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Catequética

CATEQUESE NOS
DOCUMENTOS
CONCILIARES
DOCUMENTOS CONCÍLIO VATICANO II

IDENTIDADE E MISSÃO
DA CATEQUESE
Decreto Christus dominus – sobre o
múnus pastoral dos bispos na Igreja
Instrução catequética
14. Vigiem que a instrução catequética, que se
orienta a fazer:
com que a fé,
ilustrada pela doutrina,
se torne viva, explícita e operosa nos homens,
seja cuidadosamente ministrada
quer às crianças e aos adolescentes,
quer aos jovens,
quer até aos adultos
Christus dominus
Instrução catequética
quer até aos adultos: procurem que esta
instrução seja dada segundo a ordem e o
método que mais convêm não só à matéria de
que se trata
mas também à índole, capacidade, idade e
condições de vida dos ouvintes,
e que se baseie na Sagrada Escritura, na
Tradição, na Liturgia, no magistério e na vida
da Igreja.
Christus dominus
Instrução catequética
Procurem, além disso, que OS CATEQUISTAS
se preparem devidamente, adquirindo perfeito
conhecimento
da doutrina da Igreja
e aprendendo teórica e pràticamente as leis
psicológicas e as ciências pedagógicas.
Esforcem-se também por estabelecer ou
organizar melhor a formação dos
catecúmenos adultos.
Christus dominus
Dever de ensinar do Bispo
12 – No exercício do seu múnus de
ensinar, anunciem o Evangelho de Cristo
aos homens, que é um dos principais
deveres dos Bispos, chamando-os à fé
com a fortaleza do Espírito ou
confirmando-os na fé viva.
Christus dominus
Método de ensinar
13 – Expliquem a doutrina cristã com
métodos apropriados às necessidades dos
tempos, isto é, que respondam às
dificuldades e problemas que mais
preocupam e angustiam os homens;
protejam também esta doutrina,
ensinando os fiéis a defendê-la e a
propagá-la.
Declaração Gravissimum educationis –
sobre a educação cristã
Meios da Igreja para a educação cristã
4. No desempenho do seu múnus educativo, a
Igreja preocupa-se com todos os meios aptos,
sobretudo com aqueles que lhe pertencem: o
primeiro dos quais é a instrução catequética
que ilumina e fortalece a fé,
alimenta a vida segundo o espírito de Cristo,
leva a uma participação consciente e ativa no
mistério de Cristo
e impele à ação apostólica.
Gravissimum educationis – sobre a
educação cristã
Meios da Igreja para a educação cristã
A Igreja aprecia muito e procura penetrar
e elevar com o seu espírito também os
restantes meios, para cultivar as almas e
formar os homens, como são os meios de
comunicação social, as múltiplas
organizações culturais e desportivas, os
agrupamentos juvenis e, sobretudo, as
escolas.
3 MANDATOS
CONCILIARES
Christus dominus – 1º mandato
44. (...) Redijam-se um Diretório sobre a
formação catequética do povo cristão, que
exponha os princípios fundamentais, a
orientação e também o modo de elaborar
os livros acerca desta matéria. Na
elaboração destes Diretórios tenham-se
igualmente em conta as observações
apresentadas tanto pelas Comissões como
pelos Padres conciliares.
Diretório Geral de Catequese
Foi derrotada a ideia de um CATECISMO
GERAL, como no Concílio de Trento
Este DIRETÓRIO deveria ter princípios,
orientações, critérios e indicações para
estimular e guiar a tarefa catequética das
Igrejas particulares.
1971 – primeira edição
1997 – segunda edição
Sacrosanctum concilium – 2º mandato
Restauração do catecumenado
64. Restaure-se o CATECUMENADO
DOS ADULTOS, com vários graus, a
praticar segundo o critério do Ordinário
do lugar, de modo que se possa dar a
conveniente instrução a que se destina o
catecumenado e santificar este tempo por
meio de ritos sagrados que se hão-de
celebrar em ocasiões sucessivas.
Sacrosanctum concilium – 2º mandato
Restauração do catecumenado
65. Seja lícito admitir nas terras de
Missão, ao lado dos elementos próprios da
tradição cristã, os elementos de iniciação
usados por cada um desses povos, na
medida em que puderem integrar-se no
rito cristão.
Ad gentes – 2º mandato
Catecumenado e iniciação cristã
14. Aqueles que receberam de Deus por meio da
Igreja a fé em Cristo, sejam admitidos ao
catecumenado, mediante a celebração de
cerimônias litúrgicas;
o catecumenado não é mera exposição de
dogmas e preceitos, mas uma formação e uma
aprendizagem de toda a vida cristã;
seja prolongada de modo conveniente, por cujo
meio os discípulos se unem como Cristo seu
