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ADMINISTRAÇÃO

DE
ENFERMAGEM
ENFª CLÁUDIA MONTEIRO
HISTÓRICO DOS HOSPITAIS

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O hospital é uma criação da cristandade da Idade
Média. Etimologicamente, a palavra  vem  do latim 
hospitale (lugar onde se recebem pessoas que necessitam de
cuidados, alojamento, hospedaria) é portanto, um adjetivo
derivado de hospes que significa aquele que dá agasalho ou
que hospeda. As origens do hospital remontam à idade
antiga, mistificadas pelas lendas ou mitos dos povos que
atribuíam à doença, um castigo dos deuses. Somente a
partir da era cristã, o hospital passou a ser caracterizado
como um lugar que recebia pessoas doentes, e cuidavam
delas até a morte. Naquela época apenas os doentes pobres
é que iam para os hospitais. As pessoas ricas quando
ficavam doentes eram tratadas em casa.

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Eram qualquer pessoa

Com qualquer necessidade de cuidado

Locais de despejo

Doença era vista como algo divino

Curar doenças e salvar almas

A assistência aos enfermos e aos demais "pobres de Cristo", por sua vez, era
considerada como uma virtude cristã e como uma manifestação da
misericórdia de Deus.
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A figura abaixo retrata uma cena do quotidiano do Hôtel-Dieu de Paris no início do Séc. XVI. Observe os seus
principais elementos: a arquitetura romana;a atmosfera de recolhimento espiritual;a centralidade da figura de Jesus
Cristo, crucificado, por cima do altar, ao fundo, e em primeiro plano a figura do rei, de joelhos, em oração, entre duas
colunas, a da esquerda, com a imagem da Virgem-Mãe com o menino Jesus ao colo, e a direita, com a de um santo
(provavelmente S. João Baptista).

Os Eram de responsabilidade da igreja e


hospitais religiosos

A renascença desvinculou a igreja e se


tornou instituições sócias

No Brasil tínhamos as santas casas

Figura 1-  Interior do Hôtel-Dieu  de Paris por volta do início do Séc. XVI

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Os hospitais universitários surgiram quando as Santas
Casas deixaram de ser administradas pelas irmandades
religiosas e passaram para as mãos do poder médico local e
lideranças políticas. Período que coincide com a modernização
da medicina, incorporação de tecnologia sofisticada e influência
do modelo médico americano do pós-guerra.
Somente a partir do século XIX é que o hospital passa a ser
conhecido como uma instituição voltada ao tratamento de
doentes, com o objetivo de cura, e as pessoas que trabalhavam
nele, tinham um certo conhecimento das doenças, infecções e
do uso de medicamentos.
No século XX, os hospitais revelam-se como instituições
independentes, com clientela e funções específicas, exigindo
assim uma administração própria, pois os serviços de saúde são
mais complexos.
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HOSPITAL NOS DIAS ATUAIS

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Atualmente, o hospital tem sido caracterizado como
uma empresa de prestação de serviço, que põe a disposição
da comunidade, o seu produto sendo ele o tratamento e a
cura das doenças.
No hospital, as atividades administrativas são
mescladas com ciência e tecnologia, com componentes
sócio-econômicos, culturais, e educacionais, interferindo na
estrutura, no processo e nos resultados.
O que tem caracterizado o hospital moderno é a
preocupação em planejaras ações, racionalizar custos,
controlar ocorrências, bem como de avaliar a qualidade dos
cuidados prestados por sua instituição, tendo em vista as
implicações econômicas e sociais de seus atos.

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“O hospital é parte integrante de uma
organização médica e social, cuja função
básica consiste em proporcionar à
população assistências médicas integral,
curativas e preventivas, sob quaisquer
regimes de atendimento, inclusive o
domiciliar, constituindo-se também em
centro de educação, capacitação de
recursos humanos e de pesquisa em
saúde, bem como de encaminhamento de
pacientes, cabendo-lhe supervisionar e
orientar os estabelecimentos de saúde a
ele vinculados tecnicamente” (BRASIL,
1978).

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FUNÇÃO DOS HOSPITAIS

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Os objetivos das instituições de serviços de saúde incluem assistência ao paciente, pesquisa, ensino e atividades
comunitárias. O segmento hospitalar é diversificado e complexo, tendo necessidades e demandas específicas. Sua missão
principal é promover a saúde das pessoas que o procuram, e, diante disso tem que estar preparado para cumpri-la, por
intermédio de recursos humanos preparados e capacitados para atingir tal objetivo.

As funções hospitalares podem ser agrupadas


segundo Lima Gonçalves (1983) em:  
c) Participação em
programas de natureza
comunitária procurando
a) Prestação de b)Desenvolvimento atingir o contexto Sócio-
atendimento médico e sempre que possível de Familiar dos pacientes,
complementar aos doentes atividades de natureza incluindo aqui a educação
em regime de internação; preventiva; em saúde, que abrange a
divulgação dos conceitos
de promoção, proteção e
prevenção da saúde.

