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Reino Monera

Reino Monera

• Os Moneras são seres vivos unicelulares e procariontes.


• A célula dos Moneras não apresenta organelas
celulares membranosas . As únicas organelas celulares
existentes no citoplasma da célula destes seres vivos são
os RIBOSSOMOS.
• Os ribossomos são responsáveis pela produção de
proteínas.
• Pertencem a este reino: Bactérias, Cianobactérias, e
arqueias
As Bactérias
A palavra bactéria vem do Grego, onde “bakteria” significa
bastão.
As bactérias são encontradas em todos os ambientes da Terra.
As bactérias são seres microscópicos. A maioria apresenta
reprodução assexuada.
As Bactérias
As bactérias são divididas em grupos :
• Arqueobactérias ( grupo Archae) – Primitivas que vivem em
meios hostis como fontes termais, água salgada, pântanos e
regiões vulcânicas.
• Eubactérias– São as mais numerosas e atuais

Eubactérias - Escherichia coli 


Arquiobactérias
Célula bacteriana
Membrana plasmática
Citoplasma Parede celular
Mesossomo Cápsula
Ribossomos
Fímbrias
Enzimas relacionadas
com a respiração,
ligadas à face
interna da membrana
plasmática
Plasmídeos
Nucleóide
Flagelo DNA associado
ao mesossomo
• Mesossomo  O Mesossomo é uma invaginação, com a
forma de vesículas ou lamelas da membrana celular ligada à
obtenção de energia nos seres procariontes.
• Plasmídeo  são moléculas extracromossômicas circulares de
DNA bacteriano. É comum, por exemplo, a presença de
plasmídeos com genes que garantem resistência a antibióticos
As Cianobactérias
• Diferem das proclorófitas por apresentar
apenas clorofila do tipo a, além de pigmentos
de variadas cores, responsáveis pela sua
coloração. Tem forma variada entre as
espécies. Algumas espécies apresentam
células isoladas ou agrupadas ou em
filamentos lineares. Tem papel na fixação do
nitrogênio, por ex. na síntese de compostos
orgânicos nitrogenados (como aminoácidos)
A importância ecológica das Cianobactérias

• Tem importância ecológica por serem capazes de colonizar


ambientes inóspitos (que dificultam a sobrevivência de
seres vivos), como superfícies rochosas, água e solo
pobres em nutrientes. Algumas espécies formam
associações mutualísticas, onde os dois seres se
beneficiam
( associam-se a fungos formando os líquens ).
• A eficiência na fixação de nitrogênio pelas cianobactérias
(Ex. Azolla) é tanta que em plantações de arroz onde há
essas plantas, é desnecessário usar fertilizantes
nitrogenados.
A coloração das cianobactérias
A coloração das cianobactérias
pode ser explicada através da
presença dos pigmentos
clorofila-A (verde), carotenóides
(amarelo-laranja), ficocianina
(azul) e a ficoeritrina
(vermelho). Todos estes
pigmentos atuam na captação
de luz para a fotossíntese
Formas das Bactérias

De acordo com a forma que apresentam, as bactérias são


classificadas em:
• ESPIRILO: tem forma de espiral;
• COCO: tem forma arredondada;
• VIBRIÃO: tem forma de vírgula;
• BACILO: tem forma de bastão.
Diplococos

COCOS – Chlamydia trachomatis


Estreptococos (Streotococcus)

Estafilococos
Sarcina

ESPIRILOS – Treponema pallidum


VIBRIÃO – Vibrio cholerae

BACILO – Mycobacterium tuberculosis


Estreptobacilo
Reprodução das bactérias:
divisão
Parede celular
Duplicação do DNA
Membrana
plasmática

Molécula de DNA

Separação das células


Transformação
Molécula de DNA circular
Fragmentos de Célula bacteriana
DNA doador

Lise celular Quebra


Célula bacteriana Fragmentos de DNA
do DNA
ligam-se à superfície
da célula receptora.

O fragmento de DNA é
incorporado à célula receptora.

O fragmento de DNA é integrado


ao cromossomo da célula receptora.

