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BARBA AZUL,

a esperança das mulheres


de dea loher / direção de luciana schwinden e yonara dantas
T E X T O : D E A L O H E R / D I R E Ç Ã O : L U C I A N A S C H W I N D E N e Y O N A R A D A N TA S
P R O J E T O
D E P R O D U Ç Ã O
D E E S P E T Á C U L O
A P R E S E N T A Ç Ã O
O projeto compreende o processo de montagem e as que era hora de se aventurar em uma nova pesquisa criativa.

apresentações da peça teatral fundamentada na dramaturgia Considerando que a maioria das integrantes dos grupo são

de Barba Azul, a esperança das mulheres, texto da alemã mulheres - dos 9 atores, 6 são mulheres - decidimos que a

D e a L o h e r. A p e ç a a p r e s e n t a a h i s t ó r i a s d e m u l h e re s temática do feminino deveria nortear a escolha do próximo

assassinadas por um homem, Henrique, e por meio dessas trabalho. Reforçamos essa decisão ao definir que escolheríamos

histórias, fala sobre relacionamentos abusivos, percorrendo o texto de uma dramaturga e contaríamos com a orientação

os temas feminicídio, masculinidade tóxica, violência de de uma diretora, completando a equipe de colaboradores

gênero e outros temas atuais que se depreendem das com artistas majoritariamente mulheres.

q u e s t õ e s d e g ê n e r o . A r e a l i z a ç ã o d e s s e p r o j e t o é d a Tr u p e A leitura crítica e atualizada de Dea Loher para o conto de

à Grega (antigo Coletivo Quartocê), com a diretora convidada fadas Barba Azul, somada à possibilidade de nos aprofundarmos

Luciana Schwinden. numa pesquisa sobre a própria concepção de conto de fadas

Esse é o segundo trabalho profissional deste coletivo. e a forma como neles se encontram impressas imagens

O primeiro trabalho, a peça O Dragão Dourado, do também mnemônicas do feminino, se mostraram um caminho instigante

alemão Roland Schimmelpfennig, decorreu do aprofundamento para esse segundo trabalho.

de uma pesquisa artística iniciada como exercício de O desejo implícito que norteou essas escolhas é o de

f o r m a t u r a n o Te a t r o E s c o l a C é l i a H e l e n a , s o b d i r e ç ã o d e adereçar as questões que interessam a nós, mulheres,

Dagoberto Feliz. Depois de 16 apresentações que percorreram como sujeitos na pesquisa e não apenas como objetos de

a s c i d a d e d e S ã o P a u l o ( Te a t r o d e C o n t ê i n e r, I n B o x C u l t u r a l investigação. Olhar sujeito, não objeto. Esse é o desejo

e Te a t r o d o F a r o e s t e ) , A r a r a s ( Te a t r o M u n i c i p a l d e A r a r a s ) , q u e m o v e o p r o j e t o q u e d e t a l h a m o s a s e g u i r.

Campinas (Casarão Cultural) e Curitiba (Mini Guaíra), o g r u p o entendeu


Barbazul, a esperança das mulheres apagamento dos indivíduos nos fluxos migratórios,

f o i a d r a m a t u r g i a e s c o l h i d a p e l a Tr u p e à G r e g a , neste novo projeto, violência de gênero,

sob a premissa de aprofundar a criação relacionamentos abusivos, masculinidade

cênica a partir de um texto dramatúrgico, tóxica e feminicídio, se apresentam como

forma de trabalho utilizada também na primeira vetor da pesquisa.

D E S montagem do grupo. No primeiro e neste Em ambos os casos, reafirmamos nosso

segundo trabalho de criação da trupe temos interesse em pensar sobre questões sociais

C R I nos debruçado sobre textos contemporâneos, - não só as que nos afetam como artistas,

que demonstram em sua estrutura dramática mas também aquelas que nos afetam como
Ç Ã O um rigoroso tratamento aos pressupostos c i d a d ã s e c i d a d ã o s . P o r m e i o d e n o s s o t r a balho,

formais do drama contemporâneo e que tratam colocamos um ponto de vista poético sobre as

d e m a n e i r a c ontundente e poética temas urgentes, discussões sobre os papéis de gêneros na

cosmopolitas e controversos na nossa sociedade. nossa sociedade.

