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The quest for new

axioms
Ana Carolina de Oliveira Rocha, João Inácio Nassif Azevedo, Luana Pasca, Paulo
Roberto
A HIPÓTESE DO
01 CONTINUUM
Fundamentos e consequências para o entendimento atual da teoria
dos conjuntos
Termos e conceitos importantes para a
compreensão da discussão (i)
ZF A ZFC é a sigla para Teoria dos Conjuntos de Zarmelo-Fraenkel com o axioma da escolha.

C dos conjuntos (1° desenvolvimento da teoria dos conjuntos).


A ZFC é um sistema axiomático que foi proposto para promover uma teoria dos conjuntos sem os paradoxos da teoria
ingênua

CARDINALIDAD conjunto. A cardinalidade é a representação do número de elementos de um

Eℵ Os números Aleph, ℵ, são utilizados para representar a cardinalidade de conjuntos infinitos.


ℵ𝟎 A cardinalidade do conjunto dos números reais, , é representada por . O conjunto dos números reais é
infinito e contável.

! Todos os conjuntos que possam ser colocados numa relação bijetiva com o conjunto dos
números naturais terão, como cardinalidade, .
Termos e conceitos importantes para a
compreensão da discussão (ii)

FUNÇÃO BIJETIVA
As funções bijetivas possuem domínio e contradomínio iguais
(quanto a cardinalidade) e, além disso, elementos distintos do
domínio relacionam-se com elementos distintos do
contradomínio.

A B

As funções bijetivas são, ao mesmo tempo, injetivas e sobrejetivas. Isto é: cada


elemento do domínio está associado a um elemento do contradomínio de forma um-
para-um e exclusiva.
Entendendo a hipótese do continuum (i)
“NÃO EXISTE NENHUM CONJUNTO COM CARDINALIDADE MAIOR
DO QUE A DO CONJUNTO DOS INTEIROS E MENOR DO QUE A DO
CONJUNTO DOS REAIS”
A hipótese do continuum foi apresentada como o primeiro dos 23 Problemas de Hilbert, pelo próprio David Hilbert, no
Congresso Internacional de Matemáticos de Paris em 1900.
“(...)Eis o teorema:
Todo sistema de infinitos números reais, i.e., todo agregado de números (ou pontos) é ou equivalente ao agregado dos
números naturais, 1, 2, 3, ... , ou ao agregado de todos os números reais e, portanto, ao continuum, isto é, aos pontos de uma
reta; com respeito á equivalência, há, portanto, somente dois agregados de números, o agregado enumerável e o
continuum.
Desse teorema seguiria, imediatamente, que o continuum tem o número cardinal seguinte àquele do agregado
enumerável; a demonstração desse teorema formaria, portanto, uma nova ponte entre o agregado enumerável e o
continuum”.
Entendendo a hipótese do continuum (ii)

Sendo , conclui-se que o conjunto dos números reais é um conjunto infinito e incontável*. Assim, não possui
relação de bijeção para com o conjunto dos números naturais e, por isso, não possui como cardinalidade.

A noção de conjuntos contáveis e incontáveis foi introduzida por Gregor Cantor, responsável também pela hipótese
do continuum. São contáveis aqueles conjuntos que possuem uma relação de bijeção com o conjunto dos números
reais.
Gregor Cantor conclui que o conjunto dos números reais não pode ser mapeado
numa relação um-para-um exclusiva com o conjunto dos números naturais e,
portanto, sem poder atribuir-lhe a cardinalidade , decide chamar a cardinalidade
do conjunto dos reais de “c”.