Célula transformada
Transdução
Fago
O DNA do fago Quando o profago inicia o ciclo
integra-se ao DNA lítico, o DNA da bactéria é
da bactéria como degradado e novos fagos podem
O DNA de um profago. conter algum trecho do DNA
um fago penetra da bactéria.
na célula de
uma bactéria.
DNA do fago
com genes da
bactéria
Genes de outra bactéria A célula
são introduzidos e O fago infecta bacteriana se
integrados ao DNA nova bactéria. rompe e libera
da bactéria hospedeira. muitos fagos,
que
podem infectar
outras células.
Conjugação
Plasmídeo DNA bacteriano

Célula “macho”

Ponte
citoplasmática

Célula “fêmea”

Célula “macho”

Separação
das células

Célula “macho”
IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS
• DECOMPOSITORAS: devolvendo ao meio ambiente as
moléculas que estavam na estrutura dos seres vivos e na
composição de seus dejetos, reciclam e fertilizam o solo,
garantindo a continuidade da vida.
IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS

• FIXAÇÃO DO NITROGÊNIO ATMOSFÉRICO (N2) em suas


estruturas celulares. Outras liberam nitratos (NO-3 ) no solo,
fertilizando-o.
IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS
• ALIMENTOS - na produção de iogurtes, queijos, leites
fermentados, vinagre e bebidas.

• PRODUZEM antibióticos, vitaminas, acetona, metanol,


butanol e outros.
IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS
• TRATAMENTO DE ESGOTOS na degradação dos resíduos
orgânicos. Nas usinas de reciclagem de lixo, são utilizadas
na produção de adubos de compostagem.
IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS
• BIOTECNOLOGIA : São as principais ferramentas da
engenharia genética
IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS
• CIRURGIA PLÁSTICA :A toxina botulínica, produzida pelas
bactérias da espécie Clostridium botulinum tem a capacidade
de paralisar a musculatura, relaxando-a. É conhecida pelo
nome comercial de Botox, muito usada pelos cirurgiões
plásticos, em pequenas quantidades, para a atenuação de
rugas e marcas de expressão.
ANTIBIÓTICOS
•Medicamentos produzidos
especificamente para atuar nas
células bacterianas, impedindo sua
reprodução (bacteriostáticos) ou
destruindo-as (bactericida).
•O exame para a definição do
tratamento de uma doença
bacteriana é o antibiograma, que
consiste em cultivar as bactérias
que causam a doença na pessoa e
testar qual antibiótico é mais
efetivo para o tratamento.
 
Bacterioses
Algumas doenças bacterianas

• GONORRÉIA
• SÍFILIS
• PNEUMONIA
• TÉTANO
• TUBERCULOSE
• FEBRE TIFÓIDE
• BOTULISMO
• MENINGITE MENINGOCÓCICA
• CÓLERA
• HANSENÍASE
• DIFTERIA e COQUELUCHE
Gonorreia
• É causada pelo gonococo (Neisseria gonorrhoeae), bactéria
transmitida por contato sexual.

• Provoca dor, ardência e pus ao urinar.

• Os sintomas são pouco evidentes nas mulheres, o que dificulta o


tratamento, com evolução para DIP (Doença Inflamatória Pélvica),
que compromete as tubas uterinas e pode causar esterilidade. A
infecção pode atingir também a região da orofaringe e anorretal
como resultado de práticas sexuais oral e anal.

• Em cerca de 1 a 3% dos indivíduos com gonorréia assintomática


não tratada, o gonococo invade a corrente circulatória dando
origem à infecção gonocócica disseminada, manifestada através
de artrites, endocardites, meningites e lesões cutâneas.

• O tratamento deve ser feito sob orientação médica.


Gonorreia
• No homem, os sintomas iniciais são, secreção
amarelada e viscosa na uretra; depois,
ardência e dor ao urinar. Não sendo tratada
imediamente, pode levar à infecção na
próstata e nos testículos.

• Além disso, embora seja raro, a Gonorréia, ao


evoluir, causa lesões em articulações, no
fígado e até no cérebro.

• A Gonorréia é uma das DSTs mais comuns e é


de fácil tratamento.
Tratamento
• Prevenção: medidas de higiene, e o uso de
proteção (preservativo/camisinha)

• Tratamento: compreende o uso de


antibióticos e quimioterápicos, sob rigorosa
prescrição médica, pois pode haver um
mascaramento da doença, com
consequências imprevisíveis para a pessoa.
Sífilis
• Transmitido, geralmente, por contato sexual (pode
passar também da mãe para o feto pela placenta).