Se na peça O Dragão Dourado, o mote é o


O s relacionamentos abusivos fazem parte que estão, cotidiana m e n te, violentando e minando

do cotidiano de mu i t a s m u l h e re s . S e g u n d o as potencialidades de efetivação de nossas

levantamento publicado no dia 8 de março possibilidades. Essa violência (que pode ser

de 2019 pelo jornal Folha de S. Paulo mostrou bastante silenciosa, mas nem por isso menos

que, só em janeiro deste ano, 179 mulheres lesiva) tem caracteres muito específicos, muitas

foram vítimas de feminicídio ou sobreviveram vezes tributários de questões c o m o m asculinidade

J U S a uma tentativa de feminicídio no Brasil e 71% tóxica, misoginia e resultando em casos de feminicídio.

dessas mulheres foram atacadas pelo atual Apesar do conto de fadas d’O Barba Azul não
T I F I ou ex-companheiro. Foram 119 mortes e 60 fazer parte imediatamente do nosso imaginário

C A
tentativas de assassinato, com o inconformismo cultural, a violência exercida por homens contra

com o fim do relacionamento aparecendo entre suas companheiras são parte da realidade brasileira.

T I V A os motivos mais citados para a agressão (18%), A motivação para montar a peça Barba Azul:

logo atrás de brigas, ciúmes ou suposta traição a esperança das mulheres parte precisamente

(25%). dessa constatação: é urgente pensar sobre

As pessoas que escolhemos para compartilhar essas questões, mostrar a doença social que

nossas vidas, aquelas que fazem parte de nosso subsidia esse comportamento covarde e cruel.

círculo mais íntimo, que são testemunhas de sonhos,

desejos, desafios e projetos podem ser as mesmas


/ D E A L O H E R
A d r a m a t u r g a a l e m ã D e a L o h e r, n a s c i d a e m importantes; no Barba azul, a esperança das

1964, estudou Filosofia e Literatura Alemã, mulheres, por exemplo, trata de relacionamentos

em Munique. Dramaturga oficial do famoso abusivos e temas correlatos como feminicídio,

teatro “Thalia Theatre”, em Hamburgo. Em masculinidade tóxica, violência misógina.

1993 e 1994, foi considerada pela revista Além de possuir uma escrita característica

Theater Heute a Melhor Dramaturga Emergente. da cena teatral contemporânea, capaz de

Em 2005, recebeu o Prêmio E l s e - L a s k e r- oferecer várias possibilidades de interpretação,

S c h ü l e r, e m 2 0 0 6 , o P r ê m i o B e r t o l t B r e c h t Loher tem um olhar épico, trata de temas

pelo conjunto de sua obra. Seus textos, políticos através de lentes de pessoas individuais,

muito representados na Alemanha, tem sido de histórias, de feitos. Ela provoca nos

também apresentados no Brasil, França, atores, cena a cena, com as condutas e

Noruega, Inglaterra, Áustria e Suíça. Outros intervenções impressas nas suas personagens,

textos de Loher já ganharam montagens uma interpretação complexa, contraditória,

brasileiras, como: A Vida na Praça Roosevelt que engaja também o espectador na cena,

e Inocência. Sua dramaturgia é bastante sem maniqueísmos, sem resolução fácil. É

política, não só pela estética e forma, mas provocante e polissêmica como toda boa

por abordar temas atuais e questõ e s s o c i ais dramaturgia.


P R O P O S T A D E E N C E N A Ç Ã O
A peça conta a história de um homem, Henrique, incapaz “É um alívio, coitada, estava sofrendo”. “Não fui eu que

de se aprofundar em relacionamentos sem violentar as m a t e i ” . Ta i s f r a s e s f a z e m p a r t e d e s s e i m a g i n á r i o e n s a n d e c i d o

mulheres que ele encontra pelo caminho. de masculinidade tóxica que se coloca como sujeito fálico

O estranhamento que paulatinamente se apresenta a respeito fundamental e que credita à mulher o lugar de complemento

do comportamento das mulheres que ele encontra - sem subjetividade, objeto à mercê do desejo onipotente

porque, afinal, todas essas mulheres gastam seu tempo desse único sujeito de uma relação.