mestre.
Ad gentes – 2º mandato
Catecumenado e iniciação cristã
Por conseguinte, sejam os catecúmenos
convenientemente iniciados:
no mistério da salvação,
na prática dos costumes evangélicos,
e com ritos sagrados, a celebrar em tempo
sucessivos,
sejam introduzidos na vida da fé, da
liturgia e da caridade do Povo de Deus.
Ad gentes – 2º mandato
Catecumenado e iniciação cristã
Em seguida, libertos do poder das trevas
pelos sacramentos da iniciação cristã,
mortos com Cristo e com Ele sepultados e
ressuscitados recebem o Espírito de
adoção de filhos e celebram com todo o
Povo de Deus o memorial da morte e
ressurreição do Senhor.
Ad gentes – 2º mandato
Catecumenado e iniciação cristã
É de desejar que a liturgia do tempo
quaresmal e pascal seja reformada de
maneira a preparar os corações dos
catecúmenos para a celebração do
mistério pascal, durante cujas solenidades
eles são regenerados para Cristo pelo
Batismo.
Ad gentes – 2º mandato
Catecumenado e iniciação cristã
Esta iniciação cristã realizada no
catecumenado deve ser obra não apenas
dos catequistas ou sacerdotes, mas de
toda a comunidade dos fiéis,
especialmente dos padrinhos, de forma
que desde o começo os catecúmenos
sintam que pertencem ao Povo de Deus.
Ad gentes – 2º mandato
Catecumenado e iniciação cristã
Visto que a vida da Igreja é apostólica, os
catecúmenos devem igualmente aprender a
cooperar ativamente, pelo testemunho da sua vida
e a profissão da sua fé, na evangelização e na
construção da Igreja.
Enfim, o estado jurídico dos catecúmenos deve
ser fixado claramente no novo Código.
Pois eles estão já unidos à Igreja, já são da casa de
Cristo, e, não raro, eles levam já uma vida de fé, de
esperança e de caridade.
Ad gentes – 3º mandato
Formação dos catequistas
17. De modo semelhante, é digno de elogio
aquele exército com tantos méritos na
obra das missões entre pagãos, o exército
dos catequistas, homens e mulheres, que,
cheios do espírito apostólico, prestam com
grandes trabalhos uma ajuda singular e
absolutamente necessária à expansão da fé
e da Igreja.
Ad gentes – 3º mandato
Formação dos catequistas
Hoje em dia, em razão da escassez de clero para
evangelizar tão grandes multidões e exercer o
ministério pastoral, o ofício dos catequistas tem
muitíssima importância.
A sua FORMAÇÃO deve, portanto, fazer-se de
maneira tão acomodada ao progresso cultural, que
eles possam desempenhar o mais perfeitamente
possível o seu múnus como colaboradores eficazes
da ordem sacerdotal, múnus esse que se vai
complicando com novas e maiores obrigações.
Ad gentes – 3º mandato
Formação dos catequistas
É preciso, portanto, multiplicar as escolas
diocesanas e regionais, nas quais os
futuros catequistas estudem
cuidadosamente a doutrina católica,
sobretudo em matéria bíblica e litúrgica,
assim como o método catequético e a prática
pastoral, e se formem na moral cristã,
exercitando-se sem desfalecimentos na
piedade e na santidade de vida.
Ad gentes – 3º mandato
Formação dos catequistas
Além disso, devem organizar-se reuniões ou
cursos de atualização nas disciplinas e nas
artes úteis ao seu ministério, e de renovação e
robustecimento da sua vida espiritual.
Por outro lado, aos que se dedicam
inteiramente a esta ocupação, dever-se-á
proporcionar, por uma justa remuneração,
conveniente nível de vida e segurança
social.
Ad gentes – 3º mandato
Formação dos catequistas
É de desejar que se proveja, de maneira
conveniente, à formação e sustentação dos
catequistas, por meio de subsídios
especiais da sagrada Congregação de
«Propaganda Fide».
Parecendo necessário e conveniente,
funde-se uma Obra para os catequistas.
Ad gentes – 3º mandato
Formação dos catequistas
Além disso, as igrejas serão reconhecidas
ao trabalho generoso dos catequistas
auxiliares, cuja ajuda lhes será
indispensável.
São eles que presidem às orações nas
comunidades e ensinam a doutrina.
É preciso, pois, tratar da sua conveniente
formação doutrinal e espiritual.
Ad gentes – 3º mandato
Formação dos catequistas
Por outro lado, é de desejar que, onde
parecer oportuno, seja confiada
publicamente, durante a celebração duma
ação litúrgica, a missão canônica aos
catequistas que tiverem recebido a devida
formação, a fim de estarem com maior
autoridade ao serviço da fé junto do povo.
Restauração do Catecumenato

