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PROCESSO DE

CAPTAÇÃO DE ORGÃOS
ENF.MSC.FERNANDA CUNHA
Se existe um doador em potencial, com morte encefálica confirmada (vítima de acidente com
traumatismo craniano, derrame cerebral, etc.) e após autorização da família para que ocorra a
retirada dos órgãos, são mantidos os recursos para a preservação das funções vitais dos órgãos e
seguem as seguintes ações:

• O hospital notifica a Central de Transplantes sobre um paciente com morte encefálica (potencial

Como
doador);

funciona o • A Central de Transplantes pede confirmação do diagnóstico de morte encefálica e inicia os testes de
compatibilidade entre o potencial doador e os potenciais receptores em lista de espera. Quando
existe mais de um receptor compatível, a decisão de quem receberá o órgão passa por critérios tais
sistema de como tempo de espera e urgência do procedimento;

captação de • A Central de Transplantes, através de um sistema informatizado, gera uma lista de potenciais
receptores para cada órgão e comunica aos hospitais (equipes de transplantes) onde eles são

órgãos? atendidos;

• As equipes de transplante, junto com a Central de Transplante, adotam as medidas necessárias para
viabilizar a retirada dos órgãos (meio de transporte, cirurgiões, pessoal de apoio, etc.);

• Os órgãos são retirados e o transplante é realizado.


• Diferentes instituições estão envolvidas por todo o processo do
Transplante de Múltiplos Órgãos. Suas criações datam de
períodos distintos, alguns estados são dotados de entidades
específicas a suas localizadas à despeito das Centrais
Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos regionais
(CNCDO reg) presentes no Paraná e em Minas Gerais, por
exemplo, ou como em São Paulo, com as Organizações de
Procura de Órgãos (OPO). Todavia, apesar desta diversidade,
estas instituições apresentam um grau de hierarquia e relação
entre si.
Sistema Nacional de
Transplante

• Em 4 de fevereiro de 1997, pela Lei nº 9.434, era criado e organizado o Sistema Nacional de Transplante, o qual
atuaria no conhecimento de morte encefálica em qualquer ponto do território nacional, assim como seria
responsável pelo destino dos tecidos e órgãos doados. Este sistema passa a compreender as seguintes esferas de
representação:

• Ministério da Saúde;
• Secretaria de Saúde do Estado;
• Secretaria de Saúde do Município;
• Hospitais Autorizados;
• Rede de Serviços auxiliares necessários à realização dos transplantes;

• Ao SNT cabe o papel de gerenciar a lista única nacional de receptores, com todas as indicações necessárias à
busca de órgãos; assim como é de sua responsabilidade conceder a autorização aos estabelecimentos de saúde e
equipes especializadas para realizarem a captação, transporte e transplantação do enxerto.
Central Nacional
• A CNNCDO foi criada mais recentemente, em 16 de agosto
de 2000, frente a necessidade de aprimorar o
funcionamento e gerenciamento do Sistema Nacional de
de Notificação, Transplantes, aperfeiçoando o controle das listas de
receptores, estaduais, regionais e nacionais, buscando a
Captação e transparência na distribuição de órgãos dentre outros.

Distribuição de • A CNNCDO é um órgão que permanece como uma entidade


Órgãos subordinada ao SNT, tendo sido criada com o intuito de
auxiliá-lo em suas atividades.

(CNNCDO).
• Apresentando, portanto, um caráter executivo, também
atua na esfera nacional e por questões operacionais e
logísticas situa-se no Aeroporto de Brasília, funcionando
24h por dia. De uma maneira geral, suas atribuições são:

• distribuição interestadual;
• relações com as Companhias aéreas;
• geração de informações e relatórios;
Central Nacional • Às CNCDOs cabe a função de coordenar as atividades
do transplante no âmbito estadual, realizando as
inscrições e classificação dos receptores.
de Notificação,
Captação e • Além disso, uma vez realizado o diagnóstico de morte

Distribuição de encefálica, deve-se notificar à CNCDO, que, então, deve


providenciar o transporte do órgão doado até o local
onde se encontra o receptor ideal.
Órgãos
(CNNCDO). Existem, até o momento, 24 centrais estaduais, localizadas
nos seguintes estados:
• Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal,
Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná,
Pernambuco, Piauí, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
São Paulo e Sergipe.
Comissões intra-
• Inspirado no modelo espanhol de organização do
hospitalares de processo de transplante, em 23 de setembro de 2005,
de acordo com a Portaria 1.752, passa a haver a
doação de órgãos e determinação de que todos os hospitais públicos,
privados e filantrópicos com mais de 80 leitos devem
tecidos para o ter sua Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos
e Tecidos para Transplante. As principais atribuições
transplante das CIHDOTT são:

