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Biofísica Sistema Respiratório

Profª Drª Juliana Aguiar

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ROTEIRO
• Funções do sistema respiratório;
• Componentes do aparelho respiratório;

– Mecânica respiratória;

– Hematose pulmonar

– Fluxo (Lei de POUSEILLE)

• Capacidades e volumes respiratórios (Espirometria);

• Índice ventilação-perfusão

• Interação entre pulmão e a parede torácica;

• Propriedades elásticas do pulmão;


– Complacência;

– Patologias;

– Tensão superficial (Lei de LAPLACE);

– Surfactante;

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Funções
– Troca gasosa (captar oxigênio atmosférico e liberar dióxido de carbono CO2 produzido no
organismo para o ambiente);
– Regulação do pH sanguíneo;
– Transferência de calor para fora e dentro do corpo (Evaporação);
– Proteção contra substâncias irritantes e patógenos inalados;
– Fonação;

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Respiração Externa
– A respiração abrange dois processos distintos, mas
relacionados:

– Respiração externa: sequência de eventos na troca


de O2 e CO2 entre o ambiente externo e o
organismo;

– O sistema respiratório não realiza todos os


passos da respiração externa– ele está envolvido
somente na ventilação e na troca de O2 e CO2
entre os pulmões e o sangue.

– Respiração celular;

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Componentes do aparelho respiratório

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Biofísica do sistema respiratório

• No sistema respiratório o transporte de gases


é feito por difusão passiva (moléculas se
movimentam das áreas de pressão parcial
mais altas para as mais baixas).

• A taxa de movimento de difusão das


moléculas dependem da superfície de área
disponível, além da distância de destino e a
resistência do tecido.

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Biofísica do sistema respiratório

• No sistema respiratório o transporte de gases


é feito por difusão passiva (moléculas se
movimentam das áreas de pressão parcial
mais altas para as mais baixas).

• A taxa de movimento de difusão das


moléculas dependem da superfície de área
disponível, além da distância de destino e a
resistência do tecido.

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Mecânica
respiratória

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Mecânica respiratória

– CAPACIDADE E VOLUMES RESPIRATÓRIOS


– O sistema respiratório humano comporta um volume total médio de 5- 6 litros de ar (capacidade
pulmonar total);

– (500ml) é renovado em cada respiração em repouso. Esse volume renovado é o volume corrente
(VC);

– 150ml (espaço morto) ar das vias aéreas;

– Se no final de uma inspiração forçada, executarmos uma expiração forçada, conseguiremos retirar
dos pulmões uma quantidade de 4 litros de ar, o que corresponde à capacidade vital, e é dentro de
seus limites que a respiração pode acontecer.

– Mesmo no final de uma expiração forçada, resta nas vias aéreas cerca de 1 litro de ar, o volume
residual.

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Mecânica
respiratória
Espirometria

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Mecânica respiratória

– Ventilação – perfusão (V/Q)


• É a razão existente entre a quantidade de ventilação e quantidade de sangue que chega a esse
pulmão(valores normais 0,8 a <1);
• Mede a funcionalidade do sistema respiratório.
• Equilíbrio é essencial para as trocas gasosas
• Índice V/Q
• Pulmão normal – relação deve estar abaixo de 1;
• Pulmão não é todo ventilado a cada inspiração.
• Distribuição da ventilação: a ventilação é maior na base pulmonar e vai decrescendo em
direção ao ápice.

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Mecânica respiratória

V/Q alto
Aumento da ventilação
Diminuição da perfusão
Hipoxemia

V/Q baixo
Diminuição da ventilação
Aumento da perfusão
Hipoxemia refratária (Shunt)
Edema pulmonar
Pneumonia

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Mecânica respiratória

Os pulmões são revestidos externamente pela pleura visceral e a


face interna da caixa torácica pela pleura parietal. Existe entre
elas o espaço intrapleural, no qual um fluido, o líquido
pleural, exerce forças adesivas.

• Os pulmões estão em contato com a caixa torácica através


desse líquido.

• São essas forças que permitem que os pulmões acompanhem


o movimento da caixa torácica e assim mudem seu volume
para controlar a pressão e, portanto, a entrada e saída de ar.

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Mecânica respiratória

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Mecânica respiratória

• Pressão entre os pulmões e a caixa torácica aumenta e diminui mas sempre permanece negativa -> essa
pressão é chamada pressão intratorácica;

• A Pressão intratorácica deve ser subatmosférica (negativa) para manter os pulmões expandidos.

• Os pulmões permanecem expandidos por causa da pressão pleural que, durante, as pausas compreendidas
entre a expiração e a inspiração, é de – 2 cmH2O a – 5cmH2O.

• As forças do espaço pleural equilibram as forças elásticas intrapulmonares que tendem a promover o
colapso do órgão.

• Durante as pausas respiratórias, a pressão intra-alveolar (ou intra-pulomonar) é igual à pressão atmosférica.

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Mecânica respiratória

• Rompimento do equilíbrio de forças entre o pulmão e a parede torácica parede torácica: pneumotórax

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Fluxos Respiratórios

• Os fluidos se movem espontaneamente da região de maior pressão para a região de menor pressão.
• Tipos de escoamento:
– Laminar
– Turbulento
– Misto /transição

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Fluxos Respiratórios

• Os fluidos se movem espontaneamente da região de maior pressão para a região de menor pressão.