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PREVENTIVA: Quando se cuida para que o indivíduo possa viver, e se
desenvolver com saúde.

Supervisão da gravidez normal e nascimento da criança.

Supervisão do crescimento normal da criança.

Controle das doenças transmissíveis.

Educação sanitária.
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∙ RESTAURATIVA: Quando trata das doenças e reabilita o indivíduo para que possa voltar
para a sociedade com saúde e habilitado a desenvolver suas atividades;

Tratamento da doença:
Diagnóstico, curativa e paliativa,
ambulatório e envolvendo os
internação. procedimentos médicos,
cirúrgicos e especiais.

Cuidados de
Reabilitação: física,
emergência: acidentes e
mental e social.
doenças (mal súbito).

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ENSINO: Quando passa a ser campo de formação de profissionais na área médica, de
enfermagem e outras disciplinas afins;

Formação de técnicos de nível médio e graduação.

Pós-graduação: especialização.

PESQUISA: Quando se torna campo para o estudo e o


desenvolvimento de novas tecnologias.

Aspectos sociais, psicológicos e Práticas hospitalares, técnicas e


físicos da saúde e da doença. administrativas.

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CLASSIFICAÇÃO DOS HOSPITAIS

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Os hospitais são voltados principalmente para assistência
médica em regime de internação e de maior complexidade
tecnológica. Alguns estão direcionados para o atendimento
especializado, apresentando graus variáveis de incorporação de
tecnologia e dispondo de médico e pessoal de enfermagem em
regime permanente de atendimento.
Atua nos níveis:
∙ PRIMÁRIO: Profilaxia, prevenção, clínica básica.
∙ SECUNDÁRIO: (hospital geral ou especializado destinado
a prestar assistência nas especialidades médicas básicas)
∙ TERCIÁRIO: (hospital especializado ou com
especialidades, destinado a prestar assistência em outras
áreas médicas além das básicas, como, por exemplo,
neurocirurgia e nefrologia). São divididos em categorias
como Públicos, Privados, Filantrópicos e Universitários.
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Conforme as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), os serviços de saúde em uma dada região geográfica -
desde as unidades básicas até os hospitais de maior complexidade - devem estar integrados, constituindo um sistema
hierarquizado e organizado de acordo com os níveis de atenção à saúde. Um sistema assim constituído disponibiliza
atendimento integral à população, mediante ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde

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AS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
(INTEGRADAS OU NÃO AO PROGRAMA
SAÚDE DA FAMÍLIA): devem funcionar como
porta de entrada para o sistema, reservando-se o
atendimento hospitalar para os casos mais
complexos - que, de fato, necessitam de
tratamento em regime de internação. De maneira
geral, o hospital secundário oferece alto grau de
resolubilidade para grande parte dos casos, sendo
poucos os que acabam necessitando de
encaminhamento para um hospital terciário.

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ASPECTO
CLÍNICO
GERAL: Destinado a
ESPECIALIZADO: Com
prestar assistência nas
assistência em
quatro especialidades
especialidades como
médicas básicas-clínica
maternidade, ortopedia,
médica, clínica cirúrgica,
etc.
clínica gineco-obstétrica e
clínica pediátrica.

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ASPECTO
ADMINISTRATIVO
GOVERNAMENTAIS (FEDERAL,
ESTADUAL E MUNICIPAL): Aquele que
PARTICULAR OU PRIVADO: Integra o
integra o patrimônio da União, Estados,
patrimônio de uma pessoa natural ou
Distrito Federal e municípios; autarquias,
jurídica de direito privado, não instituída
fundações instituídas pelo poder público,
pelo poder público.
empresas públicas e sociedade de economia
mista (pessoas jurídicas de direito privado).

BENEFICÊNCIA E FILANTROPIA: Aqueles que


são mantidos com contribuições e doações
particulares, para prestação de serviços a seus
associados (revertidos na manutenção de seus
objetivos sociais); podem prestar serviços a
terceiros (SUS, convênios, etc.). Os hospitais
privados podem ser ou não filantrópicos. No
Brasil, o setor hospitalar filantrópico é,
atualmente, responsável por cerca de 1/3 do
parque hospitalar existente no País, sendo a
maioria prestadora de serviços do SUS.
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CAPACIDADE
DE LEITOS
CAPACIDADE DE LEITOS:

PEQUENO PORTE (capacidade de até 50 leitos).

MÉDIO PORTE (capacidade entre 51 e 150 leitos).

GRANDE PORTE (capacidade entre 151 e 500 leitos).

EXTRA PORTE OU ESPECIAL (com capacidade de mais de 500


leitos).

