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Equipe 2

Migrações e Memórias cearenses

A problemática em torno dos campos de


concentração durante a seca de 1915
INTEGRANTES E SUMÁRIO

Introdução A seca na cultura cearense Migrações no Ceará


Élio Corin Cauê Galvão
Iago Assunção

A imagem do imigrante e os Memória e Identidade


campos de concentração.
Fernando Antônio
Vitória Gabriela
01
Introdução
Breve apresentação sobre os autores
Valdecy da Costa Alves: A besta feira de trinta e dois
Maria Silva C. Beozzo Bassanezi: Migrantes no Brasil na metade do século XIX
Frederico de Castro Neves: Curral dos Bárbaros: os campos de concentração no Ceará (1915-1932)
Luigi Biondi: Imigração
Kenia Sousa Rios: Isolamento e poder: Fortaleza e os campos de concentração na seca de 1932
Raquel de Queiroz: O quinze
Giralda Seyferth: Imigrantes, estrangeiros, a trajetória de uma categoria que incomoda o campo político
Rosane S. Teixeira: Imigração de trabalhadores estrangeiros no Nordeste, final do século XIX e início do
século XX
Autores e formações:
Maria Silvia C. Beozzo Bassanezi:

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1966) e
doutorado em Ciências (História) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1974). Realiza
projetos de pesquisa centrados na área de Demografia Histórica - Família e Nupcialidade, Distribuição Espacial
da População e Imigração Internacional (São Paulo, séculos XIX e XX).

Giralda Seyferth:

Graduou-se em História pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1965, realizou o mestrado em
Antropologia Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1973, com a dissertação A Colonização
Alemã no Vale do Itajai-Mirim, e o doutorado em Ciências Humanas na Universidade de São Paulo em 1976,
com a tese Nacionalismo e Identidade Étnica.[2][3] Coordenou os Grupos de Trabalho sobre Migrações
Internacionais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, da Reunião Brasileira
de Antropologia e da Reunião de Antropologia do Mercosul. Foi co-fundadora do Núcleo Interdisciplinar de
Estudos Migratórios
Autores e formações
Luigi Biondi:

Doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas Título: Entre associações étnicas e de classe:
os processos de organização política e sindical dos trabalhadores italianos na cidade de São Paulo, 1890-1920.
Michael McDonald Hall. Bolsista do(a): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP,
Brasil. Palavras-chave: Imigração italiana; Movimento Operário; Socialismo; Mutualismo; Sindicalismo;
Primeira República. Grande área: Ciências Humanas Grande Área: Ciências Humanas / Área: História /
Subárea: História do Brasil / Especialidade: História do Brasil República. Grande Área: Ciências Humanas /
Área: História / Subárea: História da América / Especialidade: História Latino-Americana. Setores de
atividade: Educação Superior.
Autores e formações
Rosane Siqueira Teixeira:

Mestrado e Doutorado em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos. Título: Associações italianas
no interior paulista num espaço partilhado. Nacionalismo e italianidade sob a perspectiva da história local.
Orientada: Prof. Dr. Oswaldo Mário Serra Truzzi. Coorientador: Prof. Dr. Karl Martin Monsma. Bolsista
do(a): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP, Brasil. Palavras-chave: fascismo;
nacionalismo; associações italianas; italianidade; história local; dirigentes. Grande área: Ciências Humanas.

Frederico de Castro Neves:

Graduação em História pela Universidade Federal do Ceará, Mestrado em Sociologia e Doutorado em


História pela Universidade Federal Fluminense. Seu mestrado foi sobre a Memória do Espaço e o Espaço da
Memória: a construção imaginária do Nordeste.
Autores e formações
Kenia Sousa Rios:

Mestrado em História apela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Título: Isolamento e poder:
Fortaleza e os Campos de Concentração na seca de 1932,Ano de Obtenção: 1999
Doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Título: Engenhos da
Memória: narrativas da seca no Ceará
Doutorado em Estudos da Oralidade pela École des Hautes Études en Sciences Sociales. Título:
Engenhos da Memória:Narrativas da Sêca no Ceará

Valdecy da Costa Alves:

Advogado ativista, cresceu perto das ruinas que foi os campos de concentração, criou um memorial
onde foi um dos campos, perto da linha férrea de Baturité, cordéis falando sobre isso. Esses
depoimentos dos retirantes é justamente um trabalho de memória
Autores e formações
Raquel de Queiroz:
Foi uma tradutora, romancista, escritora, jornalista, cronista prolífica e importante dramaturga brasileira. .
Em 1915, após uma grande seca, muda-se com seus pais para o Rio de Janeiro e logo depois
para Belém do Pará. Retornou para Fortaleza dois anos depois. Aos dezenove anos, ficou
nacionalmente conhecida ao publicar O Quinze (1930), romance que mostra a luta do povo
nordestino contra a seca e a miséria.