(e sua vida) com esse homem? - vai se revelando um A encenação explora essa atmosfera intrasubjetiva, esse

ponto de vista. Henrique é doente, está perdido em seus inconsciente fálico e descontrolado de Henrique, que coloca

próprios devaneios, em seu inconsciente. A morte da primeira em perigo as mulheres que ele encontra. Nesse mundo

m u l h e r, J u l i a , a q u e t e r i a s e m a t a d o p o r a m o r, a d i s p a r a d o r a q u e p a r e c e r e a l , a s c o i s a s e s t ã o n o l u g a r, m a s d e s l o c a d a s .

que teria criado em Henrique esse impulso funesto de engendrar O tempo é difuso e os lugares são incertos. As cenas são

mortes, é, na verdade, uma criação fantasiosa de Henrique. apresentadas como elemento épico, retirando continuamente

N o e n t a n t o , s e J ú l i a n ã o m o r r e u d e a m o r, e l e não deixará o espectador da sua identificação. Soma-se a isso o universo

que as demais mulheres tenham outra escolha. altamente imagético e fetichizado do feminino. Cena após

Como em diversos relacionamentos, em que o homem se cena, os espectadores estão diante de uma identificação

acha no direito de definir que sem ele não há mais vida, estranhada.

o p e r s o n a g e m d e c i d e q u e e l a s n ã o d e v e m m a i s v i v e r.
/ L U C I A N A
S C H W I N D E N
É at r i z, p e sq u i sa d o ra e m ge stã o c u l tu ra l e pro fesso ra em línguas que você não fala de Ber nardo Carvalho; S E S C s , n o T U S P, Te a t r o E s c o l a M a c u n a í m a
de interpretação dramática. Graduada em Letras entre outros. Participou de diversos Festivais e na Oficina Cultural Oswald de Andrade em
e Língua Inglesa pela Universidade Cruzeiro do Nacionais e Internacionais com o grupo, processos de residência artística, entre outros
S u l E m t e a t r o é f o r m a d a p e l a s e s c o l a s : Te a t r o destacam-se: Festival Santiago a Mil no Chile, equipamentos públicos e privados. Atuou
Escola Célia Helena, Escola de Arte Dramática/ Festival de Avignon, França, Festival como artista orientadora de teatro pelo Projeto
E C A / U S P, e Te a t r o Ta b l a d o n o R i o d e J a n e i r o , Inter nacional de Wroclaw,Polônia, Festival Te a t r o Vo c a c i o n a l , da SMC/São Paulo de
além de várias oficinas técnicas na linguagem Internacional Theater Der Welt – Köln/Alemanha, 2006 a 2009, nos equipamentos culturais:
teatral, canto lírico e dramaturgia. A atriz integrou F e s t i v a l I n t e r n a c i o n a l d e C a r a c a s , Ve n e z u e l a , III CEU Paz, na Vila Brasilândia e Centro Cultural
o n ú c l e o a r t í s t i c o d o g r u p o Te a t r o d a V e r t i g e m F e s t i v a l I n t e r n a c i o n a l d e Te a t r o A n t o n Tc h e k o v, e m da Juventude na Vila Nova Cachoeirinha. Em
de 1998 a 2015. Participou dos espetáculos: c o m e m o r a ç ã o a o C e n t e n á r i o d o Te a t r o d e A r t e Gestão Cultural foi coordenadora geral do
O P ar a í so P e rd i d o de S e rgi o de C a rva l h o e Anto nio de Moscou/Rússia, Festival de Recife , Festival P ro g r a m a Vo c a c i o n a l , D i re t o r a d a D i v i s ã o d e
Araújo; O Livro de Jó, de Luis Alberto de Abreu; Rio Cena Contemporânea , Festival Cena Formação Cultural e Artística e Diretora do
Apocalipse 1,11 de Fernando Bonassi; BR3 de Contemporânea em Brasília, Festival Porto Centro Cultural da Penha, Diretora de Curadoria
B e r n a r d o C a r v a l h o , H i s t ó r i a d e A m o r, Ú l t i m o s Alegre em Cena, entre outros. Colaborou com e programação do Centro Cultural São Paulo,
Capítulos, de Jean Luc Lagarce; Kastelo, de o núcleo de artistas dirigidos por Elisa Ohtake, todos esses projetos integrados ao Departamento
Evaldo Mocarzel a partir do texto Castelo de e como resultado deste processo participou do de Expansão cultural da Secretaria Municipal
Franz Kafka; A Última Palavra é a Penúltima, espetáculo Let´s Just Kiss and Say Goodbye, que de Cultura da cidade de São Paulo. Atualmente
criação coletiva entre os grupos Lot, Zikzira ficou em cartaz no SESC Santana e no Galpão é A r t i s t a O r i e n t a d o r a n a C a s a d o Te a t r o ,
e Ve r t i g e m , partir do texto O esgotado de do Folias de dezembro de 2014 a abril de 2015. Professora de Interpretação Dramática, e integra
Deleuze; Ópera Dido e Enéas de Henry Purcell, Desde 2001 atua em atividades formativas com a equipe de coordenação no Célia Helena
M aui s mo , i n t e rv e n çã o u rba n a de c ri a ç ã o c ol ab o rativa; a s t é c n i c a s d o Te a t r o d a V e r t i g e m e t a m b é m e m Centro de Artes.
Dire ce qu’on ne pense pas dans des langues experiências independentes do grupo na área
qu’on ne parle pas (Dizer o que você não pensa d e i n t e r p r e t a ção e montagens cênicas em diversos
N Ú C L E O A R T Í S T I C O