• Um sinal característico da doença é o aparecimento,


próximo aos órgãos sexuais, de uma ferida de bordas
endurecidas, indolor (o "cancro duro"),

• Sem tratamento, a doença pode apresentar sérias


consequências e comprometer diversos órgãos e o
sistema nervoso, provocando paralisia progressiva e
morte.
Sífilis
• O período de incubação, em média, é de três
semanas, mas pode variar de 10 a 90 dias.

• A enfermidade se manifesta em três estágios


diferentes: sífilis primária, secundária e terciária. Nos
dois primeiros, os sintomas são mais evidentes e o
risco de transmissão é maior. Depois, há um período
praticamente assintomático, em que a bactéria fica
latente no organismo, mas a doença retorna com
agressividade acompanhada de complicações graves,
causando cegueira, paralisia, doença cardíaca,
transtornos mentais e até a morte.
Sintomas
• 1)     sífilis primária – pequenas feridas nos órgãos genitais
(cancro duro) que desaparecem espontaneamente e não
deixam cicatrizes; gânglios aumentados e ínguas na região
das virilhas;
• 2)     sífilis secundária – manchas vermelhas na pele, na
mucosa da boca, nas palmas das mãos e plantas dos pés;
febre; dor de cabeça; mal-estar; inapetência; linfonodos
espalhados pelo corpo, manifestações que também podem
regredir sem tratamento, embora a doença continue ativa
no organismo;
• 3)     sífilis terciária – comprometimento do sistema nervoso
central, do sistema cardiovascular com inflamação da aorta,
lesões na pele e nos ossos.
Sintomas

A sífilis congênita pode causar má formação do


feto, aborto espontâneo e morte fetal. na
maioria das vezes, porém, os seguintes
sintomas aparecem nos primeiros meses de
vida: pneumonia, feridas no corpo, alterações
nos ossos e no desenvolvimento mental e
 cegueira.
Tratamento e prevenção
• Tratamento: é feito com antibióticos,
especialmente penicilina. Deve ser
acompanhado com exames clínicos e
laboratoriais para avaliar a evolução da doença
e estendido aos parceiros sexuais.

• Prevenção: O uso de preservativos durante as


relações sexuais é a maneira mais segura de
prevenir a doença.
Pneumonia
• A pneumonia é uma doença inflamatória aguda causada
por microrganismos (vírus, bactérias ou fungos) ou pela
inalação de produtos tóxicos que comprometem os
espaços aéreos dos pulmões.

• Quando a contaminação ocorre fora do ambiente


hospitalar, ela é chamada “pneumonia comunitária”.
Quando a pneumonia acomete pessoas hospitalizadas ou
que estiveram hospitalizadas por dois ou mais dias nos três
meses precedentes, ela é chamada “pneumonia
hospitalar”, que costuma ser mais grave, já que o agente
etiológico provavelmente é resistente aos antibióticos
usuais.
Pneumonia
• A maioria das pneumonias é
provocada pela bactéria
Streptococcus pneumoniae.

• Começa com febre alta, dor no


peito ou nas costas e tosse com
expectoração.
Pneumonia
• A gravidade da pneumonia depende, principalmente,
da patogenicidade do agente causador e das
condições clínicas do doente. Dois exemplos da
doença que costumam ser graves são: a pneumonia
por aspiração e a pneumonia química.
• A primeira é comum em pacientes com nível de
consciência reduzido, o que compromete o reflexo da
tosse ou a capacidade de engolir a própria saliva, o
que acarreta na aspiração de secreções da cavidade
oral, expondo os pulmões a uma quantidade de
micro-organismos maior que a habitual, o que pode
levar ao desenvolvimento da doença.
Sintomas
• Os sintomas mais comuns são tosse com secreções (pode
haver sangue misturado), febre alta (que pode chegar a
40°C), calafrios e falta de ar ou dor torácica durante a
respiração.

• O diagnóstico é feito basicamente a partir do histórico do


paciente, de exames clínicos e de raios-x do tórax.