(CIHDOTT)
• organizar, no âmbito do hospital, o processo de
captação de órgãos;
• articular-se com as equipes de UTI’s e Emergências a
identificação e manutenção dos potenciais doadores;
• coordenar as entrevistas com a família do potencial
doador;
• articular-se com Instituo Médico Legal, para, quando for
o caso, agilizar o processo de necropsia dos doadores;
Organizaçõe • A OPO é um modelo para captação de
órgãos particular para o Estado de São
s de Procura Paulo, adotado tanto pela CNCDO da
capital quanto pela do interior. De
de órgãos – acordo com este modelo, cada
hospital-escola possui uma OPO que

OPO consiste em uma equipe que se


desloca entre vários hospitais em sua
região, acionados pelos médicos
locais que identificaram dentre seus
pacientes um potencial doador em
morte encefálica.
A criação do Sistema Nacional de
Custos da Transplantes fez o Brasil despontar
Retirada e como um dos maiores países em
Doação de número de transplantes no mundo.
Em 1996 (antes da criação da SNT)
Múltiplos órgãos foram realizados 3.979 transplantes.

No ano de 2002 este número chegou


a 7.981 transplantes pagos pelo SUS,
representando um crescimento de
mais de 100%. Isto fez aumentar o
valor gasto total em transplantes de
75,4 milhões de reais em 1996 para
280,5 milhões de reais em 2001.
Custos da Retirada e Doação de Múltiplos
órgãos

O custo do transplante envolve gastos em diversas esferas que se inserem neste


processo desde a captação até o término da implantação do enxerto.

Estes gastos incluem todos os procedimentos utilizados, materiais de consumo, custo


da depreciação dos equipamentos, profissionais envolvidos e serviços de utilidade
pública utilizado por todo o processo dentre outros.

Os gastos com o transplante são, inegavelmente, elevados. Porém é necessário


ponderar o fato de que a logística do transplante tem de trabalhar ininterruptamente.
Os custos, portanto, incluem muito mais que medicamentos e terapias de suporte;
assim, não se pode esperar que tais custos sejam baixos.
Logística da • Os critérios de seleção do receptor
para cada órgão estão, sucintamente,

Distribuição abaixo descritos:


• Fígado: utilizam-se os critérios de
dos Órgãos identidade ABO e compatibilidade de
peso (receptores devem ter relação
de peso doador vs receptor entre 0,5
a 1,5 = 50%).

• O órgão é ofertado em primeiro lugar


àqueles pacientes que estiverem
incluídos nos critérios de urgência, em
conformidade com a Portaria MS nº
3407, de 05.08.98.
• Rins: a distribuição é realizada conforme
compatibilidade HLA e tempo de lista. Após
a liberação do resultado do HLA pelo
Laboratório de histocompatibilidade, são
emitidas as listas de possíveis receptores
(adulto e criança), e realizada a triagem de
dez pacientes que concorrerão ao
crossmatch.

• Para que os pacientes em lista de espera de


rim concorram ao crossmatch, eles deverão
ter amostras atualizadas de soro (renovadas
a cada 2 meses) no laboratório de
histocompatibilidade. Destes 10 pacientes
listados, serão contemplados os dois
primeiros que tiverem resultado "negativo"
(ou o primeiro naqueles casos em que
houver transplante duplo de rim e
pâncreas).
Logística da Distribuição dos Órgãos
• Coração: a lista de receptores é classificada por tempo de lista e considerando a
compatibilidade de peso entre doador e receptor e a idade. Preferencialmente, o
implante é realizado pela equipe que fez a retirada e considerando-se o tempo de
isquemia. O órgão é ofertado em primeiro lugar àqueles pacientes que estiverem
incluídos nos critérios de urgência, em conformidade com a Portaria MS nº 3407,
de 05.08.98, desde que haja tempo hábil e condições de transporte do mesmo;
caso contrário, a distribuição do órgão é realizada mediante a possibilidade de
transplante em receptores da região de retirada.

• Pâncreas isolado: se houver algum impedimento para a realização de transplante


duplo de rim e pâncreas, a distribuição do pâncreas é realizada mediante o
sistema de lista única no Estado, por tempo de espera, por identidade ABO e após
a realização do crossmatch; concorrem 05 pacientes, e ao primeiro com resultado
negativo será destinado o órgão. O p.d. deve ter idade entre 10 e 45 anos.

• Transplante duplo de rim e pâncreas: cinco pacientes são listados, por tempo de
lista, e concorrem ao crossmatch, como "prioridade". Ao primeiro paciente da lista
de crossmatch de rim e pâncreas com resultado negativo será destinado os
referidos órgãos. O p.d. deve ter idade entre 10 e 45 anos
Logística da
• Após a avaliação e notificação de Morte Encefálica do potencial doador, é essencial que, para a
efetivação da doação, o doador seja mantido hemodinamicamente estável. Assim, no período que
antecede a remoção dos órgãos, a maioria dos pacientes é tratada na Unidade de Terapia Intensiva.