Antonio Otaviano Vieira Junior:


Possui graduação em História pela Universidade Federal do Ceará (1994), mestrado em História Social
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997), doutorado em História Social pela
Universidade de São Paulo (2002) e pós-doutorado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de
Lisboa (2006) e no Centro de História da Universidade de Lisboa (2014). Tem experiência na área de
História da População, com ênfase em História da América Portuguesa, atuando principalmente nos
seguintes temas: história, demografia, família, imigração, inquisição e Sertão.
TERMOS E O CAMPO POLÍTICO
Imigrantes

Migrantes

Emigrantes

Estrangeiros

Retirantes

Refugiados
02
A imagem do imigrante
A Seca na cultura
cearense
A CULTURA DE RETIRANTE
DIVISÃO DE CLASSES
Classe alta/ média/ baixa
DIFERENÇAS DE INTENSIDADE DAS SECAS
CEARENSES
Questão ambiental
Questão socioeconômica
Focos de migração
03
Migrações no Ceará
Congresso Agrícola
• Encontro das elites econômicas
nordestinas
• Discussão sobre vinda de imigrantes para a
região
• Nem um pouco hegemônica
• Migração Espontânea
Projeto político
• Estratégia das elites
• Um tipo de Brasil a ser mostrado
• Discursos abertamente eugenistas
• Uma população que vai contra todo esse
ideal.
Migrações cearenses
Migrações
Marcadas pela seca em diferentes
períodos de tempo.

Destinos
Preferência pelo Norte e Sudeste,
grande influência do imaginário
popular.
— Por que vocês não vão para São Paulo? Diz que lá é muito bom...
Trabalho por toda parte, clima sadio... Podem até enriquecer...
O vaqueiro levantou os olhos, e concordou, pausadamente:
— É... Pode ser... Boto tudo nas suas mãos, minha comadre. O que eu
quero é arribar. Pro Norte ou pro Sul...
Timidamente, Cordulina perguntou:
— E é muito longe, o São Paulo? Mais longe do que o Amazonas?
— Quase a mesma coisa. E lá não tem sezão, nem boto, nem jacaré... É
uma terra rica, sadia...
Chico Bento ajuntou: — Eu já tenho ouvido contar muita coisa boa do
São Paulo. Terra de dinheiro, de café, cheia de marinheiro...
04
O Imigrante e os campos
de concentração
O contexto da seca
● A OCUPAÇÃO DOS SERTÕES CEARENSES E A IMPORTÂNCIA DA
PECUÁRIA

— A SECA EM UM CENÁRIO POLÍTICO, SOCIAL E


ECONÔMICO E O AÇOITE DA SECA

— “o súbito desejo de emigrar para onde os sonhos fossem mais


fáceis e os desejos não custasse sangue”
A IMAGEM DO MIGRANTE E
OUTROS ENSAIOS
● CONTRASTES ENTRE A IMAGEM DE CHICO BENTO E
CONCEIÇÃO — O QUINZE

● O LAMENTO NO CANTO DO
SERTANEJO — ASA BRANCA

“Que braseiro, que fornalha


● O AÇOITE DA SECA E OS CAMPOS DE Nem um pé de plantação
CONCENTRAÇÃO Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão”
05
Memória e Identidade
Vestígios dos Campos de Concentração
Tentativas de Preservação da Memória
Caminhada da Seca
Desde 1982, a romaria ocorre em
Senador Pompeu em memória às
vítimas da seca e do Campos de
Concentração

Santas Almas da Barragem


A população tem devoção às almas
daqueles que foram perdidas,
constituindo um “Santo coletivo e
popular”.
Obras Relacionadas
Memória, Ativismo e Cordel: Valdecy Alves
Relatos: Diva Targino Cavalcante
Sobrevivente
Nascida em 1913, dona
Diva viveu o Campo de
Concentração de Crateús
quando mais nova, na seca
de 1932, tornando-se uma
referência na memória
destes acontecimentos.
Faleceu em 2019 aos 106
anos.
Relatos: Maria Lira e Cecília Lira

Sobrevivência da Memória
Aos 94 anos (2020). a “Última
Sobrevivente do Campo de Concentração
do Ipu”, dona Maria Lira infelizmente
apresenta problemas de memória, mas
estas são guardadas por Cecília Lira, sua
filha, que, por tanta convivência, guarda
as lembranças de sua mãe.

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