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PREVIDÊNCIA SOCIAL: CAT, PPP, APOSENTADORIAS


ESPECIAIS
CAT

A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto um


acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional.

Acidente de trabalho ou de trajeto: é o acidente ocorrido no exercício da atividade profissional a


serviço da empresa ou no deslocamento residência / trabalho / residência, e que provoque lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução – permanente ou temporária – da
capacidade para o trabalho ou, em último caso, a morte;

Doença ocupacional: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a


determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social.

A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus
empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da
ocorrência.

Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata.

A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à aplicação de
multa, conforme disposto nos artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999.

Se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, o dependente, a entidade sindical, o
médico ou a autoridade pública (magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da
União e dos Estados ou do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da
Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar) poderão efetivar a qualquer tempo o registro
deste instrumento junto à Previdência Social, o que não exclui a possibilidade da aplicação da multa à
empresa.

O INSS disponibiliza um aplicativo que permite o Registro da CAT de forma online, desde que preenchidos
todos os campos obrigatórios.

Através do aplicativo, também será possível gerar o formulário da CAT em branco para, em último caso,
ser preenchido de forma manual.
Nos casos em que não for possível o registro da CAT de forma online e para que a empresa não esteja
sujeita a aplicação da multa por descumprimento de prazo, o registro da CAT poderá ser feito em uma das
agências do INSS. Para tanto, o formulário da CAT deverá estar inteiramente preenchido e assinado,
principalmente os dados referentes ao atendimento médico.

Para ser atendido nas agências do INSS, no mínimo deverá ser apresentado um documento de
identificação com foto e o número do CPF.

Para qualquer dos casos indicados acima, deverão ser emitidas quatro vias sendo:

1ª via ao INSS

2ª via ao segurado ou dependente

3ª via ao sindicato de classe do trabalhador

4ª via à empresa.

PPP

Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário que possui campos a serem preenchidos com
todas as informações relativas ao empregado, como por exemplo, a atividade que exerce, o agente nocivo
ao qual está exposto, a intensidade e a concentração do agente, exames médicos clínicos, além de dados
referentes à empresa.

O formulário deve ser preenchido pelas empresas que exercem atividades que exponham seus
empregados a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde
ou à integridade física (origem da concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de
contribuição).

Além disso, todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional,
de acordo com Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, também devem preencher o
PPP.

A validade do PPP vai depender da congruência do formulário com a realidade da empresa, porém esta
concordância é sempre presumida no ato do requerimento. Assim, se o empregado não demonstrar que os
dados constantes no documento estão em desconformidade com a realidade do meio em que trabalhou, a
Previdência recepcionará o pedido com base nos dados constantes no formulário. Dessa forma, é
fundamental o cuidado e a análise completa do documento.

Um primeiro aspecto que precisa ser observado é se o PPP está assinado pelo representante legal da
empresa ou seu preposto, bem como se o formulário se encontra com data atualizada. Deve ser
observado, ainda, a fiel transcrição dos registros administrativos e a veracidade das demonstrações
ambientais relativas a todo o período de permanência do trabalhador na empresa.

Neste aspecto, deve ser dada especial atenção para a descrição da função e das condições em que as
atividades laborais eram realizadas, das informações sobre exposição aos agentes nocivos, cotejamento
com os dados constantes no Cnis do empregado, além dos dados sobre a existência de tecnologia de
proteção coletiva ou individual que possa eliminar a exposição ao agente agressivo.

Não raras vezes, o formulário informa a eficácia do EPI, mas, na prática, o trabalhador não era orientado
quanto a sua utilização: os equipamentos de proteção estavam vencidos, não havia fiscalização quanto ao
uso e, em outras situações, os limites de tolerância, como o nível de ruído, eram informados de forma
equivocada. Para tais situações sempre é possível a utilização de outros laudos, como os da Justiça do
Trabalho, para a demonstração das incongruências, assim como a postulação de perícias, dentre elas
aquela por similaridade, normalmente deferida pelo Poder Judiciário quando a empresa onde foi prestada a
atividade já tiver encerrado suas atividades.

Não se deve promover agendamento de benefício antes da solicitação do PPP, pois, do contrário,
provavelmente, não se terá tempo hábil para as análises e os ajustes necessários. Aliás, a prestação de
informações falsas no PPP constitui crime de falsidade ideológica e falsificação de documento público.

Os dados estatísticos demonstram que a Previdência social e os órgãos previdenciários de servidores


públicos encontram muitas dificuldades para reconhecer o direito à aposentadoria especial. Esta é a razão
pela qual acionar o Poder Judiciário é o caminho natural para a obtenção do benefício. Independente da
instância, o PPP, devidamente preenchido, é fator de fundamental importância para o sucesso do pedido
de aposentadoria.

Aposentadoria especial por tempo de contribuição

A aposentadoria especial é um benefício concedido ao cidadão que trabalha exposto a agentes nocivos à
saúde, como calor ou ruído, de forma contínua e ininterrupta, em níveis de exposição acima dos limites
estabelecidos em legislação própria.

É possível aposentar-se após cumprir 25, 20 ou 15 anos de contribuição, conforme o agente nocivo.

Além do tempo de contribuição, é necessário que o cidadão tenha efetivamente trabalhado por, no mínimo,
180 meses. Períodos de auxílio-doença, por exemplo, não são considerados para cumprir este requisito.

Para requerer este benefício, você deve selecionar aposentadoria por tempo de contribuição na hora do
agendamento. O cidadão que vai requerer este benefício deve estar em dia com os seguintes requisitos:
Tempo total de contribuição de 25, 20 ou 15 anos, conforme o caso, exposto aos agentes nocivos
especificados em lei. A exposição deve ser contínua e ininterrupta durante a jornada de trabalho;

Mínimo de 180 meses de efetiva atividade, para fins de carência.

Para ser atendido nas agências do INSS, deve apresentar um documento de identificação com foto e o
número do CPF. É importante, também, que você apresente documentos que comprovem os seus
períodos trabalhados, como carteira profissional, carnês de contribuição e outros comprovantes de
pagamento ao INSS.

Para a aposentadoria especial, é fundamental que o trabalhador apresente os documentos que comprovem
a exposição a agentes nocivos, como o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), fornecido pelos
empregadores.

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