Captação: • Quanto aos cuidados gerais necessários ao doador:

manutenção • Acesso Venoso: pelo menos um acesso venoso central para administração de líquidos e medição da
PVC;

do doador • Monitorização: cardíaca, oximetria de pulso, capnografia, PA não invasiva, Swan Ganz (somente se o
paciente já estiver em uso);

• Exames Laboratoriais: gasometria; cálcio, magnésio, fósforo;

• Controle da Temperatura;
Logística da
• Na morte encefálica ( em se tratando de danos
irreversíveis no tronco encefálico) ocorre a perda do
centro termorregulador, resultando em hipotermia, a

Captação:
qual necessita ser combatida por apresentar vários
efeitos deletérios sobre o paciente:

manutenção • Vasoconstrição progressiva e depressão miocárdica;

do doador
• Arritmias cardíacas;
• Hiperglicemia e cetose;
• Distúrbio de coagulação;
• Alterações eletrolíticas;
• Desvio da curva de dissociação oxigênio-hemoglobina:
Deve ser tratada com aquecimento passivo, evitar
temperatura ambiental < 23º C. Administrar solutos e
sangue aquecidos;
• Presença de hipertermia em paciente com morte
cerebral sugere presença de sepsis;
Logística da
• Suporte Cardiovascular
• Hipotensão: é a complicação mais freqüente no

Captação:
paciente com morte encefálica e pode ser
decorrente de causas prévias à morte cerebral,
à exemplo de: desidratação e hipovolemia;

manutenção perda secundária à hipertermia; lesão do centro


vasomotor; hipotermia; depressão da função
miocárdica. Faz-se necessário um suporte
do doador rápido e permanente, pois a hipotensão pode
levar à inviabilidade do órgão doado. O objetivo
é a manutenção de uma pressão arterial
sistólica de 100 mmHg.

• Hipertensão: Ocorre nas primeiras horas da


morte cerebral, decorrente do aumento da
pressão intracraniana e isquemia cerebral e da
descarga de catecolaminas. Tratamento é
baseado no uso de nitroprussiato de sódio.
Logística da
• Reposição Hídrica: Deve ser baseada na PVC. As soluções
mais adequadas são o soluto glicofisiológico e Ringer-
lactato, infundido 5ml/kg a cada 5 minutos até que a PA
esteja maior que 100 mmHg ou PVC maior que + 2 cmH20.

Captação: Outro aspecto importante a ser monitorado é o


hematócrito, que quando inferior a 30% indica concentrado
de hemácias. Administração excessiva de glicose ocasionará

manutenção hiperglicemia e hiponatremia dilucional.

do doador • Drogas Vasoativas: São utilizadas apenas após a


normalização da PVC, porém quando ainda não se obteve a
normalização da PA. Usa-se, inicialmente, dopamina, de
preferência em doses baixo de 12 micg/ Kg/ min para não
comprometer a perfusão de órgãos. A dobutamina (dose de
5 a 15 micg/ Kg/ min) pode ser acrescentada para permitir a
diminuição da dose da dopamina, é indicada nos pacientes
com edema pulmonar cardiogênico. A administração de
noradrenalina torna-se necessária nos portadores de
choque medular e nos portadores de patologia cardíaca
crônica.
Logística da Suporte Hidroeletrolítico:

Captação: Hipocalemia: pode ser por perda exagerada ou


entrada inadequada de potássio; deve-se corrigir com
manutenção infusão de 30-60 mEq/h;

do doador Hipercalemia: pode ser secundária a administração


excessiva, hemólise, destruição tissular, falência renal;

Hiponatremia: pode ser secundária a administração


exclusiva de soluto glicosado ou por perdas renais;

Hipernatremia: Pode ser decorrente principalmente


da Diabetes insipidus ou da administração exclusiva de
soluto fisiológico para reposição hídrica;
• Ventilação

Logística • A premissa é maximizar o transporte e consumo de


oxigênio, de maneira a manter PaO2 com a menor
FiO2 e PEEP. Nos candidatos a doação de pulmão

da deve-se evitar FiO2 > 1/2, pressão inspiratória <


30cmH2O e PEEP > 5 cm H2O, isto porque a PEEP
pode ser responsável pela desregularão da pressão

Captação: arterial do doador;

manutençã • Suporte Renal

o do • Preconiza-se a manutenção da diurese em 1ml/Kg/h


para adultos e 2 ml/Kg/h para crianças.Em casos de

doador
poliúria superior a 3 ml/Kg/h, torna-se necessária
uma reposição volêmica rigorosa. Na presença de
oligúria com pressão arterial e PVC normais pode ser
usado furosemide 20 a 60 mg IV ou manitol a 20%
na dose de 0,25 a 0,50 g/Kg
Garantia de acessos venosos;

