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TRABALHO NO BRASIL
A ABRANGÊNCIA
DA ESCRAVIDÃO
(Pág. 52)
A escravização de
pessoas é uma
realidade tão antiga
quanto a própria
vivência humana.
Praticamente todos
os povos conviveram
(ou ainda convivem)
com alguma forma de
cativeiro de seres
humanos.
No Brasil, esse fenômeno foi basilar para a construção de
nossa sociedade: desde o início do século XVI, milhões de
pessoas perderam sua liberdade e tornaram-se propriedade de
outro indivíduo. Etnias indígenas dos mais variados territórios
da América do Sul submeteram-se a essa situação (p.52).
Destino semelhante foi enfrentado por um vasto número de
comunidades africanas, trazidas à força ao Brasil por quase
três séculos e meio (p.52).
Mesmo proibido
atualmente, o trabalho
análogo à escravidão
ainda é praticado em
nosso país, como indicam
as denúncias realizadas
por órgãos
governamentais e setores
da sociedade civil (p.52).
Definição de “cativeiro” (pág. 52)
Definindo um escravo, em sua obra Política, Aristóteles
afirma: “Um ser que, por natureza, não pertence a si
mesmo, mas a um outro, mesmo sendo homem, este é, por
natureza, um escravo”.
Em diferentes sociedades, o
escravo é considerado uma
propriedade. Portanto, como
qualquer mercadoria, era objeto
de compra, venda e aluguel.
Ao longo da história, muitas foram as formas de converter uma
pessoa em cativo (escravo). Entre elas, as mais frequentes
eram a captura por guerra e o sequestro. Indivíduos que não
tinham condição de pagar uma taxa, tributo ou dívida também
eram escravizados, assim como aqueles que cometiam um
crime e eram punidos com a privação da liberdade.
Indígenas e africanos escravizados (pág. 53)
No Brasil, o uso sistemático de mão de obra cativa iniciou-se
com o processo de colonização europeia. Inicialmente, os
ameríndios foram escravizados pelos portugueses para
trabalharem nas lavouras e em outras atividades produtivas.
Grande parte da escravização de indígenas na história
colonial brasileira ocorreu devido à ação de bandeirantes.
Em muitas
oportunidades, os
integrantes das
bandeiras
adentravam o
“sertão” (território
desconhecido pelos
colonos) a fim de
capturar nativos
para o cativeiro.
O alvo preferido eram
os indígenas que
viviam em missões
religiosas, uma vez
que eram
considerados menos
resistentes e hostis
pelos bandeirantes.
Todavia, a dizimação de etnias autóctones,
as guerras de resistência contra o avanço
dos colonos e a oposição de setores da
Igreja à escravidão indígena levou a Coroa
Portuguesa mudar de estratégia quanto ao
processo escravocrata.
A Coroa lusitana a optar pelo uso maciço de povos
africanos escravizados. Além disso, essa atividade mostrou-
se altamente rentável durante séculos.
Conforme indicam
pesquisas atuais, a
comercialização de
cativos africanos no
Brasil e em outras
regiões das Américas
promoveu somas
vultosas a mercadores
envolvidos nesse
processo.
Período Colonial (1500 – 1822)
Período Imperial:
Dom Pedro I / Dom Pedro II
Durante o período colonial (1500-1822) e imperial (1822-1889)
da nossa história, o trabalho escravo foi a “mola propulsora” da
economia.
Praticamente todos os setores
produtivos contaram, em alguma
medida, com o emprego de mão de
obra cativa (escrava).
Nos engenhos dos séculos XVI e XVII, quase todo
processo de criação do açúcar envolvia o braço escravo.
Nas cidades e vilarejos brasileiros, era possível ver o
trabalho escravo por toda parte: carregavam as liteiras dos
senhores, realizavam troca de mensagens, buscavam a
água das bicas, despejavam os dejetos domésticos em
locais distantes etc.
No universo urbano (cidades), havia os chamados escravos
de ganho. Como o nome sugere, atuavam no mascate de
alimentos, pequenos objetos e serviços. Ao final de uma
jornada, ofereciam o ganho obtido ao seu proprietário. Para
evitar eventuais fugas, era comum que seu dono lhes
ofertasse uma pequena porção desse valor (p.54).
Os dados comprovam sua relevância para a constituição
histórica do Brasil: supõe-se que entre 1580 e 1850 (ano
em que o tráfico transatlântico foi formalmente banido),
foram trazidos ao Brasil cerca de 5 milhões de cativos em
15 mil viagens. Nosso país foi o maior território escravista
do Ocidente por quase três séculos e meio.
1. Como se deu o processo de escravidão no Brasil após a
chegada dos portugueses em 1500? Justifique. (4 linhas)
SAL
OURO TECIDOS
A própria palavra salário
tem sua origem no termo
“sal”, uma vez que os
soldados romanos eram
pagos por seus serviços
com uma porção de sal,
na época um artigo
precioso, utilizado como
condimento, remédio e
conservante, bastante
importante em uma
época na qual não havia
geladeira para preservar
os alimentos (p.56).
Com o capitalismo, o pagamento em dinheiro pelo trabalho
foi se tornando cada vez mais comum, para consumir o que
era produzido pelas fábricas, gerando, assim, um
movimento cíclico, necessário ao comércio.
A CLT brasileira define, em seu art. 76, um salário mínimo
para cada cidadão que trabalha.
ESCRAVIDÃO MAIS VIVA DO QUE NUNCA NO
MUNDO DOS APPS (UBER EATS, RAPPI, IFOOD,
99POP)(7 min.)
https://www.youtube.com/watch?v=5f41Ia4n-b8