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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CEARÁ

CURSO TÉCNICO EM IMOBILIZAÇÃO ORTOPÉDICA

EVOLUÇÃO DOS MATERIAIS ORTOPÉDICOS

Ana Caroliny Sousa de Oliveira


Lucas Araújo da Silva
Maria de Paiva oliveira
INTRODUÇÃO

Os primeiros registros de tratamento de lesões


traumáticas com materiais externos, datam cerca de
2830 a.C, por egípcios que usavam talas retiradas de
plantes de corpo rígido, como as árvores. Os árabes
foram os primeiros povos a utilizar o gesso,
misturando a clara do ovo e utilizando terra argilosa e
resinas naturais.
INTRODUÇÃO

Devido aos avanços tecnológicos, foi possível e


evidente a evolução dos materiais ortopédicos
resultando em um melhor tratamento, além do
conforto e higiene que os aparelhos proporcionam.
OBJETIVO

Mostrar como ocorreu a evolução dos


materiais da área traumato-ortopedia desde a
antiguidade. A melhoria na forma de tratamento do
profissional ao paciente e as vantagens que os
mesmos trouxeram para a ortopedia atual. Vale
ressaltar as amplas possiblidades que as inovações
tecnológicas fomentaram no meio.
Histórico da Evolução
(Gesso convencional, sintético e termo moldáveis)

• Os primeiros a utilizarem imobilizações foram os egípcios com


o uso de talas de madeira envoltas com tecido.
• Imhotep, médico egípcio, escreveu em papiros classificações
traumatológicas que norteavam os procedimentos
terapêuticos da época.
• O gesso, começou a ser usado no processo de confecção de
imobilizações destinadas a um determinado tratamento ligado
a ortopedia somente no século IX pelos Árabes, contidos em
misturas pastosas obtidas da mistura do mesmo a outros
materiais de origem natural.
Histórico da Evolução
(Gesso convencional, sintético e termo moldáveis)

• Ao longo de tempo, com o desenvolvimento de tecnologias


auxiliares, o gesso destinado a esses tratamentos passaram a
receber uma purificação mais intensa que livra o material de
resíduos
• O gesso - tanto o sintético como o convencional – formam nas
imobilizações bases rígidas, com o objetivo de estabilizar o
membro ou o segmento de um membro e ajuda-los no
processo de cura.
Figura 1. Imhotep: Médico egípcio; autor dos primeiros registros escritos encontrados com
classificações traumatológicas. Fonte: Philosophers Squared – Imhotep,
https://probaway.wordpress.com/2013/05/20/philosophers-squared-imhotep/
Ligadura Gessada Convencional

• A ligadura gessada convencional é o material mais


utilizado na preparação de aparelhos gessados e talas
gessadas.
• O material apresenta uma excelente maleabilidade e é
de baixo custo e fácil acesso.
• A sua composição, atualmente, é normalmente dos
seguintes componentes: Pasta Gessada, Atadura, um
Tutor e um Involucro de proteção.
• A pasta gessada é aderida a atadura, feita de fibra de
linho em trama larga e ambas formam a ligadura
gessada propriamente dita.
Figura 2. Atadura gessada: modo como é comercializada. Fonte: Ballke,
http://ballke.com.br/produtos/atadura-gessada-gesso-un-neve/
Ligadura Gessada Sintética

• O gesso sintético não é um material tão acessível


financeiramente quanto o gesso, porém possui
características mais vantajosas que este, como por
exemplo a transparência a RX.
• As ligaduras apresentam diferentes tipos de composição
que podem ser:
a) Poliuretano com base de malha de fibra de vidro;
b) Poliéster com base de malha de fibra de algodão;
c) Poliuretano com base de malha de polipropileno.
Figura 3. Ligadura Gessada Sintética: A transparência do material em radiografia.
Fonte: www.ortopediamadeira.org
Materiais de proteção e almofadamento

• São objetivamente materiais prensados, e assim são por


estrutura menos espaçosos.
• São materiais usados mais recentemente pelos humanos em
tratamentos ortopédicos, sem sabermos a data de início
Malha tipo Jersey - Malha tubular ortopédica

Figura 4. Malha Tubular Ortopédica: Forma como é


comercializada. Fonte: www.medihouse.com.br
Figura 5. Malha Tubular Ortopédica: Exemplo da
boa adaptação do tecido ao membro. Fonte:
www.bastosviegas.com
Figura 6. Malha Tubular Ortopédica:
Aprimoramentos recentes feitos no material. Fonte:
www.bimedica.com
Vídeo- Malha Tubular
Algodão Natural Prensado

Figura 7. Algodão Natural Prensado:


Formato em como é comercializado.
Fonte: http://www.ghostmed.com.br/
Algodão Sintético Prensado

Figura 8. Algodão Ortopédico Sintético:


Foma como é comercializado. Fonte:
visionsaude.pt
Evolução das Órteses - Histórico

