento por competências
Baseado no resultado da Avaliação por Competências será criado um Plano de Desenvolvimento para os
colaboradores, cujo objetivo será aperfeiçoar e potencializar o perfil individual de cada colaborador.
6. AVALIAÇÃO E GESTÃO DE COMPETÊNCIAS E CARREIRA
A avaliação de desempenho pode ser definida como a identificação e mensuração das ações que os
colaboradores de uma organização realizaram durante determinado período. A avaliação de desempenho
tem como objetivo diagnosticar e analisar o desempenho individual e grupal dos funcionários,
promovendo o crescimento pessoal e profissional, bem como melhor desempenho. Além disso, fornece
à Administração de recursos humanos informações para tomadas de decisões acerca de salários,
bonificações, promoções, demissões, treinamento e planejamento de carreira, proporcionando o
crescimento e o desenvolvimento da pessoa avaliada.
7. FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Estrutura de carreira
Os tipos básicos de estruturas de carreira são: [24]
Em linha: a sequência de posição está alinhada em uma única direção, não havendo
alternativas para as pessoas que estão nele;
Em rede: oferece várias opções para cada posição na empresa;
Paralelas: as pessoas orientam suas trajetórias profissionais em duas direções: natureza
profissional e outra natureza gerencial. Nas duas conseguem maiores níveis de
remuneração e de reconhecimento. As formas mais comuns são as totalmente paralelas, as
em Y (base comum, por um braço técnico e um braço gerencial) e as de múltiplos
paralelismos.
7. FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
E. Comparação de pares: também conhecida como comparação binária, faz uma comparação entre o
desempenho de dois colaboradores ou entre o desempenho de um colaborador e sua equipa, podendo
fazer o uso de fatores para isso. É um processo muito simples e pouco eficiente, mas que se torna
muito difícil de ser realizado quanto maior for o número de pessoas avaliadas.
F. Auto-avaliação: é a avaliação feita pelo próprio avaliado com relação a sua performance. O ideal é
que esse sistema seja utilizado conjuntamente a outros sistemas para minimizar o forte viés e falta de
sinceridade que podem ocorrer.
G. Relatório de performance: também chamada de avaliação por escrito ou avaliação da experiência,
trata-se de uma descrição mais livre acerca das características do avaliado, seus pontos fortes, fracos,
potencialidades e dimensões de comportamento, entre outros aspectos. Sua desvantagem está na
dificuldade de se combinar ou comparar as classificações atribuídas e por isso exige a suplementação
de um outro método, mais formal.
8. AVALIACAO E GESTAO DE DESEMPENHO
Uma mudança marcante nos métodos de avaliação é a passagem do avaliado como ser passivo para ser
agente. Além disso, a introdução do conceito de competência, compreendido como “o conjunto de
conhecimentos, habilidades e atitudes do indivíduo” (ZARIFIAN, apud SOUZA, 2005, p.96) levou à criação
de novas formas de avaliar as pessoas em uma organização:
A. Avaliação 360 graus: neste método o avaliado recebe feedbacks(retornos) de todas as pessoas com quem
ele tem relação, também chamados de stakeholders, como pares, superior imediato, subordinados, clientes,
entre outros.
B. Avaliação de competências: trata-se da identificação de competências conceituais (conhecimento teórico),
técnicas (habilidades) e interpessoais (atitudes) necessárias para que determinado desempenho seja obtido.
C. Avaliação de competências e resultados: é a conjugação das avaliações de competências e resultados, ou
seja, é a verificação da existência ou não das competências necessárias de acordo com o desempenho
apresentado.
8. AVALIACAO E GESTAO DE DESEMPENHO