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INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA

MODULO AVANÇADO

Prof. Lucas Mota


O que são Instrumentais Cirúrgicos?

São ferramentas manuais utilizadas por profissionais de saúde para


realizar tarefas cirúrgicas, de modo a aumentar a precisão e eficácia
do procedimento. Geralmente são compostos por aço inoxidável, o
qual tem maior durabilidade e resistência à oxidação.
CLASSIFICAÇÃO

Comuns: compostos por materiais utilizados em quaisquer


intervenções cirúrgicas durante a diérese, hemostasia e síntese;

Especiais: compostos por ferramentas utilizadas durante cirurgias


específicas (ortopédicas, oftálmicas, cardiovasculares…) ou
outros tempos cirúrgicos que não os anteriores.
BISTURI
São instrumentais utilizados para incisão e punção, divididos em 2
partes: cabo e lâmina. Cada um desses é designado por números e,
quanto menor o número, menor o seu tamanho.
TESOURAS
São instrumentais para corte e divisão tecidual, podendo ser curvas
ou retas e delicadas ou robustas, além de possuírem diversos
tamanhos e formatos.

As tesouras retas são mais resistentes, já as curvas são mais versáteis


e favorecem a visibilidade, principalmente em tecidos profundos.
Ainda, podem ter pontas rombas ou pontiagudas ou uma combinação
delas.
METZENBAUM

Indicada para diérese e divisão de tecidos delicados, pois


possui lâminas finas, com aproximadamente 1/4 do
comprimento total da tesoura (figura4). Assim, são utilizadas
principalmente para o tecido subcutâneo.
MAYO

Indicada para tecidos mais densos (como aponeurose, fáscia),


por ser maisresistente e ter lâminas mais robustas (figura 5).
Porém, é mais traumáticaque a Metzenbaum.
Iris

Indicada para procedimentos oftálmicos ou estruturas


muito delicadas, nas quais é necessário cortes
precisos (por exemplo, uretrostomia perineal; figura
7).
Pinças de Dissecção

São instrumentais para a preensão de tecidos, tendo a ponta


com dente-de-rato (pinça dente-de-rato) ou mais fina (pinça
de Adson) ou com ranhuras transversais (pinça anatômica),
como mostrado na figura 8.
Pinça Kocher
Pinçamentos de tecido ou
pela ponta para tração de
aponeurose, possui dente-
de-rato.
Pinças Kelly:
estrias cobrem até 2/3
do comprimento das
garras;
Pinça Crile

estrias cobrem
completamente as garras,
promovendo maiorárea
de preensão;
Pinça Halsted:

também chamada
de mosquito, são
menores e mais
delicadas.
Instrumentais para Exposição

São compostos pelos afastadores, que permitem a tração de tecidos


seccionados e a consequente exposição de planos anatômicos e
órgãos subjacentes (figura 10).
Manuais: também chamados de dinâmicos, dependem de uma
força externa para manter a exposição, geralmente do
auxiliar. Exemplos: afastador de Farabeuf, de Senn, de
Hohmann;
AFASTADOR DE FARABEUF
Auto estáticos: possuem mecanismos de travamento, não sendo
necessária a aplicação de força externa. Devem sempre ser utilizados
com uma compressa estéril umedecida protegendo o tecido
subjacente. Exemplos: de Gelpi, de Balfour, de Finochietto e em anel;
Balfour
Finochietto
Instrumentais Especiais

São instrumentais específicos para intervenções cirúrgicas dos


sistemas gastrointestinal, cardiovascular, ortopédico, neurológico,
oftálmico urogenital ou utilizados como apoio durante os demais
procedimentos cirúrgicos .
Pinça para Antissepsia: Foerster
Pinças de Campo: possuem pontas agudas para fixação de campos apele, prender campos

entre si ou fixar objetos a campos (sondas, mangueiras). Exemplo: Backhaus;


Pinças Traumáticas: maior capacidade de preensão por

ter dente amento fino. Exemplos: Allis,


Babcock
Instrumentais para Síntese

Auxiliam no fechamento de feridas e são representados pelos porta-agulhas.


Eles geralmente possuem cremalheira e podem ou não ter capacidade de cortar
suturas.

Além disso, suas garras são curtas possuem ranhuras que se cruzam para limitar
a rotação da agulha, permitindo maior controle ao cirurgião no momento da
passagem da agulha pelo tecido.
PORTA-AGULHA MAYO-HEGA
CASTROVIEJO

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