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CONFLITO

EM
MYANMAR:
TRABALHO DE
GEOGRAFIA
3º A – Boese | Emanuele | Gabrielli | Samara
INFORMAÇÕES BÁSICAS - MYANMAR 
Myanmar, antiga Birmânia, ou também República da União de Myanmar, é
uma nação do sudeste asiático com mais de 100 grupos étnicos, que faz
fronteira com Índia, Bangladesh, China, Laos e Tailândia.

É um país com uma história extremamente 


conflituosa e que ainda nos dias atuais 2010
passa por problemas. BANDEIR
A ATUAL
• População: 53,8 milhões de habitantes 1974
• Capital: Rangum → Naipidou / Napiedó BANDEI
• Idioma oficial: Birmanês RA
• Moeda: Quiate ANTIGA
(SOCIALI
STA)
LOCALIZAÇÃO E
MAPA DO
MYANMAR
PERÍODOS EM MYANMAR 

REGIME GOLPE DE
MILITAR
Governo conturbado ESTADO
Alegação de uma
e militares assumem fraude eleitoral

194 196 201 202


8 2 1 1

1º 2º
DEMOCRACI
Indepêndencia pós 2º DEMOCRACI
Nova eleição para o
Guerra Mundial Poder Legislativo
A A
COLONIZAÇÃO DE MYANMAR
(BIRMÂNIA) ・ SÉC XVIII - 1948
A colonização do país se deu início no séc. XVIII pela Inglaterra, que em 1824
anexou seu território junto com a da Índia e recebeu o nome de Birmânia Britânica. 

Em 1937, os britânicos desmembraram a Birmânia da Índia. 

O país foi cenário de lutas sangrentas por uma série de anos, tendo sido ocupado
pelas tropas japonesas durante a 2º Guerra Mundial, além da presença de conflitos
entre diferentes etnias que eram obrigadas a conviverem juntas por conta da
colonização. 

O domínio inglês durou mais de cem anos e a Birmânia só se tornou um país


independente em 1948, um ano depois da Índia.
ASCENÇÃO DEMOCRÁTICA ・ 1948 -
1962 
A política da Birmânia, a partir da independência, foi muito conturbada. Mesmo com
a consagração constitucional dos estados autônomos estabelecidos para alguns
grupos étnicos (como os shan, karen, kachin e chin) ocorreram muitas tentativas de
separação.

As complicações políticas pela falta de organização ao 


declarada a Indepêndencia acarretaram em um golpe
militar em 1962, feito pelo general Ne Win.

O discurso dos militares no momento do golpe era de


que o ato buscava apenas beneficiar a população.

BIRMANESES EM LUTA
PELA INDEPENDÊNCIA
(1945)
QUEM SÃO OS ROHINGYAS?
São uma minoria de origem mulçumana que pratica o islamismo e fala a língua 
ruainga, vivem no norte do estado de Rakhine, em Myanmar, um país de maioria
budista. Desde 1948, os rohingyas têm enfrentado perseguição e violência do
próprio sistema, o que levou a deslocamentos em massa. 

Com destaque para 1962, período que


foi caracterizado pela violenta repressão
às etnias minoritárias, em um verdadeiro
processo de limpeza étnica, junto com
políticas que barravam direitos básicos.
SÃO CONSIDERADOS APÁTRIDAS,
NÃO RECONHECIDOS PELO
GOVERNO DE MYANMAR
O POVO REPRESENTA CERCA DE
5% ENTRE 60 MILHÕES DE
HABITANTES EM MYANMAR

AMPLAMENTE DEBATIDO SE É UM
POVO QUE MIGROU DURANTE A
COLONIZAÇÃO OU INDÍGENAS
DE ORIGEM BIRMANENSE
GOLPE MILITAR ・ 1962 - 2011
Assim, em 1962 os militares tomam posse do governo, declarando uma dita “via
birmanesa para o socialismo”, ideologia com ideais socialistas do líder Ne Win, o
qual procedeu para que boa parte do sistema econômico fosse socializado.

Possuía características nacionalistas, com ênfase na agricultura. 

Na prática, não passava de um regime sanguinário e totalitário, 


que proibiu a existência de partidos políticos e de sindicatos 
independentes. No final dos anos 1980, Myanmar era um dos dez
países mais pobres do mundo. 

O governo se estendeu até 1988, quando outro setor do exército


se apossou do poder.
LÍDER NE
WIN
QUEM É AUNG SAN SUU KYI?
Aung San Suu Kyi é uma ativista e política birmanesa, vencedora do Prêmio Nobel 
da Paz e secretária geral da Liga Nacional pela Democracia (LND). Ela é filha de 
Aung San, o herói nacional da independência da Birmânia.

Em 1988, Suu Kyi regressa ao seu país. Porém, logo se envolve


com o movimento pró-democracia. Por ser descendente de uma 
figura importante da independência do país, sua presença é um
incentivo para o movimento. 

