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CAPTAÇÃO DE ORGÃOS
ENF.MSC.FERNANDA CUNHA
Se existe um doador em potencial, com morte encefálica confirmada (vítima de acidente com
traumatismo craniano, derrame cerebral, etc.) e após autorização da família para que ocorra a
retirada dos órgãos, são mantidos os recursos para a preservação das funções vitais dos órgãos e
seguem as seguintes ações:
• O hospital notifica a Central de Transplantes sobre um paciente com morte encefálica (potencial
Como
doador);
funciona o • A Central de Transplantes pede confirmação do diagnóstico de morte encefálica e inicia os testes de
compatibilidade entre o potencial doador e os potenciais receptores em lista de espera. Quando
existe mais de um receptor compatível, a decisão de quem receberá o órgão passa por critérios tais
sistema de como tempo de espera e urgência do procedimento;
captação de • A Central de Transplantes, através de um sistema informatizado, gera uma lista de potenciais
receptores para cada órgão e comunica aos hospitais (equipes de transplantes) onde eles são
órgãos? atendidos;
• As equipes de transplante, junto com a Central de Transplante, adotam as medidas necessárias para
viabilizar a retirada dos órgãos (meio de transporte, cirurgiões, pessoal de apoio, etc.);
• Em 4 de fevereiro de 1997, pela Lei nº 9.434, era criado e organizado o Sistema Nacional de Transplante, o qual
atuaria no conhecimento de morte encefálica em qualquer ponto do território nacional, assim como seria
responsável pelo destino dos tecidos e órgãos doados. Este sistema passa a compreender as seguintes esferas de
representação:
• Ministério da Saúde;
• Secretaria de Saúde do Estado;
• Secretaria de Saúde do Município;
• Hospitais Autorizados;
• Rede de Serviços auxiliares necessários à realização dos transplantes;
• Ao SNT cabe o papel de gerenciar a lista única nacional de receptores, com todas as indicações necessárias à
busca de órgãos; assim como é de sua responsabilidade conceder a autorização aos estabelecimentos de saúde e
equipes especializadas para realizarem a captação, transporte e transplantação do enxerto.
Central Nacional
• A CNNCDO foi criada mais recentemente, em 16 de agosto
de 2000, frente a necessidade de aprimorar o
funcionamento e gerenciamento do Sistema Nacional de
de Notificação, Transplantes, aperfeiçoando o controle das listas de
receptores, estaduais, regionais e nacionais, buscando a
Captação e transparência na distribuição de órgãos dentre outros.
(CNNCDO).
• Apresentando, portanto, um caráter executivo, também
atua na esfera nacional e por questões operacionais e
logísticas situa-se no Aeroporto de Brasília, funcionando
24h por dia. De uma maneira geral, suas atribuições são:
• distribuição interestadual;
• relações com as Companhias aéreas;
• geração de informações e relatórios;
Central Nacional • Às CNCDOs cabe a função de coordenar as atividades
do transplante no âmbito estadual, realizando as
inscrições e classificação dos receptores.
de Notificação,
Captação e • Além disso, uma vez realizado o diagnóstico de morte
(CIHDOTT)
• organizar, no âmbito do hospital, o processo de
captação de órgãos;
• articular-se com as equipes de UTI’s e Emergências a
identificação e manutenção dos potenciais doadores;
• coordenar as entrevistas com a família do potencial
doador;
• articular-se com Instituo Médico Legal, para, quando for
o caso, agilizar o processo de necropsia dos doadores;
Organizaçõe • A OPO é um modelo para captação de
órgãos particular para o Estado de São
s de Procura Paulo, adotado tanto pela CNCDO da
capital quanto pela do interior. De
de órgãos – acordo com este modelo, cada
hospital-escola possui uma OPO que
• Transplante duplo de rim e pâncreas: cinco pacientes são listados, por tempo de
lista, e concorrem ao crossmatch, como "prioridade". Ao primeiro paciente da lista
de crossmatch de rim e pâncreas com resultado negativo será destinado os
referidos órgãos. O p.d. deve ter idade entre 10 e 45 anos
Logística da
• Após a avaliação e notificação de Morte Encefálica do potencial doador, é essencial que, para a
efetivação da doação, o doador seja mantido hemodinamicamente estável. Assim, no período que
antecede a remoção dos órgãos, a maioria dos pacientes é tratada na Unidade de Terapia Intensiva.
