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CULTURA

EMPREENDEDORA

Quarta Aula
Prof. Roberto Comini Frota
Como fazer cultura
empreendedora:
• Ambiente favorável para empreender
– Menor Burocracia
– Legislação indutora
– Tributação adequada
– Políticas públicas articuladas
• Instrumentos de apoio ao empreendedor
– Acesso a Mercados
– Capacitação empresarial
– Acesso e uso de Tecnologia
– Serviços financeiros – acesso e menor custo
Leis,
Desburocratização Liideranças, Educação e
Tributação Representação Cultura

Ambiente Ambiente Ambiente


Legal Político Sócio-Cultural

AMBIENTE DE ATUAÇÃO
DAS MPE MERCADO
CLIENTE

Ambiente Ambiente Ambiente


Soluções Estrutural Mercadológico Marketing
Logística
Design
Tecnologia, Infra-estrutura Qualidad
Conhecimento Econômica,Social e
Preço
Capacitação e Recursos Serviços e ,
Segurança
Desafios:
• Convergência dos atores
• Capacitação de empreendedores
• Nova geração de empreendedores – de
oportunidade
• Adequação de instrumentos de apoio às
distintas realidades
Aspectos Determinantes para a Geração
de uma Cultura Empreendedora no Brasil

• O Brasil é um pais de educação tardia;

• O modelo de desenvolvimento tecnológico do


Brasil a partir dos anos 60:
• As universidades como prinicipais centros de
desenvolvimento trecnológico e de inovação ;
• Os recursos destinados à inovação e ao DesTec
foram concentrados, a partir dos anos 70, na
formação de mestres e doutores.
ESTRATÉGIAS ADOTADAS
“O Espírito Empreendedor”

• O empreendedorismo deve ser entendido,


como destaca John Milton-Smith, como
“comportamentos, habilidades e atributos
relacionados com a inovação e com a
capacidade de trato de situações envolvendo
altos níveis de incerteza, competitividade e
complexidade”.
INOVAÇÃO

DIFERENCIAL DE
COMPETITIVIDADE
As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) na economia
(Dados 2014 – SEBRAE)

No Brasil existem 6,4 milhões de estabelecimentos. Desse


total: 99% são micro e pequenas empresas (MPE). As
MPEs respondem por 52% dos empregos com carteira
assinada no setor privado (16,1 milhões).
Em 1985, o IBGE calculou em 21% a participação dos
pequenos negócios no PIB. Como não havia uma
atualização desse indicador desde então, o Sebrae
contratou a Fundação Getúlio Vargas para, utilizando a
mesma metodologia, avaliar a evolução deste indicador.
E o resultado foi muito positivo: em 2001, o percentual
cresceu para 23,2% e, em 2011, atingiu 27% - ou seja,
mais de um quarto do Produto Interior Bruto brasileiro é
gerado pelos pequenos negócios.
As Micro e Pequenas Empresas já são as
principais geradoras de riqueza no comércio no
Brasil (53,4% do PIB deste setor). No PIB da
indústria, a participação das micro e pequenas
(22,5%) já se aproxima das médias empresas
(24,5%). E no setor de Serviços, mais de um
terço da produção nacional (36,3%) têm origem
nos pequenos negócios.
Características das MPE no Brasil

• Produtos e serviços de baixo preço unitário


• Predominam vendas ao consumidor final
• Atendem necessidades básicas da população

Alimentos e bebidas; Vestuário, calçados e móveis.


Moradia (construção e reforma)

• Escalas de produção muito baixas


(Capital, insumos, materiais, mão-de-obra, etc.)

• Tecnologia de domínio público


Pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor –
pesquisa internacional)

Tamanho da amostra pesquisada (2000 unidades) e indicam o


percentual de indivíduos empreendedores existentes no Brasil
no ano de 2017. Sendo agrupadas em subgrupos que apontam
para detalhes do empreendedorismo no país quanto ao estágio
do empreendedor (inicial ou estabelecido) e para as suas
motivações para empreender, por oportunidade ou necessidade.
Taxa de empreendedorismo inicial (TEI: nascentes ou novos):
Os empreendedores nascentes são aqueles indivíduos que estão envolvidos
na estruturação e são proprietários de um novo negócio, contudo esse
empreendimento ainda não pagou salários, pró-labores ou qualquer outra forma
de remuneração aos proprietários por mais de três meses;

Os empreendedores novos administram e são donos de um novo


empreendimento que já remunerou de alguma forma os seus proprietários por
um período superior a três meses e inferior a 42 meses (3,5 anos);

