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Argilas e Cerâmicas

Nomes : Beatriz de Sousa n° 04


Bruno Mariano Leite n° 06
Carolina Tami Kuboyama n° 09
Bruna Medeiros n° 37
O que é Argila?
A argila é um material proveniente da decomposição,
durante milhões de anos, das rochas feldspáticas,
muito abundantes na crosta terrestre.
 As argilas se classificam em duas
categorias: Argilas Primárias e Argilas Secundárias o
u Sedimentares. As primeiras são formadas no
mesmo local da rocha mãe e têm sido pouco
atacadas pelos agentes atmosféricos. Possuem
partículas mais grossas e coloração mais clara, são
pouco plásticas, porém de grande pureza e possuem
alto nível de fusão. O caulim é uma das argilas deste
tipo.
Do que e como a argila é formada?
 Argilas secundárias ou sedimentares são as que têm
sido transportadas para mais longe da rocha mãe
pela água, pelo vento e incluindo ainda o desgelo. A
água especialmente tritura a argila em partículas de
diferentes tamanhos, fazendo com que as mais
pesadas se depositem primeiro, as outras vão se
depositando de acordo com seu peso pelo decorrer
do caminho, sendo que as mais leves se depositam
onde a água pára. As secundárias são mais finas e
plásticas que as primárias, podendo, no entanto
conter impurezas ao se misturarem com outras
matérias orgânicas.
Derivações e Plasticidade
 As argilas derivam em geral de rochas base do tipo
cristalina e eruptiva como os feldspatos, granitos e basaltos
que em um processo longo e lento de decomposição por
efeito de agentes geológicos como vento, chuvas,
temperaturas frias e quentes e a erosão pelas partículas de
areia que carregadas pelo vento causam a fragmentação da
rocha maciça em grãos de vários tamanhos.
 Argilas e caulins são materiais plásticos pois têm a
propriedade de quando misturados com água em devidas
proporções, apresentarem a possibilidade de serem
amassados e trabalhados mantendo a forma que se quer.
Quando secos ainda crus basta adicionar água para que
voltem ao estado de plasticidade.
Tipos de Argila
 ARGILA NATURAL - Argila que foi extraída e limpa, e que pode
ser utilizada em seu estado natural, sem a adição de outras
substâncias.

 ARGILA VERMELHA - Argila muito plástica e fundível que


contém uma porcentagem muito grande de óxido de ferro. Suporta
temperaturas até aos 1100 °C, e só funde a partir desse ponto,
podendo ser usada como verniz de grés. É vermelha quando está
úmida e castanha depois de cozida.

 ARGILA REFRATÁRIA - argila resistente ao calor, por isso


apresenta um ponto de fusão alto, entre 1600 e 1750ºC. Trata-se
de uma argila muito pura que praticamente não tem ferro. Depois
de sua cozedura a sua cor varia desde o creme ao cinzento.
 CAULIM - Também conhecida como argila da China, é um tipo de
argila primária que se utiliza para fazer peças de porcelana.
 Apresenta uma cor branca tanto em crua como em cozida. Funde
por volta dos 1800ºC, e para baixar o seu ponto de fusão,
misturam-se materiais fundentes. Só se pode trabalhar em moldes.
Têm de ser lavada por ter impurezas.

 BETONITA - argila muito plástica e vulcânica. É oleosa e pode


aumentar de 10 a 15 vezes o seu volume quando entra em contato
com a água. Mistura-se nas massas cerâmicas para aumentar a sua
plasticidade e funde por volta dos 1200ºC.

 ARGILAS DE BOLA (BALL-CLAY): São argilas secundárias


muito plásticas, de cor azulada ou negra, apresenta alto grau de
contração tanto na secagem quanto na queima. Sua grande
plasticidade impede que seja trabalhada sozinha, fica pegajosa
com a água. É adicionada em massas cerâmicas para proporcionar
maior plasticidade e tenacidade à massa. Vitrifica aos 1300°C.
 ARGILAS PARA GRÊS: Argila de grão fino, plástica,
sedimentária e refratária -  que suporta altas temperaturas.
Vitrificam entre 1250 - 1300°C. Nelas o feldspato atua como
material fundente. Após a queima sua coloração é variável, vai
do vermelho escuro ao rosado e até mesmo acinzentado do
claro ao escuro.

 ARGILA EXPANDIDA: É produzida em grandes fornos


rotativos, utilizando argilas especiais que se expandem a altas
temperaturas (1100°C), transformando-as em um produto leve,
de elevada resistência mecânica, ao fogo e aos principais
ambientes ácidos e alcalinos, como os outros materiais
cerâmicos. Suas principais características são: leveza,
resistência, inércia química, estabilidade dimensional,
incombustibilidade, além de excelentes propriedades de
isolamento térmico e acústico. Desde o início das pesquisas, a
argila expandida apresentou excelentes qualidades,
equivalentes aos melhores agregados citados na literatura
internacional, sendo aplicada em obras de vulto e projeção
como na pavimentação da ponte Rio - Niterói, na reconstrução
do elevado Paulo de Frontin, dentre outras.
Argila na natureza 1

Zona de extração de Argila na natureza  2


argila
Massas Cerâmicas
 Além das argilas existem outros materiais cerâmicos que
misturados às argilas produzem as chamadas massas ou pastas
cerâmicas.
 Alguns são adicionados como anti-plásticos e outros como
fundentes. Os anti-plásticos reduzem o encolhimento das argilas
quando secam, enquanto os fundentes abaixam a temperatura de
vitrificação destas.
 Os objetos cerâmicos podem ser produzidos através da mistura de
duas ou mais  argilas  que misturadas irão adquirir uma
característica própria e formarão o que chamamos de massa
cerâmica.
As massas cerâmicas podem ser classificadas de maneira geral
em dois grupos, no primeiro as porosas (não vitrificadas), e as
vitrificadas.

