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TÉCNICAS NÃO-

DESTRUTIVAS NA
CARACTERIZAÇÃO DE
MATERIAIS POLIMÉRICOS

Nome: Catarina Esposito


O QUE SÃO TÉCNICAS NÃO-
DESTRUTIVAS DE CARACTERIZAÇÃO?
 São qualquer tipo de ensaio praticado a um material
que não altere de forma permanente suas
propriedades físicas, químicas, mecânicas ou
dimensionais. Os ensaios não destrutivos implicam
um dano imperceptível ou nulo.
 São técnicas de análise utilizadas na ciência e na
indústria para avaliar as propriedades de um
material, componente ou sistema, sem causar danos,
baseando-se na aplicação de fenômenos físicos tais
como ondas eletromagnéticas e acústicas.
ALGUNS TIPOS:
 Termografia

 Emissão Acústica

 Difração de Raio X
TERMOGRAFIA
• A termografia é um ensaio não destrutivo que se
baseia na perturbação do fluxo de calor, gerado
interna ou externamente, através de uma estrutura
devido a diferenças de geometria ou materiais dentro
desta.
• Tais perturbações produzem desvios na distribuição
de temperaturas na superfície do objeto que são
captadas através de um equipamento receptor de
ondas na faixa do infravermelho, que poderá
transformá-las em imagens.
TERMOGRAFIA
 Seu primeiro uso em mais larga escala e com grande
aceitação foi na área de compósitos para a indústria
aeroespacial, geralmente substituindo ultra-som ou
radiografia
TERMOGRAFIA
• Na termografia, a temperatura da superfície da
amostra é monitorada para permitir a identificação
de regiões onde o fluxo de calor (medido pela
intensidade de energia radiante infravermelha) é
modificado por anomalias sub-superficiais
• A termografia de infravermelho pode ser dividida
em dois tipos: termografia passiva e ativa.
TERMOGRAFIA PASSIVA
• A termografia passiva testa materiais e estruturas
que estão naturalmente a diferentes (geralmente
maior) temperaturas que o ambiente
• A termografia passiva baseia-se na medida de
temperaturas através da captação de radiação
infravermelha, e visualização de potenciais
problemas em processo ou componentes em
funcionamento na indústria, indicados por perfis de
temperatura anormais; isto é, temperaturas diferentes
da referência, ou pontos quentes. É um teste
qualitativo, uma vez que apenas aponta anomalias
TERMOGRAFIA ATIVA
 No caso da ativa um estímulo externo é necessário para
induzir contraste térmico relevante. Conhecendo-se
características desse estímulo externo (por exemplo,
tempo durante o qual é aplicado) pode ser feita uma
caracterização quantitativa como a medida da
profundidade de um descolamento detectado.
TERMOGRAFIA ATIVA
 Consiste em aquecer rapidamente a amostra e
capturar o decaimento de temperatura. A
temperatura do material cai rapidamente depois do
pulso térmico inicial porque a frente térmica
propaga para o interior do material por difusão, e
também pelas perdas por radiação e convecção.
 A presença de descontinuidades modifica a taxa de
difusão, portanto, observando a temperatura da
superfície, estas apresentam-se como áreas de
diferentes temperaturas em relação aos arredores,
assim que a frente de calor as alcance.
TERMOGRAFIA
TERMOGRAFIA
 Câmara Termográfica
TERMOGRAFIA
Vantagens:
• teste rápido e sem contato (sem necessidade de
acoplante);
• segurança (não há perigo de radiação);

