História da Educação

Prof. Dr. Sérgio C. Fonseca

sergiofonseca@usp.br

Universidade de São Paulo

FFCLRP

1
 História da Educação - Objetivos
• Geral
- Propiciar elementos para a compreensão, do ponto de vista
histórico, da evolução do fazer e do pensar pedagógicos no
chamado mundo ocidental da Antiguidade à
Contemporaneidade.

• Específicos
- Analisar os dilemas da educação nos dias atuais como frutos da
construção sócio-histórica da humanidade
- Compreender criticamente a relação dialética existente entre o
fazer pedagógico e o contexto sócio-econômico e político nos
diferentes períodos históricos.

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 História da Educação – Conteúdo geral
• Conteúdo:
• Grécia: sociedade, educação e cultura;
• Antigüidade romana: nascer e viver no Império;
• Cultura, vida social e educação no medievo
europeu;
• Formadores da pedagogia moderna entre os
séculos XVI e XVII;
• Formadores da pedagogia e da escola
contemporânea entre os séculos XVIII e XIX;
• A centralidade da escola na época
contemporânea;
3
 História da Educação – Leituras...
• Bibliografia básica:
1. ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2a ed. Rio
de Janeiro: LTC, 1981.

2. CAMBI, Franco. História da pedagogia. São Paulo: UNESP, 1999.

3. HILSDORF, Maria Lucia Spedo. O aparecimento da escola

moderna. Um história ilustrada. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

4. HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA. Do Império Romano ao ano mil.

12a reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. 5 vols.

5. MARROU, Henri-Irénée. História da educação na Antigüidade. 4a

reimpressão. São Paulo: E.P.U.; Brasília: MEC, 1975.

4
 Avaliação
• Instrumentos:
- Avaliações primeiro bimestre (Peso 4):
a) Trabalho (em grupo) em sala de aula: peso 2;
b) Trabalho (em grupo) em sala de aula: peso 2.

- Avaliação segundo bimestre (Peso 6):

a) Avaliação dissertativa individual. Incluindo
questão(ões) sobre obra literária indicada para
leitura durante o semestre.

- Nota final:
a) somatória dos resultados dos dois grupos de
avaliações.
5
Da Antiguidade greco-romana ao Medievo
europeu

6
Leitura Aula 2
Grécia e Roma: cultura, escola e educação

1 MANACORDA, Mario A. A educação na Grécia. In: ______.

História da Educação: da Antiguidade aos nossos dias. 10a
edição São Paulo: Cortez, 2002. p. 41-110.

O nascimento da escola na Idade Média

2 GAUTHIER, Clermont. O nascimento da escola na Idade Média.

In: GAUTHIER, Clermont; TARDIF, Maurice. A Pedagogia: teorias
e práticas da Antiguidade aos nossos dias. Petrópolis, RJ: Vozes,
2010. p. 61-88.

7
8
9
Estágios da educação escolar medieval

10
 O trivium e o quatrivium

• O trivium, ou encontro de três caminhos,

consistia em gramática, dialética e retórica;

• O quatrivium, ou encontro de quatro

caminhos, consistia em aritmética, geometria,
astronomia e música

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Passagem para o século XVI

12
Leitura Aula 3
As universidades medievais

3 MOULIN, Léo. A universidade. In: ______. A vida quotidiana dos

estudantes na Idade Média. Lisboa: Edição Livros do Brasil, 1994.
p. 265-340.

A cultura letrada no início do Renascimento

4 BURKE, Peter. O ofício do saber: os letrados europeus. In:

______. Uma história social do conhecimento: de Gutenberg a
Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. p. 25-53.

13
Os formadores da pedagogia e da escola
modernas

14
15
A figura antes do nome. (Da 1ª. Edição do Orbis pictus, de Comenius, 16
1651.
Leitura Aula 4
Formadores da pedagogia e da escola moderna

5 FRANCA S.J., Leonel. O método pedagógico dos jesuítas: o

“Ratio Studiorum”: Introdução e Tradução. Rio de Janeiro: Livraria
Agir Editora, 1952. p. 118-149; p. 165-195.

COMENIUS. Princípios em que se fundamento a solidez no

6 ensinar e no aprender. In: ______. Didática Magna. Martins
Fontes. São Paulo: Martinas Fontes, 1997. p. 183-229.