manutenção • Acesso Venoso: pelo menos um acesso venoso central para administração de líquidos e medição da
PVC;
do doador • Monitorização: cardíaca, oximetria de pulso, capnografia, PA não invasiva, Swan Ganz (somente se o
paciente já estiver em uso);
• Controle da Temperatura;
Logística da
• Na morte encefálica ( em se tratando de danos
irreversíveis no tronco encefálico) ocorre a perda do
centro termorregulador, resultando em hipotermia, a
Captação:
qual necessita ser combatida por apresentar vários
efeitos deletérios sobre o paciente:
do doador
• Arritmias cardíacas;
• Hiperglicemia e cetose;
• Distúrbio de coagulação;
• Alterações eletrolíticas;
• Desvio da curva de dissociação oxigênio-hemoglobina:
Deve ser tratada com aquecimento passivo, evitar
temperatura ambiental < 23º C. Administrar solutos e
sangue aquecidos;
• Presença de hipertermia em paciente com morte
cerebral sugere presença de sepsis;
Logística da
• Suporte Cardiovascular
• Hipotensão: é a complicação mais freqüente no
Captação:
paciente com morte encefálica e pode ser
decorrente de causas prévias à morte cerebral,
à exemplo de: desidratação e hipovolemia;
doador
poliúria superior a 3 ml/Kg/h, torna-se necessária
uma reposição volêmica rigorosa. Na presença de
oligúria com pressão arterial e PVC normais pode ser
usado furosemide 20 a 60 mg IV ou manitol a 20%
na dose de 0,25 a 0,50 g/Kg
Garantia de acessos venosos;
do Doador –
Ventilação adequada;
Reposição de eletrólitos;
Córnea;
Órgãos
Rosto;
Pulmão;
que Coração;
Rins;
podem Fígado;
Pâncreas;
ser Intestino;
doados
Ossos;
Pele;
Vasos;
Membros;
Aspectos Técnicos da
Cirurgia do Doador
• A OPO ou a CNCDO informará às equipes, quais órgãos serão retirados assim como
o horário de início do procedimento. A pontualidade das equipes em relação ao
horário de chegada no hospital e início da cirurgia é recomendável e ainda mais
necessária quando o doador encontra-se hemodinamicamente instável. Antes de
iniciar a cirurgia, os membros de cada equipe de captação devem checar:
• Tipo sanguíneo
1º - coração e pulmão
2º - fígado
3º - pâncreas
4º - intestino delgado
5º - rins
• Esta ordem é determinada pelo tempo de isquemia dos órgãos, ou seja, tempo em
que o órgão é conservado em solução de preservação;
Aspectos Técnicos da
Cirurgia do Doador
Múltiplos
FACILITAR O ACESSO.
Prever e prover a sala cirúrgica com todos os equipamentos e materiais necessários – Conferir
tudo antes da equipe chegar no hospital.
Órgãos para Conferir dados do doador e documento legais deixando cópias disponíveis para conferencia da
equipe:
Transplantes
Nome completo do doador, idade e diagnóstico;
Cirúrgico
Termo de consentimento familiar para captação de órgãos e tecidos ;
(CC) Preferencialmente reservar sala ampla com 02 (dois) pontos de aspiração e foco com boa
luminosidade;
Informar a UTI/EME o horário da captação para que não haja atrasos na transferência do doador
até o CC;
• 2. Equipamentos e Materiais necessários
Captação de •
•
02 suportes altos;
Múltiplos
02 mesas auxiliar;
• Caixas com instrumentais para laparotomia, Satinski, afastador
autoestatico, Fenocchieto médio, serra de Gigle, martelo
Órgãos •
ortopédico;
Pontos de oxigênio e aspiração (02);
Transplante
• Frascos para aspiração (grandes);
• Campos cirúrgicos, capas cirúrgicas, gorros, máscaras e propés;
s •
•
Solução para perfusão + equipos para perfusão;
Heparina (300 UI/Kg). Geralmente é feita pelo anestesista,
Checklist •
atentar para a solicitação médica.
1.000 ml Soro fisiológico ou ringer lactado gelado;
Cirúrgico •
degermar antes de entregar para a trituração;
Caixas térmicas para acondicionamento dos órgãos
(CC)
(devidamente identificadas) (a equipe leva ou a CNCDO
encaminha);
Bolsas (sacos) estéreis para acondicionamento dos órgãos (a equipe leva). Deve
conter 3 unidades para cada órgão que será captado.
Órgãos para
Gelo não estéril (a equipe leva);
Compressas grandes;
Checklist Algodão 0;
Preencher relatórios de remoção de órgãos e tecidos separadamente para cada órgão + 1 geral
para a CNCDO e prontuário.
Relatório de Nefrectomia;
Descrição Cirúrgica;
Preencher relatório de captação de coração para valvas + formulário de exame físico do doador –
quando o coração captado for para o banco de valvas;
Impresso para encaminhamento ao IML (se for o caso, conforme rotina);
Captação de 4. Preparo das Soluções de preservação e coleta de
amostra e fragmentos.