/TRUPE À GREGA (ANTIGO COLETIVO Cultural. Em agosto, o grupo leva a peça

QUARTOCÊ) p a r a C a m p i n a s - S P, n o C a s a r ã o C u l t u r a l , e m

Barão Geraldo. Em novembro, apresentam

G r u p o d e a t o r e s e g r e s s o s d o Te a t r o E s c o l a e m A r a r a s - S P, n o C e n t r o C u l t u r a l L e n y d e

Célia Helena, formado em 2017. Sob a direção Oliveira. Finalizando a temporada de 2018,

de Dagoberto Feliz, realizou a montagem de em novembro e dezembro o espetáculo fica

O Dragão Dourado, texto do alemão Roland em cartaz na Cia. Pessoal do Faroeste,

Schimmelpfennig, foi iniciada como exercício integrando o projeto de ocupação do espaço:

de formatura. O espetáculo foi encenado N a r r a r É R e s i s t i r. A p e ç a O D r a g ã o D o u r a d o

em agosto de 2017, numa mostra teatral em segue no repertório do grupo para circulação.

h o m e n a g e m a o d i r e t o r n o Te a t r o d e C o n t ê i n e r, E , d e f o r m a c o m p l e m e n t a r, a t u a l m e n t e , a Tr u p e

ainda com raízes pedagógicas e respaldo se encontra em processo criativo do novo

do Te a t r o Escola Célia Helena. Em abril espetáculo do grupo: Barbazul: A Esperança

de 2018, ocorreu a estreia profissional no das Mulheres, texto da dramaturga alemã

F R I N G E , m o s t r a p a r a l e l a d o F e s t i v a l d e Te a t r o contemporânea Dea Loher e direção de Luciana

de Curitiba. No mesmo mês a peça volta Schwinden.

para São Paulo e faz temporada no InBox


/ P A U L A
A M B A R
Jornalista e atriz, formada pelo curso técnico do Centro d e A r t e s e E d u c a ç ã o

C é l i a H e l e n a . C o f u n d a d o r a d a Tr u p e à Grega (antigo Coletivo

Q u a r t o c ê ) . P a r t i c i p o u d e montagens como: O Homem que Corrompeu

Hadleyburg, com direção de Luah Guimarãez. Pra Não Dizer que não

F a l e i d e B re c h t , c o m d i re ç ã o d e F e r n a n d o N i t s c h , Me dá 3 minutos

com direção de Dagoberto Feliz e o mais recente, O Dragão Dourado,

c o m d i r e ç ã o d e D a g o b e r t o F e l i z p e l a Tr u p e à G r e g a . F a z e s t á g i o e m

direção com Fernando Nitsch na montagem O ensaio sobre a lucidez,

com a Cia da Revista. Cofundadora da produtora Refarsa Filmes, onde

d i r i g e , a t u a e p ro d u z . E s t u d o u d i re ç ã o d e a t o re s n o c i n e m a c o m Wa l t e r

Lima Jr e interpretação para câmera com Fernando Leal.