Manutenção Tratamento de hipotensão: reposição volêmica e drogas vasoativas;

do Doador –
Ventilação adequada;

PEEP: 5cm de água;

Cuidados Gasometria arterial rigorosa;

Controle da hipotermia: focos de luz;

Básicos Infusão e ventilação aquecidas;

Reposição de eletrólitos;

Uso de antibióticos profiláticos;

Correção da hiperglicemia com insulina regular;


Doador Um dos
Vivo rins
Órgãos que
podem ser Parte do Parte do
fígado pulmão
doados
Parte do Medula
pâncreas óssea
Óbito por parada
Órgãos Córneas;
que
podem Válvulas cardíacas;
ser
doados Ossos;
Pele;
Óbito por morte cerebral

Córnea;

Órgãos
Rosto;

Pulmão;

que Coração;

Rins;

podem Fígado;

Pâncreas;

ser Intestino;

doados
Ossos;

Pele;

Vasos;

Membros;
Aspectos Técnicos da
Cirurgia do Doador

• A OPO ou a CNCDO informará às equipes, quais órgãos serão retirados assim como
o horário de início do procedimento. A pontualidade das equipes em relação ao
horário de chegada no hospital e início da cirurgia é recomendável e ainda mais
necessária quando o doador encontra-se hemodinamicamente instável. Antes de
iniciar a cirurgia, os membros de cada equipe de captação devem checar:

• Provas documentais de morte encefálica

• Termos de doação assinado pela família

• Tipo sanguíneo

• Parâmetros clínicos e exames

• A sequência da retirada de múltiplos órgãos segue a sequência:

1º - coração e pulmão

2º - fígado

3º - pâncreas

4º - intestino delgado

5º - rins

6º - enxertos vasculares (artérias e veias)

7º - córnea, pele e outros tecidos

• Esta ordem é determinada pelo tempo de isquemia dos órgãos, ou seja, tempo em
que o órgão é conservado em solução de preservação;
Aspectos Técnicos da
Cirurgia do Doador

• Cada equipe deve respeitar a sequência e os passos cirúrgicos da


outra equipe. Estando presentes as equipes específicas para a
remoção de cada órgão, o paciente encaminhado ao centro
cirúrgico, deve-se seguir os passos:

• 1. Equipe de Anestesia: controle das condições clínicas


hemodinâmicas e de relaxamento muscular do paciente.

• 2. Equipes de cirurgia cardíaca e pulmão: esternotomia e


inspeção dos órgãos intratorácicos.

• 3. Equipes de fígado, pâncreas, intestino e rim: abertura da


parede abdominal e inspeção dos órgãos intra-abdominais. Na
ausência das equipes de cirurgia cardíaca e pulmão, as equipes
de cirurgia abdominal são autorizadas a realizar esternotomia
mediana, da mesma forma os cirurgiões de tórax poderão
proceder à laparotomia. Após a inspeção dos órgãos intra-
abdominais, as equipes de fígado e pâncreas realizam a
dissecção e reparo dos vasos para posterior perfusão.

• 4. Equipes de coração e pulmão iniciam a dissecção dos órgãos


intratorácicos.

• 5. Equipe de rim: atua após a retirada dos outros órgãos intra-


abdominais.
1. Reserva de sala, recepção de equipe e transferência de doador

Captação de Quem executa: Equipe da CIHDOTT e/ou do CC

Recepcionar e colaborar com as equipes de captação de órgãos – AVISAR NA PORTARIA PARA

Múltiplos
FACILITAR O ACESSO.

Prever e prover a sala cirúrgica com todos os equipamentos e materiais necessários – Conferir
tudo antes da equipe chegar no hospital.

Órgãos para Conferir dados do doador e documento legais deixando cópias disponíveis para conferencia da
equipe:

Transplantes
Nome completo do doador, idade e diagnóstico;

Nome da mãe ou responsável;

Checklist Termo de declaração de morte encefálica;

Centro Laudo de exame complementar;

Cirúrgico
Termo de consentimento familiar para captação de órgãos e tecidos ;

Atestado de óbito (quando for o caso);

(CC) Preferencialmente reservar sala ampla com 02 (dois) pontos de aspiração e foco com boa
luminosidade;

Informar a UTI/EME o horário da captação para que não haja atrasos na transferência do doador
até o CC;
• 2. Equipamentos e Materiais necessários

Captação de •

02 suportes altos;

Múltiplos
02 mesas auxiliar;
• Caixas com instrumentais para laparotomia, Satinski, afastador
autoestatico, Fenocchieto médio, serra de Gigle, martelo
Órgãos •
ortopédico;
Pontos de oxigênio e aspiração (02);

para • Focos cirúrgicos: central e auxiliar;

Transplante
• Frascos para aspiração (grandes);
• Campos cirúrgicos, capas cirúrgicas, gorros, máscaras e propés;

s •

Solução para perfusão + equipos para perfusão;
Heparina (300 UI/Kg). Geralmente é feita pelo anestesista,

Checklist •
atentar para a solicitação médica.
1.000 ml Soro fisiológico ou ringer lactado gelado;

Centro • 20 litros de Soro fisiológico (Bolsa) congelados (a equipe leva).