• O tratamento depende do microrganismo causador da


enfermidade. Quando não é tratada, a pneumonia pode
evoluir para um quadro mais grave, podendo levar a
morte do paciente.
Prevenção
• As principais formas de prevenção da doença são
recomendações simples, como lavar as mãos, não fumar e evitar
aglomerações.

• Atualmente, existem vacinas disponíveis para a pneumonia


pneumocócica, que, mesmo não sendo capazes de prevenir
todos os casos de pneumonia, podem evitar as formas mais
graves.

• Segundo o Ministério da Saúde (MS), vacinação contra a gripe


(vírus influenza A ou H1N1) pode reduzir entre 32% a 45% o
número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a
mortalidade global pela doença.
Prevenção
• Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda
que alguns grupos mais suscetíveis ao agravamento
de doenças respiratórias sejam vacinados:
• Gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto,
crianças de seis meses a um ano, profissionais da
saúde, doentes crônicos, pessoas privadas de
liberdade e com 60 anos ou mais.
• No que se trata dos idosos, a vacinação contra a
gripe pode reduzir o risco de pneumonia em
aproximadamente 60%
Tétano
• Causado pelo bacilo Clostridium tetani, que pode
penetrar no organismo por ferimentos na pele ou pelo
cordão umbilical do recém-nascido quando cortado com
instrumentos não esterilizados.

• O doente apresenta dor de cabeça, febre e contrações


musculares, que provocam rigidez na nuca e na
mandíbula.

• Ha casos de morte por asfixia.

• A vacinação e os cuidados médicos (é aplicado soro


antitetânico em caso de ferimento suspeito) são
essenciais.
Vacinação
• Normalmente, logo nos primeiros meses de vida, a
criança recebe a vacina tríplice contra tétano,
difteria e coqueluche. Para os adultos, existe uma
forma especial chamada Dupla Tipo Adulto contra
difteria e tétano.

• Toma-se a primeira dose no momento que requer


atenção especial. A segunda, um a dois meses
depois e a terceira, de dois a seis meses depois da
segunda. Esta é uma informação importante que a
população nem sempre conhece. Em vacinação,
trabalha-se com intervalos mínimos ideais, mas o
intervalo máximo é infinito.
Sintomas
• O tétano muitas vezes começa com espasmos leves nos músculos
da mandíbula . Os espasmos também afetam os músculos do
tórax, do pescoço, da coluna e do abdome. Os espasmos nos
músculos da coluna muitas vezes causam arqueamento, chamado
de opistótonos.
• A ação muscular prolongada causa contrações repentinas, fortes e
dolorosas de grupos musculares. Isso é chamado de tetania. Esses
episódios podem causar fraturas e rompimentos musculares.
Tuberculose
• Principal causa de mortes no final do século XIX e
início do século XX, segue sendo a infecção mais
importante causadora de mortes em adultos no
mundo por um único agente infeccioso.

• Causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium


tuberculosis), compromete, em geral, os pulmões. O
doente apresenta tosse persistente,
emagrecimento, febre, fadiga e, nos casos mais
avançados, hemoptise (expectoração com sangue).
Prevenção e tratamento
• As medidas preventivas incluem vacinação das
crianças - a vacina é a BCG (bacilo de Calmet Guérin)
- e melhorias dos padrões de vida das populações
mais pobres. A infecção ocorre através de partículas
infectantes e o tratamento é feito com antibióticos.

• Estima-se que 1,7 bilhão de pessoas estejam


infectadas pelo Mycobacterium tuberculosis, sendo
esta doença responsável por cerca de 7% de todas
as mortes ocorridas na terra. No Brasil, anualmente
ocorrem cerca de 5.000 mortes por tuberculose
Vacinas
• Pesquisadores canadenses divulgaram em 10/2013, na revista
Science Translational Medicine, os resultados dos primeiros
testes feitos com uma vacina que pode aumentar a eficiência
da imunização contra a tuberculose.

