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Equipe Executora Regional

Supervisoras de Ensino Prof.ª Dr.ª Claudineia R. O. Tavares e Prof.ª Waldyrene Palma


Professoras Especialistas em Currículo (PEC) Prof.ª Irani G. A. de Araújo e Prof.ª
Sidy do C. Villas Boas Pereira

Diretoria de Ensino – Região de Limeira


fevereiro/2023
PAUTA

PROFA. CLAUDINÉIA TAVARES


- Legislações que amparam a Busca ativa e
instrumentos de busca ativa

- Mapeamento da rede protetiva

- Programa “ Psicólogos da Educação”

- Acompanhamento dos estudantes em cumprimento


de medida socioeducativa

- Programa saúde na escola (somente para as escolas


do município de Rio Claro)
LEGISLAÇÕES QUE AMPARAM A BUSCA ATIVA E
INSTRUMENTOS DE BUSCA ATIVA
LEI COMPLEMENTAR Nº 444, DE 27 DE
DEZEMBRO DE 1985

(Última atualização: Decreto nº 66.808, de 02/06/2022)

Dispõe sobre o Estatuto do Magistério Paulista e dá


providências correlatas
SEÇÃO II
Dos Deveres

Artigo 63 - O integrante do Quadro do Magistério tem o dever


constante de considerar a relevância social de suas atribuições
mantendo conduta moral e funcional adequada à dignidade
profissional, em razão da qual, além das obrigações previstas em
outras normas, deverá:
I - conhecer e respeitar as leis;

XIV - participar do Conselho de Escola;

XV - participar do processo de planejamento, execução e


avaliação das atividades escolares;

XVI - elaborar e manter banco de planos de aula das


disciplinas que ministra à disposição da equipe gestora da
escola com no mínimo 5 (cinco) aulas à frente do dia
letivo atual, visando a garantir que não haja
descontinuidade do conteúdo no caso de necessidade de
ausência ao trabalho. (NR)
Inciso XVI acrescentado pela Lei Complementar nº 1.374,
de 30/03/2022, com efeitos a partir de 60 (sessenta) dias
após a data da sua publicação.

XVII - promover a busca ativa dos educandos durante as


atividades do ano letivo escolar. (NR)

- Inciso XVII acrescentado pela Lei Complementar nº


1.374, de 30/03/2022, com efeitos a partir de 60 (sessenta)
dias após a data da sua publicação.

Parágrafo único - Constitui falta grave do integrante do


Quadro do Magistério impedir que o aluno participe das
atividades escolares em razão de qualquer carência
material.
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990

Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e


dá outras providências
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino
fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar,


esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.


LEI Nº 13.068, DE 10 DE JUNHO DE 2008

Dispõe sobre a obrigatoriedade de as escolas da rede


pública estadual comunicarem o excesso de faltas de
alunos, na forma que especifica.
Artigo 1º - As escolas da rede pública estadual ficam obrigadas a
comunicar, por escrito, a ocorrência de excesso de faltas dos alunos
regularmente matriculados no ensino fundamental e no ensino
médio:
I - aos pais;
II - ao Conselho Tutelar;
III - à Vara da Infância e da Juventude.

§ 1º - A comunicação a que se refere o “caput” tem caráter


preventivo, a fim de que não seja ultrapassado o limite permitido de
25% (vinte e cinco por cento) de ausências;

§ 2º - A comunicação deverá ser feita quando for atingido o limite de


20% (vinte por cento) das faltas.
Resolução SE 42, de 18-8-2015

Institui o Projeto “Quem Falta Faz Falta”, no âmbito


do Programa Educação - Compromisso de São Paulo, e
dá providências correlatas
Artigo 2º - Com o objetivo de reduzir os índices de faltas e
de abandono, na unidade escolar como um todo, o Diretor
de Escola, em articulação com a equipe gestora e sob
orientação e acompanhamento do Supervisor de Ensino da
unidade, no âmbito de suas atribuições, deverá:

I - identificar os motivos das ausências e arrolar estratégias


de ações preventivas e saneadoras;