GELO ESTRIL! Se for na embalagem única (convencional)

Cirúrgico •
degermar antes de entregar para a trituração;
Caixas térmicas para acondicionamento dos órgãos

(CC)
(devidamente identificadas) (a equipe leva ou a CNCDO
encaminha);
Bolsas (sacos) estéreis para acondicionamento dos órgãos (a equipe leva). Deve
conter 3 unidades para cada órgão que será captado.

Captação de Bacia estéril grande (02);

Múltiplos Cuba rim (02)

Órgãos para
Gelo não estéril (a equipe leva);

Compressas grandes;

Transplantes Fio Fechamento;

Checklist Algodão 0;

Centro Sonda Nasogastrica 18;

Cirúrgico Sonda uretral 10-14;

(CC) Fita cardíaca;

Coletor universal estéril (05);


Captação de Múltiplos Órgãos para Transplantes
Checklist Centro Cirúrgico (CC)

Centro doador e centro receptor;


3. Registros
importantes Equipe da captação;

Horário de início da cirurgia;

Início e término da perfusão de cada órgão

Soluções utilizadas e volume;

Hora do clampeamento da aorta;

Preencher relatórios de remoção de órgãos e tecidos separadamente para cada órgão + 1 geral
para a CNCDO e prontuário.
Relatório de Nefrectomia;

Descrição Cirúrgica;

Preencher relatório de captação de coração para valvas + formulário de exame físico do doador –
quando o coração captado for para o banco de valvas;
Impresso para encaminhamento ao IML (se for o caso, conforme rotina);
Captação de 4. Preparo das Soluções de preservação e coleta de
amostra e fragmentos.

Múltiplos Órgãos • Preparo de Soluções

para Atualmente usamos no Estado a Solução de CUSTODIOL,


esta é infundida pura, não havendo necessidade de

Transplantes preparo!!
PERGUNTAR SEMPRE AO CIRURGIÃO COMO DESEJA O
Checklist Centro PREPARO.

Cirúrgico (CC) • Coleta de amostras necessárias para o processo de


doação e transplante;
• HLA – KIT com 03 tubos roxos com EDTA (4ml cada) não
Centrifugar!;
• Valvas Cardíacas – Kit com 04 tubos roxo e 2 com gel;
• Solicitar para equipe cirúrgica coleta de fragmentos de
baço e linfonodos e acondicioná-los em 4 coletores
universais (2 amostras de cada) contendo soro
fisiológico gelado, identificados com nome do doador,
conteúdo e data;
Captação de 4.3 Orientações gerais
• Identificar os tubos corretamente com o
Múltiplos Órgãos nome completo do doador sem abreviações;
para
Transplantes • Evitar abrir os tubos;

Checklist Centro
Cirúrgico (CC) • Depois de embalado envolver os rins em 2
compressas estéreis e identificar com
etiqueta contendo nome do doador, tipo do
órgão (D ou E) e hora do campleamento;

* Toda morte violenta deverá ser encaminhada


ao Instituto Médico Legal (IML), acompanhada
do relatório cirúrgico, cópia da autorização
familiar e do termo de Morte Encefálica;
Tempo de
• Quando o assunto é transplante há uma verdadeira corrida contra o
relógio. Isso porque poucas horas fazem diferença, já que se deve
respeitar o prazo máximo que cada órgão consegue manter suas
atividades fora do corpo humano. É o chamado tempo de isquemia, que

isquemia
pode variar de órgão para órgão. Enquanto um coração aguenta quatro
horas, por exemplo, até ser transplantado, um rim pode levar mais
tempo: 36 horas.

• É por este motivo que, muitas vezes, quando há possibilidade de


captação em um lugar distante, há a necessidade de ir buscar o órgão
com a ajuda do helicóptero do Corpo de Bombeiros. O tempo é valioso e
não se pode desperdiçá-lo.