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Tabela 1- Distribuição de leitos nos hospitais do Brasil
REGIÃO NORTE 535 hospitais; 70% têm entre 20 e 149
leitos
1.889 hospitais; 68,3% têm entre 20 e
REGIÃO NORDESTE
149 leitos
REGIÃO CENTRO-OESTE 791 hospitais; 74,6% têm entre 1 e 49
leitos
REGIÃO SUDESTE 2.409 hospitais; 65,3% têm entre 20 e
149 leitos
REGIÃO SUL 1.120 hospitais; 70% têm entre 20 e
149 leitos
(Fonte: CNES, FEA-USP)

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AMBIENTE HOSPITALAR

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A enorme rede hospitalar espalhada por todo o território nacional apresenta uma grande heterogeneidade nas suas
estruturas gerenciais, tecnológicas, perfis e práticas assistenciais e, naturalmente, quanto à clientela. Cumpre desde
funções básicas e isoladas em termos de vinculação a redes de serviços, particularmente no interior do país, até práticas
de última geração e elevado grau de complexidade, sobretudo nos grandes centros urbanos, sendo alguns
estabelecimentos referências tecnológica e assistenciais para a saúde no Brasil.
O hospital deve assegurar ao paciente uma assistência eficiente através de uma melhor organização do corpo clínico, da
existência de pessoal competente e de serviços de diagnóstico e tratamento.

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Possui três divisões Para alcançar os objetivos da instituição, o trabalho das equipes,
internas:
de todas as áreas, necessita estar em sintonia, haja vista que
uma das características do processo de produção hospitalar é a
interdependência.
MÉDICA: Clínica médica
e cirúrgica, serviços de Outra característica é a quantidade e diversidade de
raios-X, laboratórios e
banco de sangue. procedimentos diariamente realizados para prover assistência ao
paciente, cuja maioria segue normas rígidas no sentido de
proporcionar segurança máxima contra a entrada de agentes
TÉCNICA: Enfermagem,
nutrição, serviço social, biológicos nocivos ao mesmo.
arquivo médico e
farmácia.

ADMINISTRATIVA:
Protocolo e arquivo, setor
pessoal, contabilidade,
almoxarifado, lavanderia e
serviços gerais.
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TEORIAS E PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
HISTÓRICO

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A administração como uma necessidade natural de
Historicamente, a administração está dividida em duas fases: A
prever, organizar, executar e acompanhar
iniciativas/ações é observada na história de antigas EMPÍRICA (não havia teorias que a norteassem) e a
sociedades, todavia, é no modo de produção capitalista
CIENTÍFICA (norteada por teorias administrativas). Essa fase
que se criam as condições adequadas para seu
surgimento como teoria e prática de gerência de recebeu influência de filósofos como Sócrates, Platão e
trabalho.
Aristóteles e também de outros precursores como:
∙ IGREJA CATÓLICA: Devido ao seu modelo de estrutura
organizacional hierárquica de autoridade e coordenação;
∙ AS ORGANIZAÇÕES MILITARES: Devido a seus
princípios de unidades de comando e de escola hierárquica.
∙ REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: Que teve início na
Inglaterra, com o surgimento das máquinas na indústria,
onde toda a estrutura organizacional da empresa centrava-se
na produção fabril.

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As teorias administrativas utilizam o método científico para comprovar resultados no processo de trabalho
capitalista e, dar embasamento científico à prática administrativa. Estas se desenvolvem de acordo com cada
período histórico, social e econômico, caracterizando diferentes formas de se administrar.

“ A administração é o processo
de planejar, organizar, dirigir e
controlar as ações de uma planejar organizar dirigir Controlar
empresa/instituição/serviço afim
de alcançar” Importante lembrar
das palavras:

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As teorias administrativas versam sobre cinco variáveis
básicas

tarefas pessoas estruturas ambiente tecnologia

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TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
TAYLORISMO

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Quando se fala desta primeira corrente da Tendo em vista os problemas das produções fabris, Taylor
administração como ciência, o destaque vai para o achou por bem desenvolver o "estudo sistemático e científico
engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor. do tempo", o que consistia em cronometrar o tempo em que os
Ele observou ao longo de sua carreira a deficiência das funcionários produziam determinados produtos no maior
produções fabris, tais como: muitos trabalhadores não ritmo possível. Este estudo tinha como objetivo analisar o
cumpriam seu dever; as decisões dos administradores tempo necessário para o desenvolvimento de determinadas
eram baseadas em intuições e palpites; os tarefas e o salário correspondente, (MAXIMIANO, 2009).
departamentos das empresas não eram integrados, aos
trabalhadores eram delegadas funções onde não
possuíam habilidade, dentre outras deficiências.
Ainda outros aspectos foram abordados, entre eles:
padronização de ferramenta e equipamentos, sequenciamento
e programação de operações, estudo de movimentos,
conveniência de uma área de planejamento, cartões de
instruções, pagamento de acordo com desempenho e cálculos
de custo. Após esses estudos, o guru da teoria da
administração científica agregou ao seu estudo que o incentivo
individual ao trabalhador atenderia o desejo do ganho material
estimulando assim o crescimento pessoal, (MAXIMIANO,
2009).