*A existência de conjuntos contáveis e incontáveis foi provada por Cantor através de seu argumento de
diagonalização.
Entendendo a hipótese do continuum (iii)
A pergunta de Cantor foi, em outras palavras, “existe algum conjunto cuja cardinalidade é intermediária entre
essas duas, ou seja, maior que a dos racionais e menor do que a dos reais? Existe algum infinito entre essas
duas?”
Sendo a cardinalidade do conjunto dos números inteiros igual à e a dos números reais igual a “c”:

|ℝ |=2ℵ 0

Sendo bijetivo ao powerset de ,


ℵ0
E dizendo a CH que não há um conjunto S para o qual ℵ0 <|𝑆 ∨¿ 2

Ao assumirmos o axioma da escolha da ZFC, temos que

Mas caso utilizemos a ZFC sem utilizar o axioma da escolha, podemos concluir que a HC é consistente e,
portanto,
PARA ENTENDER MAIS SOBRE OS
FUNDAMENTOS DA HC,
Os seguintes vídeos são explicações acerca da hipótese do continuum. O primeiro é uma palestra de
William Hugh Woodin, professor e teórico dos conjuntos em Harvard. O segundo vídeo é uma
explicação didática (entretanto um pouco mais superficial) da hipótese do continuum.
Mas toda questão matemática possui uma
resposta?
Para responder a essa pergunta, vamos abordar os desdobramentos da hipótese do continuum.

Quando a hipótese foi proposta por Gregor Cantor, o matemático tentou prová-la, mas falhou. Hoje sabemos o
porquê: a hipótese é independente do nosso sistema padrão, a ZFC.

Em 1940, Kurt Gödel provou que a negação da HC não poderia ser provada através da ZFC.

Em 1963, Paul Cohen provou, através da técnica de “forcing” que a própria HC também não poderia
ser provada através da ZFC!

Cohen concluiu que a noção de conjuntos


era essencialmente vaga e que não
possuíamos os axiomas necessários para
lidarmos com o CH.
COMO LIDAR COM A
02 INDEPENDÊNCIA DA
HC?
Como deveríamos reagir à independência
da HC frente à ZFC?
 Øystein apresenta duas vias de ação: uma, baseada no princípio do Ignorabimus, prega que deveríamos
simplesmente aceitar passivamente a independência da HC. Outra, nos induz a perguntar: será que a HC
realmente não possui uma resposta só porque o nosso sistema padrão, a ZFC, não a pode fornecer?

A BANCADA REALIST x A BANCADA ANTIREALIST


A bancada mais “realista”, acreditaA
que a ZFC é competente A acredita que a leitura
A denominada bancada “antirrealista”
o suficiente para a compreensão da CH. O que precisamos é atual da CH é demasiadamente vaga pois os conceitos de que
encontrar novos axiomas que possam nos auxiliar a tornar precisamos para compreendê-la não podem ser obtidos sem
a interpretação da CH menos vaga e a encontrar uma violar o entendimento atual de teoria dos conjuntos,
resposta para o problema. alicerçado pela ZFC.
Intuição matemática e evidências intrínsecas e
extrínsecas para axiomas
Um dos maiores defensores da bancada realista é o próprio Kurt Gödel. Vejamos a visão dele sobre evidências
matemáticas:

“we have something like a perception also of the Se os axiomas da ZFC têm essa espécie
objects of set theory, as is seen from the fact that de poder de “force themselves on us”, não
the axioms force themselves on us as being true” teriam também outros (novos) axiomas?
(GÖDEL, 1964, pp. 483–84)

Gödel acredita que os axiomas precisam ser um tipo de proposição que, além de ser sem demonstração, precisam ser
evidentes e corretas. As formas que são realizadas as justificações dos axiomas de um sistema axiomático são
denominadas intrínsecas e extrínsecas.
Evidências intrínsecas para axiomas
“[…]we need a more profound analysis (than Gödel acredita que uma análise
mathematics is accustomed to giving) of the profunda e iterativa dos conjuntos
meanings of the terms occurring in the Continuum pode trazer à tona evidências para
Hypothesis.” (GÖDEL, 1964, pp. 473) novos axiomas.

E justamente essa forma de evidências é denominada de “intrínseca”, pois deriva diretamente das nossas já existentes
concepções de teoria dos conjuntos (ZFC)!
Esta concepção de Gödel não é absurda, visto que vários axiomas já
existentes são frutos desse tipo de procedimento matemático.
Evidências extrínsecas para axiomas
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