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1 Preços, inflação e nossos gastos:


como equacionar tudo isso?

América Latina e Caribe


em nossos dias
Que países compõem a América
Latina e o Caribe?

América Latina e Caribe correspondem a uma


região que se estende do México à Argentina e
engloba uma população de aproximadamente
610 milhões de habitantes, divididos em 46
países, segundo dados da Comissão Econômica
para a América Latina e o Caribe.

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Informação útil...

O Grupo dos Sete (G7) é o grupo dos países mais


industrializados do mundo, composto por:
Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália,
Japão e Reino Unido. A União Europeia também
está representada.

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Informação útil...

O que é PIB?

O Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários)


de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região
(quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado
(mês, trimestre, ano etc.).

PIB = Consumo das Famílias + Consumo do Governo + Investimentos + Exportações – Importações

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Informação útil...

A pobreza absoluta ou extrema consiste no estado das pessoas que


não possuem requisitos básicos para sobreviver. Como consequência,
muitos indivíduos contraem doenças ou morrem devido à fome ou às
péssimas condições sanitárias, por exemplo.

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Informação útil...

A desigualdade, a exclusão social e a existência de corrupção nos sistemas


políticos sintetizam as causas da pobreza na maioria dos países, e os da
América Latina não são exceção.

Como consequência, a pobreza pode gerar diversas situações que acabam


agravando ou gerando ainda mais pobreza, criando um círculo vicioso,
como: fome; doenças; baixa expectativa de vida; emigração desmedida;
desemprego; mendicância; falta de saneamento básico e água potável;
discriminação social; violência; instabilidade política e econômica.

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SÍNTESE: TRAJETÓRIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO (Relatório OCDE)

O desempenho da América Latina é limitado


por fatores estruturais

O progresso socioeconômico estagnou nos últimos anos Tradução própria

PIB Pobreza Desigualdade


A lacuna entre a renda per capita¹ dos O desempenho econômico ruim afeta O Índice de Gini2 da América Latina e do Caribe
países do G7 e dos países da América drasticamente a pobreza. permanece alto em comparação com outras regiões.
Latina e do Caribe ficou inalterada desde
2008.

2002-2008 2014-2016
Renda per capita
média
% de variação anual
+12,96

3 vezes
mais alto +3,23

América Latina G7
-1,78 América Latina e
e Caribe -2,07 Ásia e Pacífico África
Caribe
Renda Pobreza Renda Pobreza
per capita extrema per capita extrema

Fonte (em inglês): OECD et al. Latin American Economic Outlook 2019: Development in Transition. Paris: OECD Publishing, 2019.
Disponível em: <https://www.oecd-ilibrary.org/docserver/g2g9ff18-en.pdf?expires=1594133222&id=id&accname=guest&checksum=CAB3057EE4E9E35D075F655409C07373>.
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Acesso em: jan. 20.
SÍNTESE: TRAJETÓRIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO (Relatório OCDE)

O desempenho da América Latina é limitado


por fatores estruturais

O contexto internacional apresenta vários riscos para a região

Guerra comercial Aumento rápido da taxa


de juros dos EUA
3,7%
3,5% Perda de crescimento
O crescimento do do PIB da América
PIB mundial deve Latina e do Caribe sob
desacelerar em 2019 cenários alternativos
em 2020
2018 2019
-1,3 -1,1
pontos percentuais pontos percentuais

Fonte (em inglês): OECD et al. Latin American Economic Outlook 2019: Development in Transition. Paris: OECD Publishing, 2019.
Disponível em: <https://www.oecdilibrary.org/docserver/g2g9ff18en.pdf?expires=1594133222&id=id&accname=guest&checksum=CAB3057EE4E9E35D075F655409C07373>.
Acesso em: jan. 20.

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SÍNTESE: TRAJETÓRIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO (Relatório OCDE)

O desempenho da América Latina é limitado


por fatores estruturais

O espaço para políticas que promovam crescimento inclusivo pelo


lado da demanda é limitado

GASTOS
O espaço fiscal é restrito, A inflação está sob controle
MENTO pois os saldos primários na maioria dos países
FINANCIA
TAXAÇÃO estão abaixo do nível latino-americanos, mas o
DÍVIDA necessário para estabilizar espaço para o uso da
a dívida. política monetária
expansionista é reduzido.

Fonte (em inglês): OECD et al. Latin American Economic Outlook 2019: Development in Transition. Paris: OECD Publishing, 2019.
Disponível em: <https://www.oecd-ilibrary.org/docserver/g2g9ff18-en.pdf?
expires=1594133222&id=id&accname=guest&checksum=CAB3057EE4E9E35D075F655409C07373>. Acesso em: jan. 20.
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Panorama Social da América Latina

"A desigualdade é uma característica histórica e


estrutural das sociedades latino-americanas que se
manteve e reproduziu inclusive em períodos de
crescimento e prosperidade econômica. Embora
tenha havido avanços importantes nos últimos 15
anos, a América Latina e o Caribe continuam sendo a
região mais desigual do mundo” (CEPAL, 2019, p. 11)

Fonte: COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE (CEPAL/ONU). Relatório Anual do Panorama Social da América
Latina 2018. 2019. Disponível em: <https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/44412/1/S1801085_pt.pdf>. Acesso em: jan. 2020.