O tempo de isquemia de cada órgão:

• Coração: 4 horas

• Pulmão: de 4 a 6 horas

• Rim: 36 horas

• Fígado: 12 horas

• Pâncreas: 20 horas
Tempo de • Os órgãos são extremamente
sensíveis, principalmente a
temperatura e ao tempo de isquemia,
isquemia isto é, o tempo de falta ou diminuição
de irrigação sanguínea em um órgão
ou tecido. Sendo assim há um limite
de tempo pelo qual eles podem ficar
fora do corpo humano e dentro desse
tempo os médicos e a equipe devem
realizar a retirada do órgão.
Tempo de isquemia quente e fria

Tempo de “isquemia quente” é o período entre a parada da


circulação sanguínea do doador e o início da perfusão com a solução
de preservação resfriada;

Tempo de “isquemia fria” é o período entre a perfusão e o


restabelecimento do fluxo sanguíneo no receptor.

O tempo de isquemia fria foi definido como o intervalo de tempo


entre o clampeamento da aorta com infusão de solução de
preservação gelada no doador e o momento em que o enxerto foi
inserido na cavidade abdominal do receptor.
Complicações que ocorrem após um transplante incluem:

Rejeição;

Infecções;

Complicaçõe Câncer;

s após o Aterosclerose;

transplante Problemas renais;

Gota;

Doença do enxerto contra o hospedeiro;

Osteoporose
• O uso de imunossupressores pode causar
algumas complicações.

• Além de inibirem a reação do sistema


imunológico em relação ao órgão
Complicaçõe transplantado, os imunossupressores
reduzem também a capacidade do sistema
s após o imunológico de combater as infecções e
até de destruir as células cancerígenas.
transplante

• Consequentemente, os receptores de
transplantes correm um risco mais elevado
de desenvolverem infecções e
determinados tipos de câncer.
• A rejeição, quando ocorre, começa pouco depois do
transplante, mas pode desencadear-se semanas, meses ou
mesmo anos depois.

• Os sintomas de rejeição variam dependendo do órgão


transplantando e quando ocorre a rejeição. Se a rejeição
ocorrer logo após o transplante, os sintomas são febre,
calafrios, náusea, cansaço e mudanças bruscas da pressão
arterial.

Rejeição Infecções
• Vários fatores aumentam o risco de infecções em receptores
de transplantes:
• Cirurgia
• Uso de imunossupressores
• Problemas no sistema imunológico causados pelo mau
funcionamento do órgão que tornou o transplante necessário;
• As infecções que podem se desenvolver em receptores de
transplantes são as mesmas que podem se desenvolver em
qualquer pessoa se recuperando de uma cirurgia. Estas
infecções incluem as infecções do local de cirurgia ou no
órgão transplantado, pneumonia e infecções no trato urinário.
Infecções

• Os receptores de transplante também correm o risco de infecções anormais


(oportunistas) que afetam principalmente os indivíduos com o sistema imunológico
enfraquecido. Infecções oportunistas podem ser causadas por:

• Bactérias (como Listeria ou Nocardia)


• Vírus (como citomegalovírus, vírus BK ou vírus Epstein-Barr)
• Fungos (como Pneumocystis jirovecii ou Aspergillus)
• Parasitas (como Toxoplasma)

Após o transplante, a maioria dos indivíduos toma fármacos antimicrobianos para


ajudar a evitar as infecções. Depois de 6 meses, o risco de infecção retorna ao nível
anterior ao do transplante em cerca de 80% dos indivíduos.
Câncer
• O desenvolvimento de certos cânceres é mais
provável quando imunossupressores são tomados
por muito tempo, como ocorre após um
transplante. Esses cânceres incluem certos tipos de
câncer de pele, linfoma, câncer do colo do útero e
sarcoma de Kaposi.

• O tratamento é parecido ao dado a indivíduos que

Complicações não passaram por transplantes. Mas, por vezes,


durante o tratamento de câncer, os
imunossupressores são interrompidos ou as doses

após o são diminuídas.

transplante Aterosclerose
• Aterosclerose (depósitos de gordura nas artérias)
pode se desenvolver, pois alguns
imunossupressores aumentam os níveis de
colesterol e de outras gorduras (lipídios). Estas
gorduras acumulam-se nas paredes das artérias e
reduzem ou entopem a corrente sanguínea,
causando um ataque cardíaco ou um derrame.

• Normalmente desenvolve-se aterosclerose cerca de


15 anos após um transplante de rim.
Complicações após o transplante

Problemas renais
• Problemas renais se desenvolvem em cerca de 15 a 20% dos indivíduos com um órgão
transplantado; em especial, intestino delgado. Os rins tornam-se menos capazes de remover os
resíduos, que então se acumulam no sangue.

• Fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de problemas renais incluem:

Doses altas de imunossupressores (particularmente ciclosporina e tacrolimo)


O stress físico da cirurgia para transplante
Gota
Gota é comum, especialmente após um transplante de coração ou de rim. Pode ser grave e
progredir rapidamente, especialmente se o indivíduo tiver tido gota antes do transplante ou se
tomou ciclosporina ou tacrolimo.
Doença do enxerto contra o hospedeiro
• A doença do enxerto contra o hospedeiro
ocorre quando os glóbulos brancos (o
enxerto) do doador atacam os tecidos do
receptor (o hospedeiro). Esta doença ocorre
com frequência em receptores de
transplante de células-tronco, mas pode

Complicações ocorrer em receptores de transplantes de


fígado e do intestino delgado.

após o • Os sintomas podem incluir febre, erupção

transplante cutânea, icterícia, vômitos, diarreia, dores


abdominais, perda de peso e aumento do
risco de infecções.

• Essas reações podem ser fatais. Alguns


fármacos, no entanto, como o
metilprednisolona, podem eliminar ou
reduzir a gravidade da doença do enxerto
contra o hospedeiro no receptor.
Complicações após o transplante

Osteoporose e diminuição do O uso de imunossupressores Em crianças, o uso de O médico faz o teste de


crescimento (especialmente imunossupressores pode osteoporose na maioria dos
corticosteroides) pode resultar resultar em diminuição do indivíduos antes do transplante
em osteoporose em pessoas crescimento. ser feito. Às vezes, os médicos
em risco de desenvolver administram vitamina D ou
osteoporose antes do medicamentos que previnem a
transplante. Estas pessoas perda óssea a receptores de
incluem aquelas com estilo de transplante (como bifosfatos)
vida sedentária, que usam para ajudar na prevenção da
tabaco e álcool ou que têm perda óssea.
uma doença renal.
Complicações após o transplante

Complicações do doador Doadores vivos também correm risco de complicações. Algumas


dessas complicações são aquelas que podem ocorrer após
qualquer cirurgia, como infecção e hemorragia. Algumas outras
complicações dependem do órgão que está sendo removido. Os
doadores também correm risco de complicações mentais e
emocionais, de tal modo que as equipes de transplante avaliam
possíveis doadores, cuidadosamente, antes de selecionar uma
pessoa como doadora.
• Um doador de tecido ou órgão pode ser:
• Uma pessoa viva – familiar do receptor ou não
• Alguém que faleceu recentemente (doador morto)

Doadores • São preferíveis os tecidos ou os órgãos de indivíduos vivos


pois normalmente são mais saudáveis. As células-tronco (da

de medula óssea ou do sangue) e os rins constituem os tecidos


doados com maior frequência por indivíduos vivos.

transplante • Geralmente, um rim pode ser doado sem perigo, pois o corpo
tem dois rins e pode funcionar bem com apenas um.
Doadores vivos também podem doar apenas uma parte do
fígado ou de um pulmão ou do pâncreas. O órgão de um
doador vivo é transplantado minutos depois de ser extraído.
Nos Estados Unidos, é ilegal receber um pagamento para doar
órgãos, mas é permitido o reembolso pela doação de células e
tecidos.

• No entanto, existem órgãos, como o coração, que não podem


ser obviamente obtidos de doadores vivos.
Nos Estados Unidos, uma organização nacional (United
Network for Organ Sharing [Rede Unida para Doação de
Órgãos]) verifica a compatibilidade dos doadores e dos
receptores do transplante graças a um banco de dados
computadorizado.

Compatibilidad
Esse banco de dados inclui todos os indivíduos que se
e e distribuição encontram em lista de espera para um transplante,
de órgãos juntamente com informações sobre o seu tipo
sanguíneo e de tecido, a distância do hospital do doador
e a gravidade de sua doença.

Outras informações são incluídas com base no órgão


que o indivíduo precisa. Quando os órgãos se
encontram disponíveis, registra-se a informação
correspondente e cruzam-se os dados. Os órgãos são,
então, distribuídos logo que os critérios para
transplante de um órgão específico tenham sido
atendidos.
Compatibilidade
Triagem do receptor
• A triagem para verificar câncer e infecções é feita também
e distribuição de nos receptores, além de seu estado geral de saúde ser
avaliado.

órgãos
• Considerando que os receptores de órgãos de transplante
tomam altas doses de imunossupressores na época do
transplante, os receptores que tenham infecções ativas ou
câncer não podem ser transplantados até que esta condição
esteja controlada ou curada. Tomar imunossupressores
pode piorar uma infecção ou um câncer.

• Indivíduos com uma saúde geral precária, com certas


infecções virais ou outros problemas médicos, além da
disfunção do órgão que necessita de transplante, têm
menor probabilidade de sucesso de um transplante.

