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A industrialização no Brasil a partir de 1914 e a

mudança no cenário urbano.

Alunos: Josué
Lara
Jansen
João
Júlia
Brasil agrário
Nessa época no Brasil vivia-se a política do "café com leite", a qual a
principal fonte de economia do País era o café.
Ele exportava para as grandes potências europeias envolvidas na guerra:
França, Inglaterra e Alemanha. Dessa forma, tomar um lado era uma
muito arriscado para a economia local.
Então para se proteger economicamente, ele ficou neutro durante a
maioria da grande guerra
Brasil agrário
Brasil, que vivia o governo do presidente Venceslau Brás, estava sendo
diretamente afetado pela guerra, que o seu maior produto de exportação
vivia em queda, pois o café, considerado supérfluo, não era um item
necessário para os países envolvidos no conflito, como a Inglaterra,
França e Alemanha.
O contexto difícil gerou crise económica no país, prejudicando outros
setores, que tinham produção deficitária, colaborando com ao
desemprego e a precarização da classe trabalhadora, e por fim, gerando
greves pelas principais cidades do país..
Primeira guerra
Oque foi?
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito envolvendo vários
países entre 1914 e 1918, na Europa.

As origens remontam a meados do século XIX, quando as


grandes potências europeias disputavam entre si mercado
consumidor, matéria-prima e metais preciosos na Ásia e na
África.

Essa disputa levou à corrida armamentista, ou seja,


investimento em armamentos potentes caso houvesse
enfrentamento entre essas potências.
Cenário do mundo
Em meados do século XIX, a Europa atravessava a segunda fase da
revolução industrial, quando outros países passavam pelo processo de
industrialização.

As unificações alemã e italiana, ocorridas no mesmo período, acirraram a


concorrência dessas potências para expandir o domínio econômico em
outras regiões, como a Ásia e a África. Essas unificações se deram por meio
de guerras entre as nações europeias.

O neoimperialismo foi o domínio europeu sobre o continente asiático e


africano. Além das questões econômicas, a cultura foi outro fator
importante para o domínio europeu nesses continentes.
A Europa representava o desenvolvimento e o progresso, enquanto a
África e a Ásia era consideradas “inferiores” e necessitavam desse domínio
externo para aderir à civilização.
Cenário do mundo
O lucro obtido nessa exploração possibilitou às potências europeias grande
investimento na produção de armas de guerra, tendo em vista que o
neoimperialismo acirrou as disputas entre elas.

Outra área que recebeu investimentos foi a cultura, por isso o período
anterior à Primeira Guerra Mundial é denominado Belle Époque ou seja,
“bela época”, quando a Europa era a maior referência na produção
cultural.

Com o êxito econômico e o surgimento de outros países, como Alemanha e


Itália, os nacionalismos ganharam força na Europa. Por conta disso, cada
nação se via como soberana, enquanto as demais eram ameaças ao seu
desenvolvimento.
Cenário do mundo
O estopim da Primeira Guerra Mundial aconteceu em 28 de junho de 1914, quando
o arquiduque do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, e sua esposa,
Sophie, foram assassinados enquanto desfilavam pelas ruas da cidade de Sarajevo,
na Bósnia.
Naquela época, o território era dominado pelos austríacos e vários grupos
clandestinos surgiram para lutar em favor da independência.
Um desses grupos era o “Mão Negra”, do qual Gravilo Princip, autor dos disparos
que mataram Ferdinando e Sophie, fazia parte. Esse grupo tinha ligação com a
Sérvia.
Logo após o atentado, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia, e o que
era para ser uma guerra punitiva se tornou uma guerra mundial.
A Alemanha, aliada dos austríacos, ofereceu apoiou militar. Por sua vez, a Sérvia
era aliada da Rússia e da França, que ficaram do lado dos sérvios.
Participação do brasil
Venceslau Brás governou o Brasil durante todo o período da Primeira Guerra
Mundial. Quando o conflito começou, ele decidiu pela neutralidade brasileira.
Nessa época, o nosso país começava a se industrializar por meio da substituição de
importações.

As indústrias europeias pararam sua produção para atender a guerra. Por isso, o
Brasil começou a fabricar em seu próprio território os produtos industrializados
que eram importados da Europa.

Apesar das pressões sofridas para que o Brasil se posicionasse durante a guerra, o
presidente Venceslau Brás manteve sua opção pela neutralidade.

Submarinos alemães navegavam próximos ao litoral brasileiro, em uma clara


ameaça à soberania nacional. Em 1917, esses submarinos afundaram navios
brasileiros, fazendo com que Brás mudasse o posicionamento do Brasil ao declarar
guerra contra a Alemanha, alinhando-se com a Tríplice Entente.

