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INSTITUTO PEDREIRENSE DE EDUCAÇÃO E EXTENÇÃO

CURSO DE ENFERMAGEM

HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA HUMANA

Profº: Diego Sousa Martins

ESPERANTINÓPOLIS – MA
Fevereiro de 2024
MÓDULOS DE ESTUDO:
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA
HISTOLOGIA E DA EMBRIOLOGIA HUMANA
HISTOLOGIA - INTRODUÇÃO
A histologia é um ramo da ciência que estuda os tecidos de animais
e vegetais e como estes tecidos se organizam e se relacionam para compor
estes diferentes organismos.

A separação dos tecidos em estruturas distintas é algo artificial e


feita com fim puramente didático.

Só com um bom conhecimento das suas características individuais


poderemos entender e avaliar a histologia nos diferentes órgãos do
organismo e como os diferentes tecidos se inter-relacionam de maneira
dinâmica.
HISTOLOGIA - INTRODUÇÃO

O termo histologia foi usado pela primeira vez em 1819 por Mayer,
ao utilizar o termo tecido (do grego histos) cunhado pelo anatomista e
fisiologista francês Xavier Bichat (1771-1802). Foi Bichat quem aprofundou
a análise anatomopatológica, deslocando a doença dos órgãos para os
tecidos, utilizando como princípio básico o isomorfismo dos tecidos
(Foucault, 2008).
HISTOLOGIA - INTRODUÇÃO

De acordo com suas análises, o organismo era composto de tecidos


com texturas. semelhantes, que podiam ser lidas, identificando as
similaridades, parentescos e inter-relações das doenças inscritas na
configuração do corpo.
Ao identificar estas semelhantes texturas do organismo e suas
respectivas funções é que nasce a histologia como base da que
conhecemos hoje.
HISTOLOGIA - INTRODUÇÃO

Nos humanos, os tecidos são divididos em quatro grandes grupos de


acordo com as diferenças morfológicas e suas especializações funcionais
tais como: condutibilidade, contratilidade, absorção, excreção e
reprodução, dentre outras).

São eles:
 Tecido epitelial;
 Tecido conjuntivo;
 Tecido muscular;
 Tecidos nervosos.
HISTOLOGIA - VISÃO GERAL SOBRE OS TECIDOS
HISTOLOGIA - VISÃO GERAL SOBRE OS TECIDOS
HISTOLOGIA - VISÃO GERAL SOBRE OS TECIDOS
HISTOLOGIA - VISÃO GERAL SOBRE OS TECIDOS
HISTOLOGIA - VISÃO GERAL SOBRE OS TECIDOS
HISTOLOGIA - VISÃO GERAL SOBRE OS TECIDOS
HISTOLOGIA - VISÃO GERAL SOBRE OS TECIDOS
HISTOLOGIA – ESCALAS E NOTAÇÃO CIENTÍFICA
HISTOLOGIA – ESCALAS E NOTAÇÃO CIENTÍFICA
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS

Para o estudo histológico, o material deve ser


preparado por meio de técnicas especiais, a fim
de ser observado no microscópio de luz ou,
também chamado de microscópio óptico.
Com o avanço das pesquisas foram
desenvolvidos equipamentos cada vez mais
sofisticados, que permitem um aumento maior
com melhor resolução, permitindo a visualização
O microscópio de luz.
(Mini catálogo Quimis, 22 de estruturas muito pequenas e em detalhes, o
ed., 2004, p. 131) que foi um avanço para as ciências morfológicas.
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS

O método para confecções de lâminas permanentes é o mais


empregado atendendo as seguintes etapas:

 Fixação;
 Desidratação;
 Inclusão;
 Microtomia;
 Coloração;
Lâminas com material prontas
 Montagem das lâminas permanentes. para visualização.
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS

FIXAÇÃO Insolubilizar as proteínas dos tecidos, evitando a


autólise por enzimas e/ou decomposição bacteriana.

Os fixadores podem ser:


 Físicos – calor, mais utilizado nas fixações de esfregaços e o
resfriamento, empregado na fixação de enzimas e lipídios solúveis.
 Químicos - o material é mergulhado em agentes que retardam as
alterações e mantêm sua estrutura sem muitas alterações. Os mais
utilizados são: o formol a 10%, o líquido de Bouin e o formaldeído a
4%.
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS

DESIDRATAÇÃO retira o teor de água e deve ser feita


gradativamente. Os meios de inclusão devem infiltrar os tecidos e não se
misturam com a água. A desidratação é feita com uma série de
concentrações crescentes de álcoois que iniciam em 50% até chegar a
100% a fim de remover toda a água do tecido.