Transplantes preparo!!
PERGUNTAR SEMPRE AO CIRURGIÃO COMO DESEJA O
Checklist Centro PREPARO.
Checklist Centro
Cirúrgico (CC) • Depois de embalado envolver os rins em 2
compressas estéreis e identificar com
etiqueta contendo nome do doador, tipo do
órgão (D ou E) e hora do campleamento;
isquemia
pode variar de órgão para órgão. Enquanto um coração aguenta quatro
horas, por exemplo, até ser transplantado, um rim pode levar mais
tempo: 36 horas.
• Coração: 4 horas
• Pulmão: de 4 a 6 horas
• Rim: 36 horas
• Fígado: 12 horas
• Pâncreas: 20 horas
Tempo de • Os órgãos são extremamente
sensíveis, principalmente a
temperatura e ao tempo de isquemia,
isquemia isto é, o tempo de falta ou diminuição
de irrigação sanguínea em um órgão
ou tecido. Sendo assim há um limite
de tempo pelo qual eles podem ficar
fora do corpo humano e dentro desse
tempo os médicos e a equipe devem
realizar a retirada do órgão.
Tempo de isquemia quente e fria
Rejeição;
Infecções;
Complicaçõe Câncer;
s após o Aterosclerose;
Gota;
Osteoporose
• O uso de imunossupressores pode causar
algumas complicações.
• Consequentemente, os receptores de
transplantes correm um risco mais elevado
de desenvolverem infecções e
determinados tipos de câncer.
• A rejeição, quando ocorre, começa pouco depois do
transplante, mas pode desencadear-se semanas, meses ou
mesmo anos depois.
Rejeição Infecções
• Vários fatores aumentam o risco de infecções em receptores
de transplantes:
• Cirurgia
• Uso de imunossupressores
• Problemas no sistema imunológico causados pelo mau
funcionamento do órgão que tornou o transplante necessário;
• As infecções que podem se desenvolver em receptores de
transplantes são as mesmas que podem se desenvolver em
qualquer pessoa se recuperando de uma cirurgia. Estas
infecções incluem as infecções do local de cirurgia ou no
órgão transplantado, pneumonia e infecções no trato urinário.
Infecções
transplante Aterosclerose
• Aterosclerose (depósitos de gordura nas artérias)
pode se desenvolver, pois alguns
imunossupressores aumentam os níveis de
colesterol e de outras gorduras (lipídios). Estas
gorduras acumulam-se nas paredes das artérias e
reduzem ou entopem a corrente sanguínea,
causando um ataque cardíaco ou um derrame.
Problemas renais
• Problemas renais se desenvolvem em cerca de 15 a 20% dos indivíduos com um órgão
transplantado; em especial, intestino delgado. Os rins tornam-se menos capazes de remover os
resíduos, que então se acumulam no sangue.
transplante • Geralmente, um rim pode ser doado sem perigo, pois o corpo
tem dois rins e pode funcionar bem com apenas um.
Doadores vivos também podem doar apenas uma parte do
fígado ou de um pulmão ou do pâncreas. O órgão de um
doador vivo é transplantado minutos depois de ser extraído.
Nos Estados Unidos, é ilegal receber um pagamento para doar
órgãos, mas é permitido o reembolso pela doação de células e
tecidos.
Compatibilidad
Esse banco de dados inclui todos os indivíduos que se
e e distribuição encontram em lista de espera para um transplante,
de órgãos juntamente com informações sobre o seu tipo
sanguíneo e de tecido, a distância do hospital do doador
e a gravidade de sua doença.
órgãos
• Considerando que os receptores de órgãos de transplante
tomam altas doses de imunossupressores na época do
transplante, os receptores que tenham infecções ativas ou
câncer não podem ser transplantados até que esta condição
esteja controlada ou curada. Tomar imunossupressores
pode piorar uma infecção ou um câncer.
A rejeição ocorre quando o sistema imunológico do receptor não reconhece o novo órgão
ou tecido e inicia a produção de anticorpos. Esse processo pode ocorrer em qualquer
transplante, variando apenas em intensidade.
Para evitar a rejeição, o tratamento após o transplante de tecidos e órgãos costuma ser
contínuo, ou seja, os medicamentos devem ser tomados por toda a vida. É importante frisar
que, mesmo com medicamentos, a rejeição pode ocorrer, sendo necessário, nesses casos, o
aumento das doses ou então a troca dos medicamentos
SINAIS DE REJEIÇÃO
• Ao contrário do sangue
transfundido, os órgãos
transplantados, mesmo
quando os tipos de tecidos são
altamente compatíveis, são
geralmente rejeitados, a
menos que se tomem medidas
para evitar a rejeição.