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Supervisão funcional-
autoridade funcional TAYLORISMO

Padronização das tarefas


Divisão de trabalho

Departamentos não integrados

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A organização do trabalho Taylorista contém duas
dimensões, distintas e complementares. A primeira
dimensão apresenta o trabalho desenvolvido de
modo parcelado, repetitivo, automatizado, enfim, sob
rígidos controles para garantir a produtividade
máxima. A segunda dimensão revela movimentos
sutis de manipulação e controle psicológico dos
trabalhadores, ou seja, tentativas de motivar e
envolver os trabalhadores para que não se
acomodem e não reajam ao novo sistema de
organização.

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TEORIA CIENTIFICA (TAYLOR)

CARACTERISTICAS PRINCIPAIS
● Aumento da produção pela eficiência operacional
● Divisão do trabalho e especialização
● Abordagem analitica e concreta
● Padronização das tarefas

CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM


● Elaboração e adoção de POPs
● Escalas diárias de divisão de atividades entre os
membros da equipe

Procedimento Operacional Padrão é uma descrição detalhada de todas as operações necessárias para a realização
de uma tarefa, ou seja, é um roteiro padronizado para realizar uma atividade.

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TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
Henry Fayol

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A teoria de administração clássica foi fundada por Henry Fayol logo após a primeira guerra mundial (1914-1917) e
tem como ponto de partida o estudo científico da administração. Fayol apresentou como novidade em sua época a
necessidade de um ensino organizado e metódico de administração para formar administradores. A teoria clássica tem
como estrutura a organização; e ele acreditava que o comportamento administrativo deveria ter como modelo a
organização militar. Ou seja, um sistema de hierarquização, no qual haja uma cadeia de comando interligando as
posições e definindo quem se subordina a quem (CHIAVENATO, 2003).

Pode-se verificar que a teoria clássica


aborda a constituição de uma
organização baseada em uma cadeia de
comando, pela qual existe um corpo
executivo que controla todo um grupo de
pessoas que hierarquicamente se
subordinam.

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Ensino organizado e metódico

Sistema de
hierarquização
Organização Militar

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Esses princípios universais da administração de Fayol
estabelecem uma padronização ou homogeneização no
modo de administrar empresas e controlar o trabalho.
As ideias de Fayol foram mais influentes na Europa do
que as de Taylor, contudo, as ideias de ambos somadas
as de Ford, são responsáveis pela substituição da
liberdade do homem no trabalho, constituindo-se na
fórmula de controle do trabalho inerente à indústria
moderna, à administração científica e à sociedade
capitalista.

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TEORIA CLÁSSICA (FAYOL)

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
● POCCC: prever, organizar, comandar, coordenar e
controlar
● Divisão do trabalho, departamentalização, hierarquia de
autoridade
● Abordagem sintética, global e universal

CONTRIBUIÇÃO PARA ENFERMAGEM


● Organogramas institucionais
● Atividades rotineiras com exclusivamente quantitativas

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TEORIA FORDISMO
Henry Ford

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O fordismo defendia, ainda, que o aumento de produtividade deveria ser repassado para os salários dos trabalhadores
por meio de salários diretos ou indiretos (benefícios, assistência etc.) Isso elevaria o consumo que, consequentemente
elevaria investimentos, aumentando a produtividade, abrindo novas formas para acumulação do capitalismo. Dessa
forma, Ford entendeu que as organizações fabris, parcelares e alienantes, tinham como consequência não apenas uma
alta produção, mas também, um consumo em massa. Contudo, a organização do trabalho capitalista criava um novo
tipo de trabalhador e um novo tipo de homem, cuja característica adquirida no trabalho é a submissão aos patrões.
Dentre as principais críticas as Teorias Clássicas destacam-se: caráter mecanicista, fragmentação do trabalho e
desvalorização do trabalho (barateamento da mão-de-obra).

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TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
Elton Mayo

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Elton Mayo, o mais importante contribuinte para a escola das relações humanas, realizou um estudo que visava em
princípio entender a produtividade e luminosidade no local do trabalho. Esperava-se que ao aumentar a luminosidade
aumentaria o desempenho dos trabalhadores, assim como se diminuísse a luminosidade, diminuiria o desempenho dos
trabalhadores. No entanto, ao trocarem as lâmpadas por outras de uma mesma potência notou-se a queda do desempenho
dos trabalhadores levando a conclusão de que o que realmente poderia levar em consideração era o estado psicológico
dos trabalhadores. Foi analisado então outros fatores como horário de descanso e alimentação. Porém, os resultados
foram diferentes do esperado, pois se notou novamente a influência de fatores psicológicos. Enfim, foi realizado outro
experimento pelo qual foi separado um grupo de seis trabalhadores e colocado sob uma supervisão mais branda onde foi
encontrado um resultado satisfatório, pois os trabalhadores se sentiam mais liberdade e motivação (MASIERO, 2007).
Portanto com esta escola descobriu-se o "homem social" da organização

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Fator psicológico interfere na Humanização e
produção mais que o fisiológico democratização na
administração

Importância da cooperação,
motivação humana,
liderança, comunicação e MAYO= HOMEM SOCIAL
dinâmica de grupo.