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• Educação negativa

• “Uma criança é naturalmente inclinada ao movimento, à ação;

deve ser-lhe dada liberdade para viver, respirar, sentir
livremente a sua própria energia, e descobrir por si mesma,
lidando com o mundo material, o alcance e o limite de seus
poderes. Gradualmente, adquirirá a experiência em primeira
mão de como funciona o mundo, e aprenderá como ele pode
ser usado vantajosamente, trabalhando com ele, em vez de
tentar submetê-lo ao seu comando.” (Dicionário Rosseau – N.
J. H. Dent, p. 117)
Leitura Aula 5
A criança no centro do processo educativo

7 ROSSEAU, Jean-Jacques. Introdução. In: ______. Emílio, ou Da

Educação. 2a ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 3-64.

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História da infância

20
 O oblato

Criança oferecida com seu dote ao mosteiro. Século XII. (Biblioteca de Doani)
21
 22
“Grupo de família”, atribuído a M. Nouts. Século XVII
Leitura Aula 7
A descoberta da infância

ARIÈS, Philippe. A descoberta da infância. In: ______. História

8 social da criança e da família. 2a ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981. p.
50-68; p. 156-164.

9 POSTMAN, Neil. Os incunábulos da infância. In: O

desaparecimento da infância. Rio de Janeiro: Graphia, 1999. p.
17-78.

23
Ensino mútuo (1815). Método lancasteriano. 24
A organização escolar

25
A formação dos sistemas disciplinares no século
XVIII

26
• A gênese do poder disciplinar em processo

• Segundo Foucault:
“O poder disciplinar é com efeito um poder que, em vez de se apropriar e de
retirar, tem como função maior ‘adestrar’; ou sem dúvida adestrar para
retirar e se apropriar ainda mais e melhor. Ele não amarra as forças para
reduzi-las; procura ligá-las para multiplicá-las e utilizá-las num todo. Em
vez de dobrar uniformemente e por massa tudo o que lhe está
submetido, separa, analisa, diferencia, leva seus processos de
decomposição até às singularidades necessárias e suficientes. ‘Adestra’
as multidões confusas, móveis, inúteis de corpos e forças para uma
multiplicidade de elementos individuais – pequenas células separadas,
autonomias orgânicas, identidades e continuidades genéticas,
segmentos combinatórios.”
• (FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. 15 ed. Petrópolis: Vozes, 1997. p. 153)
27
Leitura Aula 8
A escola e a formação dos sistemas disciplinares

10 FOUCAULT, Michel. Os corpos dóceis. In: ______. Vigiar e punir.

Petrópolis: Vozes, 1987. p. 125-152.

Os sistemas disciplinares e a infância pobre

ENGUITA, Mariano Fernández. Do lar à fábrica, passando pela

11 sala de aula: a gênese da escola de massas. In: ______. A face
oculta do capitalismo. Educação e trabalho no capitalismo. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1989. p. 105-p. 131.

28
29
Leitura Aula 10
Infância, escola e sociedade no século XIX
 
12 Charles Dickens. Oliver Twist. São Paulo: Nova Cultural, 1993.

30
As origens da escola pública

31
32
 Primeira memória: natureza e objeto da instrução
pública
• “A sociedade deve ao povo a instrução pública
- Como meio de tornar real a igualdade de direitos”

• A instrução como meio de evitar a desigualdade e a

dependência

• A desigualdade de instrução é tirania

• Diminuir a desigualdade resultante da diferença dos

sentimentos morais

• Para fazer aumentar na sociedade a quantidade de

“conhecimentos úteis” 33
Leitura Aula 11
A instrução pública para todos

13 CONDORCET. Primeira memória: natureza e objeto da instrução

pública. In: _______. Cinco memórias sobre a instrução pública.
São Paulo. UNESP, 2008. P. 15-68.

34
A formação dos sistemas escolares nacionais na
Europa durante o século XIX

35
Leitura Aula 12
A formação dos sistemas escolares na Europa

14 HILSDORF, Maria Lucia Spedo. A escola popular elementar. In:

______. O aparecimento da escola moderna. Belo Horizonte:
Autêntica, 2006. p. 157-200.

LEIF, Josef. A escola elementar. In: DEBESSE, Maurice;

15 MIALARET, Gaston. Tratado das ciências pedagógicas. São
Paulo: Nacional; Universidade de São Paulo, 1977. p. 113-140.

36
A criança no centro do processo educativo: a
renovação da pedagogia na primeira metade do
século XX

37
Leitura Aula 13
A formação da escola contemporânea

16 GAUTHIER, Clermont. Da pedagogia tradicional à pedagogia

nova. In: GAUTHIER, Clermont; TARDIF, Maurice. A Pedagogia:
teorias e práticas da Antiguidade aos nossos dias. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2010. p. 175-202.

CAMBI, Franco. O século XX até os anos 1950. “Escolas Novas”

17 e ideologias na educação. In:______. História da Pedagogia. São
Paulo: UNESP, 1999. p. 509-534.

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