• A decisão para se fazer um transplante é baseada nas


circunstâncias específicas dos indivíduos, inclusive a idade.
Compatibilidade e distribuição de
órgãos

Além de enfermeiros e médicos, psiquiatras e


É feita uma triagem psicológica, pois o fato de assistentes sociais também estão envolvidos
se ter que tomar fármacos pelo resto da vida, para ajudar os indivíduos e suas famílias a
fazer tratamentos e ter que fazer as visitas de compreender o compromisso de longo prazo,
acompanhamento necessárias para manter assim como as dificuldades presentes na
um órgão transplantado é bastante exigente e aceitação de um transplante. O empenho de
nem todos os indivíduos estão dispostos ou todos é importante para determinar se um
são capazes de assim fazer. transplante de órgãos é adequado para um
indivíduo.
SINAIS DE REJEIÇÃO

A rejeição ocorre quando o sistema imunológico do receptor não reconhece o novo órgão
ou tecido e inicia a produção de anticorpos. Esse processo pode ocorrer em qualquer
transplante, variando apenas em intensidade.

O tratamento para controlar a rejeição é realizado com medicamentos imunossupressores,


que visam à diminuição da ação do sistema imunológico, controlando a quantidade de
anticorpos.

A imunossupressão pode ser feita de maneira inespecífica, diminuindo a atividade do


sistema imune independentemente do antígeno, ou específica, que agirá nos mecanismos
de retroalimentação, promovendo reações imunológicas específicas. A imunossupressão
inespecífica possui maior risco de infecções.

Para evitar a rejeição, o tratamento após o transplante de tecidos e órgãos costuma ser
contínuo, ou seja, os medicamentos devem ser tomados por toda a vida. É importante frisar
que, mesmo com medicamentos, a rejeição pode ocorrer, sendo necessário, nesses casos, o
aumento das doses ou então a troca dos medicamentos
SINAIS DE REJEIÇÃO

• O primeiro problema enfrentado por pessoas que precisam de um


transplante é a dificuldade para encontrar um doador compatível. Após
conseguir um órgão, outro problema surge: a possibilidade de rejeição.

• A rejeição ocorre quando o sistema imunológico do receptor não reconhece


o novo órgão ou tecido e inicia a produção de anticorpos. Esse processo
pode ocorrer em qualquer transplante, variando apenas em intensidade.
Em casos graves, os anticorpos podem iniciar um grande ataque contra o
material transplantado, causando sua destruição e até mesmo a morte do
paciente receptor (ocorrência mais rara).

• A rejeição está intimamente relacionada com o grau de compatibilidade


entre o receptor e o doador. Quanto maior a compatibilidade, menores são
as chances de rejeição e mais fácil será o tratamento caso o processo
ocorra. Vale frisar que, na maioria dos casos de rejeição, o tratamento é
realizado com sucesso e o quadro é revertido.
IMUNOSSUPRESSORES
Supressão do sistema imunológico

• Ao contrário do sangue
transfundido, os órgãos
transplantados, mesmo
quando os tipos de tecidos são
altamente compatíveis, são
geralmente rejeitados, a
menos que se tomem medidas
para evitar a rejeição.

• A rejeição ocorre a partir de


um ataque do sistema
imunológico do receptor ao
órgão transplantado. A
rejeição pode ser leve e
facilmente controlada ou
grave, o que resulta na
destruição do órgão
transplantado.
IMUNOSSUPRESSORES
Supressão do sistema imunológico

• A rejeição pode ser controlada através do


uso de fármacos denominados
imunossupressores, que inibem o sistema
imunológico e a capacidade do organismo
de reconhecer e destruir as substâncias
estranhas. O uso de imunossupressores
aumenta a probabilidade de sobrevivência
do órgão transplantado.

• Os imunossupressores devem ser


administrados indefinidamente. No
entanto, as doses elevadas só são
necessárias normalmente durante as
primeiras semanas depois do transplante
ou durante um episódio de rejeição.
Depois disto, doses menores
normalmente conseguem evitar a rejeição
(denominada imunossupressão de
manutenção). As doses dos
imunossupressores podem ser reduzidas
ainda mais se os receptores
desenvolverem infecções graves ou se o
fármaco causar efeitos colaterais
prejudiciais, mas a redução da dose dos
imunossupressores aumenta o risco de
rejeição.
O médico aumenta a dose, altera o tipo ou usa
mais do que um imunossupressor ao primeiro
sinal de rejeição.

Os diferentes tipos de imunossupressores


visam partes diferentes do sistema
imunológico. Deste modo, muitos fármacos
podem ser usados em conjunto.
IMUNOSSUPRESSOR
ES
Alguns fármacos, como os corticosteroides,
inibem o sistema imunológico como um todo.
Outros têm modos distintos de inibir a
produção e a atividade dos glóbulos brancos.

Os glóbulos brancos ajudam o organismo a


reconhecer e a destruir células estranhas,
como as de um órgão transplantado.

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