• Projetada na McMaster University, em Ontário, para ser


aplicada após a vacinação inicial com a BCG, a terapia obteve
boas respostas em testes de fase 1 com humanos. A BCG é a
única imunização disponível contra a doença. A que está em
teste, chamada de AdHu5Ag85A, não provocou efeitos
colaterais relevantes nas cobaias e ainda aumentou a
quantidade de células de defesa.
Tratamento
• Ao contrário do que se pensa, tuberculose tem cura. A
tuberculose é tratada com antibióticos específicos
controlados. O tratamento utiliza quatro medicações
associadas por dois meses e, depois, dois antibióticos por
mais quatro meses.
• Esses remédios são combinados em um comprimido para
facilitar a aderência ao tratamento.
• Quando a doença atinge outros órgãos como ossos e
sistema nervoso central, ou quando o paciente tem
alguma deficiência na imunidade, no caso da Aids, por
exemplo, o tratamento deve ser estendido por nove até
12 meses
FEBRE TIFÓIDE
• Causada pela Salmonella typhi,

• Sintomas: Provoca úlceras no intestino,


diarreia, cólica e febre alta , mal estar geral,
cefaleia, esplenomegalia (aumento do baço)
manchas avermelhadas.

• O tratamento é feito com antibióticos. A


prevenção inclui vacinas e melhoria das
condições sanitárias da população
Transmissão
• É uma doença que pode ser transmitida de
forma indireta: transmissão hídrica e
alimentar , pode acontecer de forma direta,
através do contato com as mãos do doente

• Conhecida também como doença das mãos


sujas

• Periodo de incubação em média de 2 semanas


Vacina
• A vacina não possui um alto poder
imunogênico, sendo indicada apenas para as
pessoas sujeitas a exposições excepcionais
(contato com esgoto e regiões endémicas)

• Esta vacina não está disponível no calendário


básico vacinal

• O diagnóstico é feito através de exames de


sangue e fezes principalmente
BOTULISMO
• Intoxicação grave provocada pelos esporos do
Clostridium botulinum, presentes em alimentos
contaminados.

• Essa bactéria produz uma toxina que afeta o


sistema nervoso, provocando tremores, vômitos e
fraqueza muscular progressiva, que pode evoluir
para paralisia respiratória e morte.

• Não se deve consumir alimentos com cheiro


estranho ou enlatados em que a lata esteja em mau
estado de conservação ou estufada.
Tratamento
• Monitoraramento cardiorespiratório

• Soro antibotulínico e antibióticos

• Vacinas indicadas a profissionais que


manipulam o microrganismo
Meningite meningocócica
• Infecção das meninges (membranas que envolvem o cérebro
e a medula) causada pelo meningococo principalmente pelo
haemophilus influenzae, streptococus pneumoniae e
neisseria meningitiidis.

• Os sintomas iniciais são febre alta, náuseas, vômitos e


rigidez dos músculos da nuca (o doente não consegue
encostar o queixo no peito).

• A hospitalização deve ser imediata, com tratamento à base


de antibióticos, pois a doença pode ser fatal.

• Alguns vírus também podem provocar meningite.


Meningite viral ou bacteriana: qual é a mais
grave?

A bacteriana é a mais grave. Sem nenhuma


dúvida. A bactéria comumente responsável pelos
quadros mais graves e fatais é o meningococo.
Interessante saber que há  diferentes sorotipos
de meningococos, chamados pelas letras: A, B, C,
W, Y. Estes sorotipos variam sua incidência ao
longo do tempo. Há alguns anos, em nosso meio,
tem predominado o sorotipo C. 
Transmissão

• Através de vias respiratórias através do


contato com pessoas doentes

• Período de incubação de 2 a 4 dias

• Diagnóstico pelo exame do liquor (ou líquido


cefalorraquidiano)
Infecção e contagio
• Atinge o sistema nervoso central, através de
infecções adjacentes ( faringite, sinusite, otite
média e etc.)

• Também pode atingir o sistema nervoso


central através de uma septissemia (bactérias
na circulação sanguínea)
Complicações da doenças
• Neurológicas : AVC; herniações encefálicas,
de evolução geralmente fatal;
comprometimentos de nervos cranianos
(geralmente surdez definitiva);

• Complicações tardias : paralisia cerebral,


retardo mental, epilepsia, surdez e outras
hidrocefalia (acúmulo de líquido no encéfalo)
Vacina
• Vacina  pentavalente Brasil -difteria tétano,
coqueluche (pertussis), hepatite B e
haemofilus influenzae B – 3 doses: 2, 4 e 6
meses de idade, pelo SUS 2014

• Vacina meningite C doses do 3 e no 5 mês


de vida
Cólera
Cólera é uma doença causada
pelo bacilo colérico (Vibrio cholerae) que
se multiplica rapidamente
no intestino humano produzindo uma
potente toxina que
provoca diarréia intensa.