• resultados relativamente fáceis de serem interpretados


(no caso de fotografias).
TERMOGRAFIA
Desvantagens:
• dificuldade de obtenção de estímulo térmico rápido, intenso
e uniforme sobre uma superfície grande;
• efeito de perdas térmicas (convectivas e radiativas)
induzindo contrastes falsos, afetando a confiabilidade da
interpretação;
• custo do equipamento;
• capacidade de detecção apenas de descontinuidades que
resultam em mudanças das propriedades térmicas (por
exemplo, trincas e descolamentos são detectados somente se
induzirem resistências térmicas na interface).
• limitação de espessura.
EMISSÃO ACÚSTICA
 O fenômeno da emissão acústica é basicamente uma
transformação de energia, que pode ser
química,mecânica ou elétrica, em ondas mecânicas
(energia sonora).
 A partir desse fenômeno, surgiu a técnica não destrutiva
denominada Ensaio de Emissão Acústica.
EMISSÃO ACÚSTICA
 A inspeção através de EA é a análise dos sinais
sonoros na faixa de ultra-som, em torno de 100 a
300kHz, que são capturadas por transdutores,
convertidos em sinal elétrico e armazenados.
 O sinal captado é processado e através da analise de
alguns parâmetros relacionados a esses sinais é
possível fazer uma triangulação, definir a
localização da fonte e até diferenciar fontes.
 A triangulação é baseada na diferença de tempo de
chegada do sinal sonoro em dois ou mais sensores
EMISSÃO ACÚSTICA
 Ao contrário de outras técnicas de inspeção, a emissão
acústica requer que o material testado libere energia na
forma de uma onda sonora, e isso normalmente significa
que o material deve ser carregado mecanicamente.
 No que se refere a materiais compósitos fontes de
emissão acústica comuns são o destaque de junções
coladas, quebra de fibras, e abrasão/fricção entre
elementos de cabos
EMISSÃO ACÚSTICA
Vantagens:
 Redução das áreas a inspecionar, com a conseqüente
redução do tempo de indisponibilidade do equipamento;
 Detecção e localização de descontinuidades com
significância estrutural para as condições de
carregamento durante o ensaio;
 Ferramenta que permite uma avaliação de locais com
geometrias complexas, com dificuldades de utilização de
END´s convencionais;
 Permite a realização do ensaio em operação ou durante
resfriamento da unidade, anterior a parada.
EMISSÃO ACÚSTICA
Desvantagens:
 O ensaio não detecta descontinuidades estáveis que não
comprometem a integridade estrutural
 Não dimensiona o defeito e tão pouco indica sua
morfologia.
 Necessidade de ensaios complementares de ultra-som e
partículas magnéticas. (Para melhor avaliação de
integridade)
EMISSÃO ACÚSTICA
 Ensaio no fundo de um tanque
EMISSÃO ACÚSTICA
 Equipamento

Transdutores
DIFRAÇÃO DE RAIO X
 A difração de Raio-X é um dos métodos apropriados
para a caracterização dos polímeros por ser uma técnica
capaz de identificar os diversos estados de ordenamento
da matéria.
 Nesses materiais, o grande tamanho das moléculas aliado
as suas eventuais irregularidade restringem o surgimento
de ordem tridimensional, necessária para a formação de
cristais.
 Os padrões de difração de materiais poliméricos
apresentam aspectos comuns aos das substâncias
cristalinas, isto é, reflexão de Bragg distintas, embora
alargadas, superpostas a um espalhamento difuso,
característica de substâncias não-cristalinas.
DIFRAÇÃO DE RAIO X
 Raio-X, assim como a luz e a radiação ultravioleta, são
ondas eletromagnéticas cujo comprimento de onda varia
de 0,1 a 100Å e são normalmente caracterizados como
uma forma de radiação possuidora de grande poder de
penetração.
 Quando um feixe monocromático de fótons de Raio-X
colide com uma amostra ocorre difração dos Raio-X
resultante da interação da radiação eletromagnética com
os elétrons da amostra.
ESQUEMA DE INTERAÇÃO DOS RAIOS-X
DIFRAÇÃO DE RAIO X
Vantagens:
 rapidez do método
 a confiabilidade dos resultados obtidos
 a possibilidade de análise de materiais
compostos por uma mistura de fases e a
possibilidade de realização da análise
quantitativa destas fases.
Desvantagens:
 necessidade de homogeneidade e isotropia do
material
OBRIGADA

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