Em seguida são submetidos a um banho de xileno (C8H10 – dimetil


benzeno) para clarear o tecido e prepará-lo para a inclusão (diafanização
ou clareamento)
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS

INCLUSÃO tornar o tecido resistente ao fio da navalha para


que se possa cortar o tecido em fatias finas. Normalmente utiliza-se
parafina purificada ou resinas sintéticas. Consegue-se isso embebendo
o tecido em parafina líquida (60ºC) que penetra no tecido e que ao
resfriar pode ser cortado(5 μm).
Entre as resinas sintéticas, as mais usadas são:
 resina acrílica - oferece maiores resistência e sustentação ao tecido,
permitindo cortes mais delgados (3 μm) e com melhor resolução.
 resina epóxi - mais duro para o material biológico, permite cortes
histológicos de 0,5 a 1 μm, viável para microscopia eletrônica.
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS

MICROTOMIA depois de todas as etapas já descritas, os


blocos de parafina contendo o material são cortados, numa espessura
que varia entre 3 a 6 μm. Cortes finos formam uma imagem nítida, que
permite visualizar detalhes, ou seja, cortes com boa resolução. Essa
espessura de corte só é possível num aparelho de laboratório chamado
de micrótomo, ao qual é acoplada uma navalha bastante afiada.

Após os cortes o material é depositado delicadamente na água


quente (60°C) para distender e, com ajuda de um fio de pincel, “pescado”
numa lâmina de vidro, própria para microscopia óptica.
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS

MICROTOMIA

Micrótomo para cortar


parafina. (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 1999, p. 3)
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS

COLORAÇÃO O material biológico é transparente e incolor o


que dificulta a visualização dos tecidos no microscópio, daí a
necessidade de corá-los.
Os corantes podem ser agrupados em dois grandes grupos:
 corantes básicos - coram os componentes ácidos da célula, por
exemplo Hematoxilina;
 corantes ácidos - coram componentes básicos da célula, por exemplo
Eosina.
Esses dois fazem parte da coloração de rotina em histologia: a
Hematoxilina-Eosina (HE).
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS
COLORAÇÃO
Dentro das células temos: no núcleo, o DNA, uma estrutura ácida e,
o citoplasma, que possui natureza química básica. A Hematoxilina
(básica) cora os núcleos das células em nuances de azul e, a Eosina
(ácida) cora o citoplasma em nuances de rosa.

Componentes que se coram com corantes básicos são chamados


basófilos e acidófilos os que se ligam a corantes ácidos.

A coloração cria um contraste entre as estruturas celulares e


podemos reconhecer nitidamente o núcleo e o citoplasma das células
que compõem os tecidos.
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS

COLORAÇÃO

Foto micrografia de microscopia de luz, corados com H.E.: corpúsculos renais (C) rodeados
por cortes transversais de túbulos renais (T). Coloração: H.E. Note o citoplasma celular (*)
rosado e os núcleos (setas) com uma coloração mais intensa. (Adaptado de Gartner, 2007, p.
447).
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS

COLORAÇÃO

Micrografia mostrando a
mucosa do intestino grosso.
As células mucosas - células
caliciformes mucossecretoras
(G), na Figura A coradas em
azul (pelo azul de Alcian) e na
Figura B com coloração
negativa, em branco pela
coloração com H.E. (Stevens;
Lowe, 2001, p. 208).
TÉCNICAS HISTOLÓGICAS

MONTAGEM as lâminas agora recebem uma proteção em cima


do material fixado, desidratado, incluído e corado. As etapas anteriores
nos mostram todo um cuidado na elaboração do material. Uma lâmina
histológica bem montada pode durar anos. Para isso, cola-se sobre o
corte, com auxílio de um meio de montagem, uma lamínula, para
proteger o material.

Quando secar, o que leva algumas horas, a lâmina permanente


estará pronta para ser observada ao microscópio de luz.
INTERPRETAÇÃO DE ÂNGULOS DE CORTE

Uma das primeiras habilidades necessárias na histologia é


interpretar como um corte em duas dimensões, seria visto em três
dimensões.
Para entender a disposição de arranjos teciduais, imagine uma
mangueira de jardim e em seguida cortes finos dessa mangueira. Você
verá que nenhum dos cortes em duas dimensões representa a imagem
tridimensional. Contudo, observando todos os cortes desenhados do
tubo encurvado, você pode reconstruir mentalmente a imagem correta.
INTERPRETAÇÃO DE ÂNGULOS DE CORTE

Nesta Figura, podemos


observar um tubo curvo
cortado em vários planos, que
mostra a relação entre uma
série de cortes bidimensionais
e a estrutura tridimensional. O
retângulo de cor azul/
acinzentada representa a
lâmina de vidro e, o material
rosado representa o material
biológico cortado. (GARTNER;
HIATT, 2007, p. 4)
MICROSCÓPIO DE LUZ (ÓPTICO)
MICROSCÓPIO DE LUZ (ÓPTICO)

Componentes Ópticos
MICROSCÓPIO DE LUZ (ÓPTICO)

Componentes Mecânicos
MICROSCÓPIO DE LUZ (ÓPTICO)

Pode ser utilizado para observações de:

 Desenvolvimento de bactérias e fungos;


 BK;
 Esfregaço sanguíneo;
 Colpocitologia oncótica cervical;
 Espermograma;
 Estruturas celulares na urina.
EMBRIOLOGIA - INTRODUÇÃO
EMBRIOLOGIA - INTRODUÇÃO

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