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Tem como principal precursor Elton
Mayo (1880-1949), um cientista social
australiano, que reuniu experiências e
Nesse sentido, a Teoria das Relações
conhecimentos sobre o
Humanas adota duas vertentes na sua
comportamento humano para serem
utilização prática, sendo estas:
utilizadas na gestão do trabalho,
distingue os trabalhadores
defendendo a importância das inter-
individualmente, tratando-os cada um
relações pessoais no trabalho. Este
por sua vez, ou seja, de modo
considerava temas como: motivação,
específico e personalizado; adota,
liderança, comunicação, participação,
simultaneamente, as técnicas de
organização informal e dinâmica de
dinâmica de grupo como forma de
grupo, buscando formas de aplicá-las à
tratar os problemas não resolvidos
dinâmica da empresa, para obter a
com a tática individual.
satisfação e a integração do
trabalhador, manter e aumentar os
lucros com a produção.

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TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS (MAYO)

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
● EFEITO HAWTHORNE
● Humanização e democratização na administração de
pessoal
● Fator psicológico interfere na produção mais que o
fisiológico
● Importância da cooperação, motivação humana,
liderança, comunicação e dinâmica de grupo
● Combate o formalismo na administração e desloca o
foco da administração para os grupos informais e suas
inter relações.

CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM


● Chefe X líder
● Comunicação em enfermagem
● Motivação

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TEORIA CLÁSSICA TEORIA DAS RELAÇÕES
HUMANAS
∙ Ênfase na organização formal, ∙ Ênfase na organização informal:
hierarquia, regras, autoridade, comunicação, satisfação,
centralização. liderança, participação,
∙ Ideia de homem motivada pelo dinâmica de grupo, estímulo
fator econômico. psicológico.
∙ Ideia do homem motivado pelas
relações sociais.
 

Quadro 1- Fundamentos ideológicos da Teoria Clássica e das Relações Humanas.

Vale salientar, todavia, a complementaridade das duas teorias. Mesmo enfatizando aspectos opostos, as duas têm um
ponto comum; ambas mantêm a organização racional do trabalho, ou seja, o processo de trabalho dividido,
fragmentado, mecânico, repetitivo. Assim, a prática administrativa continuava sendo autoritária e centralizadora, onde
não se permitiam negociações.

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TAYLOR

ADMINISTRAÇÃO

ABORDAGEM CLÁSSICA DA
CIENTÍFICA

ADMINISTRAÇÃO ÊNFASE NAS TAREFAS

FAYOL

TEORIA CLÁSSICA

ÊNFASE NA ESTRUTURA

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ABORDAGEM DA ADMINISTRAÇÃO ATUAL

A organização racional do trabalho (taylorismo/ fordismo) deu sustentação à estrutura capitalista de


produção até a década de 70, quando começa a ser substituída por um novo paradigma de organização
e gestão do trabalho.

A globalização da economia e o neoliberalismo desencadearam mudanças na estrutura


econômica mundial, que trouxeram alterações no plano da administração, sendo necessário atualizar os
paradigmas da organização racional do trabalho, para fazer frente às necessidades da nova ordem em
formação. Surge então, nos países de economias avançadas, as idéias da administração flexível.

Como síntese da administração flexível, pode-se dizer que: é o padrão de produtividade e


gestão do trabalho emergente nos países capitalistas avançados do mundo contemporâneo. Como o
próprio nome revela, considera e introduz a flexibilidade, como máxima orientação para deixar as
organizações mais sensíveis às exigências do mercado.
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Quadro 2- Comparação do padrão de busca de produtividade e gestão do trabalho da organização racional do
trabalho e da administração flexível.

ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO ADMINISTRAÇÃO FLEXÍVEL

(TAYLORISMO/FORDISMO)

Imposição de um processo de trabalho (linha de montagem) Maior grau de autonomia do trabalhador, através do trabalho
fragmentado, repetitivo, mecânico. Uso da destreza manual organizado por equipes. Estímulo à iniciativa, raciocínio lógico,
descartando as capacidades intelectuais; criatividade;

Desqualificação do trabalhador como resultado do trabalho simples e Valorização da qualificação do trabalhador, uma vez que o mesmo
mecânico da linha de montagem; deverá ter um desempenho multifuncional;

Controles mais sutis, conseqüentes á incorporação de regras, normas


Controles mais explícitos e rígidos, obediência a ordens, para manter
e valores da organização pós-taylorista/fordista (ou gestão da
a intensificação dos ritmos/lucros na produção; subjetividade) para manter a produtividade;

Centralização do processo produtivo. Concentração dos Desconcentração produtiva e dos investimentos Crescimento das
investimentos-capital; empresas médias e pequenas, artesanais e do setor informal,
favorecendo a terceirização (produção de serviços) da economia;

Estruturas administrativas com muitos níveis hierárquicos. Estruturas administrativas leves, para criar agilidade.
Centralização; Descentralização;

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Quadro de produção relativamente estável e Quadro de produção excessivamente competitivo,
acolhedor de homogeneidade; mutável, heterogêneo;
Produção gera consumo; Consumo gera produção, ou seja, a produção é
voltada e conduzida, diretamente, pela demanda;
Emprego em tempo integral, e de forma estável; Emprego temporário e em tempo parcial;
Mercado mundializado e globalizado.
Mercados regionais e nacionais

**Por meio da comparação dos padrões de busca de produtividade e gestão do trabalho da organização racional do
trabalho e da administração flexível, pode-se observar que diminui a rigidez da forma de execução do trabalho pelo
trabalhador. O trabalho passa a exigir e utilizar as capacidades intelectuais do trabalhador, tirando proveito destas.

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A função da administração é criar
um ambiente dentro da empresa que
facilite o alcance de seus objetivos,
bem como, proporcionar o
planejamento das operações, tendo
em vista os objetivos a serem
atingidos. Se responsabilizando pelo
treinamento, organização das tarefas,
direção do trabalho e avaliação dos
resultados.

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ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO
HOSPITAL

O ambiente hospitalar é considerado um local de trabalho insalubre, onde os profissionais e os


próprios pacientes internados estão exposto as agressões de diversas naturezas, seja por agentes
físicos, como radiações originárias de equipamentos radiológicos e elementos radioativos, seja por
agentes químicos, como medicamentos e soluções, ou ainda por agentes biológicos, representados
por microrganismos.

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Riscos ambientais.

Fonte: Google imagens, 2019.

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60
Fonte: Google imagens, 2019.
Estrutura hospitalar, dividida por riscos:

Fonte: Google imagens, 2019.

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UM HOSPITAL
●Compete tratar das políticas gerais da ●É o conjunto de profissionais de saúde que se
●É o órgão executivo, ao qual compete
instituição, elaborar diretrizes e administrar agrupam por especialidades, em serviços e
planejar e estabelecer a organização
os recursos econômicos da instituição que clínicas. Ligadas ao corpo clínico, estão os
interna da instituição, coordenar os serviços técnicos, que são os serviços de
são essenciais ao seu funcionamento. É
trabalhos médicos e administrativos, bem nutrição, farmácia, psicologia, fisioterapia,
geralmente composto por representantes das
como, controlar as atividades técnicas. enfermagem, entre outros.
várias categorias que trabalham no hospital,
●É constituído pelos serviços de apoio
no caso de ser um conselho, ou por um
administrativo-gerencial. Estes serviços
elemento, no caso de ser um diretor ou
incluem o pessoal da coordenação de recursos
superintendente. humanos e materiais.

CONSELHO DIRETIVO (CONSELHO DIRETORIA ●CORPO CLÍNICO


ADMINISTRATIVO, DIRETOR GERAL ●CORPO PROFISSIONAL
OU SUPERINTENDENTE)

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SERVIÇO DE ENFERMAGEM

A enfermagem é uma das poucas profissões da área da saúde que apresenta uma variedade de categorias no seu
quadro funcional: auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem e enfermeiro. Cada nível de função tem sua
competência estabelecida na Lei do exercício Profissional (Lei nº 7.498/86). Assim o paciente é assistido por
fragmentos da enfermagem que precisam estar em consonância com a visão de integralidade e qualidade na
assistência.
De acordo com os dados cadastrais do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), obtidos em outubro/2001,
há no Brasil 92.961 enfermeiros, 111.983 técnicos e 469.259 auxiliares de enfermagem. No ano de 2018, no Brasil
o número desses profissionais cresceu para 510.907 enfermeiros, 1.348.070 técnicos e 422.247 auxiliares.

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ESF (ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA)
Visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde (SUS), e é
tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação
da atenção básica.
Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional (equipe de Saúde da Família – ESF)
composta por, no mínimo: (I) médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e
Comunidade; (II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; (III) auxiliar ou técnico de enfermagem; e
(IV) agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal:
cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.

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Atribuições do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem na atenção básica:
I - Participar das atividades de atenção realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão na
UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.);
II - Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
III - Realizar ações de educação em saúde à população adstrita, conforme planejamento da equipe;
IV - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS;
V - Contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente.