Ela afeta apenas os seres humanos e a


sua transmissão é diretamente dos
dejetos fecais de doentes por ingestão
oral, principalmente em água
contaminada.
• Período de incubação em media de 2
a 3 dias

• Complicações: alteração de ions


decorrentes da diarreia e vômitos,
desidratação com deterioração
progressiva da circulação, função
renal e no balanço eletrolítico.
Tratamento
• Formas leves: soro de reidratação oral

• Formas graves, hidratação venosa e


antibióticos

• Prevenção: higiene

• Vacinação: apresenta baixa eficácia (50%),


curta duração de imunidade ( 3 a 6 meses) ,
não evita a infecção assintomática
Hanseníase
• Em 1873 o cientista norueguês Gerhard Henrik
Amauer Hansen associou o microorganismo
Mycobacterium leprae com a doença humana, a
partir de biópsias de lesões cutâneas.

• Causada pelo bacilo de Hansen, causa lesões na pele,


nas mucosas e nos nervos (o doente apresenta falta
de sensibilidade na pele).

• A bactéria afeta predominantemente a pele, as vias


aéreas superiores, o sistema nervoso periférico e os
olhos, podendo levar à cegueira.
Informações importantes
• Esse bacilo tem capacidade de infectar
grande número de indivíduos (alta
infectividade), no entanto poucos adoecem
(baixa patogenicidade)

• O quadro clínico depende do grau de


endemia do meio e da resposta imunológica
(relação do parasita com o hospedeiro)
Transmissão e tratamento
• Trato respiratório é a mais provável via de
entrada do mycobacterium

• Encubação varia de 2 até 7 anos

• Tratamento: PQT -poliquimioterapia de 6 a


12 meses (dependendo da baciloscopia), que
são antibióticos combinados que evitam
evolução da doença, levando a cura

• Apenas o doente com baciloscopia positiva


transmite a doença
Difteria

• Muitas vezes fatal, é causada pelo bacilo diftérico,


acometendo principalmente crianças.

• Surge uma membrana branca na garganta,


acompanhada de dor, febre, dificuldade de falar e
engolir.

• O tratamento deve ser feito o mais rápido possível.


Vacinas e tratamento
• Complicações - Miocardite, neurites perifericas,
nefropatia toxica, insuficiencia renal aguda.

• Vacina  pentavalente Brasil e DTP

• Tratamento específico- Soro antidifterico (SAD),


medida terapêutica de grande valor, que deve ser
feita em unidade hospitalar e cuja finalidade e
inativar a toxina circulante o mais rapidamente
possível
Coqueluche
• Doença típica de crianças causada pela
Bordetella pertussis.

• O doente apresenta tosse seca característica,


e o tratamento consiste em repouso, boa
alimentação e, se o médico achar necessário,
antibióticos e sedativos para a tosse.

• Prevenção: vacina pentavalente Brasil


Febre maculosa

• A febre maculosa brasileira (FMB) é uma


doença infecciosa, febril aguda, de gravidade
variável, cuja apresentação clínica pode variar
desde as formas leves e atípicas até formas
graves, com elevada taxa de letalidade.

• É causada por uma bactéria do gênero


Rickettsia (Rickettsia rickettsii), transmitida
pelo carrapato Estrela
Febre maculosa

• Caracterizando-se por ter início abrupto, com


febre elevada, cefaléia e mialgia intensa e/ou
prostração, seguida de exantema máculo-
papular, predominantemente nas regiões
palmar e plantar, que pode evoluir para
petéquias, equimoses e hemorragias.