/ R O S A N A
S A N T E S S O
Atriz formada pelo curso técnico do Centro de Artes e Educação Célia

H elena , c o f u n d a d o r a d a Tr u p e à G re ga ( a nt igo Cole t iv o Q ua r t oc ê ) . Pa r t ic ipou

das peças: O Dragão Dourado de Roland Schimmelpfennig, com direção

d e D a g o b e r t o F e l i z n o Te a t r o d e C o n t ê i n e r ( 2 0 1 7 ) , F R I N G E ( 2 0 1 8 ) ,

Espaço Cultural Inbox (2018) e Cia Pessoal do Faroete (2018). Pelo Coletivo

Quiça, da qual também é integrante, participou da peça O padre do Balão

(criação coletiva), dirigido por Aline Baba e Alexandre Passos no espaço

InBox Cultural, Cia Pessoal do Faroeste (2018) e na Mostra Estudantil do

TUSP (2019). Atualmente, cursa o último ano de Artes Cênicas na Escola

Superior de Artes Célia Helena. Pela graduação participou de montagens

como: Os Pequenos Burgueses de Máximo Gorki com direção de Simoni

Boer (2017), Academia Dell’Arte (montagem com a linguagem de Commedia

dell’arte com junções de peças como Auto da Compadecida de Ariano

Suassuna, A importância de ser prudente de Oscar Wilde, Sonhos de uma

n o i t e d e Ve r ã o d e S h a k e s p e a r e , O i n s p e t o r g e r a l d e N i k o l a i G o g o l , e n t r e

outros) com direção de Fabio Caniatto e Ascensão e queda da cidade de

Mahagonny de Bertolt Brecht com direção de Fernando Nitsch (2018).

A t u a c o m o p r o f e s s o r a d e t e a t r o n a O N G N o s s a Tu r m a , c o m d o i s g r u p o s

de crianças de 7 à 9 e 10 à 13 anos.
/ V I N I C I U S
A G U I A R
Designer e ator formado pelo curso técnico do Centro de Artes e Educação Célia

H e l e n a ( 2 0 1 7 ) . C o f u n d a d o r d a Tr u p e à G r e g a ( a n t i g o C o l e t i v o Q u a r t o c ê ) .

Participou de montagens como O Dragão Dourado (2017-2018), de Roland

Schimmelpfennig, e Cabaret Falocrático, (apresentando no Teatro de Contêiner

e SESC Santo André – 2017), ambos sob direção de Dagoberto Feliz; Para não

diz e r que não fal ei de Brecht (adaptação de Terror e m i s éri a no tercei ro Rei ch

e A alma boa de Setsuan, de Bertolt Brecht), direção de Fernando Nitsch (2016),

O Homem que corrompeu Hadleyburg (adaptação da novela homônima de Mark

Twain), direção de Luah Guimarãez (2016), As Bruxas de Salém e Entre quatro

pa re de s , de Jean-P aul S artre, am bas s ob di reção de Fl ávi o Orzari . P arti ci pou

de oficinas e cursos como Interpretação para câmera ministrado por Fernando

Leal (2017).
/ Y O N A R A
D A N T A S
Pesquisadora, professora, atriz e diretora. Pós-doutoranda na Escola de

C o m u n i c a ç õ e s e A r t e s d a U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o - E C A U S P. D o u t o r a

em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) e professora da

Escola Superior de Artes Célia Helena. Integra a Kairospania Cia Cênico-

S o n o r a e a Tr u p e à G r e g a ( a n t i g o C o l e t i v o Q u a r t o c ê ) . N a K a i r o s P a n i a C i a

Cênico-Sonora, é fundadora e diretora, tendo dirigido as performances

Tr a n s P o s i ç õ e s ( 2 0 1 6 ) , S u í t e [ e n ] q u a d r a d a ( 2 0 1 6 - 2 0 1 7 ) , D e s a < g r a d > a v e l

ou A Síria não é aqui (2017), Sinfonieta de abertura (2017) e Delfina

(2018) - apresentados em espaços culturais como Centro Cultural São

Paulo, Centro Cultural Muñecas e Zaguan Sur (ambos em Buenos Aires),

EdA Espaço das Artes (antigo MAC USP), Auditório do Instituto de Artes

d a U n i c a m p . P e l a Tr u p e à G r e g a , p a r t i c i p o u c o m o a t r i z d a p e ç a O D r a g ã o

Dourado (2017-2018), sob direção de Dagoberto Feliz. Atua como pesquisadora

no Núcleo de Pesquisas em Sonologia NuSom e na Orquestra Errante,

ambos laboratórios de pesquisa da Escola de Comunicações e Artes

d a U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o - E C A U S P.
/ L U I Z A
M A G A L H Ã E S
Atriz, bailarina e coreógrafa. Formada pelo curso técnico do Centro de Artes

e E duc ação Cél i a Hel ena. Concl ui bacharel ado em Letras português -i tal i ano pel a

