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BULLYING NAS

ESCOLAS
C.E. Viriato Correa
1bimestre/2023
TORTURA FÍSICA E
PSICOLÓGICA
 Praticada por colegas, da mesma natureza que levou a americana Bethany Thompson a se
matar – a garota de apenas 11 anos não suportou as constantes provocações que ouvia por
causa das marcas no rosto de anos de radioterapia, a que se submetera na luta contra um
câncer.
 O massacre do Realengo, no Rio, escancarou a gravidade do estigma do bullying. Antes de
sair para matar 12 alunos da escola em que havia estudado, Wellington Menezes de Oliveira
postou na internet vídeos em que dizia querer expiar as agressões que sofrera durante a
adolescência. "Evidentemente, por piores que tenham sido as agressões impingidas a ele, elas
não justificam nem explicam todo o bárbaro episódio, produto de uma mente perversa e
doentia”.
 "Desde que o mundo é mundo, os seres
humanos diferentes são alvo de troças e

“É covardias", dizia a reportagem. "Mas, no atual


estágio da civilização, tornam-se inaceitáveis
as desculpas clássicas para nãofazer nada
BRINCADEI contra a tortura psicológica e física de
crianças e adolescentes que se destacam da

RA...”
média por algum defeito – gagueira, uso de
óculos com lentes ‘fundo de garrafa’,
dificuldade de locomoção, obesidade ou
magreza excessiva.
 Quando L.B., 15 anos, entrou na adolescência, uma
deformação em sua face direita, fruto de uma doença
congênita, começou a motivar piadas por parte dos colegas,
especialmente dos meninos. Elas foram se tornando mais
cruéis. “Me chamam de feia, boca torta e até perguntam se eu
DEPOIMENTO
estou grávida na bochecha”, conta a menina, que sofre sem S
nenhum amparo do colégio estadual onde estuda desde
janeiro, em São Paulo. Tímida e sem amigos, ela acredita que
pode superar o problema submetendo-se a uma série de
cirurgias plásticas, já programadas. As cicatrizes das
humilhações que sofre todos os dias, no entanto, ficarão para
sempre em sua memória.
 Por quase uma década, o administrador de empresas C.J., 28
anos, tinha medo até de atender o telefone de casa. Os trotes
dos colegas de classe eram um tormento. Ele se tornou alvo
constante de humilhações e ameaças simplesmente porque
tirava notas altas e os estudantes o achavam “bonzinho
DEPOIMENTO
demais”. De uma cidade no litoral paulista, mudou de colégio S
três vezes, mas sua fama migrava com ele. Ao esbarrar com
alguém que sabia de seu histórico, o roteiro do bullying se
repetia. Apesar de hoje levar uma vida normal, o
administrador ainda guarda as sequelas. “Quando vejo um
grupo rindo do meu lado, acho que é comigo “, ele diz.

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