O DISCURSO DE RESISTÊNCIA NAS

MÚSICAS “BLUESMAN” E “NEGRO

DRAMA”
  “A Análise de Discurso, como seu próprio nome
indica, não trata da língua, não trata da gramática,
embora todas essas coisas lhe interessem. Ela trata
do discurso. E a palavra discurso, etimologicamente,
Análise de tem em si a ideia de curso, de percurso, de correr
por, de movimento. O discurso é assim a palavra em
discurso movimento, prática de linguagem: com o estudo do
discurso observa-se o homem falando.”
(ORLANDI, 2015, p.13)
 OBJETIVOS
Geral
 Analisar duas músicas de rap de dois artistas
diferentes para identificar em ambas os discursos
de resistência que retratam a luta das pessoas
negras no Brasil, sendo uma música do ano de
2002 e a outra do ano de 2018.
Específicos
 Verificar, através das letras das músicas, a situação de
exclusão que os artistas evidenciaram em suas canções, a
fim de compará-las e observar se houve ou não uma melhora
na inclusão e no tratamento de pessoas negras no Brasil.
 Identificar os discursos racistas que os artistas trouxeram em
suas músicas em uma tentativa de expor e denunciar estas
ideologias de opressão em suas canções.
 Comparar as duas letras das músicas para contrastar os
elementos de estrutura física ou culturais utilizados pelos
artistas para descreverem a situação do negro que vive no
Brasil.
Metodologia

 O corpus do trabalho incluíra as músicas “Negro Drama” e “Bluesman”. As letras das canções serão
analisadas em vários aspectos que regem o racismo no Brasil, tais como a forma que os negros são tratados
midiaticamente, a opressão que eles sofrem no mercado de trabalho e a representatividade no rap. Os
resultados serão apresentados em forma de texto monográfico.
 “O discurso não é simplesmente aquilo que traduza as lutas
ou o sistema de dominação, mas aquilo porque, pelo que se luta,
o poder do qual nos queremos apoderar” (FOCAULT, 2008, p.
10)
Nada Como Um Dia Após O Outro – Racionais
Bluesman – Baco Exu do Blues MC’s
Letras

Bluesman Negro Drama

 “Tudo que quando era preto era do demônio e
depois virou branco e foi aceito, eu vou chamar de
Blues.”
 Eles querem um preto com arma pra cima. Num
clipe na favela gritando: Cocaína. Querem que
nossa pele seja a pele do crime que Pantera Negra
só seja um filme”
 “O trauma que eu carrego pra não ser mais um
preto fudido”
 “Negro drama, cabelo crespo e a pele escura”
 “Histórias, registros e escritos. Não é conto, nem
fábula, lenda ou mito. Não foi sempre dito que
preto não tem vez?”
 Referências

CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. 2° Edição, São Paulo: Editora Brasiliense, 2001.

ORLANDI, Eni P. Análise de Discurso: Princípios e Procedimentos 12° Edição, Campinas: Pontes Editores, 2015.
145 páginas.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de
1970. 17° Edição, São Paulo: Edições Loyola, 2008.