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(Madrid,1883-1955)
A subjetividade da existência
“O problema radical da filosofia é definir esse modo de ser, essa realidade a que chamamos nossa
vida. Pois bem, viver é o que ninguém pode fazer por mim – a vida é intransferível -, não é um
conceito abstrato, é o meu ser individualíssimo.”
Ortega y Gasset – O que é a Filosofia?
A realidade relativa e a liberdade existencial
• Para Ortega y Gasset não é possível renunciar à razão, entretanto, todas as dimensões
cognitivas do ser humano (razão, memória, imaginação...) e as construções a que dão lugar
(cultura, filosofia, ciência...) estão alicerçadas na vida concreta. Sua filosofia constitui uma
não absolutização da razão, mas uma primazia da vida sobre esta. Segundo o filósofo, o
homem é mais do que seu pensamento, ele é também paixão, medo, angústia, desejo.
A razão vital é um modelo de razão proposto pelo filósofo como uma superação da pura razão que foi
imposta durante a Era Moderna e que, embora permitisse o avanço das ciências naturais, não o fez com as
ciências humanas , porque era insuficiente para aprender a vida:
“O desenvolvimento da ciência e tecnologia não propiciou a solução para os problemas humanos como
acreditaram os positivistas do século XIX, embora oferecesse outras coisas que eles não esperavam. O
conhecimento científico e tecnológico foi utilizado, por exemplo, na produção de armas de destruição em
massa, provocando um cenário inimaginável no século anterior. O cientista estava longe de ser um novo
sacerdote e a ciência uma nova religião. Outro problema foi a constatação de que o modelo de ciências da
natureza que vinha do positivismo era inadequado para as ciências humanas que se estruturavam. (...)
Uma nova filosofia precisava dar resposta para o século XX, inclusive para dialogar de forma mais
adequada com as descobertas recentes da ciência.”
O individualismo moderno e o “homem-massa”