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A ÉTICA DA

AUTENTICIDADE
CHARLES TAYLOR (NASCEU EM 1931)
INDIVIDUALISMO

• “Nós vivemos em um mundo no qual as pessoas possuem o direito de escolher por si mesmas o
próprio modo de vida (...) Mas muitos de nós também somos ambivalentes. A liberdade
moderna foi ganha por nossa fuga dos antigos horizontes morais. As pessoas costumavam se ver
como parte de uma realidade maior.” Charles Taylor.
• Antes da modernidade o homem se via como parte de uma ordem cósmica e hierárquica que
davam significado ao mundo e às atividades sociais.
• A modernidade acentuou o individualismo e o desencantamento do mundo. Uma vez que a
sociedade não possui mais uma estrutura sagrada, os arranjos sociais estão disponíveis podendo
ser redefinidos, o que passa a ser meta é felicidade e o bem-estar da autorrealização.
INDIVIDUALISMO E EGOÍSMO

• “As pessoas não possuem mais a sensação de um propósito maior, algo pelo qual vale a
pena morrer. (…) nós sofremos de falta de paixão. Kierkergaard viu o tempo presente
nesses termos. E os “últimos homens” nietzschianos estão no limiar final desse declínio;
eles não possuem mais nenhuma aspiração na vida a não ser um “lamentável conforto”.”
• “Em outras palavras, o lado sombrio do individualismo é o centrar-se em si mesmo, que
tanto nivela quanto restringe nossa vida, tornando-se mais pobre em significado e
menos preocupada com os outros e com a sociedade.”
Charles Taylor.
OS TRÊS MAL-ESTARES MODERNOS

• 1. A perda do significado (desconectar-se de uma “realidade maior” que dá


sentido às ações humanas) enfraquecendo os valores morais.
• 2. A disseminação da razão instrumental: valorização do domínio da natureza
sem uma deliberação moral séria.
• 3. A perda da liberdade: por meio da alienação da esfera pública e do risco de
perder o controle politico sobre o nosso destino.
A AUTENTICIDADE

• Charles Taylor vislumbra uma ética da autenticidade onde a criação, construção e descoberta dos
horizontes de significado não se desviem de uma autodefinição no diálogo. Caso contrário,
tenderíamos a um antropocentrismo radical perigoso à convivência social.
• “A autorrealização, muito longe de excluir relacionamentos incondicionais e exigências morais
além do self, na verdade as requer de alguma forma.”
• O filósofo considera que a autenticidade pressupõe a liberdade e a autonomia próprias do senso
moral, mas não pode ser confundida com um relativismo ou um individualismo sem
compromisso com a sociedade e com o outro.. A autenticidade é um “ser fiel à minha própria
originalidade”, mas que não sobrepõe as vontades individuais às obrigações morais.

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