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• PAI -----------Sra.K
• Sr.K-----------Sra.K
Determinantes da histeria
• Os sintomas histéricos são substitutos da
satisfação masturbatória. Por isso eles
ocorrem na abstinência da masturbação, até
que uma satisfação mais normal apareça. A
cura eventual da histeria, o desaparecimento
dos sintomas, é possível porque as relações
sexuais normais propiciam uma satisfação
sexual adequada, uma maneira adequada de
exteriorização da libido. (Freud)
• A libido deve-se exteriorizar. Interrompida, a
libido exteriorizar-se-á nos sintomas.
• Os sintomas desaparecem se a libido encontra
exteriorização na satisfação devida ao
intercurso sexual normal.
• Por que a masturbação infantil é causa da histeria?
• Porque a masturbação provoca sensações genitais precoces, o
que dá às experiências de relações edípicas um caráter de
inclinação sexual, fixando-as como canais de exteriorização da
libido.
• O distúrbio estaria no carater precoce da masturbação infantil.
• Haveria no tempo de maturação um momento mais próprio
para as sensações genitais.
• A antecipação dessas sensações implica a noção de distúrbio
na esfera da sexualidade, fator determinante da histeria.
• Assim, podemos apontar que a simples presença
da sexualidade é distúrbio, é perturbação.
• A sexualidade é desorganizadora.
• A sexualidade é traumática.
• Sexualidade define-se nas experiências de
satisfação, nas experiências e nos canais de
exteriorização (possíveis) da excitação sexual, da
libido.
• A atração edípica é um sentimento infantil, uma atração que se dá
muito cedo na vida do indivíduo.
• Freud fala da atração sexual infantil como atração dos filhos pelos
pais – uma condição psíquica infantil.
• As sensações genitais provocadas pela masturbação seriam
precoces. O organismo seria imaturo para o exercício da
genitalidade, pois incide sobre uma organização psíquica em
construção.
• Fixa-se o canal de absorção da libido construído a partir da
experiência infantil, da inclinação pelos genitores.
• Prende o sujeito naquilo que caracteriza essas relações:
dependencia, autoerotismo, objeto incestuoso, etc.
• No caso Dora, o que aparece é a ideia de que
a absorção da libido pela inclinação de Dora
em relação a seu pai é um impedimento do
seu amor pelo Sr.K, impedimento às relações
sexuais normais que seriam a solução de
encaminhamento dado por Freud à Dora.
• Dora estaria, assim, fixada às relações
edípicas.
• Determinações infantis dos sintomas de Dora
• Não é o impedimento pelo Sr.K que é tomado como
sintoma, mas, o amor pelo pai o é.
• O amor pelo pai é entendido como uma fixação de
inclinações infantis pelo progenitor do sexo oposto.
• Os neuróticos, diz Freud, teriam uma fixação de
maneira mais acentuada.
• O amor pelo pai, em Dora, seria mais primitivo, em
relação ao seu amor pelo Sr.K
• Crítica que Freud faz à sua análise de Dora: acabou
privilegiando o amor de Dora pelo Sr.K e não considerou o
amor de Dora pela Sr.K.
• Freud ainda estava com uma compreensão insuficiente
sobre o Édipo, quanto ao valor das relações edípicas na
determinação dos destinos da sexualidade.
• Freud explica o amor de Dora pela Sra.K pelo mesmo
esquema com o qual entende o amor de Dora pelo pai: um
impedimento do amor heterossexual, leva, vicariamente, a
despertar a corrente de amor homossexual que, caso
contrario, estaria destinada a secar.
• Ao identificar nas situações com a governanta, com a
Sra. K. traços da moção homossexual de Dora, Freud
está privilegiando o pensamento que, em Dora, seria
do tipo: “ Elas não me amam primeiramente, mas a
meu pai”.
• Por que Dora ama as mulheres que amam seu pai?
• Ou por que Dora elege como objeto de seu amor
mulheres que são escolhidas pelo seu pai?
• O que tem essas mulheres para que meu pai as ame e
me substitua por elas? (pergunta que Freud não faz)
• A questão, assim, supostamente formulada
por Dora é uma questão de conhecimento,
revela uma curiosidade:
• “Há um segredo nessas mulheres que eu não
conheço?”
• O que Dora deseja conhecer nessas mulheres?
Desejo de conhecimento da genitália
feminina, desejo de conhecimento da mulher.
• O que Dora busca nessas mulheres, fontes de
seu conhecimento e objetos de investimento
do amor de seu pai, é a si mesma.
• Da relação com o pai, Dora quer se livrar, para
poder amar a quem queira.
• É nesse desejo do pai que Dora parece enredada.
Dele só escaparia se descobrisse o que têm as
mulheres que seu pai e o Sr. K desejam.
• A homossexualidade de Dora, seria então, muito
mais uma questão de identidade, uma questão
sobre feminilidade. (algo que Freud não discerne)
• Quem sou eu, mulher?
• Por que eu, mulher, sou desejada?
• O que quero eu, mulher?