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Embriologia: como o sistema nervoso

se desenvolve

O sistema nervoso é um dos sistemas fisiológicos mais importantes na


processo de homeostasia do nosso corpo, já que ele participa de forma direta
ou indiretamente da regulação e controle de todos os outros sistemas, seja de
forma consciente ou autônoma. Essa manutenção homeostática pode acontecer
tanto pelo recebimento e do envio de estímulos neurais, quanto pela produção
de hormônios pelo próprio sistema nervoso. Porém, para que o sistema
nervoso funcione de forma harmônica desde a infância até a fase adulta, seu
desenvolvimento durante a fase de embriogênese tem que acontecer de
forma correta.
Sabendo disso, como acontece o desenvolvimento do sistema
nervoso nessa fase?
Sabemos que o desenvolvimento de todos os sistemas fisiológicos
humanos se inicia nas primeiras semanas após a formação do embrião.
O embrião é uma estrutura originária da fertilização de um óvulo (gameta
feminino) por um espermatozóide (gameta masculino). Logo após a
fertilização, a estrutura gerada passa a ser chamada de zigoto, em seguida,
começa a dividir-se em várias células, e formando os folhetos embrionários:
Ectoderma, endoderma e mesoderma. Cada um é responsável pelo
desenvolvimento de tecidos e órgão específicos no final da 8°
semana após a fertilização.

O endoderma está localizada mais no interior das células, e é responsável


pela formação do sistema respiratório e alguns órgãos do sistema digestório,
como o fígado e o pâncreas. O mesoderma é o folheto intermediário, ou seja,
aquele que se localiza entre a ectoderma e a endoderma e origina a derme, os
ossos e os músculos, bem como os sistemas circulatório e reprodutor. Já a
ectoderme é a camada das células que se localiza mais no exterior. Ela é a
responsável pela formação da epiderme e anexos epidérmicos (unha, pelo), das
cavidades (boca, nariz, ânus) e do sistema nervoso a partir da formação da
placa neural.
O desenvolvimento do sistema nervoso como um todo começa em 3
semanas, com a diferenciação celular que forma a placa neural ao longo do
dorso do embrião, que se amplia e sofre uma invaginação dando origem ao
tubo neural, cujo a cavidade interna é cheia de líquido amniótico, que se
tornará o encéfalo e a medula espinhal. O primeiro começa a se desenvolver
em 4 semanas como um diminuto bulbo na extremidade superior do tubo
neural; a segunda é formada pela parte inferior do tubo. As principais partes
cerebrais, incluindo o córtex, são visíveis em 7 semanas e a partir de então o
cérebro começará a crescer e se desenvolver.
Desenvolvimento do cérebro:
Nas primeiras semanas (aproximadamente 3 semanas) o tubo neural forma-se
ao longo da parte posterior do embrião, a partir da qual três partes distintas
serão criadas. Neste estágio olhos rudimentares e vesículas do ouvido
começam a surgir. Com 7 semanas, o embrião tem cerca de 2 cm de
comprimento e as circunvoluções, se tornarão o tronco encefálico, o cerebelo e
o cérebro agora estão claramente visíveis. Os nervos cranianos e sensoriais
também começam a se desenvolver. Já com 11 semanas, o cérebro aumenta de
tamanho, olhos e ouvidos amadurecem, movendo-se para as posições finais. A
cabeça ainda é grande em relação ao restante do corpo, mas este em breve
iniciará um surto de crescimento. O cérebro posterior (rombencéfalo) origina o
cerebelo e o tronco encefálico. Após o nascimento, o cérebro continua a se
desenvolver e as fissuras (sulcos) e saliências (giros) aumento em
complexidade no nascimento, o bebê tem tantos neurônios quanto um adulto
(100 bilhões), a maioria tendo sido formada até o sexto mês gestacional,
embora eles ainda não estejam amadurecidos.

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