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NTEP E FAP

Implicações no Grau de
Risco das Empresas
O Decreto n° 6.042, de 12/02/07, da Previdência Social,
desencadeia os temas de Nexo Técnico Epidemiológico – NETP e o Fator
Acidentário Previdenciário - FAP, regulamentando as mudanças na
caracterização das doenças e acidentes do trabalho.
O NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO - NTEP é a relação
estatístico-epidemiológica que se estabelece entre o código de doença –
CID -
- e o setor de atividade -- CNAE - Classificação Nacional de Atividade
Empresarial -- a partir do estimador de riscos, Razão de Chances (RC) > 1,
com 99% de confiança estatística com base na série histórica dos benefícios
concedidos pelo INSS, no período de 2000 a 2004.
O NTEP presume ser de ordem ocupacional o benefício por
incapacidade requerido, em que o atestado médico apresenta um código de
doença que tenha relação com o CNAE da empresa empregadora.
NTEP E FAP
• A revisão do CNAE teve como base de aferição
os benefícios por incapacidade concedidos a
partir de 2000, cujo nexo epidemiológico
indicou uma associação entre a atividade
econômica do CNAE e um determinado
agrupamento no CID.
NTEP E FAP
A metodologia do FAP foi aprovada pela Resolução
n° 1.236/04, do Conselho Nacional de Previdência Social,
transformada em Lei e atualizada pela Resolução n°
1269/06.
A metodologia consiste tratar-se de um número de
empresa, compreendido entre 0,5 e 2,0 que multiplica as
atuais alíquotas de 1, 2 e 3% com base em indicador de
desempenho calculado a partir das dimensões de
freqüência (quantidade de benefícios acidentários
incapacitantes), gravidade (somatória em dias da duração
do benefício incapacitante) e custo (somatória em valor,
relacionado ao benefício diário de cada benefício
considerado, multiplicado pela sua gravidade.
NTEP E FAP
Atualmente, a nova lei do NETP
inverte o ônus da prova do nexo
epidemiológico. Se a empresa não
concordar com o nexo estabelecido,
terá de provar que não foi o trabalho o
causador da doença ou lesão no
trabalhador.
A doença ou acidente de trabalho, de acordo com o
artigo 337 publicado no Decreto 6.042/07, será
caracterizado pela perícia médica do INSS mediante
identificação do nexo entre o trabalho e o agravo
(doença ou seqüela).
O Decreto, no § 3° do art. 337, considera estabelecido o
nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar o
nexo técnico epidemiológico entre a atividade da
empresa, identificada pelo CNAE – Classificação
Nacional de Atividade Empresarial, e a doença ou
seqüela que motivou a incapacidade, identificada pelo
CID – Código Internacional de Doenças.
Uma vez estabelecido o nexo, conforme determina a legislação,
a empresa, em caso de não concordar com a decisão da perícia poderá
recorrer ao INSS, justificando a não aplicação do nexo técnico epidemiológico
no caso concreto. Nesse caso, a empresa terá que provar que não existe nexo
causal entre o trabalho e a doença ou seqüela, de acordo com o disposto no
parágrafo 7° do art. 337 do Regulamento da Previdência Social.
Por sua vez, o INSS informará ao segurado sobre a contestação
da empresa, para, querendo, impugná-la, obedecendo quanto à produção de
provas, sempre que a instrução do pedido evidenciar a possibilidade de
reconhecimento de inexistência do nexo causal entre o trabalho e o agravo
(doença).
Da decisão do requerimento cabe recurso, com efeito
suspensivo, por parte da empresa ou, conforme o caso, do segurado ao
Conselho de Recursos da Previdência Social.

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