O documento discute o populismo e o paternalismo na política brasileira. Explica que o populismo envolve governos voltados para as massas e que líderes populistas assumem um papel paternalista de "pai dos pobres". Também descreve como essas abordagens permitiram que elites mantivessem o poder através de políticas que apaziguavam as pressões populares, mas não promoviam participação política autônoma.
O documento discute o populismo e o paternalismo na política brasileira. Explica que o populismo envolve governos voltados para as massas e que líderes populistas assumem um papel paternalista de "pai dos pobres". Também descreve como essas abordagens permitiram que elites mantivessem o poder através de políticas que apaziguavam as pressões populares, mas não promoviam participação política autônoma.
O documento discute o populismo e o paternalismo na política brasileira. Explica que o populismo envolve governos voltados para as massas e que líderes populistas assumem um papel paternalista de "pai dos pobres". Também descreve como essas abordagens permitiram que elites mantivessem o poder através de políticas que apaziguavam as pressões populares, mas não promoviam participação política autônoma.
trabalhadores. Paternalismo é a característica que o governante populista assume, no sentido de que se torna o "pai dos pobres", tais como Vargas, no Brasil, "Mesmo com o advento da República em 1889, as expectativas que alguns intelectuais poderiam ter quanto à emancipação política e à criação de senso crítico e político na população – não só rural, mas também urbana –, com a estruturação de um sistema partidário e uma aparente modernização política foram frustradas. Somando-se ao grupo dos “ismos” que marcaram os primórdios da formação da sociedade brasileira, (patriarcalismo, coronelismo, mandonismo, clientelismo, entre outros) tem-se o populismo e o paternalismo. Pouco mais “recente”, e ligado à história republicana do país, o populismo teve o mesmo papel de alienador que os demais “ismos”, uma vez que, pela exaltação e promoção popular de governantes. "Se a pressão popular sobre as estruturas do Estado pode ser apenas sentida pelas minorias dominantes na etapa anterior a 1930; na etapa posterior, ela se tornará rapidamente um dos elementos centrais do processo político, pelo menos no sentido de que as formas de aquisição ou de preservação do poder estarão cada vez mais impregnadas da presença popular” “As políticas públicas precisariam atender a esta demanda, uma vez que a pressão começou a existir. Embora começasse a despontar, é preciso que se faça a ressalva de que a participação efetiva da massa popular ainda era irrisória e se dava através da intermediação de partidos políticos que se diziam representantes de suas necessidades, mas que, na verdade, representavam também grupos dominantes “Cabe observar que se no período oligárquico as massas se encontram distanciadas de qualquer possibilidade de participação real, no período posterior – seja durante a ditadura de Vargas, seja durante a etapa democrática (1945- 1964) – sua participação ocorrerá sempre sob a tutela de representantes de alguns dentre os grupos dominantes [...] seria difícil dizer que as massas populares, ou algum de seus setores, tenham conseguido participar do processo político com um mínimo de autonomia" "Estavam criadas as condições para o desenvolvimento de políticas clientelistas e paternalistas, as quais não almejavam na verdade a criação de melhorias “reais” e substanciais à população, mas sim um conjunto de políticas até certo ponto benéfico, mas que não passava de um mecanismo para que determinadas elites se mantivessem no poder, uma vez que nem mesmo era considerada a elaboração de instrumentos para que a participação popular na política fosse promovida. S obre o paternalismo pode-se afirmar que se trata de uma política autoritária e benévola, uma atividade assistencial em favor do povo, exercida desde o alto, com métodos meramente administrativos, que por outro lado servirão somente para acalmar os ânimos de uma pressão popular " O populismo foi, sem dúvida, erguido sobre esta vertente que tenta apaziguar as pressões, construindo paralelamente uma figura personalíssima, de um representante que através de seu discurso populista, em “nome do povo”, e de uma ideologia populista, busca apoio popular (como fora o caso das reformas trabalhistas empreendidas por Vargas em virtude das pressões da classe operária), mas que na verdade objetiva sua manutenção no poder. É possível afirmar que, desta forma, o populismo teria um duplo caráter, em outras palavras, seria dado por um paradoxo, uma vez que os setores dominantes promovem a participação dos dominados e das massas, para que sejam suporte de um regime no qual continuariam a ser dominados Paulo Maluf ficou conhecido como o político que rouba mas faz A prática paternalista acontece geralmente quando um candidato ou governante oferece um favor em troca de algum outro benefício. Dessa forma, ao invés de representar honestamente apenas o interesse daqueles que o elegeram, o político abusa do poder que tem em mãos para se perpetuar em cargos ou atingir outras metas. Em suma, vemos que a relação de representatividade perde amplo espaço para as simples relações de troca. ário paternalista terá longa no País', aponta sta - Jornal Folha de drina PR Geralmente, o paternalismo acontece em países ou regiões em que as condições de vida da população está carcomida por graves problemas. Aproveitando dessa situação, o político facilmente atinge seus objetivos ao conceder favores que usualmente resolvem de forma paliativa os dilemas daquele grupo social. Com isso, a realização de projetos de grande transformação se anula pela tentação de soluções imediatistas.