FFLCH-USP (2014). Curso de extensão e pesquisa “Teatro e Resistência: Dramaturgia

dos anos de chumbo – Panorama histórico 1968-1979” (FFLCH-USP), ori en tado pel a

professora dra. Maria Silvia Betti. Estuda Balé Clássico desde 1997 e aluna da Escola

de Da nça do Theatro Muni ci pal de S ão P aul o. Mi ni s tra ofi ci nas e pes qui s a a dança

contemp o r â n e a e o c o r p o e m c e n a . C o m o b a i l a r i n a p a r t i c i p o u d e e s p e t á c u l o s

e c o m p e t i ç õ e s , c o m o n a 1 4 t h G y m n a e s t r a d a ( Lau s an n e – S u í ça) . Im ersão no

c ur so do m étodo GA GA / Nahari m , m i ni s trado pel a ci a Bats heva Ens em bl e; com

Je a n- Jacques Lem être (Théâtre du S ol ei l ), “ C o r p o c ê n i c o e c i d a d e ” m i n i s t r a d o

p o r D i o g o G r a n a t o , e “ O a t o r, o g r u p o e a cena”, com o Grupo Galpão. Cofundadora

da Trupe à Grega (antigo Coletivo Quartocê). Foi artista residente da peça Os 3 Mundos

(2018), direção de Nelson Baskerville. Como atriz, participou de montagens, incluindo

O Dr ag ão D ou rado, d e R o l a n d S c h i m m e l p f e n n i g , c o m d i r e ç ã o d e D a g o b e r t o F e l i z

(2017- 2018), A D a m a , d i re ç ã o e t e x t o d e T h i a g o R i c h t e r ( e s t e c o m o a t r i z ,

c o r e ó g r a f a e preparadora corporal ) no S es c Cam pi nas (2017), O S anto e a P orca

(2016), de Ariano Suassuna, com direção de Rodrigo Audi, Estudos sobre a Commedia

de ll’a r t e, di ri gi do por Fábi o Cani atto, S weeney Todd, de S tephen S ondhei m (como

atriz e coreógrafa), sob direção de Suzana Thomáz. Atualmente faz parte do projeto

“ At e liê de s ol os ”, ori entado pel a bai l ari na Beth Bas tos e Núcl eo P aus a.
/ F I L I P E
A U G U S T O
Ator formado pelo curso técnico do Centro de Artes e Educação Célia

H e l e n a , o n d e f o i d i r i g i d o p o r V i n i c i u s To r r e s , F e r n a n d o N i t s c h

e Da g o b e r t o F e l i z . É c o f u n d a d o r da Tr upe à G re ga ( a nt igo Cole t iv o Q ua r t oc ê ) ,

onde faz parte do elenco de O Dragão Dourado (Roland Schimmelpfennig,

d ireçã o D a g o b e r t o F e l i z , 2 0 1 8 ). E nt re 2016 e 2017, pa r t ic ipou da K a irosPa nia

Cênico Musical nas performances Suíte [en]quadrada, A Síria não é aqui

e Sin f o n i e t a d e a b e r t u r a . E s t u d o u o Mé t odo Le e St r a sbe r g c om E st re la S t r a u s s

( 2 0 1 7 - 1 8 ) e c a b a r é c o m C i d a M o r e i r a ( 2 0 1 7 ) e R e n a n Te n c a ( 2 0 1 8 ) .
/ A L I C E
G U Ê G A
I n g r e s s o u n o t e a t r o e m S a l v a d o r, o n d e f e z c i n c o m o n t a g e n s p e l o To d o M u n d o

F a z Te a t r o ( S a l v a d o r / B A ) . F o r m o u - s e n o c u r s o t é c n i c o d o C e n t r o d e A r t e s

e Educação Célia Helena, onde foi dirigida por Rodrigo Audi, Fábio Caniatto

e Dagoberto Feliz. Participou do curso de interpretação para TV com Fer nando

Le a l e de g rupos de es tudos de m ás caras e com m edi a del l ’ arte com Guryva P o r t e l a

e Fábio Caniatto. Atualmente, treina Viewpoints com Luah Guimarãez

n o E s t ú d i o O i t o N o v a D a n ç a . É c o f u n d a d o r a d o g r u p o Tr u p e à G r e g a ( a n t i g o

