• Sempre que um veículo sofre um sinistro, essa informação é
registrada em seu histórico, a fim de permitir uma avaliação mais precisa sobre suas condições e valor de mercado quando necessário. No entanto, para que incidentes menores não tenham a mesma influência do que aqueles mais graves, os sinistros podem receber classificações de acordo com a análise de cada situação. Classificação de Sinistro • Vale destacar que, em casos de acidente de trânsito, essa classificação é feita pelo agente de trânsito, durante o preenchimento do Boletim de Ocorrência. Para isso, eles se baseiam na resolução 297 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), em seu artigo 2º. Vamos conhecer agora essas classificações. Resolução • Art. 2º Concomitantemente à lavratura do Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito - BOAT, o agente fiscalizador de trânsito deverá avaliar o nível dos danos sofridos pelo veículo, enquadrando-o em uma das seguintes categorias. • Pequena monta
• A resolução estabelece que são sinistros de pequena monta
aqueles em que, após a realização dos reparos necessários, seja por meio de recuperação ou substituição de peças, o veículo pode voltar à circulação sem requerimentos adicionais de verificação, como uma vistoria ou inspeção veicular. Pode- se incluir danos a peças externas e mecânicas, além de danos à estrutura do veículo. • Média monta
• Nos casos de média monta, os danos ao veículo são maiores,
podendo até mesmo ter comprometido o seu bom funcionamento. Por isso, quando um sinistro recebe essa classificação pelo agente de trânsito, é obrigatório submeter o veículo a uma avaliação técnica após a realização dos reparos. • Se for aprovado na inspeção, o veículo recebe o Certificado de Segurança Veicular (CSV), tornando-se apto a circular pelas vias públicas novamente. • Grande monta
• Finalmente, os sinistros de grande monta são aqueles em que
os danos sofridos pelo veículo o tornem irrecuperável, não sendo mais possível transitar com ele mesmo após tentar recuperá-lo. • O único fim possível para esses veículos é o uso como sucata, a fim de reaproveitar peças e componentes que ainda estejam em bom estado. • É importante ressaltar que, para classificar os veículos sinistrados nessas categorias, os agentes de trânsito se baseiam em um sistema de pontos específico, em que cada parte danificada adiciona uma quantidade de pontos à contagem. Utilizando formulário próprio para esse fim, a classificação acontece da seguinte forma para carros:
• Pequena monta, entre 0 e 20 pontos;
• Média monta, entre 21 e 30 pontos e; • Grande monta, acima de 30 pontos. Para motocicletas, a classificação é a seguinte:
• Pequena monta, entre 0 e 16 pontos;
• Média monta, acima de 16 pontos e;
• Grande monta, quando houver danos em dois ou mais
componentes estruturais, independentemente da pontuação. • O desenvolvimento de um carro, hoje, deve contemplar parâmetros, como redução de peso, para ganhar eficiência energética e emprego de matérias capazes de absorver e suportar a energia gerada por uma colisão, de acordo com os protocolos de segurança dos mercados onde serão comercializados. • Daí o emprego de ligas mais resistentes em áreas específicas e outras mais maleáveis em outros pontos da carroceria (veja na ilustração colorida, os diferentes tipos de aço usados em uma carroceria moderna), justamente para direcionar de forma programada a deformação em caso de um impacto. Destino dos sinistrados. • É perfeitamente legal a comercialização de um carro sinistrado, tanto que existem leilões e profissionais especializados apenas em veículos nessa categoria. • Contudo, é necessário que a documentação esteja em dia exibindo a observação de “Sinistrado/Recuperado”. • Do contrário, há irregularidades no registro e no histórico do carro. Precificação • Veículo precisa ter atenção às fraudes porque veículos sinistrados perdem de 30 a 40% do valor da tabela. Sucatas • O parágrafo primeiro do artigo 328 do Código de Trânsito Brasileiro define como sucata todo veículo automotor recolhido ou apreendido que não esteja apto a trafegar, seja por avaria grave ou por falta de peças. • Nesse caso, o que os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detran) fazem com as milhares de “sucatas” que se acumulam em seus pátios? Eles levam a leilão ou reciclam. • O Projeto de Lei 345/07, do Senado, que disciplina a atividade de desmanche de veículos e a comercialização de suas peças como reposição ou sucata. Fonte: Agência Câmara de Notícias • Peças
Para que sejam reutilizadas, as peças precisam estar em
condições técnicas e legais de segurança. Sua funcionalidade deve ser avaliada, com uma inspeção visual para atestar sua conformidade com as especificações. A forma como se dará essa avaliação deve ser regulada pelos órgãos responsáveis pelo setor. O projeto estabelece ainda garantia mínima de 90 dias para os produtos, sem prejuízo de outros direitos do consumidor . Fonte: Agência Câmara de Notícias • As peças que não forem aproveitadas mas ainda tiverem valor econômico poderão ser vendidas como sucata, desde que se destinem a empresas em conformidade com a legislação ambiental. As partes do veículo com potencial lesivo ao meio ambiente — pneus, baterias, catalisadores, fluidos e gazes — devem ser manipuladas de forma a respeitar a legislação ambiental, que já se aplica a oficinas e a postos de gasolina . Fonte: Agência Câmara de Notícias DETRAN/BA • Orientações básicas para credenciamento das empresas de sucatas, visando a participação em leilões públicos do DETRAN/BA: • Lei nº 9.503/1997, artigo 328 Resolução CONTRAN nº 623/2016, artigo 16, § 2º, I e III e § 3º Lei Federal nº 12.977/2014 Portaria DETRAN/BA nº 45/2019 • A Lei Federal nº 12.977/2014 e a Portaria DETRAN/BA nº 45/2019 visam disciplinar a atividade do comércio e recuperação de peças usadas, de desmonte de veículos e da reciclagem não industrial de peças, após a descontaminação do móvel, através do credenciamento, para controle e fiscalização periódica do DETRAN/BA. • O exercício regular da atividade econômica gera lisura e transparência acerca da procedência lícita dos veículos e peças, com a origem comprovada, buscando a redução dos crimes de furto e roubo de veículos, fomentando a atividade econômica e a geração de empregos. • Somente EMPRESAS CREDENCIADAS NO RAMO DE DESMONTE poderão participar de LEILÕES DE SUCATAS APROVEITÁVEIS - (Objeto social “Desmanche...” e Código CNAE 4530-7/04 ou 4530-7/04 + 4541-2/07), conforme previsto no artigo 328 da Lei nº 9.503/1997, no artigo 16, § 3º da Resolução CONTRAN nº 623/2016, na Lei Federal nº 12.977/2014 e na Portaria DETRAN/BA nº 45/2019. • Exclusivamente EMPRESAS DO RAMO DA SIDERURGIA (Código CNAE grupo 24.2) E FUNDIÇÃO (Código CNAE grupo 24.5) poderão participar de LEILÕES DE SUCATAS INSERVÍVEIS, visando a descaracterização e transformação em fardos metálicos (trituração ou prensagem) para reciclagem industrial, após a descontaminação do veículo, como disciplinado no artigo 328 da Lei nº 9.503/1997 e no artigo 16, § 2º, II e § 3º, da Resolução CONTRAN nº 623/2016