II - acionar os órgãos colegiados/instituições auxiliares


(Conselho de Escola, Associação de Pais e Mestres,
Grêmio Escolar), com vistas a uma atuação conjunta;
Artigo 3º - Para fins do que dispõe a presente resolução, a
escola deverá adotar os seguintes procedimentos:

I - comunicar aos pais ou responsáveis a situação de aluno


que, a qualquer momento do ano letivo, já tenha alcançado,
superado ou esteja prestes a alcançar 10% de faltas,
calculados sobre o total de dias letivos/aulas
ministradas no período considerado, esclarecendo e
ressaltando:

a) a importância da frequência regular e da efetiva


participação do aluno nas aulas e demais atividades
escolares;
b) a necessidade de se estabelecer estratégia conjunta,
visando à redução da quantidade ou até à interrupção
imediata da sequência de faltas;

II - dar conhecimento aos pais ou responsáveis da


possibilidade de aplicação do disposto na Lei 13.068, de
10-06-2008, para os alunos que já tenham alcançado,
superado ou estejam prestes a alcançar 20% de faltas,
calculados sobre o total de dias letivos/aulas
ministradas no período considerado, comunicando, por
escrito, a situação do aluno;
III - caso se verifique adoção mínima e ineficaz de
providências ou total omissão por parte dos pais ou
responsáveis, a comunicação do fato deverá ser estendida,
de imediato e sequencialmente, ao Conselho Tutelar e à
Vara da Infância e da Juventude.
LEI Nº 13.803, DE 10 DE JANEIRO DE 2019

Altera dispositivo da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para


obrigar a notificação de faltas escolares ao Conselho Tutelar
quando superiores a 30% (trinta por cento) do percentual permitido
em lei.

Art. 1º O inciso VIII do art. 12 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de


1996 , passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 12. ..............................................

VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos


alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por
cento) do percentual permitido em lei
PROCEDIMENTOS

PASSO A PASSO PARA UMA ORGANIZAÇÃO EFICAZ DE


BUSCA ATIVA
1. Designar servidor responsável pela Busca Ativa na
unidade escolar

A unidade escolar deverá designar um servidor para ser o


responsável pela Busca Ativa. Quando a unidade escolar contar
com o POC – Professor Orientador de Convivência, ele poderá
ser o responsável pela busca ativa. Na ausência de POC a Direção
deverá designar um COE – Coordenador de Organização Escolar
para essa função
2. Pasta Catálogo ou Portifólio

Preparar uma Pasta Catálogo para organização dos documentos da


Busca Ativa, reservando um “plástico” para cada estudante com
frequência irregular.
3- Ficha de Acompanhamento da Busca Ativa

Verificar diariamente, semanalmente a frequência dos estudantes.


Em caso de frequência irregular em mais de 3 dias na semana,
abrir uma Ficha de Acompanhamento da Busca Ativa (a qual
deverá ser armazenada na pasta catálogo, ou portfolio) e contatar
os responsáveis.
Modelo de ficha de acompanhamento
OBSERVAÇÃO

Contatar os responsáveis por telefone ou WhatsApp. Fazer até 3


tentativas telefônicas ou por WhatsApp, em dias e períodos
diferentes e registrar no formulário de Busca Ativa. Se usar o
recurso do WhatsApp printar as telas das conversas com os
responsáveis, imprimir e colocar junto com os demais
documentos, na pasta catálogo. Caso consiga atendimento,
convocar os responsáveis para uma reunião na escola
(privilegiando os horários nos quais a família possa ir até a
escola) e apresentar um Termo de Ciência da Frequência Irregular
para que assinem. Caso não consiga o atendimento, após as 3
tentativas, encaminhar uma carta aos responsáveis.
4. Carta

Encaminhar para o endereço do estudante, constante na SED, uma


carta convocando o responsável para comparecer à escola. Tirar
cópia da carta e do envelope e deixar na pasta de busca ativa do
estudante juntamente com a ficha de acompanhamento e demais
documentos comprobatórios.
CARTA AOS RESPONSÁVEIS – FREQUÊNCIA IRREGULAR

Comunica-se que o estudante __, série/ano _____, apresenta, até a presente data o total de
____faltas escolares, ocasionando baixo desempenho nas atividades realizadas em sala de
aula.
Solicita-se que o responsável legal entre em contato URGENTE com a escola para
agendamento de atendimento presencial pelos telefones abaixo.
O não comparecimento implicará no envio dos dados ao Conselho Tutelar tendo em vista
que a frequência escolar é obrigatória ao menores de idade, conforme previsto na
Constituição Brasileira de 1988, na LDB de 1996 e no ECA de 1990.
Atenciosamente.