Por sua causa, há uma eclosão de uma revolta popular contra o 


governo do general Ne Win, que resultaram em alto grau de 
repressão política e colapso da economia do país.
"MÃE DO
MYANMAR"
FEITOS DE AUNG SAN SUU KYI
Ela se tornou um dos maiores símbolos do pacifismo e da luta pela democracia por
conta de seus protestos, além de que tinha como ideal negociar e dialogar com os
militares no poder. 

Percorrendo o país em comícios, a presença da ativista incomodou os militares e Suu


Kyi foi presa em 1989, ficando impedida de se apresentar às eleições gerais do ano
seguinte (as primeiras no país desde 1962). Mesmo assim, seu partido, a LND,
obtém uma vitória esmagadora nas eleições de 1990. A junta militar se recusa a
reconhecer o resultado das eleições.

Sua prisão funcionou como um incentivo para as lutas da população e Aung San
ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1991.
GOVERNO DEMOCRÁTICO ・ 2011 - 2020
Em novembro de 2010, Suu Kyi foi finalmente libertada da prisão domiciliar. 

Como uma tentativa de apaziguar a situação, o governo militar optou por uma


abertura política e cunhou uma nova constituição para o país. Se 25% das cadeiras
fossem ocupadas por militares, eles permitiriam eleições para Assembleia Nacional.

Com essa configuração, há grande dificuldade na aplicação de alterações na


Constituição, em razão da necessidade de aprovação de por 75% nas duas câmaras,
número improvável de alcançar sem os votos dos militares

Dessa forma, em 2012, Aung San consegue chegar ao poder, mesmo que por meio
de um cargo mais baixo (pois não poderia assumir a presidência em razão de a lei
impedir quem tem filhos estrangeiros de chegar à chefia do Estado).
GENOCÍDIOS NAS MÃOS DE SUU KYI
Os anos seguintes, os Rohingya sofreram violências tanto pela população quanto
pelos militares. Como consequência, em 2017 houveram mais de 750 mil refugiados
para acampamentos em Bangladesh.

Aung San e manifestou tardiamente sobre a perseguição do exército birmanês à


minoria, desmentindo as alegações de atrocidades 
e negando as denúncias de limpeza étnica.

A conselheira sofreu pesadas críticas internacionais,


sendo acusada de cúmplice dos militares, tendo sido
retiradas algumas de suas condecorações e prêmios,
entre os quais o da Anistia Internacional.
DECLARAÇÃO DE AUNG SAN
Em 2019, Suu Kyi declarou que iria representar pessoalmente Mianmar diante do 
Tribunal Penal Internacional (TPI), após iniciarem um processo contra o país por 
violação à convenção da ONU para prevenção e punição do genocídio.

Mesmo que entre a população de Myanmar ela 


tenha continuado muito popular como figura 
pública e política, Aung San perdeu todo seu 
apoio internacional, o que seria algo decisivo
para os anos seguintes, ao haver outras eleições.
"SOU POLÍTICA, E NÃO DEFENSORA
DOS DIREITOS HUMANOS" - AUNG
SAN SUU KYI
ALEGAÇÃO DE FRAUDE ・ 2020 - DIAS
ATUAIS
Em novembro de 2020, a LND novamente saiu vitoriosa nas eleições. Os militares
iniciaram uma campanha de desinformação pelas redes sociais e começaram a alegar
que as eleições de novembro foram fraudulentas – mesmo sem provas

Em fevereiro de 2021, o exército de Myanmar derrubou o governo eleito, prendeu


líderes políticos, bloqueou estradas, fechou o
acesso à internet e suspendeu os voos ao país.
Foram presos membros do LND, a conselheira 
Aung San, políticos da oposição e ativistas.

Protestos pela democracia se seguiram nas 


semanas seguintes, reprimidos violentamente
pelas Forças Armadas.
GUERRA CIVIL
Detida e condenada ao silêncio, Aung San tem atualmente pouca influência
em Mianmar, onde muitas pessoas renunciaram a um de seus princípios básicos, a
política de não violência, e atualmente há ações de guerrilha contra a junta.

Ela enfrenta ainda quase uma dúzia de acusações e pode pegar uma pena de até 102
anos de prisão.

O ambiente digital tem sido um dos grandes protagonistas do movimento de 


desobediência. Um grupo de hackers declarou a defesa da democracia e tem
derrubado páginas e conteúdos considerados como “propaganda militar”.

A ONU afirma que são 2.890 mortes pelos militares desde o início do golpe. E por
causa da violência, 1,2 milhão de birmaneses se tornaram deslocados internos
CONCLUSÃO
Após apresentadas todas essas informações, é notório a influência do
colonialismo e da Inglaterra no Myanmar, afinal a maioria de seus conflitos
são motivados por minorias étnicas que foram anexadas em um só
território de forma não-natural.

Pode-se fazer um paralelo com os países da África, que durante o


neocolonialismo foram divididos por potências europeias visando somente
interesses. 

Provavelmente, esses conflitos nunca, de fato, cessem, considerando haver


132 etnias diferentes que estão constantemente brigando entre si.
FIM DA
APRESENTAÇÃO!
Obrigado pela atenção.

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