• Os egípcios e os sumérios foram os pioneiros na realização de


cirurgias de amputação. Por isso, consequentemente foram os
primeiros também a confeccionar próteses.
• Ambos os povos utilizavam também formas primitivas de
órteses
• O objetivo era imobilizar membros ou de auxiliá-los.
• A prótese mais antiga de que se tem conhecimento é o “dedo
do Cairo”
Figura 7. Dedo de Cairo: Prótese mais antiga de que se tem conhecimento.
Fonte: novosinsolitos.blogspot.com
A Importância dos Polímeros Termo moldáveis

• Os polímeros termo plásticos são atualmente o material mais


usado na confecção de órteses.
• As propriedades de manuseio são:
A) Mémória;
B) Maleabilidade;
C) Elasticidade;
D) Aderência
E) Bordas autoarrendondadas.
A Importância dos Polímeros Termo moldáveis

• Em casos específicos pode ser necessário que imobilizações


gessadas sejam substituídas por imobilizações compostas por
termo plástico.

Figura 8. Órtese Para Punho: Exemplo


de órtese feita a partir de um polímero
termo-moldável. Fonte:
terapeutaocupacional.net
Próteses Biônicas

• Tipo de prótese para amputados que, ligada ao nervo, pode


ser controlada com o pensamento e proporcionar a sensação
do toque;
• O dispositivo apresentado usava eletrodos ligados ao nervo do
paciente – nesse caso aos nervos mediano e ulnar, que ficam
no braço, ou seja, não requer procedimentos invasivos na
região encefálica.
Figura 9. A mão biônica possui sensores que vão captar a informação sensorial
do toque e enviá-la ao nervo do paciente via eletrodos implantados no braço.
(foto cedida por Silvestro Micera)
Figura 10. Eletrodos implantados no braço do paciente recebem os sinais de movimento
enviados pelo cérebro e enviam de volta ao sistema nervoso central as informações de tato
vindas de sensores distribuídos na superfície da mão biônica. (foto cedida por Sivestro Micera)
O uso da Impressora 3D - Inovação na área
Ortopédica

1) Osteoid;
• Em 2014, um estudante Turco Denis Karahin, anunciou um projeto
chamado cortex ou osteoid que foi o projeto vencedor do Prêmio
A'Design 2014, competição voltada para novas ideias na área da
impressão 3D.
• O conceito do osteoid é substituir o gesso tão comumente usado em
fraturas diversas, possui uma estrutura ventilada na qual possui
diversos orifícios de ventilação, é higiênico, pois permite o banho
diário de forma normal sem causar mau odor, é leve e dá ao usuário
a comodidade de posicionar o membro de forma reta, sem precisar
dobrá-lo.
• O molde é impresso em terceira dimensão a partir de um raio x do
osso fraturado do paciente, a ideia desse protótipo além da
eliminação do gesso é a agilização no processo de reestruturação do
osso, de forma cômoda e em tempo preciso.
• Para saber como está a recuperação do membro danificado, basta
olhar para o gerador de pulsos, segundo Karahin, o autor do projeto,
no centro do dispositivo existe um mecanismo de luzes que orienta o
usuário sobre o estado do osso fraturado e do tempo de sessão dos
pulsos de ultrassom.
2) Cortex Exoesqueleto

• O exoesqueleto funciona como o gesso, mas com o diferencial de ser


ventilado, leve, higiênico, ecológico e fino o suficiente para caber em
uma manga da camisa. Além desses benefícios, o Cortex pode ser
molhado no banho, ao contrário do gesso, que é pesado, coça e pode
até dar mau odor.
• Ao fazer um escaneamento 3D e exames de raios-X do paciente, o
sistema constrói uma peça sob medida que sirva para imobilizar o
membro fraturado.
• Um benefício é a mobilidade do membro lesionado, que poderá ficar
reto e não flexionado como ficava com a colocação do gesso
convencional.
Conclusão

• Foi de suma importância o estudo desta teoria sobre esta


história evolutiva sobre órtese e materiais ortopédicos, para
aprofundamento dos nossos saberes técnico e didáticos. O
assunto possibilitou maior abrangência de nossas
experiências, dando-nos o desenvolvimento intelectual
propício ao desempenho das atividades futuras como técnicos
em imobilização ortopédica.
Bibliografia

• CARVALHO, J. A. Amputações de membros inferiores. 2ª edição, São Paulo:


Manole, 2003.
•  
• LIANZA, S. Medicina de Reabilitação 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1995.
• SOUZA, Líria Alves De. "Polímeros termoplásticos e termofixos"; Brasil
Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/polimeros-
termoplasticos-termofixos.htm>.
•  
• HOMEM, Paulo. A imobilização gessada convencional / clássica em
ortotraumatologia. 2° edição, Coimbra, 2013.
•  
• http://www.365saude.com.br/pt-conditions-treatments/pt-bones-joints
muscles/1009056102.html acessado em: 07/04/2016 as 21:32 hs
•  
• http://interfisio.com.br/?artigo&ID=10&url=Orteses-e-suas-aplicacoes-
em-Fisioterapia acessado em: 10/04/2016 as 17:32 hs
Obrigado!

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