1972 – Edição do RICA

1974 – Sínodo sobre a Catequese

1975 – Evangelii nuntiandi


CONCÍLIO VATICANO II

RENOVAÇÃO
CONCILIAR E REFLEXO
NA CATEQUESE
Dei Verbum
CATEQUESE tem sua fonte primordial
na PALAVRA DE DEUS
◦ Sagrada Escritura
◦ Tradição

Revelação (comunicação) de Deus ao seu


povo através de seu Filho Jesus Cristo
Lumen gentium
Lugar da CATEQUESE é na Comunidade
cristã:
◦ Sacramento da salvação
◦ Comunidade do Povo de Deus
Comunidade grande Catequista
Importância do testemunho e vivência da

Iniciação cristã, também inclui iniciação
no mistério a Igreja
Gaudium et spes

Igreja em diálogo com o mundo é um


convite e um impulso para uma catequese
inculturada.

Uma Igreja e uma catequese a serviço das


pessoas, principalmente dos mais pobres.
Sacrosanctum concilium

Restabelecimento da antiga união entre


liturgia e catequese

Inspiração catecumenal e mistagógica

Ordena a restauração do catecumenato


antigo nos dias de hoje
Apostolicam actuositatem – apostolado
dos leigos
10. Porque participam no múnus
sacerdotal, profético e real de Cristo, têm
os leigos parte ativa na vida e ação da
Igreja.
A sua ação dentro das comunidades
eclesiais é tão necessária que, sem ela, o
próprio apostolado dos pastores não pode
conseguir, a maior parte das vezes, todo o
seu efeito.
Apostolicam actuositatem – apostolado
dos leigos
Porque os leigos com verdadeira mentalidade
apostólica, à imagem daqueles homens e
mulheres que ajudavam Paulo na propagação
do Evangelho, suprem o que falta a seus
irmãos e revigoram o espírito dos pastores e
dos outros membros do povo fiel.
Pois eles, fortalecidos pela participação ativa
na vida litúrgica da comunidade, empenham-
se nas obras apostólicas da mesma.
Apostolicam actuositatem – apostolado
dos leigos
Conduzem à Igreja os homens que
porventura andem longe, cooperam
intensamente na comunicação da
palavra de Deus, SOBRETUDO PELA
ATIVIDADE CATEQUÉTICA, e
tornam mais eficaz, com o contributo da
sua competência, a cura de almas e até a
administração dos bens da Igreja.
Presbiterorum ordinis
6. Por isso, cabe aos sacerdotes, como
educadores da fé, cuidar por si ou por outros
que cada fiel seja levado, no Espírito Santo, a
cultivar a própria vocação segundo o
Evangelho, a uma caridade sincera e operosa,
e à liberdade com que Cristo nos libertou.
De pouco servirão as cerimônias, embora
belas, bem como as associações, embora
florescentes, se não se ordenam a educar os
homens a conseguir a maturidade cristã.
Presbiterorum ordinis
Os presbíteros ajudá-los-ão a promoverem esta
maturidade, para que até nos acontecimentos,
grandes ou pequenos, consigam ver o que as
coisas significam e qual é a vontade de Deus.
Sejam ensinados também os cristãos a não
viverem só para si, mas, segundo as exigências
da nova lei da caridade, cada um, assim como
recebeu a graça, a administre mutuamente, e
assim todos cumpram cristãmente os seus
deveres na comunidade humana.
Unitatis redintegratio – diálogo
ecumênico

Catequeseeduque para o amplo


conhecimento, respeito, diálogo e
compreensão entre as várias Igreja cristãs.
Buscando não polemizar nem a falsear a
verdade.
Inter mirifica – comunicação social

Importância das comunicações sociais na


transmissão da fé.
Nostra aetate e Dignitatis humanae
“os homens constituem todos uma só
comunidade; todos têm a mesma origem, pois foi
Deus quem fez habitar em toda a terra o inteiro
gênero humano (1); têm também todos um só fim
último, Deus, que a todos estende a sua
providência, seus testemunhos de bondade e seus
desígnios de salvação (2) até que os eleitos se
reúnam na cidade santa, iluminada pela glória de
Deus e onde todos os povos caminharão na sua
luz (3)” (NA 1)
Ampliam a dimensão antropológica da catequese
Pós-Concílio Vaticano II
Mas o período pós-conciliar, mais que
qualquer outro, foi também pródigo em
novos instrumentos e em diretrizes para
uma renovação metódica da catequese
eclesial.
Cumpre lembrar, antes de tudo, os vários
documentos e manifestações que, em
termos de Igreja universal, representam um
“corpus” catequético de notável alcance:
Pós-Concílio Vaticano II
o Diretório geral catequético de 1971;
a publicação, em 1972, do Ordo initiationis
christianae adultorum (Oica ou Rica),
os dois Sínodos de 1974 e 1977
Evangelii Nuntiandi (EN)
Catechesi Tradendae (CT);
encíclica Redemptoris Missio (1990)
o Catecismo da Igreja Católica (1992)
Novo Diretório geral para a catequese (1997);
DIRETÓRIO PARA CATEQUESE (2020).

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