• O tratamento precoce é essencial para evitar


formas mais graves da doença.
Febre maculosa

• Não existe vacina


Tratamento

• A febre maculosa brasileira tem cura desde que o


tratamento com antibióticos (tetraciclina e clorafenicol)
seja introduzido nos primeiros dois ou três dias. O ideal
é manter a medicação por dez a quatorze dias, mas
logo nas primeiras doses o quadro começa a regredir e
evolui para a cura total.
• Atraso no diagnóstico e, consequentemente, no início
do tratamento pode provocar complicações graves,
como o comprometimento do sistema nervoso central,
dos rins e pulmões, das lesões vasculares e levar ao
óbito.
Leptospirose

• É uma doença infecciosa causada por uma


bactéria chamada Leptospira presente na
urina de ratos e outros animais, transmitida ao
homem principalmente nas enchentes.
Bovinos, suínos e cães também podem
adoecer e transmitir a leptospirose ao
homem.
Transmissão

• Em situações de enchentes e inundações, a


urina dos ratos, presente em esgotos e
bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das
enchentes.
• Qualquer pessoa que tiver contato com a água
das chuvas ou lama contaminadas poderá se
infectar.
• As leptospiras presentes na água penetram no
corpo humano pela pele, principalmente se
houver algum arranhão ou ferimento
Sintomas
• Os mais frequentes são parecidos com os de outras
doenças, como a gripe e a dengue.
• Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo
corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-
perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e
tosse.
• Nas formas mais graves geralmente aparece icterícia
(coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a
necessidade de cuidados especiais em caráter de
internação hospitalar. O doente pode apresentar
também hemorragias, meningite, insuficiência renal,
hepática e respiratória, que podem levar à morte.
Tratamento

• O tratamento é baseado no uso de medicamentos e


outras medidas de suporte, orientado sempre por
um médico, de acordo com os sintomas
apresentados. Os casos leves podem ser tratados em
ambulatório, mas os casos graves precisam ser
internados.

• A automedicação não é indicada, pois pode agravar


a doença.
Peste bubônica
• A peste bubônica, também chamada de peste
negra, é uma doença grave e muitas vezes fatal.
• causada pela bactéria da peste,Yersínia pestis,
que é transmitida por animais roedores aos
seres humanos.
• A maioria dos indivíduos não tratados morre
nas 48 horas que sucedem o início dos
sintomas.
Peste bubônica
• A peste septicêmica é uma infecção na qual a
forma bubônica estende-se até o sangue e pode
causar a morte, antes mesmo do surgimento de
outros sintomas da peste bubônica ou
pneumônica.

• A pestis minor é uma forma leve da mesma


infecção e, normalmente, ocorre apenas em
áreas geográficas onde a doença é prevalente.
Sintomas
• Aumento dos linfonodos( virilhas ou pescoço)
• Febre alta, Intolerância à luz, Apatia
• Tremores pelo corpo e Vertigens
• Cefaleia e Cansaço
• Tosse inicialmente seca e depois com sangue
A tosse ocorre em 24 horas. No início, o escarro é
claro, mas, rapidamente, ele começa a apresentar
sinais de sangue e, em seguida, torna-se
uniformemente rosado ou vermelho vivo e
espumoso
Diagnóstico e transmissão

• O diagnóstico da peste bubônica é feito através da análise


microscópica do conteúdo dos gânglios linfáticos após a
sua coleta.

• A transmissão da peste bubônica é feita através dos


roedores, especialmente os ratos. A pulga que infesta
alguns tipos de ratos, após levá-los à morte, pode migrar
para outros corpos atrás do seu alimento, o sangue. Após
picar a pele do ser humano, a bactéria da pulga instala-se
no nódulo linfático mais próximo e multiplica-se ali,
gerando todos os sintomas relacionados à peste.
Profilaxia
• A prevenção é baseada no controle dos roedores e no
uso de repelentes para evitar picadas de pulgas, pois as
bactérias causadoras da peste infectam principalmente
os ratos, camundongos e esquilos e a marmota da
pradaria, e geralmente, a peste é transmitida ao ser
humano por pulgas de animais infectados. 
• A transmissão por animais de estimação
(especialmente os gatos) também pode ocorrer através
de picadas de pulga ou da inalação das gotículas
infectadas.
Tratamento
• O tratamento para a peste bubônica consiste
em tomar antibióticos, como, por exemplo:
Doxiciclina, estreptomicina, gentamicina,
tetraciclinas e cloranfenicol.

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