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iro, 1949
O Desastre da
Assistência de 1949:
um marco na Histó ria
das Secas e Fomes em
Cabo Verde
Unidade Curricular: Histó ria de Cabo Verde
Docentes: Maria Manuel Torrã o e Maria Joã o Soares
Discente: Rafael Soeiro Raminhos | Nú mero 156000
Índice
O Desastre da
1 O Estado da Arte 4 Assistência
Vegetaçã o Rasteira;
3. As Secas e Fomes em Cabo Verde
“em que morreu “estes anos com “em estado bem “Quando as chuvas
1864
1580-1583
1690
1610-1611
muita gente e tam grande fome miserável estas faltam, como
outra emigrou por nã o chover ilhas, onde a fome acontece de tempos
para os rios da (…) foi necessá rio era geral pela falta a tempos, as terras
Guiné a fugir aos que desse Reino de chuvas, tendo já nã o produzem; por
efeitos da fome” lhe viesse a morrido em consequência há
sustentação (…) Santiago para mais fome, e morrem
era somente para de 4.000 pessoas” milhares de pessoas
os que tinham (…)”
para o comprar
(…)” Diogo Ramires Henrique de Arpoare,
Esquível, 1690 1881
Padre Barreira, 1611
“[Por volta das 12 horas, a cidade] foi sobressaltada pelo som cavo do desmoronamento
(…) [os sinistrados] pedem aflitivamente socorro, que lhes é prontamente prestado
pelos primeiros homens que, ao estrondo da parede, na queda, avançaram para dentro
do recinto, começando a afastar as pedras e a retirar os pobres «cativos», quase todos
em apavorante estado”
Juvenal Cabral
4. O Desastre da Assistência Cadá veres s
epultados
em valas com
uns
Juvenal Cabral
4. O Desastre da Assistência
“Os membros das Naçõ es Unidas que assumiram ou assumam responsabilidades pela
administraçã o de territó rios cujos povos ainda nã o se governem completamente a si
mesmos reconhecem o princípio do primado dos interesses dos habitantes desses
territó rios e aceitam, como missã o sagrada, a obrigaçã o de promover no mais alto grau,
dentro do sistema de paz e segurança internacionais estabelecido na presente Carta, o bem-
estar dos habitantes desses territó rios (…)”
Carta da Organizaçã o das Naçõ es Unidas, Capítulo XII, Artigo 73 Declaração Relativa a
Territórios Não Autónomos, 1946
5. Os Desafios para o Estado Novo
“Em Fevereiro ú ltimo, os diá rios da capital cederam
uma parcela do imenso espaço dedicado à bomba
ató mica, ao Pacto do Atlâ ntico, ao bloqueio de Berlim,
etc., etc., para noticiar um acontecimento sensacional: o
desastre ocorrido na cidade da Praia (Santiago de Cabo
Verde) em que perderam a vida cerca de 300 cabo-
verdianos indigentes, entre os quais uma elevada
percentagem de crianças. (…) Mas os diá rios da capital
nã o podiam perder muito tempo e espaço com um
assunto de somenos importâ ncia. (…) O Ministério das
Colónias mandou uma nota explicativa para a
Imprensa, e um ponto final, pesado como o silêncio,
Amílcar Cabral caiu sobre o desastre ocorrido na Praia”.
Apó s o Desastre da Assistência, em 1949, Cabo Verde viveu um período de 10 anos com
chuvas regulares e favoráveis à produçã o alimentar.
Embora alguns aspetos tenham sido bem-sucedidos, a situaçã o em Cabo Verde pouco
mudara. As Secas e as Fomes prevaleceram e deram voz à s críticas feitas contra o
governo colonial, protagonizadas pelos ansiosos da independência.