Tanto os empreendedores nascentes quanto os novos são considerados


empreendedores em estágio inicial ou simplesmente empreendedores iniciais.
 Taxa de empreendedorismo estabelecido (TEE). Neste estrato estão
contidos os empreendedores que administram e são proprietários de
negócios tidos como consolidados pelo fato de haver pago aos seus
proprietários alguma remuneração, sob a forma de salário, pró-
labore ou outra, por um período superior a 42 meses;

 A taxa total de empreendedorismo (TTE) é formada por todos os


indivíduos que estão envolvidos com uma atividade empreendedora,
em linhas gerais pode-se dizer que a TTE é o conjunto dos
empreendedores iniciais (nascentes e novos) e estabelecidos
Em 2017, no Brasil, a taxa total de empreendedorismo (TTE) foi de
36,4%, o que significa que de cada 100 brasileiros e brasileiras
adultos (18 – 64 anos), 36 deles estavam conduzindo alguma
atividade empreendedora, quer seja na criação ou aperfeiçoamento de
um novo negócio, ou na manutenção de um negócio já estabelecido.

Em números absolutos isso representa dizer que é de quase 50


milhões o contingente de brasileiros que já empreendem e/ou
realizaram, em 2017, alguma ação visando a criação de um
empreendimento em um futuro próximo
Em 2017, se observou um pequeno aumento na relação entre
empreendedores por oportunidade e por necessidade. Em 2016,
para cada empreendedor inicial por necessidade, havia 1,4
empreendedores por oportunidade, em 2017 essa relação foi
1,5. Dito de outra forma, 59,4% (estimativa de 16.313.253)
dos empreendedores iniciais empreenderam por oportunidade e
39,9% (estimativa de 10.965.755) por necessidade.

Dados de 2013. Com 71% dos Empreendedores Iniciais por


oportunidade (e 28% por necessidade), o país está à frente dos 5
países do grupo dos BRICS, onde a proporção de empreendedores por
oportunidade chegou a 61% na Índia, 65% na Rússia, 66% na China e
na 70% na África do Sul.
Esse comportamento do empreendedorismo segundo o gênero, pode levantar algumas reflexões:
seriam as mulheres menos persistentes na condução dos seus empreendimentos? Ou o ambiente para
mulheres empreenderem ainda lhes é desfavorável e isso afeta a longevidade dos seus negócios?
Nota-se que os jovens de 25 a 34 anos foram os mais ativos na criação de novos
negócios, 30,5% dos brasileiros nesta faixa são proprietários e administram a criação e
consolidação de empreendimentos em estágio inicial. Em seguida, neste “ranking”
aparece aqueles ainda mais jovens, de 18 a 24 anos, 20,3% deles estavam envolvidos
com a criação de novos negócios.
Entre os empreendedores iniciais, chama a atenção que o grupo mais ativo de empreendedores é aquele composto por pessoas com apenas o ensino fundamental
completo, 23,9% deles são empreendedores iniciais, quase 10 pontos percentuais a mais do que aqueles que possuem diploma de nível superior (14,3%)
Em se tratando de renda familiar (gráfico 1.6), 28,8% dos brasileiros que possuem renda familiar de até um salário mínimo (SM)
são empreendedores iniciais. Já entre os que possuem renda superior a seis salários, 15,1% deles empreendem em estágio inicial.
Nota-se que 72% dos empreendedores em estágio inicial atuam no setor de serviços, mais especificamente, aproximadamente 67% deles no setor de serviços orientados ao consumidor final.

Vale ressaltar que as atividades industriais aqui mencionadas, por certo se caracterizam por atividades manufatureiras simples e pouco intensivas em conhecimento ou tecnologia, como por exemplo a preparação de alimentos ou confecção de
vestuário.
Pode-se imaginar que esse elevado percentual seja fruto de um conhecimento ainda
incipiente do seu mercado de atuação, posto que entre os empreendedores
estabelecidos, uma proporção bem menor (33,9%) reconhece a ausência ou a
existência de número reduzido de concorrentes.
Não é possível desprezar a relevância do empreendedorismo
para o desenvolvimento econômico e social do País.
NA ESCOLA TRADICIONAL...

• Geração e transmissão de conhecimento;


• Transferência para a sociedade do
conhecimento gerado de maneira indireta;
• Formação de mão-de-obra especializada;
• Nenhuma perspectiva para o aluno além
do mercado de trabalho vigente.
MUDAR ESTRUTURAS
TRADICIONAIS...
Exige:
• Mudanças de paradigmas;
• Agregar novos valores e novas
competências;
• Disseminar a informação.
ENSINAR
EMPREENDEDORISMO...
Exige:
 Mudanças de paradigmas da escola;
 Agregar novos valores à escola (direção,
professores, alunos);
 Agregar novas competências aos discentes;
 Desmistificar a prática empresarial;
 Oportunizar a vivência de problemas reais.

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