 PORCELANAS - Produzidas com argilas brancas, com 30 a


65% de caulim; 20% a 40% de feldspato e com 15 a 25% de
quartzo.

 PORCELANA DE OSSOS - (Boné China) Pasta dura e


translúcida, branca e fina, composta basicamente de ossos
calcinados (fosfato de cálcio), que atua como fundente. Na sua
composição entram aproximadamente uns 50% de ossos
calcinados, uns 25% de feldspato e outros 25% de caulim.

 LOUÇA - Granito, Pó de pedra, Maiólica ou Faiança, são


denominações especiais que caracterizam determinadas
produções. A massa da louça é menos rica em caulim do que a
porcelana e é associada a argilas mais plásticas. São massas
porosas de coloração branca ou marfim e precisam de posterior
vitrificação.
MASSAS ESPECIAIS:
 PAPER-CLAY - Argila com polpa de papel, quando queimada
fica muito leve e delicada. Dependendo da formulação essa
massa pode produzida como um tipo de papel machê. Surge
como uma possibilidade para escultores.
 PASTA EGÍPCIA - Pode ser considerada como a mais antiga
forma de vidrado, pois se sabe de sua utilização desde 5000 anos
A.C. É uma pasta de preparo especial e seu aspecto vítreo se
deve aos sais solúveis de sódio, em forma de um pó cristalino e
seco que fica na superfície durante o lento processo de secagem.
Não deve ser tocada em fase de secagem pois há que se evitar
que  o  vidrado  se solte. A pasta egípcia é pouco plástica,
podendo até ser adicionado à ela a bentonita para melhorar a
plasticidade. A queima fica em torno de 950°C. As peças durante
a queima devem ser colocadas em suportes cobertos com
alumínio, evitando assim que se colem nos suportes ou placas.
 GRÉS - Massa que queima alto como a porcelana e também de
grande dureza. Em sua composição não entram argilas tão brancas
ou puras como na porcelana o que apresenta possibilidades de
coloração avermelhada, branca, cinza, preto, etc. Depois de
queimadas são impermeáveis, vitrificadas e opacas. A temperatura
de queima vai de 1150°C a 1300°C.

 TERRACOTA ou ARGILA VERMELHA - Popularmente


conhecida como barro. De grande plasticidade e em sua composição
entram uma ou mais variedades de argilas. Produzidas sem tanta
preocupação com seu estado de pureza, quando queimadas no
máximo até 1100°C adquirem colorações que vão do creme aos tons
avermelhados, o que mostra o maior ou menor grau da
porcentagem de óxido de ferro. Formadas por argilas ferruginosas.

 MASSAS REFRATÁRIAS - Possuem um ponto de fusão muito


alto, além de 1600°C. Podem suportar vários choques térmicos e em
sua composição não deve haver ferro. São massas argilosas
misturadas com chamote de argilas petrificadas, que foram
trituradas e queimadas.
 FAIANÇAS CALCÁRIAS: São produtos com porosidade
acentuada, constituídos basicamente por argilas, caulins,
quartzo, talco, filito e dolomita ou calcita. Na fabricação destas
faianças devem conter teores muito baixos de óxido de ferro e
titânio (no máximo 1%). Tal exigência se deve a sua cor
requerida de creme a branco, quando queimadas em
temperaturas em torno de 1050 °C, sob um ciclo de queima de
aproximadamente 8 h.

 FAIANÇAS CALCÁRIAS-FELDSPÁTICAS: São massas


derivadas das faianças calcárias, nas quais é introduzido o
feldspato como um provedor de sinterização. Os demais
componentes são iguais aos da faiança calcária, porem suas
temperaturas de queima são alteradas para temperaturas
próximas de 1100°C em ciclos de queima da ordem de 10 a 12
horas. O produto resultante apresenta porosidade aberta mais
baixa.

 FAIANÇAS FELDSPÁTICAS:São produtos do triaxial


cerâmico tradicional contendo basicamente argila, caulim ,
quartzo e feldspato e diferenciam-se adicionalmente por serem
queimadas em temperaturas mais elevadas da ordem de 1200 °
C. Como resultado apresentam uma elevada resistência
mecânica após queima e baixa absorção de água.
Micrografia com aumento de 500x de diferentes regiões:
(a) Portugal; (b) Santa Catarina; (c) Piauí; (d) Campos.

Faiança Gres
Massa desenvolvida para ser queimada a Massa desenvolvida para temperatura de
temperatura de 1050 C , apresentando-se na cor queima de 1200 C, Apresentando-se na cor
branca. Ideal pra torno, rollers, prensas e creme e com baixa porosidade. Ideal pra torno,
fundição. rollers, prensas e fundição.
REFERÊNCIA

 NOTA POSITIVA. Argila. Disponível em:http


://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/eductecnol/eductecnol_trab
/argila.htm. Acesso em 15 de outubro de 2012.
 CERÂMICA. As argilas. Disponível em:
http://www.portorossi.art.br/as_argilas.htm . Acesso em 18 de outubro de 2012.
 VISA CONSULTORES. Argilas: O que são, suas propriedades e classificações. 
http://www.visaconsultores.com/pdf/VISA_com09.pdf . Acessado em 18 de outubro de 2012.
 CERÂMICA INDUSTRIAL. Barbotinas Cerâmicas Contendo Rejeito de Vidro e Soda Cal Para
Maturação em Baixa Temperatura. Disponível em:
http://www.ceramicaindustrial.org.br/pdf/v08n03/v8n3_5.pdf . Acessado em 18 de outubro de
2012.

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