Telefones: _______________ e _________________


_________________, de _____________ de 20___
Carimbo e assinatura da Direção
5. Envio ao Conselho Tutelar

Após 10 dias úteis, do envio da carta e, caso os responsáveis não


compareçam à escola, encaminhar o caso ao Conselho Tutelar por
meio de um expediente contendo:
• Ofício impresso em duas vias. Solicitar que o Conselheiro
assine e date uma das cópias que deverá ser juntada aos demais
documentos da busca ativa na pasta catálogo.
• Cópia da Ficha de Acompanhamento da Busca Ativa;
• Cópia da carta enviada aos responsáveis;
• Cópia do Termo de Ciência da Frequência Irregular (quando
houver)
• Demais documentos que atestem a busca ativa realizada pela
equipe escolar.

6- Análise e orientação da Supervisão em todo processo

Aguardar por 20 dias corridos após o envio ao Conselho


Tutelar e, caso o estudante não tenha retornado às aulas,
apresentar o caso para Análise da Supervisão que delibará
sobre o tema.
Observação:
Ressalta-se que a Busca Ativa é essencial durante todo o ano letivo
e pode contar com apoio dos professores, líderes de turma e até
representantes de sala na tarefa de manter o POC ou COE
informados das ausências dos estudantes
MAPEAMENTO DA REDE PROTETIVA
Centro de Referência da Assistência Social (CRAS)

O CRAS é unidade pública de atendimento à população com serviços


de Assistência Social, tais como:

- Cadastro Único;
- Orientação sobre os benefícios sociais;
- Orientação sobre seus direitos
- Apoio para resolver dificuldades de convívio e de cuidados com os
filhos;
- fortalecer a convivência com a família e com a comunidade;
- acesso a serviços, benefícios e projetos de assistência social;
- apoio e orientação sobre o que fazer em casos de violência
doméstica;
- orientação sobre outros serviços públicos;

O CRAS é mantido pela Prefeitura e pelo Governo Federal.


Centro de Referência Especializado de Assistência Social
(CREAS)

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social –


CREAS é uma unidade pública, de atendimento do Sistema Único de
Assistência Social – SUAS, às famílias e indivíduos em situação de
risco pessoal e social, por violência e violação de direitos

A violação dos direitos pode acontecer por violência sexual, abuso e


exploração sexual, através da violência física, psicológica ou
qualquer outra forma de violência. Também são consideradas as
discriminações socias, as ameaças, situações de maus tratos,
abandono ou falta de cuidado.
No CREAS as famílias são acolhidas por equipes especializadas,
formadas por assistentes sociais, psicólogos/as, advogados/as e por
educadores/as sociais.

Principais atribuições do CREAS

O acolhimento da família, visitas domiciliares, atendimentos


psicossociais, orientações jurídico-sociais, promoção ao acesso de
outras políticas públicas, articulações interinstitucional, com os
demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos, a mobilização para
o exercício da cidadania, campanhas e mobilizações sociais são
algumas das atividades que são promovidas pelo CREAS.

Objetivos
Prevenir e combater a violação de direitos;
Fortalecer a família no desempenho de sua função de proteção;
Contribuir para romper com atos e situações que geram violação de
direitos e violência.
PROGRAMA “ PSICÓLOGOS DA EDUCAÇÃO”

Boletim Semanal Subsecretaria nº 04.


A Subsecretaria e a Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos –
CGRH, considerando a não prorrogação do prazo de vigência
contratual da empresa Psicologia Viva S/A, prestadora de serviços de
psicologia à rede, informam que o referido serviço será interrompido
a partir de 25/02/2023.

