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ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, HEMATOLÓGICOS E

IMUNOFENOTÍPICOS DE PACIENTES PORTADORES DE


LEUCEMIA AGUDA DIAGNOSTICADOS NO HOSPITAL
REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, HEMATOLÓGICOS E
IMUNOFENOTÍPICOS DE PACIENTES PORTADORES DE
LEUCEMIA AGUDA DIAGNOSTICADOS NO HOSPITAL
REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL

Residente: Jessica Carina de Pellegrin


Orientadora: Dr. Eliane Borges de Almeida
Introdução
Segundo a OMS, as neoplasias são uma das principais causas de morte
no mundo

Em 2012, a OMS
INCA estimou em estimou 14 milhões de
2012, 352 mil novos novos casos
casos de leucemia

Jemal et al., 2011 e BRASIL,


Estimativas para o ano de 2016 das taxas brutas de incidência por 100 mil habitantes e
do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária

596 mil

2015
BRASIL,
Estimativas para o ano de 2016 das taxas brutas de incidência por 100 mil habitantes e
do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária

10.070 mil

2015
BRASIL,
Estimativas para o ano de 2016 das taxas brutas de incidência por 100 mil habitantes e
do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária

2015
BRASIL,
Estimativas para o ano de 2016 das taxas de incidência por 100 mil habitantes e
do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária

110 casos

2015
BRASIL,
Estimativas para o ano de 2016 das taxas de incidência por 100 mil habitantes e
do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária

60 casos

2015
BRASIL,
Introdução

 As leucemias correspondem a proliferações neoplásicas


de células hematopoiéticas que levam a formação de
células anormais, as quais não exercem suas funções
corretamente

 Pode ocorrer extravasamento de células leucêmicas


para circulação sanguínea

Cipolat et al., 2011 e Silva et al., 2006


Introdução

Leucem • Crônica Presença de blastos


Rápida proliferação
ia • Aguda celular

Leucemi • Mieloide
a • Linfoide

Silva et al., 2006 e Kampen, 2012


Introdução

• Anemia
• Trombocitopenia
Suspeita clínica
Hemograma • Leucopenia ou leucocitose
• Presença ou ausência de blastos

• Presença de blastos
Mielograma

• Imunofenotipagem Determina linhagem


celular
Outros • Citogenética
exames Estágio de maturação
Direcionar o tratamento

Pezzini & Castro, 2014; Dantas et al., 2015 e Rodrigues et al., 2015
Objetivo

 Analisar as características relacionadas à


epidemiologia, dados hematológicos e
imunofenotípicos de pacientes portadores de
leucemia aguda de 2011 a 2015 no HRMS

 Correlacionar com a evolução dos pacientes.


Metodologia
 Estudo descritivo, transversal e analítico

 Foram coletados os dados de prontuários de 2011 a 2015 dos


pacientes diagnosticados com LA no HRMS

 Critério de exclusão:
 Pacientes diagnosticados com tumores sólidos ou outro tipo de
doença onco-hematológica, como os linfomas;
 Pacientes menores de 18 anos;
 Prontuários com os dados incompletos.
Metodologia

Gênero
Idade
Procedência
Variáveis epidemiológicas: Região
“status vital”

Concentração de hemoglobina
Contagem global de leucócitos
Contagem de plaquetas
Parâmetros laboratoriais: % de blastos no sangue periférico
Linhagem das células leucêmicas
Frequência de Fenótipo aberrante
Dados Estatísticos
 Compilados em planilha eletrônica Microsoft Excel® 2010;

 Apresentados de forma descritiva, variação e mediana, frequência


absoluta (n) e relativa (%) e representados em gráficos e tabelas;

 A análise de sobrevida dos pacientes portadores de LMA em


relação ao fenótipo aberrante (FA) foi representada pela Curva de
Kaplan-Meier, no modelo de análise de sobrevivência;

