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TEORIA DO CRIME –

AULA 2
 CAPACIDADE DO SUJEITO ATIVO:
 Capacidade Penal- é o conjunto de condições exigidas
para que o sujeito possa tornar-se titular de direitos e
obrigações no campo do Direito Penal.
 Incapacidade penal- aos mortos, entes inanimados,
animais e pessoas jurídicas (para alguns doutrinadores)
 Capacidade especial do sujeito ativo: a maioria dos
crimes pode ser praticado por qualquer pessoa
(comuns). Alguns exigem uma qualidade especial. (Exs:
312 e 269 do CP)
 Em regra, só o ser humano pode ser sujeito ativo de
infrações penais, mas também se discute a possibilidade
de responsabilidade penal da pessoa jurídica.
Pessoa jurídica como sujeito ativo:
 a Constituição Federal admitiu a responsabilidade penal da pessoa
jurídica nos crimes contra a ordem econômica e financeira, contra
a economia popular e contra o meio ambiente, autorizando o
legislador ordinário a cominar penas compatíveis com sua natureza,
independentemente da responsabilidade individual dos seus
dirigentes (CF, arts. 173, § 5º, e 225, §
 • Lei 9.605/1998: cria crimes contra o meio ambiente, e o seu art.
3º , parágrafo único, dispõe expressamente sobre a
responsabilização penal da pessoa jurídica; -
 A lei adotou a teoria da dupla imputação, previsto no art. 3º ,
parágrafo único, da Lei 9.605/1998, e com amparo nos arts. 13,
caput, e 29, caput, ambos do Código Penal, em que a
responsabilidade penal da pessoa jurídica e física é distinta, ou
seja, ambos podem ser penalizados.
Responsabilidade cumulativa art 225,
parágrafo 3ºda CF/88
 “AS CONDUTAS E ATIVIDADES
CONSIDERADAS LESIVAS AO MEIO AMBIENTE
SUJEITARÃO OS INFRATORES, PESSOAS
FÍSICAS OU JURÍDICAS, A SANÇÕES PENAIS E
ADMINISTRATIVAS, INDEPENDENTEMENTE DA
OBRIGAÇÃO DE REPARAR OS DANOS
CAUSADOS”.
 Com relação à pessoa jurídica poder ser sujeito ativo ou não
,há duas correntes:

 1ª) teoria da Ficção (predominante)- A personalidade jurídica só existe por


determinação da lei e dentro dos limites por ela fixados. Não tem a pessoa
jurídica consciência e vontade próprias. É uma ficção legal.
 Para essa corrente, a pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo de crime, pois
não tem capacidade penal. Quem atua por ela são seus membros, seus diretores,
que serão responsabilizados pelo delito cometido em nome da pessoa jurídica.

 2ª) Teoria da Realidade- entende ser a pessoa jurídica um ser natural,


podendo então delinquir.
 A CF/88 nos artigos 173, parágrafo 5º e 225, parágrafo 3º, determina que a
legislação ordinária estabeleça a punição da pessoa jurídica nos atos cometidos
contra a economia popular, a ordem econômica e o meio ambiente. Porém,
esses artigos não determinam a punição penal, somente admitem sanções
administrativas e civis.
 TEORIA GERAL DO CRIME 1.1. Pessoa jurídica como sujeito ativo:
 A Constituição Federal admitiu a responsabilidade penal da pessoa jurídica
nos crimes contra a ordem econômica e financeira, contra a economia
popular e contra o meio ambiente, autorizando o legislador ordinário a
cominar penas compatíveis com sua natureza, independentemente da
responsabilidade individual dos seus dirigentes
 CF, arts. 173, § 5º, e 225, § 3º);

 • Lei 9.605/1998: cria crimes contra o meio ambiente, e o seu art. 3º ,


parágrafo único, dispõe expressamente sobre a responsabilização penal da
pessoa jurídica; -

 A lei adotou a teoria da dupla imputação, previsto no art. 3º , parágrafo


único, da Lei 9.605/1998, e com amparo nos arts. 13, caput, e 29, caput,
ambos do Código Penal, em que a responsabilidade penal da pessoa jurídica
e física é distinta, ou seja, ambos podem ser penalizados.
2. Sujeito passivo:
 Titular do bem jurídico protegido pela lei penal violada por meio da
conduta criminosa. Pode ser denominado de vítima ou ofendido e
divide-se em duas espécies:
 1) Sujeito passivo constante, mediato, formal, geral, genérico ou
indireto: é o Estado, pois a ele pertence o direito público subjetivo
de exigir o cumprimento da legislação penal; Exemplo: em um crime
de homicídio, ainda que a vítima direta seja a pessoa privada da sua
vida, o Estado também o foi.
 2) Sujeito passivo eventual, imediato, material, particular, acidental
ou direto: é o titular do bem jurídico especificamente tutelado pela
lei penal. Exemplo: o proprietário do carro subtraído no crime de
furto. O Estado pode ser sujeito passivo constante e eventual ao
mesmo tempo? Alguém pode praticar um crime contra si próprio?
OBJETO MATERIAL- É A PESSOA OU A
COISA SOBRE A QUAL A CONDUTA
TÍPICA VAI RECAIR. Ex; homicídio
(corpo humano), furto (coisa
subtraída).
OBJETO JURÍDICO: No homicídio
(vida humana), no furto (patrimônio)
 Questão:

 Há crime sem objeto?


 Depende de qual objeto.

 Não há crime sem objeto jurídico, uma vez


que todo e qualquer delito, sem exceção,
viola um interesse protegido pela lei penal,
mas há crime sem objeto material.
Exemplo: ato obsceno (art. 233, CP)
Exercícios:

 Identifique os sujeitos ativo e passivo, bem como os objetos jurídicos e


materiais:
 a) no dia 05/01/2020, Caio atirou pedras contra o carro de seu desafeto
Mario, causando estragos na lataria e vidros laterais, conduta do art. 163 do
CP:
 b) Mélvio fora preso em flagrante delito e denunciado por falsificação de 200
notas de R$ 100 reais, conduta prevista no artigo 289 do CP.
 c) Mariana Depressiva, no dia 13/01/2020, ao saber que estava grávida,
ingeriu substãncia abortiva expulsando o feto, de forma voluntária e
consciente. (art. 124 do CP)

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