Portanto, os encontros só poderão ser agendados com data de


realização até o dia 24/02.

Informamos ainda que se encontra em andamento processo para


licitação voltado à contratação de empresa para prestação de serviços
em Psicologia na modalidade presencial, em atendimento à
necessidade da Secretaria de Educação e solicitações da rede.
Os serviços em Psicologia de apoio à rede serão retomados o mais
breve possível.

Em momento oportuno serão encaminhadas maiores informações e


orientações em relação à retomada dos serviços.

Solicitamos a ampla divulgação junto às unidades escolares


participantes do programa.
ACOMPANHAMENTO DOS ESTUDANTES EM
CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA
Ponto de atenção
Estas
Os limites da atuação docente, discente, gestora, familiar e da
comunidade, alinhados aos princípios de uma cultura de paz e de
justiça restaurativa, buscam o cumprimento de direitos e deveres
universais, inclusive no sentido do descumprimento de regras
intraescolares ou do próprio dano para casos graves e de alta
complexidade.

Desta forma, a aplicação das regras de convivência nas escolas


deve seguir os fundamentos da intencionalidade pedagógica e não
punitiva.
Estas
1- Ações de acolhimento cotidianas nos ambientes escolares e de
aprendizagem;

2- A atuação das equipes de convivência deve atentar-se ao


impacto da comunicação para a qualidade das relações dentro da
escola, mas também, fora dela
Estas

3- O ponto focal CONVIVA SP da Unidade Escolar e Equipe da


DE necessitam traçar estratégias de mapeamento de clima escolar
e escuta ativa com estudantes e professores, para que assim, os
conflitos e emoções possam ser manejados e ressignificados a
partir de ações planejadas com foco preventivo a fim de
minimizar situações de violência e fake news
4- Conforme a Indicação CEE - 175/2019, ainda que as relações
Estas
nos ambientes de aprendizagem, entrem em embate às normas e
sanções regimentais, especialmente aquelas vinculadas à conduta
de estudantes e profissionais, a gestão escolar deve, como alude,
garantir, mesmo que para ato infracional (que se refere às
crianças e adolescentes menores de 18 anos que tenham o
cometido por estudantes), o exercício da cidadania, bem como, o
senso de proteção e direitos de todos, sem confundir as tratativas
e decisões tomadas com finalidade punitiva ou de caráter
meramente moral.
5 - Compete à Educação, o pronto atendimento das ocorrências, o
Estas
encaminhamento dos casos para atendimento especializado, a
orientação aos envolvidos sobre os impactos do ocorrido e,
especialmente a prevenção de situações de violência e
vulnerabilidade nas escolas, conforme estabelece o Estatuto da
Criança e do Adolescente - Lei nº 8069/1990, nos art. 99 - 101 e
112 - 114, respectivamente (Aplicação de medidas)
ACOLHIDA – Diferente do acolhimento institucional e
Estas
emocional indicados para momentos posteriores como práticas
restaurativas do clima escolar conflitante, aqui a compreensão de
acolhida está nas ações, atitudes e posturas que devem ser
adotadas no decorrer das situações de vulnerabilidade,
insegurança de ocorrência nas unidades escolares e Diretorias de
Ensino. Trata-se de procedimento determinante para o bom (ou
mau) encaminhamento de qualquer ocorrência, elencamos
algumas das principais:
1) Manter a calma;
Estas
2) Ser imparcial;
3) Ouvir o relato atentamente;
4) Não fazer interrupções;
5) Não emitir opiniões ou juízos;
6) Registrar, de forma sucinta e na presença de uma terceira
pessoa, os relatos dos fatos apresentados priorizando a relevância
das informações com fidelidade ao exposto;
7) Buscar a resolução e encaminhamento rápido e preciso da
situação ou ocorrência.
Estas
“Quando se trabalha com uma verdadeira equipe, não há
obstáculo que não seja superado, nem sucesso que não seja
alcançado”

AGRADEÇEMOS A ATENÇÃO E A PARTICIPAÇÃO

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