 A associação entre as variáveis foram calculadas pelo teste Qui


quadrado, com nível de significância de 5%, por meio do software
estatístico SigmaStat for Windows versão 3.5.
Aspecto Ético
 A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Anhanguera –
UNIDERP;

 Parecer n° 1.832.015 ;

 CAAE 57004716.0.0000.5161.
Resultados e Discussão
• Total de 68 indivíduos com LA

Rodrigues (2012)
encontrou 76,9%
Linhagem LMA e 21,8% de
LLA
19.1 %

LL
A
80.9 %
Resultados e Discussão
• Total de 68 indivíduos com LA

Gênero Andrade (2012) 60 %


Masculino e 40 % Feminino

41.2 %
Masculi
no
58.8 %
Resultados e Discussão
O estudo de Rodrigues
(2012) também encontrou
maior frequência em
menores de 60 anos

Cui et al.,(2014) frequência


de 55% > 60 anos
Variação de 19 a 88 anos

• A literatura relata maior frequência em > de 60 anos

• Pior prognóstico devido as comorbidades e menor resposta


ao tratamento
Resultados e Discussão

 Ambos os estudos acometeram indivíduos em fase ativa;

 Exposição aos agrotóxicos em alguma fase da vida no MS;

 Semelhança dos povos de MS e SC em decorrência da


migração da região Sul.
Resultados e Discussão
Esse dado pode estar
100 subestimado pois os
90
pacientes muitas vezes
não passam seus 80.9
80 endereços de origem
70
Porcentagem %

60
52.9
50 47.1 Capital
40 Interior
Urbana
30
19.1 Rural
20
10
0
Procedência Região
Resultados e Discussão

Rodrigues (2012)
Desfecho encontrou 66,2 % de óbito

As variáveis demográficas
35.3 %
não apresentaram
Óbito associação significativa
Vivos com o desfecho dos
64.7 % pacientes
Resultados e Discussão

Frequência Óbito Tratamento


Variável Valor p
% n % n % n
Leucócitos/mm3              

≤ 5.000 23,5 16 11,4 05 45,8 11 0,002

> 5.000 e ≤ 10.000 5,9 04 0,0 00 16,7 04  

> 10.000 e ≤ 20.000 5,9 04 4,5 02 8,3 02  

> 20.000 e ≤ 50.000 30,9 21 36,4 16 20,8 05  

>50.000 e ≤ 100.000 16,2 11 22,7 10 4,2 01 0,002

> 100.000 17,6 12 25 11 4,2 01 0,002

47,7%
Resultados e Discussão

Relação significativa (p=0,002) entre pacientes leucopênicos e a permanência


em tratamento

Essa relação ainda é pouco esclarecida mas há estudos como de Arellano et al.
(2011) que encontrou relação entre leucopenia e sobrevida

Uma hipótese seria que a boa resposta desses pacientes ao tratamento pode estar
relacionada a baixa expressão de moléculas de adesão, receptores de quimiocina
na superfície das células blásticas e a baixa produção de proteínas envolvidas na
proliferação e diferenciação celular (FLT3)

Arellano et al., 2011


Resultados e Discussão

Valores de leucócitos entre 50.000 e 100.000 e > 100.000 apresentaram


relação significativa (p=0,002) com óbito

Arellano et al. e Porcu et al. relata que a hiperleucocitose é um fator


desfavorável ao prognóstico, a menores taxas de remissão e de sobrevida

Viana et al. relatou sobrevida de 48% em pacientes com menos de 100.000


leucócitos/mm³ (p = 0,0001) e de 23% em pacientes com hiperleucocitose
Resultados e Discussão
Frequência Óbito Tratamento
Hemoglobina (g/dL) % n % n % n
≤ 6,0 14,7 10 15,9 07 12,5 03
6.1 a 10,0 61,8 42 63,6 28 58,3 14
> 10,0 23,5 16 20,5 09 19,2 07

