Resenha

Livro: A Fabricação do Humano - Psicanálise, Subjetivação e Cultura

Capítulo: 5-Discurso da Medicalização e a saúde como ideal, o que há de novo nos “novos sujeitos”

Medicalização: conceitos Morte- Cuidados Paliativos Sujeito Somático:

Nascimento-Parto Humanizado resultado da medicalização?
-Conversão direta de problemas sociais e morais Inquietação/desinquitação infantil sujeito corporificado
em doença – Hard, Szasz Menopausa -Codificação dos afetos e desejos num
-Extensão
- da racionalidade médica a uma ampla Compulsões sexuais/Violência corpo biomédico e a tentativa de atualiza-
gama de atividades sociais- Soft, Weindling lo e concerta-lo
Secularização-Sai a religião e entra a medicina Serviços médicos e intervenções
Preocupação obsessiva com a norma, ocidental farmacológicas
normalização e exercício de poder Novas ofertas- indústria farmacêutica, novas
tecnologias (prevenção → predição Descontentamento:
Medicalização dos problemas sociais(corpo
e comportamento) Psíquico → Cerebral/Neurológico
Modus operandi Pecado→Doença/ Moral →Saúde/ Bem x Mal → Saúde x Doença Fetichização do Cérebro pela neurociências e de Si mesmo
-rotulação (nível conceitual) pelas ciências sociais equivalentes antropologicamente na
Medicalização é um conceito sociológico visão foucaultiana
-Intervenção (nível interacional onde a Não há um bem ou mal nele, mas este pode servir o
medicamentação está inclusa) Na psicanálise o sujeito é causado, é uma instância, carece
mal e bem, e distinguir um uso do outro é a sina da de conteúdo próprio. Este e sujeito é da ordem do vazio
Medicalização ≠ Medicamentação bioética.O sujeito somático seria o
Mera consequência da Se o sujeito na psicanálise tem uma essência esta é a a sua impossibilidade de
eu ideal contemporâneo
medicalização e dos substâncialização , se este sujeito é capaz de ser algo ele é a repetição, donde o
formatado pela
avanços da ciência. sujeito define a relação a isso, não existe por si
medicalização, identificado
por sua imagem cerebral O sujeito somático dá a ilusão de consistência ontológica , identificando-o ao
BIRMAN, J. et al. (Org.). A Fabricação do Humano: Psicanálise, corpo biológico. “para além do eu medicalizado há a insistência de um
Subjetivação e Cultura. São Paulo: Zagodoni, 2014. sujeito que nada quer saber-fazer com Isso.” p 93