A participação do Brasil na guerra consistiu no envio de auxílio humanitário e


remédios para o conflito na Europa e de apoio logístico nos combates no Oceano
Atlântico.
Industrialização do Brasil
A crise global, do comércio internacional desencadeado na Primeira
Guerra Mundial, gerou dificuldades de importar e exportar. Assim a
indústria brasileira foi afetada, por ser dependente das importações de
máquinas, combustíveis, alguns insumos e matérias-primas.
Além reduzir as suas exportações de café, com isso, perdeu divisas
para a compra de máquinas e insumos para a indústria.
Nascimento da indústria
Nesse contexto, sinalizou-se para o mercado interno o potencial de realização de
lucro da produção manufatureira. O aumento da produção interna foi resultante dos
equipamentos mais simples e da melhor utilização da capacidade instalada.
Além disso, houve uma diversificação industrial. A indústria de carne refrigerada
frigorificada se desenvolveu, as indústrias de madeira e de trabalho de metais também
cresceram. Essa expansão de produção foi possível devido à capacidade ociosa
instalada e à falta de concorrência dos produtos importados, dada as restrições
externas. Por fim, em 1917, foi criada a Companhia Siderúrgica Mineira.
A ascensão
A Primeira Guerra foi importante para as fábricas já existentes e
para o surgimento de novas, de modo a suprir a procura por artigos com
importação interrompida. A principal influência positiva deu-se, sem
dúvidas, na diversificação da indústria.
As necessidades de consumo da época, sem a oferta estrangeira,
estimularam o nascimento de várias pequenas indústrias e a fabricação
de novos produtos que se desenvolveram, principalmente, em São
Paulo.
Dessa forma, até certo ponto, o Governo foi levado a adotar uma
política econômica que favorecesse a indústria. Porém, os efeitos dessa
política econômica foram limitados pelos interesses dominantes da
grande burguesia cafeeira.
Exportação
As exportações tiveram sua composição modificada e não houve
decréscimos de valor das exportações do Brasil, mesmo com a queda
das exportações no setor cafeeiro.
Essa nova composição se deu pelo fato de que o Brasil passou a
exportar mais, para os países com os quais se aliou durante a Guerra, ou
seja, os países da Tríplice Entente, sendo essas exportações compostas
de produtos agrícolas, que necessitavam de algum tratamento antes de
embarcar.
Marcas positivas na prática
- Entre 1915 e 1917, pelo menos 323 empresas industriais novas 20 foram criadas
em São Paulo. Nesse mesmo estado foram registradas, em 1915, 41 empresas têxteis
com cerca de 18 mil operários contra 47 empresas têxteis e 23 mil operários em 1917.
- Açúcar, carne congelada, banha e tecidos que, em conjunto em 1914,
representavam menos de 2% do valor total das exportações brasileiras, em 1918
correspondiam a 16%. Em 1920, no entanto, já correspondiam a menos de 10%.
- A proteção, ocasionada pela desorganização do comercio mundial, permitiu que
as fábricas de tecidos brasileiras tivessem o monopólio do mercado interno.
Aproximadamente metade dos equipamentos que a indústria têxtil algodoeira possuía
em 1925 já haviam sido instalados e estavam em funcionamento desde 1915.
Pós guerra
Por fim, nota-se que durante a Guerra não houve desenvolvimento significativo da
indústria de base ou bens de capital, mas, as indústrias que processavam matérias-primas
domésticas nesse período aumentaram sua produção para suprir o mercado interno. Algumas
delas como as de açúcar, carne industrializada e óleo de caroço de algodão- também
aumentaram sua produção para atender a demanda externa. Nesse ponto de “desenvolvimento”
a indústria já era, consideravelmente, importante para a economia do país. Uma boa parcela de
artigos manufaturados já era produzida aqui, ajudando a busca do equilíbrio das contas
externas.
Entretanto, as exportações de industrializados e semi-industrializados praticamente
cessaram no pós-Guerra e o país voltou a exportar uma pauta semelhante à de exportações pré-
Guerra. Assim, demonstra-se, claramente a dependência que o Brasil tinha do comércio
exterior, principalmente em bens de capitais e insumos para a indústria.
Vale ressaltar que nos dias de hoje o Brasil ainda não é um país industrializado, ele vem
passando por um processo de desindustrialização, mas com a maioria da população vivendo em
zonas urbanas. Esse cenário decorre pelo fato das potências industrializadas impedirem o
desenvolvimento industrial dos emergentes, como é o caso do Brasil
Obrigado
Pela atenção

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