Variação de 2,8 a 15,8 g/dL, com mediana de 8,38 g/dL

Frequência Óbito Tratamento Cui et al.,(2014) que


Blastos (%) % n % n % n obteve uma mediana de
< 30 16,2 11 11,4 05 25,0 06 8,9 g/dL.
≥ 30 e ≤ 70 23,5 16 22,7 10 25,0 06

> 70 60,3 41 65,9 29 50,0 12


Resultados e Discussão

Frequência Óbito Tratamento


Plaquetas/µl % n % n % n
≤ 20.000 36,8 25 36,4 16 37,5 09
> 20.000 e ≤ 50.000 32,3 22 29,5 13 37,5 09
> 50.000 e ≥ 100.000 25,0 17 27,3 12 20,8 05
>100.000 e ≥ 150.000 4,4 03 4,5 02 4,2 01
> 150.000 1,5 01 2,5 01 0.0 00

Variação de de 1.000 a 189.000/µl com mediana de 29.500/µl

Alves (2012) 6,77 %

Vasconcelos (2010) 14,5 %


Resultados e Discussão

Frequência Óbito Tratamento


Plaquetas/µl % n % n % n
≤ 20.000
Não houve associação
36,8 25
entre36,4
o desfecho
16
de37,5
óbito ou09
manutenção de tratamento e os valores sanguíneos
> 20.000 e ≤ 50.000 32,3 22 29,5 13 37,5 09
de hemoglobina (p=0,71), blastos (p=0,29) e
> 50.000 e ≥ 100.000 25,0 17 27,3 12 20,8 05
plaquetas (p=0,89).
>100.000 e ≥ 150.000 4,4 03 4,5 02 4,2 01
> 150.000 1,5 01 2,5 01 0.0 00
Resultados e Discussão
Foram identificados Fenótipos Aberrantes em 20,6% dos casos (n=14)
Porcentagem %

60
Inferior ao
50 encontrado por
50
Momani et al.
40 (2016) 26% FA
CD13+33
30 28.6 CD13
CD7
20 CD7+ 19
14.3 Momani et al também
10 7.1 encontrou maior
expressão de CD7 em
0
LLA LMA LMA (43 %) e de CD
13 em LLA (47 %)
Resultados e Discussão

FA X Óbito/Tratamento
N ú m e r o d e in d iv íd u o s (% )

Óbitos Tratamento
91,7%
100% (n=22)
72,7%
80% (n=32)

60%

40% 27,3%
(n=12)
20% 8,3%
(n=2)

0%
Com Sem
Fenótipo Aberrante
Resultados e Discussão

FA X Óbito/Tratamento
N ú m e r o d e in d iv íd u o s (% )

Óbitos Tratamento
91,7%
100% (n=22)
72,7%
80% (n=32)

60%

40% 27,3%
(n=12)
20% 8,3%
(n=2)

0%
Com Sem
Fenótipo Aberrante
Resultados e Discussão

Emerenciano et al. (2004) e Novoa et al. (2013) relata que a presença de FA


possui valor prognóstico e é importante na detecção de Doença Residual
Mínima (DRM)

Porém Momani et al. (2016) relata que a divergência dos achados literários
torna controversa à relação desses marcadores aberrantes na avaliação
prognóstica, como na remissão e na sobrevida dos pacientes
Resultados e Discussão
Sobrevida LMA X FA

P = 0.010

45% sem fenótipo aberrante (n=50)

0% com fenótipo aberrante (n=5)


Resultados e Discussão

Paciente com a presença de FA no grupo LMA acabaram morrendo


mais rapidamente, consequentemente, tendo uma menor sobrevida

Jahedi et al. (2014 ) relata a presença de FA como um indicador de


mau prognóstico na LMA
Conclusão

 O estudo foi importante para conhecimento do perfil dos pacientes


que buscam atendimento no serviço de hematologia do HRMS;

 Esses dados vão colaborar para melhora do atendimento hospitalar,


por parte dos profissionais de saúde;

 Abre caminhos para realização de pesquisas mais amplas com


análises que envolvam dados de citogenética, moleculares e
acompanhamento dos pacientes em um estudo prospectivo.
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