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ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE
ENFERMAGEM
Um serviço no qual haja uma
Os profissionais de Enfermagem,
estrutura formal de organização atingirá
que representam expressivo contingente
eficientemente seus objetivos a partir do
no âmbito do Sistema Único de Saúde
momento em que se determinam quem
(SUS), atuam desenvolvendo ações de
faz o que e onde. A organização é o
promoção à saúde, prevenção de
mecanismo estabelecido para que o
doenças, recuperação e reabilitação de
trabalho seja feito de maneira lógica e
pessoas.
eficiente.
O serviço de enfermagem
Assim, a organização do serviço
representa 70% do pessoal que atua na
de enfermagem pode ser entendida pelos
área hospitalar e tem características
seguintes itens: organogramas,
próprias que o distingue dos outros
elementos assistenciais e manuais com
serviços no hospital.
normas, rotinas e procedimentos.

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Os organogramas são representações gráficas das inter-relações departamentais de uma empresa ou de cargos e
funções que compõem um departamento ou serviço. Existem duas formas de organogramas, são elas: clássico
(hierárquico) e circular (inovador).

● CLÁSSICO: Indica os órgãos


por meio de retângulos e as
relações de autoridade por meio
de linhas. Este é elaborado para
mostrar subordinações.
Exemplos:

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Os gráficos acima apresentam: órgãos componentes da organização; fluxo de autoridade e
responsabilidade; linhas formais de comunicação; a posição hierárquica normalmente tem o grau de
autoridade, influência, o status e a remuneração do ocupante.

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●CIRCULAR: O paciente está incluso na representação gráfica e, é a partir deste pressuposto, que são estabelecidos as
seguintes premissas: concentrar as atenções no objetivo primordial do hospital (o paciente); despersonalizar a hierarquia
institucional; focaliza os serviços mais próximos ao paciente; visão mais humanística (o paciente é o centro). Exemplo:

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SAE
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A assistência da Enfermagem baseia-se em conhecimentos científicos e métodos que definem sua implementação.
Assim, a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é uma forma planejada de prestar cuidados aos pacientes
– que, gradativamente, vem sendo implantada em diversos serviços de saúde. Os componentes ou etapas dessa
sistematização variam de acordo com o método adotado, sendo basicamente composta por levantamento de dados ou
histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, plano assistencial e avaliação.

Interligadas, essas ações permitem identificar as


necessidades de assistência de saúde do paciente e
propor as intervenções quem melhor as atendam -
ressalte-se que compete ao enfermeiro a
responsabilidade legal pela sistematização; contudo, para
a obtenção de resultados satisfatórios, toda a equipe de
enfermagem deve envolver-se no processo.

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FASE INICIAL: É
realizado o levantamento de
dados, mediante entrevista e
exame físico do paciente.
Como resultado, são obtidas
importantes informações para
a elaboração de um plano
assistencial e prescrição de
enfermagem, a ser
implementada por toda a
equipe.

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A ENTREVISTA: Um dos
procedimentos iniciais do atendimento- é
o recurso utilizado para a obtenção dos
dados necessários ao tratamento, tais
como o motivo que levou o paciente a
buscar ajuda seus hábitos e práticas de
saúde, a história da doença atual, de
doenças anteriores, hereditárias, etc. Nesta
etapa, as informações consideradas
relevantes para a elaboração do plano
assistencial de enfermagem e tratamento
devem ser registradas no prontuário,
tomando-se, evidentemente, os cuidados
necessários com as consideradas como
sigilosas, visando garantir ao paciente o
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direito da privacidade.
EXAME FÍSICO
INICIAL: É realizado nos
primeiros contatos com o
paciente, sendo reavaliado
diariamente e, em algumas
situações, até várias vezes ao dia.
Como sua parte integrante, há a
avaliação minuciosa de todas as
partes do corpo e a verificação de
sinais vitais e outras medidas,
como peso e altura, utilizando-se
técnicas específicas.

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ANÁLISE E
INTERPRETAÇÃO DOS
DADOS COLETADOS: Se
determinam os problemas de
saúde do paciente, formulados
como diagnóstico de
enfermagem. Através do mesmo
são identificadas as necessidades
de assistência de enfermagem e a
elaboração do plano assistencial
de enfermagem.

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PLANO: Descreve os AVALIAÇÃO: Verifica-

cuidados que devem ser dados se a resposta do paciente aos

ao paciente (prescrição de cuidados de enfermagem a ele

enfermagem) e prestado e as necessidades de

implementados pela equipe de modificar ou não o plano

enfermagem, com a inicialmente proposto.

participação de outros
profissionais de saúde, sempre
que necessário.

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EQUIPE DE
SAÚDE
É um conjunto ou grupo de pessoas com habilidades complementares, comprometidas umas com as outras pela missão
comum, objetivos comuns (obtidos pela negociação entre os atores sociais envolvidos) e um plano de trabalho bem definido.

