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Sermão de

Santo António
aos Peixes
Padre António Vieira

Disciplina de: português


Ano: 11º
Trabalho realizado por:
Eduardo Pereira nº 6
Ruben Marques nº 26
Um dos Peixes Louvados

Rémora
Características da Rémora:

A rémora é um peixinho pequeno que se pega ao leme de uma Nau


da Índia, apesar das velas, e dos ventos, e de seu próprio peso, e
grandeza, a prende, e amarra mais, que as mesmas âncoras, sem
se poder mover, nem ir por diante. (Sermão Capitulo 111)

 Peixinho: diminutivo  Através da ironia


usado como expressão de realça-se que é pequeno
carinho e como forma de no corpo mas grande na
destacar o seu pequeno força (é persistente e
tamanho; determinado).
Virtudes da Rémora:

 A Rémora pegava-se ao
leme da Nau sendo o seu freio,
era o leme do leme."

 Tinha a capacidade de
aderir ao timão de um navio
e de o impedir de avançar.
Referência/exemplo bíblico - significado

Na escritura  os peixes são louvados


pelas suas virtudes e em contraste critica-se
a humanidade.

 Tal como Santo António que


sarava a cegueira dos ouvintes e
expulsava os demónios, está a
Rémora que se pega ao leme de
uma nau e a prende.
Os visados na pregação

No Capítulo III Santo Antónlo faz o papel


de Rémora que segura os vícios dos
homens.

No final do capítulo, os ouvintes já


não ouvem o grande pregador,
Santo António, "e choram na
terra tantos naufrágios”.
Relação da Rémora com
Santo António e/ou Vieira

É feita uma analogia entre o peixe


Rémora e a língua de Santo António.

O peixe apesar de ser tão pequeno,


consegue controlar o rumo de uma
nau. Santo António com a sua língua,
consegue dominar as paixões
humanas: a soberba, a vingança, a
cobiça e a sensualidade.
Tipos de argumentos utilizados – seu significado
A língua de Santo António teve a força de uma rémora
para dominar a fúria das paixões humanas, guiando a
razão pelos caminhos do bem.

Nau Soberba - representa o excesso de


orgulho, a pessoa que gosta de se “armar” e
mostrar mais do que aquilo que é. É altivez,
arrogância, vaidade.

 A nau Soberba, com as velas inchadas de


vento, não se desfez nos rochedos, porque as
palavras de António a salvaram.
Tipos de argumentos utilizados – seu significado

Nau Vingança - representa a fúria e a


impetuosidade que arrastam as pessoas que
passam a vida a viver em função de se
vingarem de alguém.

 Efeitos da língua de Santo António - Detém


a fúria, acaba com o ódio e com a ira, e faz
içar as bandeiras da paz.
Tipos de argumentos utilizados – seu significado

Nau Cobiça - representa a ambição, a ânsia e a


ganância. Condena os homens que acumulam
demasiados bens materiais.

 Efeitos da língua de Santo António - Salva


a nau, porque esta vai sobrecarregada e corre
o risco de “afundar-se”.
Tipos de argumentos utilizados – seu significado

Nau Sensualidade – representa a cegueira e a


desorientação dos que se deixam levar por
todos aqueles que têm grande poder de
persuasão, e que os fazem cair em tentação.

 Efeitos da língua de Santo António -


impede a nau de naufragar, ou seja, os seus
ocupantes readquirem a capacidade de ver e
voltam a assumir o rumo certo.
Recursos expressivos relevantes –
seu valor expressivo
• Comparação – língua de Santo António como Rémora ambos representam a
força e a tenacidade;
• Metáfora – Naus = Vícios  as naus podem afundar-se se não forem bem
guiadas, tal como os homens caem em desonra se se entregam aos vícios;
• Antítese – “peixinhos”  reforça-se a ideia de que são muito pequenos, mas
ao mesmo tempo têm muita força;
• Repetição – “língua de Santo António”;

• Alegoria – o peixe Rémora  representa a força da língua de Santo António


para controlar os vícios dos homens.
Fim

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