• Tipos de escoamento:
– Laminar
– Turbulento
– Misto /transição

• Laminar: o fluido se move em camadas. A mais superficial, aquela que está em contato com a parede do tubo,
possui velocidade muito pequena. A velocidade das demais camadas cresce da periferia para o centro;

• Turbulento: o fluido desenvolve redemoinhos e não há organização mecânica no movimento. Alta resistência
ao fluxo, exigindo um elevado consumo de energia para promover a movimentação do fluido;

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Fluxos Respiratórios

– LEI DE POUSEILLE
• O movimento de líquidos e fluídos é governado pela lei de Pouseuille.
• Para que exista um fluxo da atmosfera até os alvéolos é necessário que ocorra uma diferença
de pressão entre a atmosfera e o alvéolo na fase inspiratória, na fase expiratória ocorre o
inverso.

Fluxo de ar = ΔP /R

Q = (P1 – P2) / R
R = (8 L) / ( r4)
P = F /A

Lei só se aplica a fluxos laminares;


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Propriedades do Pulmão

– Complacência
• Podemos usar como sinônimo de complacência -> distenbilidade.
• A complacência do pulmão diminui conforme o volume aumenta.
– É a relação entre variação de volume e a pressão necessária para promover essa
mudança de volume;
• A curva de complacência pulmonar é diferente durante a fase de insuflação e deflação. Esse
fenômeno é conhecido como HISTERESE PULMONAR;
• Relaciona-se com tensão superficial e elasticidade.

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Propriedades do Pulmão

– Complacência diminuída:
– Congestão de vasos pulmonares
– Fibrose Pulmonar
– Edema Pulmonar
– Hipertensão Pulmonar Venosa
– Produção insuficiente de surfactante;
– Nessas situações para uma mesma variação de volume é necessária uma grande variação de pressão.

– Complacência aumentada:

• Enfisema Pulmonar (aumento da complacência por destruição das fibras elásticas);


– Envelhecimento Pulmonar
– Exarcerbação de asma (mecanismo desconhecido)

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Propriedades do Pulmão

– Tensão superficial
• Sempre que existir a interface entre um líquido e um gás existirá uma tendência das moléculas
superficiais se manterem mais coesas uma vez que, não há moléculas na fase gasosa para
atraí-las;
• Força de atração é a tensão superficial;
• A tensão induz as moléculas a manterem a menor área possível com a região gasosa.

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Propriedades do Pulmão

– Tensão superficial
• Doença da membrana Hialina
• A tensão superficial pode ser tão grande que é difícil fazer o alvéolo inflar. Esse problema
chamado doença da membrana hialina ocorre mais em recém-nascidos. Esses bebês tem falta
de surfactante e por isso respiram com grande esforço. O surfactante nos pulmões tem o papel
de controlar (reduzir) a tensão superficial. Isso também acontece com vítimas de afogamento,
a água aumenta a tensão superficial nos alvéolos.

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QUESTÃO

• SE VOCÊ DESEJA BOMBEAR AR PARA DENTRO DO PULMÃO DE UM PACIENTE


ATRAVÉS DE UM BALÃO QUE ESTÁ CONECTADO A UM VENTILADOR RESPIRATÓRIO,
VOCÊ ESCOLHERIA UM BALÃO GRANDE OU PEQUENO PARA CONSEGUIR A
MÁXIMA PRESSÃO? E PARA CONSEGUIR INSUFLAR O MÁXIMO VOLUME?

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Espirometria

– A espirometria ainda é a ferramenta diagnóstica mais utilizada na avaliação funcional


respiratória.
– É um exame de ampla aplicabilidade e reprodutibilidade na grande maioria dos pacientes.

– O termo espirometria é proveniente do latim (spiro = respirar e metrum = medida) e consiste


em medir a entrada e a saída de ar nos pulmões.

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Espirometria

– A espirometria, que também é entendida como prova de função pulmonar, tem como principais
objetivos:

• a) detectar precocemente as disfunções pulmonares obstrutivas;


• b) detectar ou confirmar as disfunções pulmonares restritivas;
• c) diferenciar uma doença obstrutiva funcional de uma obstrutiva orgânica;
• d) avaliar a evolução clínica de uma pneumopatia;
• f) avaliar o risco cirúrgico;
• g) direcionar condutas em pacientes cardiopatas;
• h) subsidiar a avaliação da saúde do trabalhador, especialmente no controle de riscos industriais.

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Espirometria

Distúrbios obstrutivos: são caracterizadas por uma diminuição da taxa de fluxo expiratório, devido ao
aumento da resistência das vias aéreas.
Ex: Enfisema pulmonar, tuberculose, Pneumonia, Asma.

Distúrbios restritivos: condições nas quais a capacidade inspiratória dos pulmões encontra-se reduzida em
relação aos valores preditivos normais.
Ex: insuficiência respiratória aguda, doenças pleurais, Síndrome do desconforto respiratório agudo.

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Espirometria

A relação VEF1/CVF (índice de Tiffenau) nos indica


se há ou não obstrução ao fluxo de ar;

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ATIVIDADE
• Sistema respiratório;
– Atividade em grupo;
– Vídeo, mapa mental, ppt, animação etc...
– Explicação sobre uma Patologia do sistema respiratório previamente definida e encaminhada ao
grupo, que contemple os seguintes aspectos:
– Aspectos gerais sobre a fisiopatologia;
– Comprometimento dos aspectos biofísicos;
– Possíveis diagnósticos;
– Indicação médica de tratamento;

– Pontuação 2,0 pontos (segunda avaliação).

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Biofísica Sistema Respiratório
Profª Drª Juliana Aguiar

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