Coletivo Quartocê) - que tem como trabalho mais recente a peça alemã O Dragão

D o u r a d o , e s t r e a d a n o F e s t i v a l d e Te a t r o d e C u r i t i b a 2 0 1 8 - e d o G r u p o R u i m

d e Te a t r o , q u e e s t á e m f a s e d e m o n t a g e m d a s u a p r i m e i r a p e ç a , E n t r a d a d e

Emergência. No audiovisual, participou do longa-metragem norte-americano

Bang! Bang!, dirigido por Nicholas Joseph Cunha, produção independente;

integrou o elenco do longa-metragem Divaldo - O Filme, dirigido por Clovis Mello;

e integrou o elenco da série Hebe, da TV Globo.


/ L A Í S
J U N Q U E I R A
Atriz, atualmente cursando Produção Cultural na Biblioteca Mário de

Andrade sob orientação de André Fonseca. Graduou-se em Produção

Pu b lic i t á r i a p e l a U n i v e r si d a d e A nhe mbi Mor umbi e m 2015. No t e a t ro a ma dor

protagonizou a peça a A Serpente (2013-2014) de Nelson Rodrigues

e também a peça infantil O gato malhado e a Andorinha Sinhá (2009),

ambas de Jorge Amado e direção de Lúcia Vitto. Formada pelo curso

técnico do Centro de Artes e Educação Célia Helena, onde participou

de montagens com os seguintes diretores: Fernando Nitsch, Para não

dizer que não falei de Brecht (2016); Luah Guimarãez, O homem que

corrompeu Hadleyburg (2016). Em 2018, fez parte do Núcleo de Pesquisa

d o Te a t r o A u t o b i o g r á f i c o , d o G r u p o X I X d e Te a t r o c o m R o d o l f o A m o r i m ,

com a criação do espetáculo (DO)eu. Participou da oficina da Cia.do Bife

com Chico Carvalho, “A montagem de cena sobre a perspectiva do ator”.

É c o f u n d a d o r a d a Tr u p e à G r e g a ( a n t i g o C o l e t i v o Q u a r t o c ê ) , q u e e s t e v e

em temporada com a peça O Dragão Dourado de Roland Schimmelpfennig

sob direção artística de Dagoberto Feliz durante o ano de 2018.


/ D O U G L A S
S O A R E S
Ator formado pelo curso técnico do Centro de Artes e Educação Célia Helena,

onde atuou nas peças: O Homem que corrompeu Hadleyburg (adaptação da

n o v e l a h o m ô n i m a d e M a r k Tw a i n ) , d i r e ç ã o d e L u a h G u i m a r ã e z ( 2 0 1 6 ) ; P a r a n ã o

d i z e r q u e n ã o f a l e i d e B r e c h t ( a d a p t a ç ã o d e Te r r o r e m i s é r i a n o t e r c e i r o R e i c h

e A alma boa de Setsuan, de Bertolt Brecht), direção de Fer nando Nitsch (2016)

e O Dragão Dourado (de Roland Schimmelpfennig), direção de Dagoberto Feliz

( 2 0 1 7 ) . É c o f u n d a d o r d a Tr u p e à G r e g a ( a n t i g o C o l e t i v o Q u a r t o c ê ) , p o r o n d e

esteve em temporada com O Dragão Dourado em 2018; participou de oficina de

Commedia Dell’Arte com Fábio Caniatto concluída com a peça Um Pé no Popular

e participou também do módulo iniciante do curso de interpretação para cinema

e TV ministrado por Fernando Leal, ambos em 2018.


F I C H A
T É C N I C A

Dramaturgia: Dea Loher


D i r e ç ã o : L u c i a n a S c h w i n d e n e Yo n a r a D a n t a s
Elenco: Alice Guêga, Douglas Soares, Filipe
Augusto, Laís Junqueira, Luiza Magalhães,
P a u l a A m b a r, R o s a n a S a n t e s s o , V i n i c i u s
A g u i a r e Yo n a r a D a n t a s
Design Gráfico: Vinicius Aguiar e Lucas Marton
Arte e ilustrações: Patrícia Garcia
Fotografia: Vinicius Aguiar

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