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Programa de Combate
ao
Abandono Escolar
...a Constituição Federal de 1988 elencou,
dentre os seus princípios fundamentais e
como alicerce do Estado Democrático de
Direito, a dignidade da pessoa humana e a
cidadania (art. 1º., II, e III). Determinou,
também, como um dos seus objetivos
fundamentais (e não mais como mero ideal),
a construção de uma sociedade livre, justa e
solidária.
Além da família, são as instituições educativas
fundamentais na complementação do
desenvolvimento pessoal e social das crianças e
dos adolescentes. O processo democrático e o
exercício da cidadania pressupõem a
universalização da educação básica. Isto significa
possibilitar a todos o acesso aos conhecimentos
acumulados pela humanidade, estimulando que
cada um seja produtor desse conhecimento. A
educação permeia a relação entre os homens e
todo o conhecimento científico deve estar a
serviço do bem-estar social, contribuindo
decisivamente para a melhoria das condições de
cada cidadão.
Prescreve o art. 205 da Constituição Federal:
"A educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho."
...Interessa destacar, para a presente
reflexão, o primeiro princípio arrolado, isto é,
o contido no inciso I do art. 206, in verbis:
INTERNA
(Os passos 1,2,3 e 4 são da rede interna da
escola.)
PASSO 2 EQUIPE PEDAGÓGICA
PASSO 3 DIREÇÃO
PASSO 4 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
PASSO 5 REDE DE PROTEÇÃO
PASSO 6 CONSELHO TUTELAR
PASSO 7 MINISTÉRIO PÚBLICO
PASSO 8 PODER JUDICIÁRIO
Cabe aos professores, ao constatarem a
ausência não justificada nos casos previsto
em lei, do estudante por 05 (cinco) dias
consecutivos ou 07 (sete) dias alternados (em
até 60 dias, independente do período
avaliativo), comunicar imediatamente à
equipe pedagógica da escola
A partir do comunicado do professor. Após
comunicação da infreqüência pelo professor, a
Equipe Pedagógica fará os registros e iniciará os
primeiros encaminhamentos de busca ativa, via
contato por telefone fixo ou móvel, e-mail,
mensagem de texto e/ou Convocação por
escrito, a qual pode ser enviada por meio de
Carta registrada via Correios e/ou bilhete via
comunidade, com o objetivo de convocar os pais
ou responsáveis para reunião extraordinária, com
data e horário agendados.
O diretor receberá da Equipe Pedagógica a
comunicação de que há estudantes
infreqüentes, dando ciência no Formulário de
Acompanhamento de Faltas Injustificadas
(Anexo I). Caberá ao diretor empenhar todos
os esforços para a localização do estudante
e/ou sua família, esgotando todos os
recursos para encontrá-lo, por meio da busca
ativa de crianças e adolescentes que
estiverem fora da escola, em parceria com
órgãos públicos de assistência social, saúde e
proteção à infância, adolescência e juventude.
Entende-se por “busca ativa” todas as ações
realizadas pela escola para promover o retorno
do estudante em situação de abandono escolar:
telefonema, mensagem de texto, e-mail, carta
registrada, bilhete via comunidade, reunião
extraordinária e visita domiciliar. Persistindo a
situação de faltas injustificadas, e/ou analisando
a necessidade de outros profissionais para
atuarem em casos específicos, e/ou na ausência
dos pais ou responsáveis legais na reunião, o
diretor deverá acionar as Instâncias Colegiadas
no intuito de articular novas ações para o retorno
e a permanência do estudante na escola.
“Caso o diretor se mantenha omisso na
defesa do direito à educação do estudante
matriculado em sua instituição de ensino,
conforme dispõe o artigo 216 do Estatuto da
Criança e do Adolescente, poderá ser
responsabilizado pessoalmente na esfera civil
e administrativa” por omissão.
O Conselho Escolar, órgão colegiado máximo de
gestão para a tomada de decisões no âmbito
escolar, tem funções: deliberativa, fiscal,
mobilizadora, consultiva e avaliativa. Esse órgão
possui representantes de todas as instâncias
colegiadas (APMF ou similares, Grêmio Estudantil
e/ou representantes de turma e comunidade
local), assegurando a participação de todos (vez
e voto), bem como, uma gestão democrática das
ações pedagógicas, administrativas, financeiras e
disciplinares da instituição de ensino.
As instituições de ensino, no insucesso do
retorno do estudante e esgotadas todas as
suas possibilidades de busca ativa, deverão
encaminhar o(s) caso(s) de abandono escolar
para a Rede de Proteção à Criança e ao
Adolescente. A reunião da Rede de Proteção é
o momento onde será discutido qual o
serviço mais adequado para dar continuidade
ao(s) caso(s) de abandono não solucionados
pela escola.
Essa precisa estar representada pela equipe
pedagógica, para que as situações de
abandono escolar sejam pautadas nesses
encontros. Na ausência da Rede de Proteção
no município, a escola acionará diretamente o
Conselho Tutelar (passo 6)
Esgotadas todas as possibilidades de busca
ativa por parte da Rede de Proteção à Criança
e ao Adolescente, o caso de abandono deverá
ser encaminhado ao Conselho Tutelar.