O trabalho em saúde é, sempre, um


trabalho de equipe e exige, sempre, respeito
entre os membros do grupo. Cada um dos
membros de uma equipe que trabalha com
saúde, reconhece que o trabalho que cada
profissional realiza é importante e contribui para
o conjunto e por isso todos precisam se
encontrar para refletir sobre sua atuação.

O trabalho de equipe precisa ser entendido


como um trabalho de parcerias. Numa equipe, todos
têm uma função importante que será realizada da
melhor forma possível, na medida em que os
profissionais estejam integrados.

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ORGANIZAÇÃ
OE
FUNCIONAME
NTO DAS
UNIDADES
UNIDADES DE INTERNAÇÃO

Área destinada a promover internação de pacientes adultos e infantis em ambientes individuais (apartamentos)
e/ou coletivas (enfermarias) conforme faixa etária, patologia, sexo e intensidade de cuidados.
Esta unidade é o espaço físico hospitalar onde o paciente permanecerá a maior parte do tempo durante seu
período de internação. Composta basicamente de cama, mesa de cabeceira, cadeira, mesa de refeições e escadinha.
Há variações quando se trata de Unidades Especiais de Internação.

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ENFERMARIA

Área de internação
coletiva destinada a
prestar assistência
médica, de enfermagem e
outras. Deverá possuir
lavatório na área de
ocupação dos leitos e
banheiro.

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APARTAMENTO

Área de internação
individual destinada à
prestação de assistência
médica, de enfermagem e
outras. Deverá possuir
lavatório na área de
ocupação dos leitos e
banheiro.

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ALOJAMENTO
CONJUNTO

Modalidade de
acomodação do
recém-nascido
normal em berço
junto ao leito da
mãe.

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UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Área destinada à acomodação de


pacientes críticos, em
ambientes individuais ou
coletivos, conforme grau de
risco (semi-intensiva e
intensiva), faixa etária,
patologia e requisitos de
privacidade.

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A UTI é composta pelas seguintes áreas:
1.Esterilização química - Opção de encaminhamento para sala de expurgo do CME (Centro de Material
Esterilizado) para esterilização dos materiais;
2.Depósito de material de limpeza;
3.Quarto de plantão separado por sexo e com banheiro anexo;
4.Rouparia;
5.Sanitários separados por sexo para funcionários;
6.Sala de guarda de equipamentos;
7.Copa;
8.Banheiro para pacientes;
9.Expurgo;
10.Posto de enfermagem e quarto de isolamento com banheiro anexo;
11.Leitos de internação.
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UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Unidade destinada à assistência de pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de
pronto atendimento. A unidade deverá dispor de área externa para desembarque de ambulância.
● Urgência – Ocorrência imprevista de agravo à saúde sem risco potencial de vida, cujo portador necessite de
assistência médica imediata.
● Emergência - Constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida
ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato.

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1.Sala de triagem: Local destinado ao atendimento, seleção e encaminhamento do paciente, segundo a gravidade e patologia. Dotada de
lavatório;
2.Sala de higienização: Ambiente dotado de chuveiro e lavatório, destinado a higienizar os pacientes, se necessário;
3.Sala de gesso: Local dotado de pia com cuba profunda, destinada à imobilização com gesso ou similares;
4.Sala de reanimação: Ambiente destinado à assistência de pacientes graves. Deverá possuir as seguintes instalações - pias equipadas
para lavagem das mãos, posto de enfermagem e armário para materiais e equipamentos estéreis, fluxômetros de oxigênio e de ar
comprimido, vacuômetro (preferencialmente 2 bicos de cada, na parede, ligeiramente acima da cabeceira da maca ou leito de
reanimação), equipamento de proteção individual (EPI), equipamentos de monitoração cardíaca, oximetria, de reanimação ventilatória
(AMBU, máscara de Hudson ou ranimador manual Muller, cateteres de oxigenoterapia, máscara de ventilação mecânica não-invasiva,
equipamentos de intubação (cânulas, laringoscópio, etc.), material cirúrgico de intervenção de emergência ( drenagem torácica,
traqueostomia/ cricrostomia, punção abdominal), Raio X portátil, sonda naso-gástrica, frascos de drenagem, sondas vesicais e de
aspiração traqueal, cateteres de acesso venoso central e periférico, soros e medicamentos.
5.Sala de sutura: Ambiente dotado de pia e bancada destinada a realizar suturas em tecidos com perda de solução de continuidade ou
atividades afins.
6. Sala de observação/ Leito de observação: Leito destinado a acomodar os pacientes que necessitem ficar sob supervisão médica, de
enfermagem e outros, para fins de diagnóstico ou terapêutico durante um período inferior a 24 horas. Tem número máximo de seis leitos
e banheiro anexo. Neste ambiente, deverão existir biombos para promover a individualização de leitos, caso necessário. As salas de
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observação deverão estar separadas por faixa etária e sexo.
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