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Panorama Social da América Latina

"Os altos níveis de desigualdade obstaculizam o desenvolvimento e são uma


barreira à erradicação da pobreza, à ampliação da cidadania ao exercício dos
direitos à governabilidade democrática. A igualdade é uma condição
necessária para a eficiência dinâmica do sistema econômico, pois cria um
ambiente institucional de políticas e de esforços favorável à construção de
capacidades. Isto facilita a inovação local, a absorção de avanços tecnológicos
gerados em outras partes do mundo e a difusão das inovações no tecido
produtivo, o que se traduz na redução das lacunas tecnológicas, aumento da
produtividade e criação e sustentabilidade de oportunidades de
investimento” (CEPAL, 2019, p. 11)

Fonte: COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE (CEPAL/ONU). Relatório Anual do Panorama Social da América
Latina 2018. 2019. Disponível em: <https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/44412/1/S1801085_pt.pdf>. Acesso em: jan. 2020.

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GRÁFICO 1: América Latina (18 países): taxas de pobreza e pobreza
extrema e pessoas em situação de pobreza e pobreza extrema,
2002-2018a (em porcentagens)

Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em Banco de Dados de Pesquisas
Domiciliares (BADEHOG).
a
Média ponderada dos seguintes países: Argentina, Bolívia (Estado Plurinacional da), Brasil, Chile, Colômbia, Costa
Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República
Dominicana, Uruguai e Venezuela.
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b
Os dados de 2018 correspondem a uma projeção.
GRÁFICO 2: América Latina (18 países): taxas de pobreza e pobreza
extrema e pessoas em situação de pobreza
e pobreza extrema, 2002-2018a (em milhões de pessoas)

Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em Banco de Dados de Pesquisas
Domiciliares (BADEHOG).
a
Média ponderada dos seguintes países: Argentina, Bolívia (Estado Plurinacional da), Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica,
Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e
Venezuela.
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b
Os dados de 2018 correspondem a uma projeção.
GRÁFICO 3: América Latina (14 países): ano em que as metas de redução
da pobreza serão alcançadas, se for mantido um desempenho semelhante
ao histórico em matéria de crescimento e redução da desigualdade(a)

Fonte: Comissão Econômica


para a América Latina e o
Caribe (CEPAL), com base em
Banco de Dados de Pesquisas
Domiciliares (BADEHOG).
a
Países com informação
disponível em 2016 ou 2017.
b
A ausência de barras indica
que a meta correspondente foi
cumprida.

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Panorama Social da América Latina – conclusões

• “A erradicação da pobreza continua sendo um desafio central para os países da América Latina.
Embora a região tenha registrado importantes avanços entre a década passada e meados da
presente, desde 2015 ocorreram retrocessos, particularmente na extrema pobreza.”
• “Deve-se prestar atenção especial aos fatores que fazem com que a pobreza afete de maneira
desproporcional crianças, adolescentes e jovens, a população em zonas rurais e os indígenas e
afrodescendentes.”
• “A desigualdade de renda diminuiu apreciavelmente entre 2002 e 2017, mas a um ritmo menor
em anos recentes. A participação da massa salarial no PIB aumentou, mas o aumento se
desacelerou a partir de 2014.”

Fonte: COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE (CEPAL/ONU). Relatório Anual do Panorama Social da América Latina 2018.
2019. Disponível em: <https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/44412/1/S1801085_pt.pdf>. Acesso em: jan. 2020.

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Panorama Social da América Latina – conclusões

• “Os rendimentos do trabalho, as aposentadorias e pensões e as transferências aos


domicílios mais pobres têm um papel crucial na redução da pobreza e da desigualdade de
rendas. A proteção social é fundamental para conter deteriorações distributivas e evitar
maiores retrocessos nesses indicadores.”
• “O gasto social manteve sua importância no gasto público total e cresceu a uma taxa
superior à do PIB entre 2015 e 2016. Sua contribuição foi essencial nos avanços registrados
durante o período; contudo, persistem grandes desafios de financiamento das políticas
sociais. Num contexto menos favorável, é preciso realizar esforços para fortalecê-lo.”

Fonte: COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE (CEPAL/ONU). Relatório Anual do Panorama Social da América Latina 2018.
2019. Disponível em: <https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/44412/1/S1801085_pt.pdf>. Acesso em: jan. 2020.

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Panorama Social da América Latina – conclusões

• “Entre 2002 e 2016 ocorreram melhorias significativas em indicadores de inclusão


social relacionados com a educação, a saúde e a infraestrutura básica, mas com
importantes déficits de acesso e de qualidade dos serviços.”
• “Persistem importantes desafios para a inserção laboral: desemprego, baixos
rendimentos, altos níveis de informalidade e desproteção no trabalho.”
• “Diante de um contexto de mudanças no mundo do trabalho, cenários de incerteza
econômica e um ciclo de fraco crescimento na região, é imperativo reforçar as
políticas sociais e de mercado de trabalho e os sistemas de proteção social para
enfrentar a pobreza, a desigualdade e os déficits de inclusão social e laboral.”

Fonte: COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE (CEPAL/ONU). Relatório Anual do Panorama Social da América Latina 2018.
2019. Disponível em: <https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/44412/1/S1801085_pt.pdf>. Acesso em: jan. 2020.

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