Antes do encaminhamento dos casos à Rede de
Proteção ou ao Conselho Tutelar, a equipe
pedagógica e diretiva deverá observar se o
estudante reside no mesmo território, município e
estado em que está matriculado. Há situações em
que o estudante não reside no mesmo território de
atuação do Conselho Tutelar e da Rede de Proteção
em que estuda, apesar da instituição de ensino e
da residência NÃO estarem localizados no mesmo
município. Há casos, também, em que o estudante
não reside no mesmo estado ou NRE abrangente do
estabelecimento de ensino onde esta matriculado.
Após reunião da Rede de Proteção, e
identificado que o caso de abandono foi
motivado por uma demanda de saúde, a
escola deverá encaminhar o caso,
obrigatoriamente, à Unidade de Saúde - UBS
de referência do estudante, de acordo com
delimitação da área de abrangência. A UBS
realizará o acolhimento, prestará assistência
adequada e/ou realizará o encaminhamento
para os serviços especializados de acordo
com a estratificação de risco.
As duas unidades mais conhecidas da Política
Nacional de Assistência Social (PNAS) são os
Centros de Referência da Assistência Social –
CRAS (569 unidades no Estado do Paraná) e
os Centros de Referência Especializados de
Assistência Social – CREAS (182 unidades no
Estado do Paraná). Para entender quais são as
possibilidades de atuação no combate ao
abandono escolar é preciso compreender a
que se destinam esses dois equipamentos.
Os CRAS são as unidades responsáveis pela oferta
de serviços sócio assistenciais da Proteção Social
Básica que atuam na prevenção, ou seja, quando
não há suspeita ou confirmação de violação de
direitos e quando os vínculos familiares e
comunitários não estão fragilizados ou rompidos.
Essas unidades costumam ser a porta de entrada
da Assistência Social de todos os municípios,
representam a principal estrutura física local para a
proteção social básica e desempenham papel
fundamental nos territórios atendidos. Um deles é
por meio da oferta do trabalho social com famílias
pelo serviço de Proteção e Atendimento Integral a
Famílias (PAIF).
• Ofertar o serviço PAIF e outros serviços,
programas e projetos sócio assistenciais de
proteção social básica, para as famílias, seus
membros e indivíduos em situação de
vulnerabilidade social.
• Articular e fortalecer a Rede de Proteção
Social Básica local.
• Prevenir as situações de risco em seu
território de abrangência, fortalecendo
vínculos familiares e comunitários e
garantindo direitos.
Os CREAS são as unidades responsáveis pela
organização e oferta dos serviços sócio
assistenciais da Proteção Social Especial. São os
equipamentos que articulam ações de
enfrentamento onde existe situação de risco social
e suspeita ou confirmação de violação de direitos.
Os profissionais dos CREAS realizam orientação e
oferecem apoio especializado continuado a
indivíduos e famílias com direitos violados e que
necessitam superar situações de risco por meio da
preservação e do fortalecimento das relações
familiares e sociais. Seu principal objetivo é o
resgate da família, potencializando sua capacidade
de proteção aos seus membros.
Essas unidades representam a principal
estrutura física local para a proteção social
especial, desempenhando papel central no
território onde se localiza; ofertam o Serviço
de Proteção e Atendimento Integral a
Famílias e Indivíduos (PAEFI), assim como
outros serviços, tais como abordagem
social e serviço para pessoas com
deficiência, idosas e suas famílias.
Destacam-se como principais funções do
CREAS:
Os CREAS oferecem ainda o serviço de
medidas socioeducativas de Liberdade
Assistida e de Prestação de Serviços à
Comunidade, voltados para adolescentes e
jovens autores de atos infracionais
encaminhados pela Vara da Infância e
Juventude, ou, na ausência dessa, pela Vara
Civil correspondente ou Juiz Singular.
• Realizar acolhida, escuta qualificada, atendimento
individual e em grupo para usuários e suas famílias, inclusive
com orientação em casos de ameaça ou violação de direitos
individuais e coletivos;
• Monitorar a presença de trabalho infantil e as diversas
formas de negligência, abuso e exploração, mediante
abordagem em vias públicas e locais identificados pela
existência de situações de risco;
• Realizar encaminhamentos para a rede de proteção social e
o sistema de garantia de direitos;
• Fortalecer a família na função de protetora de seus
membros; • Incluir as famílias na rede de proteção social e
nos serviços públicos;
• Oferecer condições para reparar danos e interromper a
violação de direitos;
• Prevenir a reincidência de violações de direitos.
Caberá à Direção da escola, após esgotados
os recursos junto às Instâncias Colegiadas e à
Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente,
e não havendo sucesso no retorno do
estudante à escola, encaminhar os casos de
abandono ao Conselho Tutelar.
O Conselho Tutelar, dentro das suas
atribuições legais previstas no Estatuto da
Criança e do Adolescente, aplicará medidas
para retorno do estudante, de modo a
identificar e atuar nas motivações
desencadeadoras da infreqüência.
Para o aluno... (art.101 do I ao VI)
Encaminhamento aos pais ou responsáveis;
Orientação, apoio e acompanhamento
temporários;
Matrícula e acompanhamento de freqüência;
Inclusão em programa comunitário (família);
Requisição de tratamento médico/psicológico
Tratamento de alcoolismo e drogas;
Comunicação de aluno não encontrado.
Encaminhamento a programa oficial ou
comunitário de proteção à família;
Inclusão em programa oficial ou comunitário
psiquiátrico;
Encaminhamento a cursos ou programas de
e o aluno;
Mantenha registro de todas as suas ações
passar dissabores;
Nada de jeitinho brasileiro.
Faça o certo,
porque é o
certo a se fazer!
Obrigado!